Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FRATURAS ÓSSEAS DEFINIÇÃO: FRATURA ÓSSEA: É a perda da continuidade de um osso que o divide em dois ou mais fragmentos. PRINCIPAIS CAUSAS DE UMA FRATURA ÓSSEA: As fraturas traumáticas correspondem à grande maioria das fraturas e resultam da aplicação de uma força sobre o osso que seja maior que a sua capacidade de deformação. FRATURA DIRETA: É aquela que ocorre no local do impacto. FRATURA INDIRETA: É aquela que ocorre num local afastado da zona de impacto (por exemplo, fratura da clavícula após queda sobre a mão). FRATURA POR TRAÇÃO MUSCULAR: É aquela que ocorre por uma contração muscular violenta. FRATURAS DE SOBRECARGA OU DE ESTRESSE: São devidas à aplicação repetida e frequente de pequenas forças sobre um osso, que levam a uma fadiga que condiciona a fratura. FRATURAS PATOLÓGICAS: São aquelas que se devem a um anormal enfraquecimento dos ossos, devido à osteoporose ou a tumores ósseos. TIPO DE FRATURA SEGUNDO A LESÃO ENVOLVIDA: FECHADA OU SIMPLES: apenas o osso é atingido e não há perfuração da pele ou lesão de outras estruturas adjacentes. http://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/Clav%C3%ADcula http://pt.wikipedia.org/wiki/Contrac%C3%A7%C3%A3o_muscular http://pt.wikipedia.org/wiki/Stress_(f%C3%ADsica) http://www.abc.med.br/p/38403/osteoporose+o+que+e.htm http://www.abc.med.br/p/370689/tumores+osseos+o+que+sao+quais+os+tipos+quais+as+causas+e+os+sintomas+como+sao+o+diagnostico+e+o+tratamento+qual+e+a+evolucao.htm http://estacio.intranet.br/mundoempresa/identidadevisual/thumbnails/Estacio_09_H_Luxo_cor.jpg ABERTA OU EXPOSTAS: a pele é rompida e o osso fica exposto ao exterior. Nesse tipo de fratura, com frequência ocorre infecção bacteriana e mesmo que ela ainda não esteja presente, justifica-se o uso preventivo de antibióticos. CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS EXPOSTAS Tipo I: Ferimento cutâneo menor que 1 cm Limpa (contaminação mínima) Sem cominuição na fratura Mínima lesão de partes moles Tipo II: Ferimento cutâneo maior que 1 cm A lesão de partes moles não é extensa Esmagamento mínimo a moderado Contaminação moderada Cominuição moderada da fratura Tipo III: III - A: Ferimento cutâneo normalmente > 10 cm Nível de contaminação elevado Graves lesões de partes moles Fraturas cominuídas Possível cobertura do osso pelos tecidos moles III - B: Perda muito grave da cobertura Normalmente exigirá cirurgia reconstrutiva de tecidos moles Fratura cominuída moderada ou grave III - C: Associada à lesão vascular que exige reparo FRATURAS COMPLICADAS: Quando são atingidas outras estruturas além dos ossos, como vasos sanguíneos, nervos, músculos, entre outras. FRATURAS COMINUTIVAS: são aquelas em que o osso se parte em vários pequenos fragmentos. Usa-se chamar de politraumatizado o paciente que tenha sofrido, ao mesmo tempo, várias fraturas num mesmo ou em diversos ossos. PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS DE UMA FRATURA ÓSSEA DOR LOCAL Uma fratura sempre será acompanhada de uma dor intensa, profunda e localizada, que aumenta com os movimentos ou pressão. INCAPACIDADE FUNCIONAL É a incapacidade de se efetuar os movimentos ou a função principal da parte afetada. DEFORMAÇÃO OU INCHAÇO Ocorre devido ao deslocamento das seções dos ossos fraturados ou acúmulo de sangue ou plasma no local. Um método eficiente para se comprovar a existência de deformação é o de se comparar o membro fraturado com o são. CREPITAÇÃO ÓSSEA É um ruído produzido pelo atrito entre as seções ósseas fraturadas. Este sinal, embora de grande valor para diagnosticar uma fratura, não deve ser usado como método de diagnóstico para não agravar a lesão. MOBILIDADE ANORMAL É a movimentação de uma parte do corpo onde inexiste uma articulação. Pode-se notar devido à movimentação anormal ou à posição anormal da parte afetada. Este método, assim como o anterior, não deve ser forçado. No caso de dúvida, sempre considerar a existência da fratura. DIAGNÓSTICO PARA UMA FRATURA ÓSSEA EXAME CLÍNICO: Avaliação do local do trauma associando-se às queixas do paciente. EXAME RADIOGRÁFICO: É suficiente para confirmar uma fratura e para classificar o seu tipo. Conforme as circunstâncias do caso e se for necessária cirurgia, outros exames laboratoriais podem estar indicados para avaliar o estado geral do paciente. Em alguns casos, exames de imagens mais precisos, como a ressonância magnética, por exemplo, podem ser necessários para diagnóstico e/ou acompanhamento do caso. TRATAMENTO DAS FRATURAS ÓSSEAS O tratamento das fraturas ósseas depende do tipo e das características delas. 1ª Parte: TRATAMENTO CONSERVADOR: É aquele que procura favorecer as condições para que ocorra o processo natural de reparação do osso. FRATURA COM DESVIO ÓSSEO ESTÁVEL: É necessário fazer a redução da fratura, fazendo com que as extremidades ósseas voltem a ficar alinhadas e na posição anatômica natural. TRATAMENTO CIRÚRGICO: Reservado para os casos em que não possa ser feito um tratamento conservador e ele também procura restabelecer o alinhamento normal do osso e manter esse alinhamento até a reparação da fratura. Adicionalmente, permite também corrigir algumas lesões de partes moles, como vasos sanguíneos rompidos, por exemplo. http://www.abc.med.br/p/347409/radiografia+como+e+feita+para+que+serve+quais+sao+as+vantagens+e+as+desvantagens+medicas.htm http://www.abc.med.br/p/327625/ressonancia+magnetica+o+que+e+como+realizar+o+exame+quais+sao+os+inconvenientes.htm O restabelecimento da continuidade óssea por meio cirúrgico (osteossíntese) pode ser feito com recurso a várias técnicas, habitualmente com a utilização de placas e parafusos, varetas endo- medulares, fios de Kirschner e fixadores externos. 2ª Parte: Depois desse alinhamento, o membro afetado deve ser imobilizado para que não haja dor e possa ocorrer uma reparação da fratura, o que pode ser feito por vários meios. O mais frequente é a tala gessada, o gesso fechado ou o suporte com ligaduras elásticas. Essa imobilização deve ser feita nas articulações acima e abaixo da fratura para evitar qualquer movimento da parte atingida. Deve-se observar a perfusão nas extremidades dos membros para verificar se a tala ficou demasiadamente apertada, além de verificar presença de pulso distal e a sensibilidade. Conforme o osso fraturado e a região do osso atingido, essa imobilização pode variar de três a oito semanas ou ainda mais. Habitualmente são também utilizados medicamentos para alívio da sintomatologia, em particular, analgésicos anti-inflamatórios para reduzir a dor e inflamação local. PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS INFECÇÃO NO OSSO (OSTEOMIELITE) – Pode ocorrer em fraturas expostas ou tratadas cirurgicamente. Nas fraturas expostas, quanto maior o tempo de exposição do foco de fratura, maior o risco de osteomielite. RETARDO DE CONSOLIDAÇÃO – Ocorre quando uma fratura demora um tempo maior que o esperado para consolidar. Pode ser provocado por vários fatores como: interposição de partes moles, infecções, desvios excessivos, má nutrição e até mesmo por causa desconhecida. PSEUDOARTROSE (NÃO CONSOLIDAÇÃO) – Os fatores causadores da pseudoartrose geralmente são os mesmos que provocam o retardo de consolidação. A pseudoartrose ocorre quando o calo ósseo não evolui em um período de 3 meses ou quando a fratura não consolida após 9 meses. Existem dois tipos de pseudoartrose: atrófica e hipertrófica. Pseudoartrose atrófica: É quando há diminuição do volumeósseo no local da fratura, sendo geralmente provocada por infecções. Pseudoartrose hipertrófica: É quando há aumento do volume ósseo no local da fratura, sendo geralmente provocada por desvios excessivos ou interposição de partes moles. CONSOLIDAÇÃO VICIOSA – É quando o osso consolida de forma “errada”. NECROSE AVASCULAR – Ocorre quando parte de um osso necrosa por rupturas de vasos. Este tipo de complicação é mais comum na cabeça do fêmur, escafóide e tálus. ADERÊNCIA INTRA E PERIARTICULARES – É provocada por excesso de tecido fibroso nas regiões articulares, ocorre em fraturas intrarticulares ou próximas das articulações. DISTROFIA SIMPÁTICA REFLEXA (ATROFIA DE SUDECK, DISTROFIA DE SUDECK, CAUSALGIA, E SÍNDROME OMBRO-MÃO) – Ocorre devido a um distúrbio no sistema nervoso simpático, um sistema ou rede de nervos de estímulo autônomo e inconsciente que controla o fluxo sanguíneo e também a atividade das glândulas sudoríparas (suor) da mão e do braço. Quando este sistema repentinamente torna-se hiperativo, ocorre uma dor em queimação na mão associada a intenso inchaço, vermelhidão e suor quente. Esta disfunção acomete predominantemente na extremidade dos membros superiores, principalmente nas fraturas distais de rádio. Nas fraturas do rádio, outros fatores também influenciam, como: gesso apertado, compressão do nervo mediano e uso do fixador externo (hiperdistração). Muitas vezes a radiografia mostra uma osteopenia. Aspectos Epidemiológicos: 80% dos pacientes diagnosticados e tratados até 1 ano têmmelhora significativa do quadro 50% daqueles tratados com 1 ano de evolução apresentam sequelas funcionais graves e incapacitantes Pode acometer crianças e adolescentes, mas a faixa etária mais comum é entre 30 e 60 anos Maior incidência em fumantes 3x mais comum em mulheres do que em homens SÍNDROME COMPARTIMENTAL – Ocorre quando há um aumento da pressão no interior de um compartimento confinado e pouco expansivo, prejudicando o aporte sanguíneo para as estruturas localizadas dentro do mesmo. Define-se um compartimento como um agrupamento de músculos, nervos e vasos sanguíneos em seus braços, pernas, mãos, pés e nádegas. A fáscia, membrana que envolve os músculos, não expande com facilidade. Quando há um inchaço ou sangramento dentro de um compartimento, a fáscia não consegue se expandir, resultando em um aumento de pressão sobre os vasos capilares, nervos e músculos do compartimento. Desta forma, o fluxo sanguíneo para as células musculares e nervosas é interrompido, ocasionando, consequente, dano às mesmas, podendo resultar em invalidez permanente do local afetado e necrose tecidual. LESÃO VASCULAR – Ocorre quando um fragmento ósseo lesiona uma artéria ou veia importante. LESÃO TENDINOSA – Ocorre quando um fragmento ósseo lesiona um tendão. LESÃO NERVOSA – Pode ser de 3 tipos: 1) Neuropraxia – lesão microscópica sem importância clínica, geralmente ocorre uma diminuição da condução nervosa transitória. 2) Axoniotmese – é uma secção parcial do nervo. 3) Neurotmese- é uma secção total do nervo. Neste tipo de lesão o procedimento cirúrgico de neurorrafia é indispensável. ARTROSE PRECOCE – É um processo degenerativo da cartilagem articular que ocorre precocemente. Na maioria das vezes é decorrente de fraturas intrarticulares graves. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES COM FIXADORES EXTERNOS 1ª Fase: AVALIAÇÃO Análise geral do paciente Análise do grupamentp muscular envolvido Verificação do arco de movimento das articulações adjacentes ao fixador Verificação de pontos dolorosos locais Verificação de presença de edema na região ou extremidade adjacente Observação da área próxima aos pinos, verificando se existe presença de infeccão 2ª Fase: TRATAMENTO O tratamento pode ser realizado o mais precoce possível (normalmente após 48 horas) Deve-se encorajar o paciente a realizar movimentos ativos nas articulações adjacentes o mais rápido possível Estimular o fortalecimento muscular de estruturas acometidas e próximas a colocação do fixador Realizar alongamento gera,l principalmente de músculos com grande facilidade de encurtamento, tipo: isquios tibio fibular Quando possível, realizar trabalho e treinamento de marcha ou deslocamento de peso corporal 3ª Fase: OUTRAS TÉCNICAS DE TRATAMENTO ELETROTERAPIA – A corrente de baixa frequência, quando utilizada sobre o grupamento muscular, não promove interferência com o metal de transfixação HIRDOTERAPIA – A cinesioterapia realizada dentro d’água pode ser benéfica e acelerar o processo de recuperação do paciente, desde que se proteja os orifícios de contato dos fixadores e aumente a quantidade de cloro da água MANIPULAÇÃO PASSIVA – Deve ser realizada em determinadas situações para melhorar a mobilidade e a elasticidade de partes moles 4ª Fase: CONTRAINDICAÇÕES E CUIDADOS A SEREM OBSERVADOS Uso de calor (em função da estrutura metálica) Não utilizar as “alças” dos fixadores para manipular ou elevar o segmento (posibilidadee de deslocamento do foco de fratura)
Compartilhar