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Disciplina História
Atividade referente: 06/04 a 17/04.
Professora: Luciana Nicoletti
Aluna: Manuela Vitória Costa Silva 
Temática: a chegada dos portugueses ao Brasil e o início da colonização.
Material de apoio: livro didático, vídeo (youtube) e outros acessados pelos alunos.
Atividade Avaliativa/ valor (5,0 pts)
Meu Diário de Bordo
1- Leia o texto a seguir:
Você sabia que a Carta de Caminha é também chamada de “A certidão de nascimento” do Brasil? 
Esta carta também é uma das representantes do período literário Quinhentismo.
	Considerada tanto o primeiro documento da História brasileira como o primeiro texto literário do Brasil, a carta que o escrivão Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei d. Manuel, em forma de diário, leva ao monarca português uma narrativa pessoal marcada pela observação do que os europeus chamavam de Novo Mundo.
	A carta expressa a preocupação de descrever gestos, corpos e hábitos de alimentação e abrigo dos nativos. Há o desafio de contar como o local foi encontrado e como vivem as pessoas que ali habitam. Trata-se, portanto, de um documento com valor histórico, pela descrição de hábitos, e literário, pelo apuro formal e estilístico.
O documento original, intitulado oficialmente Carta a el-rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil, guardado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, Portugal, é constituído por sete folhas de papel manuscritas, cada uma em quatro páginas, num total de 27 páginas de texto e mais uma de endereço.
	Entre os principais momentos da carta está o relato do primeiro contato dos portugueses com os índios e a prática inicial do escambo, ou seja, a troca de uma mercadoria por outra num inaugural contato comercial. A presença da árvore batizada de pau-brasil e a Primeira Missa também são comentadas.
	O texto é um importante exercício de conhecimento do outro e daquilo que é diferente. Afinal, os índios e a sua forma de existir eram elementos novos e o texto de Caminha é um passo que dá início na construção de um entendimento das possibilidades de diálogo que então se instauravam.
	Elementos como pessoas, animais, plantas, relevo, vegetação, clima, solo e produtos da terra são cuidadosamente descritos. O escriba, porém, não se limitou ao detalhamento, fez ainda, sugestões para o aproveitamento da região. Dois elementos são destacados: o desenvolvimento da agricultura e a cristianização dos índios.
	Nesse contexto de exploração econômica, existe ainda a exaltação das virtudes da terra e da gente brasileira. Tudo isso numa linguagem clara, simples, objetiva realista, com certo equilíbrio nas observações, mesmo perante o inusitado das situações, e uma comovente curiosidade e capacidade de maravilhar-se perante o inédito.
(Texto adaptado de: D’Ambrosio, Oscar, Especial para a Página 3 pedagigia &Comunicação.)
 
	A montagem do sistema colonial e a inserção do Brasil no mercantilismo só começaram a partir da expedição de Martim Afonso de Sousa e, a posteriori, com a instituição do Governo Geral em 1548.
A grande importância da expedição de Martim Afonso só pode ser vislumbrada pelos historiadores, hoje em dia, em virtude do mais rico documento do início do período colonial brasileiro: o Diário de Navegação da Armada, que foi à Terra do Brasil, em 1530, escrito por Pero Lopes de Sousa. O diário de Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim, até hoje constitui um dos documentos mais importantes da nossa história. A sua importância, entretanto, só foi reconhecida no século XIX pelo historiador Francisco Adolfo de Varnhagem, que transcreveu e publicou em livro o Diário.
Ao contrário de um diário contemporâneo, os diários de viajantes da era das grandes navegações ultramarinas não comportavam relatos sentimentais ou algo parecido, mas tinham a função de registrar ao máximo possível os detalhes da expedição, desde a partida até a volta. Logo na abertura do Diário de Pero Lopes, podemos perceber esse cuidado: “Na era de mil e quinhentos e trinta, sábado três dias do mês de dezembro, parte desta cidade de Lisboa, abaixo da capitania de Martim Afonso de Sousa, meu irmão, que ia por capitão de uma armada e governador da terra do Brasil com vento leste sai fora da barra, fazendo caminho sudoeste” (p. 3)
Vê-se que o autor do diário procura dar testemunho de tudo: o local, o líder da expedição, a pessoa do narrador, o tipo de vento que guia a embarcação e o destino dos tripulantes. Em outro trecho, já no litoral da “Terra do Brasil”, diz Pero Lopes: “Sexta-feira pela manhã nos fizemos à vela; era o mar tão grosso que íamos à popa com todas as velas, e não o podíamos romper. Fomos com este vento até o meio dia, que nos deu o vento sudeste, com que fomos correndo a costa esta noite. No quarto da modorra fomos surgir na boca da Bahia de Todos os Santos.” (p.26)
Percebe-se que Pero Lopes está descrevendo o contorno que a embarcação de seu irmão fez em torno da Bahia de Todos os Santos, no litoral do atual estado da Bahia, que era um dos principais centros de povoação do Brasil naquela época. Em outro momento, já em terra firme, Pero Lopes deslumbra-se com a natureza e com os rios caudalosos do Brasil: “[...] A terra é a mais formosa e aprazível que eu jamais cuidei ver: não havia homem que se fartasse d' olhar os campos e a formosura deles. Aqui achei um rio grande; ao longo dele tudo arboreado, o mais formoso que já vi: e antes que chegasse ao mar um tiro de besta se sumia”. (p.47).
Muito da visão paradisíaca que se traçou do Brasil nesse período proveio de descrições como essa. A abundância de recursos naturais era uma das constatações que mais impressionavam os navegantes europeus.
O Diário de Pero Lopes, ao lado de outros documentos, como a Carta de Pero Vaz de Caminha, é de importância crucial para o entendimento de como era a visão que se tinha do Brasil no século XVI. Essa visão, quando contrastada com as visões dos séculos posteriores, auxiliam-nos a perceber como ocorrem as transformações históricas.
Por Me. Cláudio Fernandes
Martim Afonso de Souza, capitão que organizou a colonização do Brasil, teve sua viagem relatada por seu irmão
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
FERNANDES, Cláudio. "Diário de navegação de Pero Lopes de Sousa"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/diario-navegacao-pero-lopes-sousa.htm. Acesso em 27 de maio de 2020.
Agora, sabemos da importância histórica das descrições feitas pelos viajantes, pois além de narrativas pessoais, também serviam como fontes históricas para o estudo do passado. Narrativas estas que nos ajudam a compreender um pouco sobre como pensavam, aguam e viviam as pessoas que viviam na América quando os europeus chegaram.
 Vamos construir uma narrativa? 
Produção pessoal : Elabore um texto de, no mínimo 30 linhas, através do qual você irá descrever este momento em que estamos vivendo: a quarentena que se estende, a pandemia que nos afeta, as mudanças que ocorreram em sua vida e de sua família, o que você aprendeu enquanto lição de vida? Quais os valores importantes para se viver em momentos como esse? O que você sente diante desses acontecimentos? Quais os problemas que você enfrenta? E de que forma consegue resolvê-los? Quais as suas expectativas para o futuro, quando a pandemia passar? Como você acredita que será o mundo e a humanidade depois de tudo isso?
OBS: as narrativas, além de texto, podem conter desenhos, fotos, recortes.
 Use sua criatividade e sua habilidade para fazer a sua narrativa.
	Seu texto deve indicar a data, o lugar o seu nome. Sua idade.

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