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GRATIFICAÇÃO DE NATAL (13º SALÁRIO) a) - PREVISÃO LEGAL: Leis nº 4.090/62 e nº 4.749/65 e Constituição Federal, arts. 7º, VIII; e, art. 201,§ 6º. b) - CONCEITO: É uma gratificação compulsória devida a todo empregado no mês de dezembro de cada ano. O seu valor equivale a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço. As normas legais Não obstante fazer parte do ordenamento jurídico desde a década de 60, somente com o advento da Constituição Federal de 1988 é que a gratificação natalina se tornou um direito constitucional, previsto no inciso VIII do artigo 7º. Trabalhadores contemplados O décimo terceiro salário não é devido somente ao trabalhador urbano, mas também ao rural, ao trabalhador doméstico, aos aposentados e também aos trabalhadores temporários e avulsos. Em se tratando da administração pública, o pagamento da gratificação natalina deverá ser assegurado aos trabalhadores que são contratados sob o regime celetista. Natureza O 13º salário tem natureza salarial vez que seu pagamento é efetuado anualmente, com habitualidade e assim, integra o salário para todos os efeitos legais. c) - FORMA DE PAGAMENTO: A gratificação natalina deve ser paga em duas parcelas: A primeira parcela, é paga entre os meses de fevereiro e novembro. A segunda parcela, deve ser paga até o dia 20 de dezembro. Ob.: A primeira parcela pode ser paga junto com as férias, se requerido pelo empregado em janeiro do correspondente ano. 13º SALÁRIO PROPORCIONAL: Dispensa sem justa causa; Dispensa indireta; Término do contrato a prazo determinado; Aposentadoria; Extinção da empresa; Pedido de demissão. Obs.: Todavia, se o empregado for despedido por justa causa, perde o direito à percepção do 13º salário proporcional e, se já recebeu a primeira metade, a lei autoriza a compensação desse valor com qualquer crédito trabalhista, tais como saldo de salário e férias vencidas. Havendo rescisão do contrato de trabalho por culpa recíproca, o empregado terá direito ao recebimento de 50% do valor da gratificação natalina. Base de Cálculo Como base de cálculo, a gratificação natalina terá a remuneração do mês de dezembro. Todavia, para os casos em que o trabalhador não conta com um ano completo de serviço, este será calculado de forma proporcional, apurada na fração de 1/12, por mês de serviço trabalhado, no ano correspondente. Neste caso, deverá ser considerado como mês de serviço, para fins de apuração da gratificação natalina, a fração igual ou superior a quinze dias de trabalho. Para os empregados que percebem remuneração variável, o cálculo da gratificação natalina deverá ter como base a média dos valores recebidos durante o ano. Em se tratando de empregados mensalistas ou diaristas, o cálculo da gratificação natalina deverá considerar a remuneração de 30 dias. No caso dos empregados horistas, o cálculo da gratificação natalina deverá considerar a remuneração equivalente a 220 horas. Empregado afastado para o serviço militar Para os empregados que se encontram afastados do serviço devido ao cumprimento de serviço militar obrigatório, não haverá pagamento do 13º salário, vez que a o afastamento repercute apenas para efeitos de indenização e estabilidade. Todavia, referente ao período já trabalhado antes do afastamento para o serviço militar, será assegurado ao empregado o pagamento do 13º salário, de forma proporcional. Empregado afastado do serviço Para os empregados que se encontram afastados do serviço, gozando de benefício previdenciário, o empregador deverá pagar a gratificação natalina referente aos 15 primeiros dias de afastamento. Todo o período restante será pago pela previdência social. Caso prático Uma Pessoa que trabalhou 8 meses em uma empresa, recendo um salário de R$ 2.500,00, receberá quanto de 13º proporcional? Cálculo: remuneração / 12 x a quantidade de meses trabalhados 2500/12 = 208,33 208,33 x 8 ( qtd de meses) = 1.666,6 resposta= R$ 1.666,66 IMPORTANTE Assim como aconteceu com a aprovação do projeto em 1962, a Lei 13.467, sancionada em julho de 2017, conhecida como reforma trabalhista, não alterou nenhum ponto relacionado ao 13º salário. Ao contrário: embora o artigo 611-A da CLT, introduzido pela reforma, considere que as convenções e acordos coletivos de trabalho possam ter prevalência sobre a lei, o artigo 611-B inclui o 13º entre os direitos que não podem ser suprimidos ou reduzidos por meio de negociação.
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