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AVALIAÇÃO CARDIOVASCULAR Prof. Ma. Joyce Freitas 2019 A principal função do aparelho cardiovascular é levar aos tecidos sangue oxigenado e nutrientes, além dos hormônios, e transportar o sangue com dióxido de carbono (CO2) e metabólitos, para que seja novamente depurado e iniciado o processo de arterialização. Esse sistema é composto pelo coração e pelos vasos, que formam a grande e a pequena circulação. A avaliação do sistema cardiovascular deve ser realizada a partir de dados obtidos na anamnese do paciente, no exame físico e em outros recursos diagnósticos. Introdução Histórico de Enfermagem • História atual da doença: análise completa dos seguintes sinais e sintomas: • Dor torácica (precordialgia); • Náuseas e vômitos; • Dispnéia; • Edemas; • Palpitações; • Fadiga • Variações da PA e FC • Síncope/tonturas; • Tosse e hemoptise; • Nictúria; • Cianose; • Dor nas extremidades e parestesias. Histórico de Enfermagem • Parâmetros de avaliação: perguntas a serem feitas em uma avaliação de sintomas: • Início dos sintomas; • Ocasião que desencadeia o sintoma; • Duração: contínua ou intermitente; • Tipo de dor, região, intensidade e irradiação; • Tratamentos anteriores: • Clínico: medicamentoso • Cirúrgico • Procedimentos invasivos: Ex: Cateterismo • Implante de disposivo: Ex: Marca-passo Histórico de Enfermagem • História de saúde pregressa: ▫ Doença relevantes da infância e imunizações; ▫ Problemas de saúde agudos e crônicos pregressos; ▫ Fatores de risco; ▫ Cirurgias pregressas; ▫ Exames diagnósticos e intervenções pregressas; ▫ Medicações em uso; ▫ Alergias e reações a medicamentos, alimentos, corantes de contraste, entre outros; ▫ Transfusões. FATORES DE RISCO: • Não controláveis: idade, hereditariedade, sexo e etnia. • Modificáveis, tratáveis ou controláveis: Tabagismo, colesterol elevado, HAS, Sedentarismo, Obesidade e DM. • Contributivos: Estresse e Consumo excessivo de álcool Histórico de Enfermagem • Antecedentes familiares/pessoais/sociais: • Cardiopatia isquêmica; • HAS; • Prótese valvar; • Endocardite; • Cardiopatias congênitas; • Cardiomiopatia dilatada; • Cardiomiopatia hipertrófica; • Endocardiomiopatia; • Pericardiopatias. Exame Físico INSPEÇÃO PALPAÇÃO AUSCULTA Inspeção • Exame físico geral • Como o paciente encontra-se no leito? Está confortável? • Qual sua posição? • Está em decúbito dorsal, em posição ortostática ou sentado? • Parece tranquilo ou inquieto? • Apresenta sinais claros de desconforto respiratório (dispneia) ou de cansaço ao responder as perguntas? Inspeção inicial dá uma ideia da capacidade funcional do coração. Inspeção • Verificar Pressão arterial • Características do pulso • Frequência cardíaca • Peso e o volume de diurese em determinado tempo Avaliação do funcionamento do sistema cardiovascular Inspeção • Os dados antropométricos • Peso • Altura • Circunferência abdominal e relação cintura-quadril Avaliação do estado nutricional do paciente: • Sobrepeso e a obesidade podem representar um fator de risco cardíaco • Perda ponderal, um agravamento da condição cardíaca (insuficiência cardíaca) Circunferência abdominal e relação cintura-quadril • Gordura • Subcutânea: distribuída por todo o organismo • Visceral: acumulada no abdome. Circunferência abdominal Relação cintura-quadril • Risco Cardiovascular • Homem: superior a 0,90 e Mulher: superior a 0,85 Inspeção • Turgência Jugular: insuficiência cardíaca. • Indica alterações de pressão e volume dentro do átrio direito. Inspeção Avaliação da presença de turgência jugular Inspeção • Cianose: cor azulada ou acinzentada, evidencia-se geralmente ao redor dos lábios, na ponta do nariz, nos lobos das orelhas e nas extremidades das mãos e dos pés (no leito ungueal e nas polpas digitais). • Insuficiência cardíaca descompensada, especialmente insuficiência ventricular esquerda impedindo a troca de CO2 por oxigênio (O2) ao nível pulmonar e diminuindo, por sua vez, ao nível capilar. Inspeção estática • Tórax: ▫ Cicatrizes; ▫ Deformidades. Tórax Cariniforme (pectus corinatum) Raquitismo na infância: o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando num tórax que se assemelha ao de aves Inspeção dinâmica/Palpação • Precórdio: Tangencial e Frontal ▫ Ictus cordis: impacto da ponta do coração a cada sístole ventricular. Visualizado (ou não) e celeridade. Pulso Corresponde ao movimento de contração e expansão de uma artéria, também chamada de batimentos cardíacos. Geralmente verifica o pulso nas artérias radial, temporal, femural, carótida e dorsal dos pés. É importante na hora de verificar o pulso, o profissional não usar o polegar, para não confundir a sua pulsação com a do paciente. Convencionalmente, a frequência normal do ser humano varia de 60 a 100 batimentos por minuto, podendo sofrer variações, de acordo com o estado do paciente, recebendo assim alguns termos técnicos. Palpação Locais de verificação Outro locais Apical Ulnar Cubital Tibial posterior Terminologia Pulso normocárdico: Batimento cardíaco normal Pulso rítmico: os intervalos entre os batimentos são iguais Pulso arrítmico: os intervalos entre os batimentos são desiguais Taquicardia ou Taquisfigmia: frequência acima da faixa normal Bradicardia ou Bradisfigmia: frequência abaixo da faixa normal Pulso filiforme: indica redução da força ou do volume do pulso periférico VALORES DE REFERÊNCIA PARA PULSAÇÃO Adultos – 60 a 100 bpm; Crianças – 80 a 120 bpm; Bebês – 100 a 160 bpm. Palpação • Edemas: • Verificação nos membros inferiores • Indicação de insuficiência ventricular direita (IVD). • A medida do edema também é feita por meio da escala em cruzes (de + a ++++). • Em pacientes cardiopatas: • Aparece durante todo o dia • A temperatura no local é baixa - vasoconstrição Palpação • Avaliação da Perfusão Periférica • Teste de enchimento capilar e da coloração das extremidades fornece indícios para a avaliação da função ventricular esquerda e do débito cardíaco. • Consiste em comprimir a polpa do dedo contra a unha até esta ficar branca e libertar a pressão. A recoloração do leito ungueal faz-se normalmente em cerca de 2 a 3 segundos. Ausculta É o método que oferece informações acerca dos sons cardíacos, que são chamados de bulhas cardíacas, do enchimento ventricular e do fluxo sanguíneo pelas valvas cardíacas, bem como do ritmo. A ausculta do coração deve ser realizada com o paciente relaxado e com o precórdio descoberto. É realizada em pontos do tórax nos quais é captado o ruído das valvas. Essas áreas, chamadas de focos de ausculta, são: o foco mitral, que corresponde ao choque de ponta e está localizado no cruzamento do quinto espaço intercos tal esquerdo com a linha hemiclavicular; o foco tricúspide, localizado na base do apêndice xifoide; o foco aórtico, que fica no segundo espaço intercostal à direita, junto ao esterno; e o foco pulmonar, no segundo espaço intercostal à esquerda, junto ao esterno Ausculta Bulhas cardíacas A primeira bulha cardíaca (B1) está ligada ao fechamento das valvas mitral e tri- cúspide (valvas atrioventriculares [AVs]): Ela marca o início da sístole. É mais audível com o diafragma do estetoscópio colocado sobre o ápice do coração (foco mitral) e no foco tricúspide. A B1 resulta do fechamento abrupto das valvas AVs, o que causa certa turbulência do sangue e vibração de estruturas dentro dos ventrículos. A segunda bulha (B2) guarda uma relação com o fechamento das valvas pulmo- nar e aórtica (semilunares), sendo mais audível com o diafragma do estetoscó- pio colocado sobre a base do coração, no segundo espaço intercostal direito, na região paraesternal (foco aórtico): Ela marca o final da sístole e o início da diástole (enchimento ventricular) Foneticamente, as bulhas cardíacas foram consideradas como “tum-tá”. A B1 corresponde ao “tum”, e a B2, ao “tá” Pressão arterial A pressão ou tensão arterialé um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; Relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016; BRASIL, 2013 Normotensão: PA dentro dos parâmetros normais Hipertensão: PA acima da média Hipotensão: PA inferior à média Classificação PAS (mmHg) PAD (mmHg) Ótima ≤120 ≤80 Normal <130 < 85 Limítrofe 130-139 85-89 Hipertensão Estágio I (leve) 140-159 90-99 Estágio II (moderado) 160-179 100-109 Estágio III (grave) ≥180 ≥110 A pressão arterial elevada foi redefinida no Estados Unidos pela primeira vez em 14 anos: sistólica acima de 130 mmHg agora já é considerado hipertensão. A pressão arterial elevada agora é definida como resultados de ≥130 mmHg para pressão arterial sistólica, ou resultados de ≥80 mmHg para a medida da diastólica. Essa é uma mudança em relação à antiga definição de 140/90 mmHg, refletindo complicações que podem ocorrer nos números mais baixos SOCIEDADE AMERICANA DE CARDIOLOGIA, 2017 Instrumentos de aferição ESFIGMOMANÔMETRO BULBO COM VÁLVULA MANÔMETRO - DIGITAL - PRESSÃO MANGUITO COM BOLSA INFLÁVEL COLUNA DE MERCÚRIO TUBO PLÁSTICO OU BORRACHA HASTES OLIVA S BARRA REGULADORA DE TENSÃO CAMPÂNUL A CORPO DIAFRAGMA ESTETOSCÓPI O Instrumentos de aferição Instrumentos de aferição Locais de aferição COMO VERIFICAR?
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