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FIBRAS TÊXTEIS NATURAIS PROFESSORA ARIANA VIEIRA SILVA IFSULDEMINAS – CAMPUS MUZAMBINHO FIBRAS ARTIFICIAIS • São fibras produzidas pelo Homem, porém, utilizando como matéria-prima polímeros naturais de origem celulósica ou proteica, estes polímeros são regenerados dando origem a novas fibras. As mais comumente usadas são a viscose (CV), o acetato (CA), o Lyocel (CLY) e o Modal (CP). FIBRAS SINTÉTICAS • São fibras produzidas pelo homem usando como matéria-prima produtos químicos, da indústria petroquímica. As mais conhecidas são o poliéster (PES), a poliamida (PA), o acrílico (PAC), o polipropileno (PP) e o poliuretano elastomérico (PUR) também conhecido como Elastano, além das Aramidas (Kevlar e Nomex). FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – SEDA • Brilho e toque super macio; • Absorve umidade e suor; • Filamentos extremamente finos; • Pouca resistência à abrasão; • Os tecidos possuem um aspecto macio, maleável e brilho intenso; • Confortável, mantém a temperatura do corpo. Pode ser usado em camisas, saias, blusas, batas, diversos produtos de decoração; • O tecido de seda é antibacteriano, antialérgico e ainda por cima termodinâmico. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – ALPACA • Pouca ondulação e brilho sedoso; • A tosquia é feita uma vez a cada ano; • Pouco mais de 1,5 kg de fibra por animal. • Usa-se a fibra na produção de roupas, boinas, gorros, cachecol, meias, tapete, pelúcias, sapato, entre outros; • Os principais consumidores são países com inverno rigoroso, como os da América do Norte, Inglaterra, Japão, Europa, pois a roupa confeccionada com a fibra da alpaca é um bom isolante térmico. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – ANGORÁ • É uma das mais finas fibras têxteis; • Leveza, maciez e sensação quente; • Tem efeito terapêutico no corpo humano; • Anualmente produz entre 0,9 kg e 1,1 kg fibra; • O tecido da fibra do angorá é obtida do pêlo longo e suave do coelho angorá; • Esse tecido é ideal para roupas térmicas; • É procurado pela sua durabilidade, aquecimento e textura; • O angorá é muito mais quente que lã e é perfeito para que sofre de alergias a ela. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – CASHMERE • Extremamente fina e macia; • Fibra muito cara; • Anualmente produz em média 150 g por animal; • A fibra da caxemira é uma das melhores no mundo; • É cara e muito procurada, porque as cabras caxemira não são assim tão frequentes. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – CAMELO • Produção de tecidos sofisticados; • Fibras muito cara; • As fibras mais finas são fiadas em fios tipo lã em combinação com lã de ovino ou outras fibras, para o fabrico de casacos e cobertores; • As fibras mais grossas são fiadas em fios cardados grossos para o fabrico de feltros e de tapetes; • Usa-se sobretudo na China, Mongólia, Estados da antiga União Soviética e na África. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – LÃ • Isolante térmico; • Submetido a movimento e calor; • O tecido feito de lã serve como isolante térmico, não esquenta tanto sob o sol (mantém a temperatura do corpo em média 5 a 8 graus mais baixa em comparação com tecidos sintéticos expostos ao sol), "respira" no corpo, é naturalmente elástico, portanto mais confortável e não amassa. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – LHAMA • Isolante térmico; • Pelagem extremamente grossa e quente; • As lhamas também fornecem fibras abundantes, embora de qualidade inferior, usadas na confecção de tecidos fortes e grossos. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – MOHAIR • Extremamente resistente; • Pelo sedoso, liso e regular; • Baixa captação de umidade; • A fibra é proveniente da cabra de Angorá, originária da Turquia; • É considerada como uma das fibras mais ricas que, sendo misturada com outras fibras, proporciona tecidos suaves e volumosos; • As mantas de Mohair caracterizam-se pela sua leveza e maciez, que as diferencia das restantes fibras. FIBRAS NATURAIS ANIMAIS – VICUNHA • Rendimento de 250 g por ano; • Pelo macio e brilhante; • A fibra da vicunha (animal da família dos camelídeos), caracterizada pelo seu pelo fino mais curto (50 mm - 80 mm) e os pelos mais longos, que podem atingir 130 mm de comprimento; • Utilizado na produção de tecidos de alta qualidade para sobretudos, ternos e cobertores. FIBRAS NATURAIS MINERAIS – AMIANTO • Boa qualidade isolante, durabilidade e flexibilidade; • Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o amianto foi a matéria-prima escolhida para isolar termicamente as máquinas e equipamentos e foi largamente empregado, atingindo seu apogeu nos esforços das primeiras e segundas guerras mundiais. Dali para frente, as epidemias de adoecimentos e vítimas levaram o mundo "moderno" ao conhecimento e reconhecimento de um dos males industriais do século XX mais estudados em todo o mundo, passando a ser considerado daí em diante a "poeira assassina”. FIBRAS DE SEMENTES ALGODOEIRO – Gossypim hirsutum • Suave e confortável; • Possui boa solidez; • Amassa facilmente; • Hidrofílico, o que significa que o algodão têm excelente capacidade de absorção. Roupas feitas de algodão absorvem suor, mantendo, assim, um maior conforto; • Algodão pode ser misturado com qualquer outro tipo de fibra; • Tecido 100% algodão cru tem brilho fosco agradável; • Hipoalergênico, o que significa que tem uma baixa tendência para provocar reações alérgicas. FIBRAS DE SEMENTES ALGODOEIRO Espécies cultivadas de algodão: • Gossypium hirsutum subesp. latifolium Hutch.: 80% da produção mundial, fibras médias, ciclo anual; • Gossypium hirsutum subesp. marie galante Hutch. (mocó): Nordeste do Brasil, fibras longas, ciclo perene; • Gossypium barbadense: Egito, Sudão, fibras longas e extra longas, ciclo anual. FIBRAS DE SEMENTES ALGODOEIRO – Gossypim hirsutum var. latifolium Características da fibra do algodoeiro: • COMPRIM. = Comprimento da fibra (26,5 a 29,6 mm; • UNIFORM. = Uniformidade do comprimento da fibra (44 a 45%); • MICRON. = índice Micronaire (4,0 a 4,4); • TENAC. = tenacidade de ruptura da fibra (22,3 a 24,4 g/Tex); • MAT. = maturidade da fibra (74 a 79%); • IFC. = Índice de fibras curtas (10 a 13%); • ELONG. = elongação de ruptura da fibra (10 a 13%); • FIN. = finura da fibra (175 a 200 mTex); • SUG. = contaminação da fibra por açúcar (até 0,21%); • REF. = reflectância da fibra (71,7 a 79,2%); • COR = índice de amarelecimento da fibra (+b, branco: até 10,0); • PRKM = previsão da tenacidade do fio (Ne 22 RKM). FIBRAS DE SEMENTES PAINEIRA – Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna FIBRAS DAS FOLHAS SISAL – Agave sisalana • Fibras finas e brilhante; • Alta resistência; • Os principais produtos são os fios biodegradáveis utilizados em artesanato; no enfardamento de forragens; cordas de várias utilidades, torcidos, e cordéis. As fibras podem ser utilizadas também na indústria automobilística, substituindo a fibra de vidro; • Uma fibra sintética demora até 150 anos para se decompor no solo, enquanto a fibra do sisal, em meses, torna-se um fertilizante natural. Planta: • Herbácea, perene, semixerófita; • Folhas em torno do bulbo central; • Ciclo de 8 a 10 anos com 5 a 8 produtivos, pois morre após o florescimento; • Cultivares: espécie botânica e híbridos; • Limitações: beneficiamento, a desfibragem mecânica deve ser feita até 24 horas após o corte, lavar e secar ao sol, amaciar e armazenar FIBRAS DAS FOLHAS SISAL – Agave sisalana FIBRAS DAS FOLHAS PIAÇAVA – Attalea funifera FIBRAS DAS FOLHAS FÓRMIO – Phormium tenax • Fibras finas e brilhante; • Alta resistência; • Planta muito ornamental, cujas folhas fornecem fibras têxteis, podendo quando cortadas em tiras finas substituir o vulgar cordel, por exemplo, para atar sacos e em outras tarefas agrícolas e de jardinagem; • Também é conhecida por Linho-da-Nova-Zelândia, ou Fibra-da-Nova-Zelândia, porque, aí, o povo Maori utiliza as suas folhas para cestaria, cordas, redes e vários utensílios de uso doméstico. FIBRAS DAS FOLHAS CURAUÁ – Ananas erectifolius • Fibras finas e brilhante; • Alta resistência; • Dentre as muitas espécies de Bromélias que ocorrem no semi-árido, o carauá tem uma característica própria de uso pela população; • Suas folhas servem para a extração de fibras que são usadas para fazer redes, sacolas, tecidos, barbantes, etc. FIBRAS DO CAULE RAMI – Boehmeria nivea • Mais abrasivo que o linho; • Excelente tingibilidade; • Alta resistência; • Os tecidos de rami têm boa aceitação no mercado, podendo ser considerados como um produto substituto muito próximo do linho, sendo de menor qualidade, mas com a vantagem de ser relativamente mais barato. Em geral é vendido ao consumidor final como se fosse linho ou com o nome de "linho rami", pois dificilmente as pessoas comuns conseguem distinguir o rami do linho, seja sob a forma de roupa pronta ou de tecido para ser confeccionado. FIBRAS DO CAULE LINHO – Linum usitatissimum • Toque liso e frio; • Baixo poder de resiliência; • Amassa facilmente; • O cultivo, assim como o processo de produção da fibra é muito caro, o que faz com que o tecido tenha um custo elevado. Para solucionar esse problema as indústrias têxteis produzem a fibra de linho misturada a outras fibras tais como: o algodão e a viscose; sem perder as suas características. Planta: • Herbácea, anual; • Ciclo vegetativo: 150 dias; • Propagação por sementes (espécie polimórfa = 2 grupos). GRUPO 1: Produção de fibras: • Porte alto: até 2,10 m; • Caule fino e pouco ramificado; • Sementes pequenas. GRUPO 2: Produção de óleo: • Porte baixo (0,40 – 0,70 m), caule bem desenvolvido com ramificações, sementes grandes. FIBRAS DO CAULE LINHO – Linum usitatissimum FIBRAS DO CAULE JUTA – Corchorus capsularis • Resistente e durável; • Ecologicamente correto; • Absorvente; • O tecido de juta é um dos mais utilizados depois do Algodão; • É totalmente versátil, econômico, forte e durável; • Não estraga facilmente sob a exposição de luz solar; • Atualmente a cidade que mais cultiva a juta como matéria-prima é o Bangladesh, e o maior fabricante de mercadorias é a Índia, sendo seguida por China, Tailândia, Mianmar, Butão e Nepal. FIBRAS DO FRUTO COCO – Cocos nucifera L. • Toque duro, um tanto áspero; • Biodegradável; • Não causa impacto ambiental; • Do mesocarpo obtém-se a fibra e a casca é utilizada em objetos decorativos; • Na culinária emprega-se a gordura vegetal de coco, coco ralado, etc.. Para diminuir o consumo das reservas de petróleo e facilitar a reciclagem dos carros usados, engenheiros utilizam as fibras em assento e encosto para automóvel com aglomerado de fibra de coco e látex natural. FIBRAS DO FRUTO BUCHA – Luffa cylindrica FIBRAS DO FRUTO Xaxim – Dicksonia sellowiana FIBRAS DO FRUTO BAMBU – Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C. Wendl. • Biodegradável; • Ecologicamente correto; • É facilmente renovável, sem falar que sua cultura praticamente dispensa pesticidas, pois raramente é atacado por pragas; • É daquelas plantas que parece tomar fermento, pois cresce rapidamente e, depois de 3, 4 anos, já precisa ser replantada; • Veja que legal: o bambu gera mais oxigênio que as árvores de mesmo porte, melhorando a qualidade do ar ao redor. Uma plantação de pinus leva sete anos para produzir 3 mil árvores; já o bambu precisa de três anos para produzir 10 mil árvores no mesmo espaço, ainda dispensa o uso de pesticidas, não causa erosão e só requer água para crescer. ALGODÃO NO BRASIL *** BARREIRAS -BA • Custo médio de produção-8.154,25 R$/ha –safra14/15 (Cepea) • Produtividade média de algodão em caroço–4.050 kg/ha – (pluma 1.644,30 kg/ha e caroço 2.187 kg/ha) • Preço médio do algodão em pluma–75,00 R$/@ (NY – Bolsa+ Cotlook A) • Preço médio do caroço de algodão–0,55 R$/Kg (Abrapa) • Rendimento médio de pluma–40,6% • Rendimento médio de caroço em algodão–54% RESULTADO • Custo de produção de 8.154,25 R$/ha • Receita de pluma-75,00 R$/@ x 109,62@/ha = 8.221,50 R$/ha • Receita de caroço–0,55 R$/@ x 2.187,00 Kg/ha = 1.202,85 R$/ha • Receita total -R$ 9.424,35 R$/ha • Saldo de 1.270,10 R$/ha –13,47% *** PRIMAVERA DO LESTE-MT • Custo médio de produção-7.258,23 R$/ha–safra14/15 (Cepea) • Produtividade média de algodão em caroço–3.750 kg/ha – (pluma1.522,50 kg/ha e caroço2.062,5 kg/ha) • Preço médio do algodão em pluma–72,00 R$/@ (NY – Bolsa+ Cotlook A) • Preço médio do caroço de algodão–0,39 R$/Kg (Abrapa) • Rendimento médio de pluma–40,6% • Rendimento médio de caroço de algodão–55% RESULTADO • Custo de produção de-7.258,23R$/ha • Receita de pluma–72,00 R$/@ x 101,5@/ha = 7.308,00 R$/ha • Receita de caroço–0,39 R$/Kg x 2.062,50 Kg/ha = 804,37 R$/ha • Receita total -8.112,37 R$/ha • Saldo de 854,14 R$/ha –10,53% CUSTOS DIRETOS • Sementes, Fertilizantes e Químicos (comprados via Cooperativa, como objetivo de obter uma melhor condição comercial junto as indústria sem função do volume de compra. Aplicados diretamente ao custo da cultura) • Unidade de Beneficiamento de Algodão (custos com o beneficiamento alocados diretamente no produto final) CUSTOS INDIRETOS • Gastos Gerais de Produção (incluem todos os custos de produção que se submeteram a rateio: combustível, peças, mão-de-obra, fretes, serviços, seguros, etc.)
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