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PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DE LESÕES Cláudia Oliveira; Douglas Correia; Eduarda Lorena; Fernanda Cecília; Jaqueline Sena; Karoliny Roxelly; Thailer Araújo; Thayrone Andrade; Virlayne Larissa. FUTEBOL FISIOTERAPIA NA SAÚDE DO ATLETA – Prof. Rodrigo Nascimento Alves Incluir aqui o olhar para caminhada. * O futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo, com participantes em todas as faixas etárias e diferentes níveis e com, aproximadamente, 400 milhões de adeptos no mundo, sendo que desses 30 milhões se encontram no Brasil. De acordo com a Federação internacional de futebol (FIFA) existem mais de 200 milhões de atletas licenciados pela federação em todo mundo (SILVA et al, 2005). DESCRIÇÃO DO ESPORTE * O futebol é caracterizado como um esporte intermitente, predominantemente aeróbio, onde as ações determinantes do jogo são anaeróbicas (como marcar ou conceder gols), realizados em alta intensidade e com curtos espaços de recuperação, exigindo força e velocidade (ISPIRLIDIS et al., 2008; LITTLE; WILLIAMS, 2007; STØLEN et al., 2005). Por ter essas características o futebol exerce grande estresse metabólico induzindo a fadiga central e periférica. No decorrer do jogo e da temporada, os atletas se demonstram mais cansados, com falta de foco e queda na performance física (MOHR; KRUSTRUP; BANGSBO, 2005; CARLING; DUPONT, 2011). CHUTE: Segundo Moreira et al (2004), ocorre na articulação do joelho uma extensão brusca e rápida do joelho realizada pelo músculo quadríceps (reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio) seguido de uma flexão de quadril (realizado pelos músculos reto femoral, iliopsoas e tensor da fáscia lata) acompanhada de contração dos músculos abdominais. BIOMECÂNICA DO GESTO ESPORTIVO * O membro apoiado está com o quadril (músculo glúteo máximo e isquiotibiais) e o joelho (músculo quadríceps) em extensão. A articulação do joelho é a de maior contribuição na velocidade final do chute, quando esta realiza a extensão plena. Na articulação do quadril do membro anterior é realizada uma semiflexão do quadril pelos músculos reto femoral, tensor da fáscia lata, pectíneo e sartório, adutor curto, adutor longo e porção adutora do músculo adutor magno. O joelho do membro anterior está encaminhando para extensão. O músculo agonista deste movimento é o quadríceps femoral. No membro posicionado posteriormente o joelho está em semiflexão, os músculos trabalhados são os isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo, e bíceps femoral), grácil e poplíteo. Os antagonistas responsáveis por sustentar o movimento estudado são os isquiotibiais (semitendíneo, semimembranáceo e bíceps femoral) e glúteo máximo. Na articulação do tornozelo, o tornozelo do membro anterior realiza a fase de apoio do ciclo da marcha. Está em posição neutra (toque de calcanhar), tendendo a dorsiflexão (aplanamento do pé), movimentos realizado pelos músculos gastrocnêmios, sóleo, fibular longo, fibular curto, plantar, tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor longo dos dedos). Na fase de execução, o centro de gravidade do jogador é alterado para a manutenção do equilíbrio. A abordagem cinesiológica do quadril no membro dominante nesta fase foi descrita como flexão do quadril (retorno da extensão), adução (movimento realizado pelos músculos adutor magno, adutor curto, adutor longo e pectíneo) e rotação interna (realizada pelos músculos glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata). O membro apoiado está em semiflexão, em cadeia cinética fechada. O joelho do membro dominante sofre uma extensão, ainda que incompleta. O membro apoiado continua em semiflexão. A articulação do tornozelo no membro dominante se mantém em flexão plantar até que o pé toque a bola. O membro de apoio mantém a sua posição neutra. Vídeo: O Centro de Pesquisa e Avaliação Médica da Federação Internacional de Futebol (F-MARC) define lesão esportiva como queixa física apresentada por um jogador, ocorrida durante um treino ou jogo de futebol, impedindo-o de exercer sua atividade, independentemente do tempo de interrupção e da necessidade de atendimento médico (Arliani et. al, 2011). EPIDEMIOLOGIA DAS LESÕES * No quadro 1, é apresentado os resultados referentes ao tipo de lesão mais frequente entre os jogadores de futebol profissional no Brasil. Como resultados, observa-se apontamentos para os seguintes tipos de lesões: estiramento, entorse, contusão, contratura e estiramento. A partir dos resultados analisados, constatou-se que há uma maior incidência para lesões do tipo estiramento. No quadro 2, é apresentado os resultados referentes ao local do copo mais acometido por lesão entre os jogadores de futebol profissional no Brasil. Como resultados, observa-se apontamentos para o seguinte segmento corporal: membros inferiores (MMII), com região anatômica específica da coxa e joelho. No quadro 3, é apresentado os resultados referentes a posição dos jogadores com maior incidência de lesões no futebol profissional no Brasil. Como resultados, observa-se apontamentos para as seguintes posições em campo: zagueiro, lateral, meio campo e atacante. Os resultados encontrados na pesquisa referente ao tipo de lesão mais frequente (quadro 1); o local do corpo mais acometido (quadro 2); a posição do jogador com maior incidência de lesões (quadro 3), permite estabelecer associações significativas com relação a importância de programas de prevenção mais efetivos junto aos grandes centros esportivos ou clubes de alto rendimento. Enfatiza-se também a relevância da periodização do treinamento pautada no alto rendimento e na realização de ações preventivas eficazes nos locais corpóreos de maior incidência de lesões. Com relação ao tipo de lesão (quadro 1), identificou que o estiramento muscular foi à lesão mais frequente com uma taxa de (73,3%). É importante esclarecer que sendo o estiramento muscular uma lesão indireta, causada por um alongamento excessivo das fibras musculares, resultante de ciclos intensos de contração e relaxamento do músculo envolvido, episódios de rápida aceleração e desaceleração no futebol também predispõe o jogador ao risco aumentado de lesão do tipo estiramento, por outro lado, a alta taxa de lesão por estiramento muscular pode ser consequência também da exigência física que o futebol moderno solicita, por sua velocidade, intensidade e volume de jogos e treinos. Quanto ao local do corpo mais acometido por lesões (quadro 2), os resultados dessa pesquisa demonstraram que os membros inferiores tiveram maior incidência. Esses resultados coincidem com a literatura e podem justificar-se pelo fato de que o futebol é um esporte praticado com os membros inferiores. Por outro lado, a afirmação de que lesões em membros inferiores são mais comuns devido a maior sobrecarga resultantes de impactos com o solo, traumas diretos pelo contato físico, mudanças bruscas de direções, movimentos de alta velocidade e potência exigindo contrações musculares intensas e repetitivas. Quando relacionado lesão e posição do jogador em campo, é possível estabelecer associações com os achados nesta pesquisa de revisão, é possível destacar que a incidência maior de lesão na posição meio campista e ataque, pode ser explicada pela forte marcação sofrida por esses jogadores em campo, maiores distâncias percorridas em velocidade moderada durante o jogo, por auxiliarem os setores defensivos e ofensivos e pelo excesso de movimentos rotacionais. As divergências apresentadas quanto a essa correlação, podem ser explicadas pelo fato de que equipes de futebol podem apresentar estilos e formações táticas diferentes, atuando com maior ou menor número de jogadores em certa posição. Fatores Físicos FATORES DE RISCOS Extrínsecos: - Posição em campo - Fatores Climáticos - Material esportivo - Grau de competitividade - Fatores ambientais - Estilo de vida - Arbitragem Intrínsecos: - Idade - Históricode lesões - Qualidades técnicas - Desequilíbrios de força - Déficits nutricionais - Alterações Biomecânicas - Histórico Cirúrgico - Distúrbios Hormonais - Fatores Psicossociais * Material esportivo Chuteiras Tipo e formato das travas da chuteira: - Arredondadas X Triangulares - Número de travas Tamanho das travas Bola Peso Costura Gramado natural: - Maior dissipação de energia no solo - Menos impacto articular e sobre os tendões - Maior atividade muscular compensatória e maior fadiga Gramado sintético: - Menor dissipação de energia no solo - Mais impacto articular e sobre os tendões - Menor fadiga muscular pelo maior aproveitamento da energia elástica Tipos de gramados Quais as estratégias deverão ser mais utilizadas? Sempre baseadas em artigos científico. Trazer exercícios para demonstração e visualização em slides (podem fazer vídeos). PROGRAMA DE PREVENÇÃO * Quais as estratégias e ações são mais aplicadas? Como exemplo, traga duas das patologias mais comuns e demonstre seu processo/programa de reabilitação para elas. PROGRAMA DE REABILITAÇÃO * SILVA, A.A; DÓRIA, D.D; MORAIS, G.A, PROTA, R.V.M, MENDES, V.B. Prevenção e Reabilitação de Lesões Esportivas em Atletas do América Futebol Clube. In: Anais. 8º Encontro de Extensão da UFMG, Belo Horizonte – 03 a 08 de outubro de 2005. LITTLE, T.; WILLIAMS, A. G. Measures of exercise intensity during soccer training drills with professional soccer players. Journal of Strength and Conditioning Research, Lincoln, v. 21, n. 2, p. 367-71, 2007. STOLEN, T.; CHAMARI, K.; CASTAGNA, C.; WISLOFF, U. Physiology of soccer: An update. Sports Medicine, Auckland, v. 35, n. 6, p. 501-36, 2005. Ispirlidis I, Fatouros IG, Jamurtas AZ, Nikolaidis MG, Michailidis I, Douroudos I, et al. Time-course of Changes in Inflammatory and Performance Responses Following a Soccer Game. Clin J Sport Med 2008;18(5):423-31. REFERÊNCIAS * MOREIRA, D., GODOY, J.R.P., BRAZ, R. G., MACHADO, G. F. B., SANTOS, H. F. S. Abordagem cinesiológica do chute no futsal e suas implicações clínicas. R. bras. Ci e Mov. 2004; 12(2): 81-85. ARLIANI, G. G.; LARA, P. H. S.; ASTUR, D. C.; PEDRINELLI, A.; PAGURA, J. R.; COHEN, M. Avaliação prospectiva das lesões durante o campeonato paulista de futebol de 2016. MORAES, E. R.; ARLIANI, G. G.; LARA, P. H. S.; SILVA, E. H. R.; PAGURA, J. R.; COHEN, M. Lesões ortopédicas no futebol profissional masculino no Brasil: comparação prospectiva de duas temporadas consecutivas 2017/2016 ALMEIDA, P. S.; SCOTTA, A.; PIMENTEL, B.; JUNIOR, S.; SAMPAIO, Y. Incidência de lesão musculoesquelética em jogadores de futebol. Rev. Bras. Med. Esporte, Vol. 19, Núm. 2, 2013. SOUZA, R. F. R.; MAININE, S.; SOUZA, F. F. R.; ZANON, E. M.; NISHIMI, A. Y; DOBASHI, E. T.; FERNANDES, F. A. Lesões ortopédicas no futebol – análise do campeonato paulista da serie A2 BORGES, C. A.; ANDRADE, G. F.; SANTOS, I. R. D. D. S.; ANDRADE. M. F. A.; SANTOS, M. A.; RIBEIRO, V. S. M. Incidência de lesões em jogadores de futebol do time profissional de Vitória da Conquista – Bahia. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v.10, n.37, p.215-220. 2018. OLIVEIRA, P. M. C. Padrões e incidência de lesão: estudo de caso na equipa de futebol profissional do Clube Desportivo Feirense. Relatório de estágio profissionalizante para a obtenção do grau de Mestre em Treino de Alto Rendimento Desportivo, apresentado à Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. 2016.
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