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Historiografia brasileira

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0 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ –UVA 
LICENCIATURA ESPECIFICA EM HISTÓRIA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALDENIR NEVES DE FRANÇA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FORTALEZA-CE 
2022 
 
1 
 
ALDENIR NEVES DE FRANÇA 
 
 
HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA 
 
 
 
Trabalho apresentado à universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, como requisito parcial 
para aprovação na disciplina - Historiografia brasileira 
 
 
 
 
 
Aprovado em _______\_______\________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________________________________________________________________ 
 
 
 Supervisão do Curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
1- INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------
- 
3 
2- RESUMO-----------------------------------------------------------------------------
-- 
4 
3- O QUE É HISTORIOGRÁFIA--------------------------------------------------- 5 
4- 
5- QUAL A DIFERENÇA ENTRE HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA ------
-- 
6 
6- VARNHAGEN FUNDADOR DA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA.--
-- 
7 E 8 
7- A IDENTIDADE BRASILEIRA ----------------------------------.-------------- 
 
9 A 11 
8- HISTÓRIA. DE LITERATURA DE VIAGENS------------------------------- 
 
12 
9- RELATOS DE MULHERES VIAJANTES.------------------------------------
-- 
13 E 14 
10- HISTORIADORES FAMOSOS E SUAS IMPRESSÕES---------------------
-- 
15 
11- PERGUNTAS SOBRE LITERATURA INFORMATIVA E RELATOS 
DE VIAGENS ---------------------------------------------------------------- 
 
 16 
12- AS NOVAS ABORDAGENS E PROBLEMÁTICAS DA HISTÓRIA DO 
BRASIL.------------------------------------------------------------------------------ 
 
17 
13- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS------------------------------------------ 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 Introdução. 
 
Este trabalho convida a Conhecer a historiografia brasileira e sua importância para nossa 
história; Características sociais profissionais do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 
mais conhecido como IHGB. Compreender porque houve a necessidade da criação do IHBG. 
Reconhecer a necessidade da criação do IHGB no Brasil em 1838 para o desenvolvimento dos 
conhecimentos geográficos e históricos no Brasil, pelo estímulo à pesquisa com 
reconhecimento da nossa História. Problematizar nossa historiografia , ampliar o conhecimento 
histórico , reconhecer os historiadores como Francisco Adolfo de Varnhagen e outros 
importantes para nossa historiografia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 Resumo 
 
A historiografia é o estudo de como a história é escrita e como nossa compreensão histórica 
muda com o tempo. Esse estudo considera as abordagens usadas pelos historiadores e procura 
entender como e por que suas teorias e interpretações diferem. 
Enquanto o passado em si nunca muda, a escrita da história está sempre evoluindo. Novos 
historiadores exploram e interpretam o passado. Eles desenvolvem novas teorias e conclusões 
que podem mudar a maneira como entendemos o passado. A historiografia reconhece e discute 
esse processo de mudança. 
No geral, é um estudo difícil e complexo. É um componente importante da maioria dos cursos 
de história da universidade, onde se espera que os alunos saibam sobre o passado e como ele 
foi interpretado ao longo do tempo. 
Atualmente, muitos cursos do ensino fundamental e médio incluem alguma historiografia 
básica, geralmente através do estudo de diferentes historiadores e interpretações históricas 
concorrentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Historiografia. 
 
O termo historiografia é composto a partir dos termos “história” (que vem do grego e 
significa pesquisa) e “grafia” (que também vem do grego e significa escrita). Sendo assim, o 
próprio nome já contém o sentido mais claro da expressão, isto é, “escrita de uma pesquisa” ou 
“pesquisa que precisa de uma forma escrita, de uma narrativa”. De forma sucinta: uma escrita 
da história. A historiografia, ou escrita da história, portanto, permeia toda a história das 
civilizações desde suas primeiras manifestações. Tanto as civilizações do Médio Oriente, como 
as que se desenvolveram na Mesopotâmia, quanto as civilização do Extremo Oriente, como 
a chinesa e a hindu, tiveram escribas (pessoas que dominavam a arte da escrita) que se 
encarregavam de escrever, além dos rituais religiosos e da contabilidade econômica das antigas 
cidades, as memórias das tradições que fundaram aquela civilização específica. Nesse processo 
de escrita da história da Antiguidade, por diversas vezes a história esteve entrelaçada com 
os mitos ou com a narrativa mitológica. Só com os gregos, como Heródoto e Tucídides, que a 
história ganhou pela primeira vez uma organização mais sistemática. 
Os autores da historiografia grega foram os primeiros a ter consciência de estarem produzindo 
uma pesquisa com a finalidade de “não deixar os fatos e feitos” de sua época perderem-se no 
tempo (como defendia Heródoto, considerado o “pai da história”). Como herdeiros culturais 
dos gregos, grandes historiadores romanos também desenvolveram sua própria historiografia. 
Foi o caso, por exemplo, de Cícero, Políbio e Tácito. Esse último mencionou em sua obra a 
presença de Jesus de Nazaré na Palestina – que era uma província do Império Romano na 
época. 
Os judeus e os primeiros cristãos também desenvolveram sua historiografia, 
como Eusébio de Cesareia, autor da História Eclesiástica, e Flávio Josefo, autor 
da História Hebraica. Houve também uma historiografia medieval, tanto cristã quanto 
islâmica, e uma historiografia renascentista, como a produzida 
por Maquiavel e Guicciardini. Mas só a partir do século XIX que a história passou a ser 
considerada uma disciplina propriamente “científica”, com métodos próprios e com a 
peculiaridade de sua escrita, de seu relato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
Qual a diferença entre história e historiografia? 
A historiografia é o estudo das melhores maneiras de interpretar as fontes históricas e os modos 
como a história é escrita (a investigação histórica e a história da história). Já a história é o que 
está escrito sobre o passado, com o objetivo de torná-lo o mais próximo possível do que 
aconteceu. 
Qual é o propósito e a importância da historiografia? 
Para entender a historiografia, é preciso primeiro ter a noção de que a compreensão do passado 
não está imune a críticas, desafios ou revisões. 
É preciso também entender a diferença crítica entre fatos históricos (situações apresentadas 
conclusivamente por evidências e aceitas como verdadeiras) e história (o estudo humano e a 
interpretação dessas situações). Sobre as evidências disponíveis, esses fatos são indiscutíveis. 
Porém, tomados por um ponto de vista restritivo, no entanto, eles podem ser isolados ou 
desprovidos de significado. O papel do historiador é dar sentido a esses fatos por meio de 
pesquisa e análise. Para fazer isso, eles examinam e interpretam evidências, formam conclusões, 
desenvolvem teorias e articulam suas descobertas por escrito. 
Os historiadores devem responder a muitas perguntas, incluindo: 
• Como e por que determinadas ações, eventos ou ideias surgiram (causas); 
• Os resultados de determinadas ações, eventos ou ideias (efeitos ou consequências); 
• As contribuições feitas por diferentes pessoas e grupos (ações); 
• A importância relativa ou impacto de diferentes pessoas, grupos ou ideias (significado); 
• Situações que mudaram e outras que permaneceram as mesmas durante um período de 
tempo (mudança e continuidade). 
Ao contrário das ciências físicas, a história produzmuitas respostas diferentes para a mesma 
pergunta. Os historiadores frequentemente estudam os mesmos conjuntos de fatos, mas acabam 
chegando a diferentes explicações ou conclusões. É a partir desse momento que chega o estudo 
historiográfico, analisando as interpretações de um tópico específico escrito por historiadores, 
sobre o passado. Especificamente, uma historiografia identifica pensadores influentes e revela 
a forma do debate acadêmico sobre um determinado assunto. O principal objetivo de escrever 
um artigo historiográfico é transmitir a compreensão de outros historiadores sobre um assunto 
particular, em vez de analisar o próprio assunto. 
Alternativamente, uma historiografia pode atuar como uma introdução a um grande trabalho de 
pesquisa, no qual você irá adicionar sua própria análise. Assim, uma boa historiografia faz o 
seguinte: 
• Aponta livros e artigos influentes que exemplificaram, moldaram ou revolucionaram 
um campo de estudo; 
• Mostra quais acadêmicos foram mais eficazes em mudar o escopo do debate; 
 
 
 
7 
 
Varnhagen foi um dos fundadores da historiografia brasileira 
A importância de Varnhagen na historiografia brasileira é imensa. Foi um dos pioneiros em 
adotar metodologias científicas, como o empirismo e o trato de fontes documentais, 
distanciando a escrita historiográfica da literatura, feita com heróis e vilões, comum nos séculos 
XVII e XVIII. O fundamento da História na análise documental, embora comum em nossos 
tempos, tem origem justamente no século XIX, especialmente com o historiador alemão 
Leopoldo von Ranke. 
 
Seu ofício de historiador está ligado à carreira de diplomata. Diversos documentos pertinentes 
ao jovem país Brasil estavam em arquivos e bibliotecas europeias, especialmente de Portugal e 
da Espanha, devido os domínios coloniais europeus. Documentos sobre assuntos relacionados 
ao Brasil também estavam em outros países sul-americanos e europeus. Os tempos de serviço 
no exterior permitiram a Varnhagen poder pesquisar esses arquivos e bibliotecas, coletando ou 
copiando vasta quantidade de documentos que foram enviados ao Brasil ou usados em sua 
produção intelectual. Especialmente sobre os limites e tratados de fronteira, um dos temas 
principais da diplomacia brasileira na época. 
Varnhagen foi membro do IHGB 
 
 
O que fez posteriormente também, como visto nos itens anteriores. Varnhagen foi membro 
essencial durante a missão fundadora do IHGB, a elaboração de uma história que legitimasse o 
novo país e, principalmente, seu regime, que patrocinava o instituto. A principal obra de 
Varnhagen, História Geral do Brasil, escrita em dois volumes entre 1854 e 1857, busca mostrar 
as particularidades desse país, contrastando com a defesa de um sistema escravista e racial, 
temas de controvérsia em sua obra até hoje. 
 
 
 
Varnhagen, originalmente, possuia cidadania lusitana, 
inclusive servindo como voluntário nas tropas liberais de D. 
Pedro IV de Portugal (o nosso D. Pedro I) que lutaram contra 
seu irmão. Apenas em 1844, aos vinte e oito anos de idade, 
que Varnhagen obteve a nacionalidade brasileira, 
posteriormente admitido na carreira diplomática. Serviu 
postos como Lisboa, Madrid, Paraguai, Venezuela, Nova 
Granada (atual Colômbia), Equador, Chile, Peru, Países 
Baixos e Império Austríaco. Foi na Áustria que Varnhagen 
faleceu, em 1878, aos sessenta e dois anos de idade. 
 
Varnhagen entrou no Instituto Histórico e Geográfico 
Brasileiro em 1841, exercendo o cargo de primeiro-
secretário. Nessa função, organizou a biblioteca do 
instituto, o que o aproximou do Imperador D. Pedro 
II. Suas credenciais de admissão eram ter sido sócio-
correspondente na Academia de Ciências de Lisboa e 
localizado o túmulo de Pedro Álvares Cabral na 
Igreja da Graça, em Santarém. Em Portugal, também 
pesquisou nos Arquivos da Torre do Tombo. 
 
8 
 
Varnhagen está relacionado à história de Brasília, foi um dos pioneiros da defesa da 
interiorização da capital do Brasil após a independência. Realizou estudos cartográficos sobre 
o Planalto Central e, em 1877, viajou ao interior de Goiás com objetivo de explorar a região 
entre as lagoas Formosa, Feia e Mestre d’Armas (próximas da atual cidade de Formosa, estado 
de Goiás), escrevendo um livro sobre o assunto em 1877, A questão da capital: marítima ou no 
interior?. A região de Formosa é vizinha ao local onde foi estabelecida Brasília. A primeira 
Constituição republicana, de 1891, em seu artigo 3º, positivava a criação de uma nova capital 
no centro do país: “Fica pertencendo à União, no planalto central da República, uma zona de 
14 400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada para nela estabelecer-se a 
futura Capital federal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
A identidade brasileira 
Foi decorrente de um processo de construção histórica, como em diversos outros países. Apesar 
de ter se iniciado após a Independência, em 1822, o processo de constituição da identidade 
nacional ganhou um impulso maior após a década de 1930, quando Getúlio Vargas chegou ao 
poder. A partir disso, pôde-se perceber que a construção da identidade, para além de um 
processo cultural, era também um processo político. 
Os esforços para se constituir a identidade brasileira, que também é chamada de brasilidade, 
estão ligados à necessidade de uma coesão social que acompanhe a existência de um Estado 
que administra todo o território nacional. Dessa forma, a manutenção de uma máquina 
administrativa comum a todo o território nacional foi um primeiro passo na construção da 
identidade. Contribuiu ainda para a existência da identidade nacional o fato de a língua 
portuguesa ser comum a todo o território, apesar de suas particularidades regionais. A língua 
seria então um elemento no conjunto de elementos culturais comuns que são constitutivos da 
cultura nacional. Porém, durante o Primeiro Reinado e o Período Regencial, não houve grandes 
avanços na construção da identidade nacional, a não ser a formação de forças repressivas 
militares para garantir a ordem latifundiária e escravocrata em todo o território nacional. Os 
conflitos separatistas provinciais das décadas de 1830 e 1840 eram um obstáculo à integralidade 
territorial e também à coesão social do país recém-independente. 
A forma com que esses conflitos foram reprimidos permite perceber que a violência repressiva 
do Estado contra conflitos sociais que pretendiam alterar a ordem vigente passou também a ser 
constitutiva da identidade nacional. A cultura da violência estatal permeou desde o início a 
formação da identidade nacional. Ainda durante a Regência houve outros esforços nesse 
processo de construção identitária. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 
1838 foi o primeiro passo na tentativa estatal de refletir sobre temas que estariam relacionados 
à nação brasileira. 
Anos depois, no âmbito da Literatura, o surgimento do Romantismo buscou também contribuir 
com a construção dessa identidade. As obras de José de Alencar foram um exemplo de aliar a 
imagem da nação brasileira às suas belezas naturais, como também a mitificação do indígena 
como componente principal da nação brasileira. Esse trabalho literário e cultural buscava criar 
uma interpretação genuinamente brasileira, afastada das influências estrangeiras. 
 
10 
 
Apesar dessas tentativas de unificação de elementos culturais do que seria a brasilidade, a 
grande extensão do território nacional e suas diferentes formas de ocupação resultaram em uma 
diversidade de manifestações culturais regionais. A Proclamação da República e o federalismo 
instituído na administração do Estado espelharam um fortalecimento de movimentos culturais 
regionais, principalmente os ligados à decadente aristocracia das regiões não afetadas pelo 
crescimento econômico de início do século XX. Um exemplo foi o Manifesto Regionalistade 
Gilberto Freyre, publicado em 1926. 
Porém, ao mesmo tempo, houve esforços para a criação de símbolos culturais nacionais, como 
a mitificação da figura de Tiradentes como um herói libertador do Brasil. O Movimento 
Modernista da década 1920 buscava também encontrar as raízes da sociedade brasileira, 
afirmando o nacionalismo como um estágio para se chegar ao universal. Para alcançar essa 
pretensão, Mário de Andrade realizou uma extensa viagem pelo Brasil, pesquisando, 
compilando e estudando os elementos que faziam parte da cultura brasileira. 
Um esforço nacional estatal para a difusão de uma cultura brasileira comum iria se fortalecer 
após a Revolução de 1930. A chegada de Getúlio Vargas ao poder representou um novo 
momento de centralização política, auxiliado pela criação de instituições que pretendiam 
uniformizar práticas administrativas, como o Ministério do Trabalho e a política de 
oferecimento de uma educação básica comum. Neste último caso, a padronização dos currículos 
escolares buscava veicular um conteúdo nacional via processo educativo institucional, levando 
ainda a uma erradicação dos traços culturais das minorias étnicas que não eram aceitos como 
componentes identitários. 
Vargas utilizou também os novos meios de comunicação, principalmente o rádio, para difundir 
essa cultura nacional uniformizada. Passaram a ganhar contornos de representação cultural 
nacional o samba, o futebol e pratos culinários. No exterior, existiu também uma tentativa de 
criar uma imagem da cultura nacional, da qual Carmem Miranda é a principal expressão. 
Entre as décadas de 1940 e 1960, a construção da identidade nacional passou a ser realizada 
levando em consideração a luta contra o que era considerado uma influência colonial, do que 
era vindo da Europa ou dos EUA. A partir da década de 1960, com a ditadura militar e sua 
centralização autoritária e repressiva, aliadas à difusão da televisão pelos domicílios, um novo 
momento de difusão de elementos culturais foi conhecido. As telenovelas passaram também a 
auxiliar na exposição de práticas sociais consideradas expoentes da brasilidade. 
 
11 
 
Só que a partir desse período, a entrada cada vez maior do capital estrangeiro na economia e a 
apresentação de um ideal de modo de vida cada vez mais próximo do estadunidense 
influenciaram o processo contínuo de formação da identidade nacional, momento ainda 
vivenciado no século XXI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
História de Literatura de Viagens. 
Os textos de informação ou literatura de viagens são importantes relatos 
que oferecem ao historiador uma abundante documentação. Para a literatura, os textos 
de informação deram origem ao gênero literário a que chamamos crônica 
aquela que lemos como entretenimento, embora tenha origem histórica 
Os primeiros textos escritos no Brasil retratavam a instauração do processo colonial e eram 
relatos de viajantes e missionários europeus sobre a natureza e o nativo brasileiro. Não 
se pode chamar tais escritos de textos literários, pois seu objetivo era relatar com 
objetividade aquilo que os exploradores encontravam por aqui, o que, por muito tempo, 
deixou textos preciosos longe dos manuais de literatura. O mais célebre relato sobre 
o Brasil é, sem dúvida, a Carta de Pero Vaz de Caminha. A Carta, assinada em 1 de maio 
de 1500, informa ao Rei D. Manoel os detalhes da viagem desde a partida de Belém, em 9 
de março. O escrivão fala sobre as belezas naturais, a nudez dos nativos, a celebração 
da primeira missa e os degredados deixados aqui. 
Senhor, 
Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros 
capitães escreveram a Vossa Alteza a nova 
do achamento desta vossa terra nova, quer ora nesta 
navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha 
conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que – 
para bem contar e falar – o saiba pior que os outros fazer. 
Tome Vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa vontade, e 
creia bem por certo, para aformosear nem afear, não porei aqui 
mais do que aquilo que vi e me pareceu. 
[…]Carta de Pero Vaz de Caminha. 
 
. 
 
Além da Carta, são célebres também os seguintes textos sobre o Brasil “recém-
achado”: Diário de Navegação, de Pero Lopes, escrivão do grupo de Martim Afonso 
de Sousa (1530); Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz a que 
vulgarmente chamamos Brasil, de Pero Magalhães Gândavo (1576); Narrativa Epistolar e o 
Tratado da Terra e da Gente do Brasil, escrito pelo jesuíta Fernão Cardim (1583); Diálogos 
das Grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618); o Diálogo da Conversão 
dos Gentios, Padre Manoel da Nóbrega; História do Brasil, do Frei Vicente de Salvador 
(1627). 
Com o passar do tempo, a crônica perdeu seu caráter histórico e ganhou status 
de arte literária. Os textos deixaram de ser a memória histórica da nação e 
passaram a ocupar os folhetins. Publicadas em jornais, as crônicas do século XIX 
eram textos para leitura rápida e reflexo da vida cotidiana – característica que chegou ao 
século XXI. 
 
 
 
 
 
13 
 
Relatos de mulheres viajantes. 
 
Maria Graham 
A inglesa Maria Graham escreveu um dos relatos mais conhecidos sobre o Brasil, publicado 
em 1824, quando ela já era uma autora consolidada de livros de viagem. Diário de uma viagem 
ao Brasil comenta as três vezes que esteve no país, visitando Pernambuco, Bahia e Rio de 
Janeiro entre 1821 e 1823, a princípio acompanhando seu marido, o capitão da marinha inglesa 
Thomas Graham, e depois da sua morte no Chile, viaja sozinha. Paralelamente às esperadas 
frustrações com o clima, a comida, as cidades e seus habitantes, Graham descreve as mudanças 
durante os encaminhamentos do processo de independência do Brasil. A autora se destacava 
nos círculos da elite pelo seu alto nível de instrução e suas conexões importantes, e acabou 
observando as insatisfações com a Coroa portuguesa de dentro dos altos escalões da sociedade 
e da política, inclusive tendo contato com a família de D. Pedro I; Graham se tornaria preceptora 
de Maria da Glória, filha do imperador, e manteve correspondência com a imperatriz 
Leopoldina depois do seu retorno à Inglaterra. A proximidade é tamanha que há no livro 
transcrições de correspondência discutindo assuntos de Estado, inclusive do próprio D. Pedro 
I. 
Quinta-feira, 10 de Janeiro – Houve ontem uma reunião da Câmara do 
Rio e, após uma curta deliberação, os seus membros foram em 
procissão, acompanhados de grande concurso de povo, ao príncipe, com 
uma enérgica petição contra sua saída deste país e uma viva súplica para 
que ele ficasse em meio ao seu fiel povo. S.A.R. recebeu-os gentilmente 
e respondeu que, desde que parecia ser a vontade de todos, ele 
permaneceria. Esta declaração foi recebida com gritos e com 
entusiasmo, correspondidos com descarga de artilharia e com todos os 
sinais de regozijo público. (Graham, 1824) 
Elizabeth Agassiz 
Assim como o livro de Graham, o relato redigido pela educadora estadunidense Elizabeth 
Agassiz e seu marido, o zoólogo suíço Louis Agassiz, tem uma abordagem que se volta menos 
ao exótico e mais a uma postura de pesquisa, tendo inclusive a preocupação em definir termos 
científicos usados no texto. Viagem ao Brasil é lançado em 1869 relatando a expedição Thayer, 
que reuniu uma equipe de pesquisadores para estudar espécies de peixes no rio Amazonas e no 
Rio de Janeiro. 
O assunto atraía atenção por estar no contexto das investigações em torno da origem das 
espécies e os resultados do estudo seriam um dos argumentos para Agassiz defender que o 
surgimento e desaparecimento das espécies estavam diretamente motivados pela ação de um 
criadore assim, não teriam uma relação de parentesco entre si, e sim origens isoladas; seu 
contemporâneo Charles Darwin, como se sabe, defendia o oposto. Agassiz estendia sua teoria 
aos seres humanos, afirmando que as raças humanas teriam origens e características diferentes 
e definidoras, sendo a miscigenação não só indesejável, como “contaminante” para as raças, 
apagando seus traços mais positivos e característicos, criando seres inferiores, sem caráter. Mais 
tarde tais teorias seriam base para pensamentos como a eugenia. 
A sociedade brasileira é então uma grande vitrine para os observadores estrangeiros, não tão 
habituados à escravidão, muito menos às proporções do tráfico de escravos no Brasil. Nos 
relatos, o repúdio à prática é quase um consenso, havendo em praticamente todos os textos das 
viajantes comentários perplexos diante das condições às quais os escravos eram submetidos. 
http://200.144.255.123/Imagens/Biblioteca/YAN/Media/YANR958.pdf
http://200.144.255.123/Imagens/Biblioteca/YAN/Media/YANR958.pdf
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/7133
 
14 
 
Ao mesmo tempo, contudo, há igual perplexidade diante da presença de negros livres na 
sociedade, sobretudo em círculos um pouco mais elitizados. 
E os negros continuavam a dançar ao clarão duma grande fogueira. De 
tempos em tempos, quando a sua excitação atingia o mais alto grau, eles 
atiçavam as chamas que projetavam estranhos e vivos clarões sobre o 
grupo selvagem. Não se podem contemplar esses corpos robustos, nus 
pela metade, essas fisionomias desinteligentes, sem se formular uma 
pergunta, a mesma que inevitavelmente se faz toda vez que a gente se 
encontra em presença da raça negra: “Que farão essas criaturas do dom 
precioso da liberdade?” O único meio de pôr um termo às dúvidas que 
nos invadem então é de pensar nas consequências do contato dos negros 
com os brancos. Pense-se o que se quiser dos negros e da escravidão, 
sua perniciosa influência sobre os senhores não pode deixar dúvidas em 
ninguém. (Agassiz, 1869) 
 
Ina Von Binzer 
A professora alemã Ina von Binzer, ou Ulla von Eck como assinava, escreve em uma das suas 
cartas: “Estará certa essa manifestação de boa índole e seremos nós disciplinados demais?”. A 
pergunta é dirigida a sua amiga na Alemanha, com quem se correspondia relatando suas muitas 
frustrações nos anos em que morou no Brasil. Binzer é uma das viajantes que não possuía 
grande riqueza, e veio ao Brasil a trabalho: educar os filhos de um fazendeiro no Rio de Janeiro 
e depois trabalha em São Paulo, também lecionando. As cartas de Binzer são reunidas em 1887, 
em um livro intitulado Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil, publicado em 
português apenas em 1956. Seus relatos são repletos de comentários um tanto cômicos sobre as 
dificuldades de educar crianças brasileiras com métodos alemães e alguns episódios típicos de 
choques de culturas. 
Um deles se passa na noite de São João de 1882, foguetes estouravam para todos os lados 
formando uma nuvem de fumaça que fatalmente entrava nas casas. Gente de todas as idades e 
estratos sociais estourava seus foguetes e estalinhos, muitas vezes das janelas em direção às 
ruas. Ela descreve com muito choque as senhoras elegantes empunhando os canudos dos 
foguetes e se divertindo muito, assim como os estudantes aparentemente inofensivos até o 
momento que cruzassem com uma senhora, sobretudo se fosse estrangeira, que seria 
prontamente aterrorizada com estouros mirados nos seus pés. Irritada, Binzer não compreende 
o fascínio dos brasileiros com a brincadeira, mas dirige seus lamentos apenas à amiga alemã, 
guardando para si as certezas sobre a falta de civilidade dos brasileiros.Diante da novidade que 
esses relatos podem representar, a romantização das figuras das autoras é quase inevitável. 
Porém, ainda que o enfrentamento das dificuldades das longas viagens e a publicação dos 
relatos sejam precedentes importantes, também é verdade que nos textos não há um discurso 
que indique uma militância nesse sentido, e que não os textos não possuem como um todo um 
diferencial de estilo ou conteúdo que possa ser justificado pelo gênero. 
No entanto, ainda que exista a conformidade com a literatura de viagem que já era publicada 
aos montes na Europa graças à internacionalização do comércio e industrialização da imprensa, 
a dificuldade de encontrar traduções, reedições ou estudos sobre esses relatos também aponta 
que eles em geral não recebem atenção equivalente, apesar do óbvio valor de registro histórico 
que possuem; Maria Graham é uma exceção. O estudo dos Agassiz, por exemplo, muitas vezes 
é referido como sendo apenas de Louis Agassiz, embora Elizabeth também seja uma 
pesquisadora de grande porte, tenha redigido, participado da expedição e tenha seu nome 
impresso no livro – nas primeiras edições, apenas Senhora Agassi. 
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/2697
 
15 
 
Historiadores famosos e suas impressões. 
Para Gilberto Freyre, a miscigenação era positiva. ... Para Freyre, o Brasil colonial apresentou 
uma sociedade que miscigenou e integrou africanos, índios e brancos, e era isso que teria 
formado uma raça mais forte, mais intelectualmente capaz e com uma cultura mais elaborada. 
O europeu saltava em terra escorregando em índia nua; os próprios 
padres da Companhia precisavam descer com cuidado, senão atolavam 
o pé em carne. Muitos clérigos, dos outros, deixaram-se contaminar 
pela devassidão. As mulheres eram as primeiras a se entregarem aos 
brancos, as mais ardentes indo esfregar-se nas pernas desses que 
supunham deuses. Davam-se ao europeu por um pente ou um caco de 
espelho. 
Gilberto Freyre FREYRE, G., Casa-Grande & Senzala. 
Para Manoel Luiz Salgado Guimarães a Historiografia assume o lugar do que chamamos, 
hoje, de história da historiografia. 
“[...] o trabalho historiográfico nos impõe uma interrogação da memória e de suas artimanhas, 
voltadas para a sacralização dos objetos sobre as quais se debruça” 
GUIMARÃES,Luis Salgado,Op cit.,32 
Henry Koster morava em Recife, mas sentindo-se bem da doença que tinha, resolveu fazer 
uma viagem pelo Nordeste brasileiro que levou cerca de quatro meses: de Pernambuco seguiu 
pela Paraíba e adentrou o Rio Grande do Norte até alcançar o Ceará; depois retornou à 
Pernambuco seguindo aproximadamente a mesma rota. 
 “[...] Sertão do nordeste, do Recife a Fortaleza, em época de seca, viajando em ‘comboio’, 
bebendo agua de ‘borracha’, comendo carne assada, dormindo debaixo das árvores [...]” 
(KOSTER, 1942, p. 22). 
Caio Prado Júnior Na qualidade de um “historiador materialista”, sua análise da realidade 
brasileira tem uma perspectiva crítica e comprometida com a sua transformação. 
Essas considerações nos permitem entrever as importantes 
consequências de ordem prática e política que derivam de uma 
adequada análise e interpretação teórica do assunto. A caracterização 
do sistema econômico dominante na agropecuária brasileira, conforme 
se faça ou não no sentido de sua assimilação ao agrarismo feudal, leva 
respectivamente num e noutro caso a conclusões de ordem práticas 
essencialmente distintas e da maior significação. Não é por simples luxo 
teórico e preocupação acadêmica que estamos aqui insistindo nesse 
ponto e procurando mostrar o desacerto que consiste em interpretar a 
nossa economia agrária e as relações de produção e trabalho nele 
presentes como derivações, ou remanescentes de obsoletas e 
anacrônicas formas e estruturas feudais. Uma interpretação como essa 
leva naturalmente à conclusão e é realmente o que se tem verificado no 
caso da defeituosa teoria da revolução brasileira até hoje consagrada de 
que a luta dos trabalhadores rurais brasileiros teria essencialmente por 
objetivo a livre ocupação e utilização da terra que hoje trabalham a 
título de empregados da grande exploração. E se dirigiria assim no 
sentido da reivindicação dessa terra. Reivindicação essaque 
representaria, e de fato representa à luz daquela interpretação, a 
superação do feudalismo agrário ou o que dele sobrasse na atual 
conjuntura do campo brasileiro. (PRADO JÚNIOR, 1968, p.63). 
https://www.pensador.com/autor/gilberto_freyre/
 
16 
 
Literatura informativa\Relatos de viagem. 
 
O que se entende por literatura informativa sobre o Brasil? 
(FUVEST-SP) Entende-se por literatura informativa no Brasil: conjunto de relatos de viajantes 
e missionários europeus, sobre a natureza o homem brasileiro. a história dos jesuítas que aqui 
estiveram no século XVI. 
 
Como podemos caracterizar a literatura informativa no Brasil? 
A Literatura de Informação corresponde aos textos de viagens escritos em prosa e fazem parte 
do primeiro movimento literário do Brasil: o Quinhentismo (1500-1601). Recebem esse nome 
pois são textos de caráter informativo os quais eram escritos com o intuito informar sobre as 
novas terras descobertas. 
 
Quais são os principais nomes da literatura informativa? 
Os principais autores do Quinhentismo são: 
• Pero Vaz de Caminha; 
• Hans Staden; 
• Padre José de Anchieta; 
• Padre Manuel da Nóbrega. 
Qual a função da literatura informativa? 
A literatura informativa, também chamada de literatura dos viajantes ou dos cronistas, consiste 
em relatórios, documentos e cartas que empenham-se em levantar a fauna, flora e habitantes da 
nova terra, com o objetivo principal de encontrar riquezas, daí o fato de ser 
uma literatura meramente descritiva e de pouco valor. 
 
Qual era o objetivo da literatura de informação? 
Literatura de informação é um segmento do Quinhentismo, o primeiro movimento literário 
ocorrido no Brasil, logo após a chegada dos colonizadores portugueses. Possui esse nome pois 
seu principal objetivo era informar o que ocorria na colônia portuguesa. ... A literatura de 
informação teve seu fim no começo do século XVII. 
 
Como os relatos diários de viagem foram importantes para a construção da história do 
nosso país? 
Até o século XIX, os relatos de viagem foram um importante meio de representação do "outro" 
e de países distantes. ... A partir de então, reiniciou a vinda de estrangeiros oriundos das mais 
diversas regiões do mundo e com os mais diversos interesses no país. 
 
 
 
 
 
17 
 
As novas abordagens e problemáticas da história do Brasil. 
Tão importante quanto o papel de um rei ou de um grande líder na visão tradicional da 
historiografia positivista por exemplo. Depois da nova forma de abordar a História com a escola 
dos Annales de Bloch e Fevre, todos os seres humanos são capazes de fazer história, deixando 
suas marcas no tempo em que vivem ou viveram, por isso, os Homens enquanto seres humanos, 
são completamente importantes para o estudo social da História como ciência segundo a Escola 
dos Annales 
A História é em primeiro lugar o exercício permanente de certo olhar, 
de certo espírito crítico, de certo “fazer” [...]. É lamentável, quando se 
vê que certas orientações da concepção de história, a meu ver 
essenciais, não penetraram de fato o território da história: a história-
problema, a história aberta a outras ciências sociais, a história que não 
se encerra na narrativa. O que está em jogo me parece demasiado 
importante para que eu me resigne a essa situação. Sim, Lucien Febvre 
continua tendo razão, os “combates pela história” prosseguem. [...] 
nunca a pesquisa histórica esteve tão viva quanto hoje. Para mim, é o 
que conta. Por outro lado, a demanda intelectual e social da história 
também me parece crescente. Os historiadores não podem esquivar-se 
dela. (Le Goff, 1974) 
Trata-se de estabelecer uma história que banaliza as formas de representação coletivas e as 
estruturas mentais das sociedades, cabendo ao historiador a análise e interpretação crítica dos 
dados. São analisados globalmente os fenômenos de longa duração, os grandes conjuntos 
coerentes na sua organização social e econômica e articulados por um sistema de representações 
homogêneo. A nova história também recorre à antropologia histórica. Por sua definição 
abrangente do objeto da História, essa corrente também foi designada "História total", em 
contraste com as abordagens que privilegiam a política ou a "teoria do grande homem" 
de Thomas Carlyle e outros. 
A nova história rejeita a composição da História unicamente como narrativa e a valorização dos 
documentos oficiais como única fonte básica de pesquisa. Em contrapartida, considera as 
motivações e intenções individuais como elementos explicativos para os eventos históricos, 
mantendo a velha crença na objetividade. 
Hoje a historiografia é discutida em vários sentidos, principalmente no que se refere à visão 
ideológica dos historiadores. Fala-se muito em tipos de historiografia que se ajustam de acordo 
com a ideologia ou a nacionalidade. É o caso, por exemplo, da “historiografia marxista”, 
“historiografia conservadora”, ou “historiografia brasileira” e “historiografia francesa”, 
ou inglesa”, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Representa%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_Carlyle
https://pt.wikipedia.org/wiki/Objetividade
 
18 
 
REFERENCIAS BIBIBLIOGRÁFICAS. 
1- Claudio Fernandes\ https://escolakids.uol.com.br/historia/o-que-e-historiografia 
 
 
 
2- Elizabeth e Louis Agassiz , Viagem ao Brasil, 1869 
 
 
3- Filipe figueredo\https://cursosapientia.wordpress.com/2016/05/04/cinco-fatos-
sobre-varnhagen/ 
 
4- FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala, 9º ed. Rio de Janeiro. José 
Olympio,1958. 2 vols. 
5- GUIMARÃES, Manoel Luís Salgado. Nação e civilização nos trópicos. Estudos 
Históricos n° 1. Rio de Janeiro, FGV 1988. 
 
 
6- https://conversadeportugues.com.br/2010/04/descobrimento-do-brasil-e-literatura-
de-viagem/ 
 
7- Ina von Binzer, Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil, 1883 
 
8- Juliana bezerra\https://www.significados.com.br/historiografia 
 
9- KOSTER,Henry. Viagens ao Nordeste do Brasil. Tradução e prefácio: Luiz 
Câmara Cascudo.11.ed atual Recife. Fundação Joaquim Nabuco. Ed. Massangana. 
2002. 2 volms. 
 
10- Maria Graham, Diário de uma viagem ao Brasil e de uma estada nesse país 
durante parte dos anos de 1821, 1822 e 1823, 1824 
 
11- Wikipedia.org › Francisco Adolfo de Varnhagen 
 
 
 
 
 
 
 
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/7133
https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/2697
http://200.144.255.123/Imagens/Biblioteca/YAN/Media/YANR958.pdf
http://200.144.255.123/Imagens/Biblioteca/YAN/Media/YANR958.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Adolfo_de_Varnhagen
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Adolfo_de_Varnhagen
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