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Inter-relação periodontia/odontologia restauradora/implantes 1. Acabamento e polimento; 1. Margem gengival – relacionada com o contorno da restauração 1. Oclusão – alteração no ligamento periodontal 1. Contorno 1. Contato Reestabelecer a saúde periodontal antes de qualquer tratamento é uma necessidade básica. A perio só não é a primeira especialidade em caso de urgência. ***Adequação do meio bucal Importância DA SAÚDE PERIODONTAL CASO 1: Usamos periograma, radiografias para poder ver o que a gengivite esconde. Precisamos fazer os procedimentos periodontais até mesmo para visualizar os tratamentos cabíveis as outras especialidades. PROCEDIMENTOS RESTAURADORES E A SAÚDE PERIODONTAL Princípios periodontais 1. Oclusão 1. Contato 1. Contorno 1. Margem 1. Polimento OCLUSÃO 9. Dentes sem anatomia – restauração mal adaptada – irá causar trauma oclusal primário (trauma oclusal independente da doença periodontal) 0. PS: trauma oclusal secundário está relacionado com a doença periodontal. CONTATO 1. Papila: 10. Protege contra impacção alimentar na região interproximal. 10. Barreira biológica contra agressores externos 10. Ausência: deformidades estéticas (“buraco negro”) e problemas fonéticos (escape de ar) 10. Fatores que influenciam a formação de papila: 3. Altura de crista óssea – caso o paciente perda a crista óssea, também perderá a papila 3. Fenótipo periodontal – espessura do periodonto (periodonto espesso – papila mais gordinha) 3. Formato da coroa (influencia se mais fina ou mais espessa) 3. Posição do dente/implante no arco – dentes apinhados não têm papila entre eles 3. Ponto de contato 10. Artigo: “Efeito da distância entre o ponto de contato até a crista óssea na presença ou ausência de papila interproximal.” – qual é a distância da crista óssea até o ponto de contado quando o paciente tem papila e quando não tem papila. 4. Tabela: Distância entre o ponto de contato e a crista óssea Percentual de preenchimento de tecido no espaço interproximal 3 mm 100 % 4 mm 100 % 5 mm 98 % 6 mm 56 % 7 mm 27 % 8 mm 10 % CASO CLÍNICO 2: 1. O ponto de contato com falta de contorno da restauração não satisfatória entre os incisivos levou a uma retração papilar. 1. A distância do ponto de contato até a crista ficou mais que 5 mm CASO CLÍNICO 3: A doença periodontal fez o paciente perder crista óssea e os dentes se afastarem, dessa forma, ele não tem papila. 1. Em dentes posteriores temos uma superfície de contato mais vestibularizada para se ter uma anatomia correta da papila lingual e vestibular. 10. O col (sela não queratizada ) é formado pelo ponto de contato, logo é melhor que este esteja o mais longe possível do tecido gengival “AVALIAÇÃO DE RESTAURAÇÕES CLASSE II EM RESINA COMPOSTA ATRAVÉS DE EXAME RADIOGRÁGICO” Kahlili, Carlos Jr - 2004 Não apresentava ponto de contato 50% Contorno adequado 45,71% Subcontorno 54,29% Adaptação marginal 74,29% CASO CLÍNICO 4: Radiografia mostrando erros de sobrecontorno, - se não tem espaço suficiente tem invasão do espaço biológico, causando inflamação, retração, formação de bolsas, sangramentos, perda óssea. CONTORNO CASO CLÍNICO 5: Coroa de metalocerâmica com sobrecontorno (excesso), região abaixo avermelhada, pois o paciente provavelmente tinha dificuldade para higienizar. MARGEM PERFIL DE EMERGÊNCIA: Os dentes naturais exibem um perfil de contorno plano e continuo na emergência do sulco gengival para que o mesmo possa se formar e ter uma boa aderência contínua para não gerar nenhum trauma. ESPAÇO BIOLÓGICO: Só consideramos espaço biológico epitélio juncional e inserção conjuntiva, por outro lado, distância biológica seria o espaço biológico somado ao sulco gengival, o que será aproximadamente igual a 3mm. Invasão do espaço biológico -> resposta inflamatória -> remodelação do periodonto Causas de violação: 1. Preparos restauradores e protéticos iatrogênicos 1. Fraturas radiculares 1. Reabsorções dentárias 1. Perfurações 1. Cárie SUPRAGENGIVAL/ AO NÍVEL/ SUBGENGIVAL (no caso de restaurações) -> Qual o limite das três? 1. Só pensando na periodontia, a supragengival é a melhor. 1. A subgengival pode fazer, com tanto que seja bem feita: Limite subgengival: primeiro sonda o paciente e faz uma média de profundidade de sondagem. 17. 1 a 1,5 mm -> não exceder 0,5 mm de restauração 17. > 1,5mm -> metade do sulco (0,75 mm) com risco de invasão (não dá para saber quanto de epitélio juncional e inserção conjuntiva ele tem). CASO CLÍNICO 6: Cotosol (restauração provisória) mal colocado. Paciente precisa de um aumento de coroa – cirurgia periodontal CASO CLÍNICO 7: Cárie invadiu o espaço biológico, tirou o ponto de contato. Foi feito um aumento de coroa para reestabelecer o espaço biológico. ACABAMENTO Melhora a higienização. CASO CLÍNICO 8: Paciente tinha diastema e “muita gengiva no sorriso”. A tomografia dá uma média do tamanho real do espaço biológico, depois de várias análises lá, fizeram o aumento de coroa estético (porém se utilizando da teoria do espaço biológico). MENINO a papila, assim que fechou o diastema e subiu o ponto de contato, foi lá e preencheu todo o espaço. ARRAZOU! Relação entre Periodontia e Implantodontia Implante? De onde veio? Quem criou? Hoje, no Cristine Réporter... Implantes de agulha e malha: implantes fibro-ósseo integrado. Mistura de metais pesados onde não se formava osso ao redor e sim um tecido conjuntivo fibroso frouxo. Não tinha resistência e sim certa mobilidade. O FENÔMENO DA OSSEOINTEGRAÇÃO Ocorre ao redor de titânio. Caso seja formado ao redor do implante algo que não seja osso, você o perdeu. “contato direto entre osso viável e implante sem formar tecido mole” 1. Parafuso é colocado dentro do tecido ósseo (planejadamente). Conectado com a cavidade oral através de um pilar e acima desse pilar é colocado uma coroa. CONEXÕES (pilar/parafuso) 1. Hexágono externo – 1. Hexágono interno 1. Cone Morse: “um cone dentro de outro cone (aparentemente se sela assim e não sai mais)” OSSEOINTEGRAÇÃO: Mais de 20 anos. Padrão da definição de doenças Peri-implantares veio com a atualização de 2018. 1. Artigos de consenso tratam-se sobre o consenso de principais pesquisadores sobre determinado assunto. 1. Antes (artigo 1): para diagnóstico de doença Peri-implantar precisava de sangramento a sondagem como fator essencial. Mas, essa sondagem tinha que ter uma força de 0,25N. Além disso, tinha que ter supuração e PS > 5mm. 1. Em 2015 (artigo 2) definiram Peri-implantite média, moderada e avançada. Ou seja, cada um queria definir doença peri-implantar de acordo com o que imaginava. Artigo 3: o cara é desenrolado. E ele se questiona se a Peri-implantite é uma reação a um corpo estranho ou é uma doença “criada pelo homem”. Fala que a gente acaba sobretratando a peri-implantite. Ele diz que a reação de corpo estranho gera perda óssea, por isso precisamos diferenciar o que é perda óssea fisiológica (remodelação do procedimento) da patológica. Peri-implantite: inflamação tecidual dos tecidos peri-implantares, sangramento, biofilme e perda óssea. Resumindo: não pode ver perda óssea e relacionar automaticamente a peri-implantite, pois a perda pode ser fisiológica inerente ao procedimento de implante (remodelação). NOVA CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES E DOENÇAS PERIODONTAIS E PERI-IMPLANTARES. SAÚDE PERI-IMPLANTAR: Selamento – mucosa deve estar firme para gerar um selamento ao redor do implante 3-4mm de altura de mucosa queratinizada – para facilitar a higienização e dificultar o acúmulo de biofilme na região Componentes periodontais – formação de fibras ao redor do implante 1. No clínico eu há preciso ver a evidencia de saúde na mucosa ao redor. 1. Se eu for fazer a sondagem, preciso que ela seja leve (até 0,25 N) 1. Precisamos saber a verdadeira inclinação do implante 1. Evidencia de saúde e ausência de sangramento a sondagem 1. Posso ter perda óssea mínima ou nenhuma (radiograficamente) 1. Na sondagem com implante é mais fácil atingir a crista óssea: é mais difícil sondar com implanteporque tem que ter mais cuidado. No dente, as fibras da inserção conjuntiva estão em leque, perpendiculares ao dente; além disso, têm-se a relação entre as fibras de sharpey, o cemento e o dente – protegem fisicamente o dente da invasão bacteriana e da sondagem. No implante as fibras da inserção conjuntiva estão paralelas ao longo eixo do implante. – facilitam a penetração da sonda. ESPAÇO BIOLÓGICO DO IMPLANTE O maior risco nos implantes é o excesso de cimento e não a invasão do espaço biológico. MUCOSITE PERI-IMPLANTAR: ARTIGO “Experimentally induced peri-implant mucositis”: Foi induzida a mucosite experimentalmente em humanos. Mucosite: Evidencia clínica de inflamação na mucosa peri-implantar associada ao sangramento a sondagem (0,25N de força com inclinação correta), pode ter supuração. Ao radiografar implante com mucosite, não posso encontrar evidência de perda óssea patológica só a de remodelação. Mais espalhada que a lesão de gengivite – por conta da diferença dos tecidos periodontais. Peri-implantite: Evolui mais rápido. Evidência de inflamação clínica, sangramento a sondagem, possível supuração e perda óssea não compatível com o tempo de implante. Higienização precária. Do mesmo jeito que tem inflamação nos tecidos periodontais pode-se ter nos peri-implantares, só que a evolução é mais rápida porque a lesão é mais espalhada As pessoas que fazem implante devem radiografar o implante logo em seguida. Na ausência de radiografia e exames clínicos iniciais, considerar peri-implantite por: perda óssea >= 3mm, profundidade de sondagem >= 6mm e sangramento abundante. Sangramento não é preditor de perda óssea progressiva. Mucosite peri-implantar -> Peri-implantite A mucosite sempre evolui para peri-implantite? Sim. 1. A Peri-implantite traz bactérias que não têm na lesão periodontal. 1. Ainda sabemos muito pouco de Peri-implantite. 1. Não existe um tratamento previsível (que seja um protocolo) – o único jeito seria retirar o implante. Depois de 15 anos: não tem evidência de inflamação, perda óssea não é patológica, então ele não tem mucosite nem peri-implantite e sim saúde peri-implantar. Mucosa saudável e queratinizada Fatores de risco: 1. Não tem relação entre quem teve periodontite vai ter Peri-implantite. Mas, o estilo de vida ruim está estritamente ligado. 1. Habito de fumar e diabetes estão como riscos potenciais, mas não tem muita certeza. 1. Sem evidência mais justificável: Presença de cimento na região da submucosa, pouca quantidade de mucosa ou falta de ceratinização dela ou posição dos implantes. SUGESTÃO DE PROTOCOLO DE DIAGNÓSTICO Região Peri-implantar com ausência de perda óssea: 1. Sem biofilme e sem sangramento -> manutenção 1. Com biofilme visível e com sangramento -> limpeza dos implantes e orientações de higiene e manutenção. Região Peri-implantar com sinais clínicos inflamatórios: 1. Presença de perda óssea -> avaliar a progressão >3mm: tratar POSSÍVEIS TRATAMENTOS (nada disso tem evidência científica): 1. Raspagem manual (como que raspa um parafuso? Difícil e com curetas especiais, de teflon). 1. Acesso cirúrgico + Raspagem 1. Implantoplastia – deixar a superfície do implante lisa, a prof acha uma loucura. 1. Terapia fotodinâmica – usa-se um corante para atingir a bactéria e uma luz para ativá-lo e matar a bactéria (antimicrobiano local). Defeito: não existe um protocolo de qual o melhor corante, quanto tempo eu o deixo, quanto tempo de laser? Qual a melhor frequência? 1. Descontaminação química: gel de clorexidina a 0,12%, peróxido de hidrogênio, tetraciclina 50mg/ml local. Não tem evidencia cientifica, mas é melhor que nada. Tratamento Periodontal X Peri-implantar Hoje é muito claro que a raspagem tem que ser feita em dentes com periodontite ou peri-implantite. Existem outros tratamentos adjuvantes, mas precisa-se fazer a raspagem
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