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1 - Em 25 de abril de 2016, JOÃO DA SILVA decide ir ao encontro de seu desafeto, MARIO VIEIRA, para cobrar-lhe uma dívida. Ocorre que MARIO sempre inventava uma desculpa para não receber o seu credor, evitando, assim, um encontro constrangedor. Após três meses de tentativa, JOÃO, enfim, encontra MARIO em uma festa organizada por Flávio Vidal, amigo dos dois inimigos. JOÃO, surpreso e ao mesmo tempo furioso com MARIO, profere uma série de ofensas contra seu devedor, tais como, "você é ladrão e covarde", ¿é por isso que você foi demitido do trabalho, pois usa todo o seu dinheiro para tomar cachaça e vadiar com os amigos". Após ouvir tais ofensas, MARIO nada responde, e vai embora, a fim de evitar maior confusão. Cabe ressaltar que na festa estavam muito amigos de MARIO, aumentando a sua preocupação em não piorar a discussão. No dia seguinte, inconformado com a situação vexatória pela qual passou, o ofendido procura um advogado para processar o autor das ofensas. Indique, como advogado de MARIO, a peça privativa de advogado, com a devida fundamentação legal, inclusive demonstrando os crimes praticados.
2 - José da Silva é acusado de ter praticado crime de roubo (art. 157, §2º, I) porque no dia 01.01.2015 teria abordado as vítimas Maria José de Freitas e Jose Maria de Freitas com intenção de subtrair-lhes o telefone celular. Utilizando uma arma de brinquedo, José da Silva anunciou o assalto dizendo: perdeu, perdeu! Passa o celular. Momentos depois do roubo, José foi preso em flagrante pela Polícia Militar com base nas características físicas passadas pelo sistema de rádio da polícia. Com José da Silva nenhum dos objetos subtraídos foram encontrados. A arma de brinquedo, foi encontrada em uma caçamba próxima ao local em que José foi preso, sendo o artefato reconhecido pelas vítimas. Em audiência de instrução e julgamento, Jose negou autoria do crime, afirmando que sua prisão ocorreu por engano. A Vítima Maria José reconheceu prontamente José da Silva como sendo o autor do crime. A vítima José Maria não reconheceu José da Silva como sendo o autor do crime. O Ministério Público, pugnou pela condenação nos termos da denúncia. Você, na qualidade de advogado, deverá apresentar qual peça processual e teses favoráveis aos seu cliente.
RESPOSTA:
A peça a ser apresentada é ALEGAÇÕES FINAIS POR MEMORIAIS, com fulcro no artigo 403, §3º, do CPP. 
As teses serão absolvição pois não há prova de autoria do crime, com fulcro no artigo 386, V, do CPP. Pois a vítima José Maria não o reconheceu, a arma de brinquedo não foi encontrada com o réu, assim como, nenhum dos objetos subtraídos.
Por fim, houve revogação do inciso I, §2º, do artigo 157, do CP, por meio da Lei 13,654 de 2018, dessa forma não deve ser reconhecida tal majorante.
3 - Carlos, primário e de bons antecedentes, 45 anos, foi denunciado como incurso nas sanções penais dos artigos 302 da Lei nº 9.503/97, por duas vezes, e 303, do mesmo diploma legal, todos eles em concurso material, porque, de acordo com a denúncia, ¿no dia 08 de julho de 2017, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, na direção de veículo automotor, com imprudência em razão do excesso de velocidade, colidiu com o veículo em que estavam Júlio e Mário, este com 9 anos, causando lesões que foram a causa eficiente da morte de ambos¿. Consta, ainda, da inicial acusatória que, ¿em decorrência da mesma colisão, ficou lesionado Pedro, que passava pelo local com sua bicicleta e foi atingido pelo veículo em alta velocidade de Carlos¿. As mortes de Júlio e Mário foram atestadas por auto de exame cadavérico, enquanto Pedro foi atendido em hospital público, de onde se retirou, sem ser notado, razão pela qual foi elaborado laudo indireto de corpo de delito com base no boletim de atendimento médico. No curso da instrução, foram ouvidas testemunhas presenciais, não sendo Pedro localizado. Em seu interrogatório, Carlos negou estar em excesso de velocidade, esclarecendo que perdeu o controle do carro em razão de um buraco existente na pista. Após manifestação das partes, o juiz em atuação perante a 3ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo/RJ, em 10 de julho de 2019, julgou totalmente procedente a pretensão punitiva do Estado e, apesar de afastar o excesso de velocidade, afirmou ser necessária a condenação de Carlos em razão da imperícia do réu, conforme mencionado no exame pericial. O Ministério Público foi intimado e manteve-se inerte.  A defesa técnica de Carlos foi intimada em 18 de setembro de 2019, quarta-feira, para adoção das medidas cabíveis. Considerando apenas as informações narradas, indique SOMENTE a peça cabível e o último dia do prazo. Fundamente.
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RESPOSTA:
A peça cabível é o recurso de APELAÇÃO, com fundamento no artigo 593, I, do CPP, sendo o último dia de prazo para interpor o recurso, dia 23 de setembro de 2019 (segunda-feira) – 5 dias, conforme dispõe o artigo 593 caput do CPP.
4- Robinho, foi preso em flagrante pela suposta prática de crime de homicídio em face de seu cunhado Manoel. Isto porque Robinho mora no mesmo lote que Manoel e, na data de ontem, ao chegar do trabalho, ouviu sua irmã (esposa de Manoel) aos gritos de socorro. Robinho não pensou duas vezes e invadiu a residência de sua irmã, flagrando uma discussão entre sua essa e Manoel, que, ao perceber a presença de Robinho, desferiu um tapa na cara de sua esposa (irmã de Robinho). Indignado, Robinho sacou uma arma e efetuou dois disparos na cara de Manoel que morreu no ato. Preso em flagrante, no prazo regular, O M.M. juiz converteu a prisão em flagrante em preventiva, fazendo-o nos seguintes termos: Vistos etc. Tendo em vista que o crime de homicídio constitui um dos delitos mais abomináveis do código penal, visto que o dom da vida somente é dado a Deus o direito de retirar, aquele cidadão que comete crime de tal natureza, jamais poderá aguardar julgamento em liberde. Assim, considerando a gravidade do crime praticado pelo acusado (Homicício), converto a prisão em flagrante em preventiva. Considerando os fatos narrados, indique a peça processual cabível para garantir que Robinho responda ao processo em liberdade. Fundamente.  
RESPOSTA:
A peça processual cabível é o REQUERIMENTO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA, com fundamento no artigo 316 do CPP.
5- Em 22 de julho de 2008, Caio foi condenado à pena de 10 (dez) anos de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, pela prática, no dia 10 de novembro de 2006, do crime de tráfico de drogas, previsto no artigo 33 da Lei 11.343/2006. Iniciada a execução da sua pena em 7 de janeiro de 2009, a Defensoria Pública, em 10 de fevereiro de 2011, requereu a progressão do cumprimento da sua pena para o regime semiaberto, tendo o pedido sido indeferido pelo juízo de execuções penais ao argumento de que, para tanto, seria necessário o cumprimento de 2/5 da pena. Como advogado de Caio, você foi intimado da decisão no dia 14 de março de 2011 (quinta-feira). Indique a peça cabível, com fundamentação legal pertinente, bem como o útimo dia do prazo.
RESPOSTA:
A peça cabível é o recurso de AGRAVO EM EXECUÇÃO, com fundamento no artigo 197 da Lei 7.210 de 1984 – Lei de Execução Penal. Sendo o último dia do prazo dia 19 de março de 2011 (terça-feira) – 5 dias, conforme entendimento da Súmula 700 do STF.

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