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HISTÓRIA POLÍTICA E ECONÔMICA FRED UILIAMS DA CRUZ DE JESUS SOLANGE ARGOLO Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI História (FLEX0054) - Projeto de Ensino 16/06/2020 1. METODOLOGIA A metodologia usada para este projeto de ensino foi desenvolvida através de estágios curriculares no colégio estadual vale dos lagos, em que foram feitas observações em todo ambiente escolar sendo observado alunos, professores, corpo docente, projetos pedagógicos da escola e estrutura física. Além das entrevistas realizadas com a diretora do colégio e as professoras de história, essas entrevistas foram baseadas no livro de diretrizes e regulamento de estagio e projeto de ensino. 2. RESULTADOS E DISCUSSÃO No mundo atual, nem todos os grupos conseguem desenvolver sua visão própria do que é o mundo, e isso se dá pela ausência de organização em aparelhos privados de hegemonia inscritos na sociedade civil, que adotam visões produzidas por outros grupos, em sua maioria, pertencentes a classe dominante. Gramsci denomina hegemonia, onde a visão de certo grupo se impõe frente ao conjunto dos demais. Para tanto, é fundamental, em seu sentido: o papel do Estado. Assim, é impossível separar política e Estado da cultura, pois mesmo dentro de instituições da sociedade política representa a difusão de uma dada cultura. Desse modo, o Estado pensado a partir de Gramsci nos leva a um registro duplo, onde as formas dominantes se consolidam a partir das organizações da sociedade civil, ao passo que em todo órgão público encontram-se presentes atores sociais. Isso coloca as políticas econômicas sob o viés teórico, redefinindo-se, a própria noção de eficácia tal como vigente na historiografia especializada. Essencialmente, devemos, para análise das políticas econômicas, torna-las enquanto resultados d embate entre grupos sociais diversos, em disputa das demandas específicas unidas ao aparelho de Estado em seu sentido já mencionado. Ciente de que tais interesses adquirem suas forças de forma organizada, e sua organização se insere no âmbito dos aparelhos privados de hegemonia, tem-se que para iniciar o estudo de qualquer política econômica, a realização de um rastreamento das entidades de classe existentes num momento histórico focalizado. O estudo de dada política econômica não consiste em compilar a documentação produzida pelo aparelho de Estado, o que restringe e empobrece a construção do objeto proposto. Adotar tal procedimento implica tratar políticas econômicas enquanto repetição do discurso oficial e seus dados acriticamente tomados e sem comprometimento com uma coerência teórica acerca do que se conceitua Estado. Por outro lado, isso não significa afirmar ser imprescindível a pesquisa junto à documentação oficial produzida por agencias do Estado encarregada de uma política econômica, bem ao contrário. REFERÊNCIAS BAER, Werner. A industrialização e o Desenvolvimento Econômico do Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 1977. BOBBIO, Norberto & BOVERO, Michelangelo. Sociedade e Estado na Filosofia Política Moderna. São Paulo: Brasiliense, 1987. BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico. Lisboa: Difel, 1980. CANO, Wilson. Raízes da Concentração Industrial em São Paulo. São Paulo: Difel, 1977. CARONE, Edgar. A República Velha: instituições e classes sociais. São Paulo: Difel, 1972. DEAN, Warren .A industrialização de São Paulo. São Paulo: Difel, 1971. 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