PRATICA PENAL - AV2

Prévia do material em texto

CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO- 2020.1
DISCIPLINA: Direito Penal III
PROFESSOR: Samuel Almeida
DP IV – 2020.1
AVALIAÇÃO PRÁTICA SIMULADA III - PENAL
- Data limite para recebimento 18h00 de 17/06/2020
- Valor 10pts 
			1.
	
	
	
	
	 
	_______ de 1,00 
	De acordo com o Código de Processo Penal, são duas as hipóteses de extinção das prisões temporárias a REVOGAÇÃO e o RELAXAMENTO, sendo estas previstas especificamente para à proteção da liberdade do cidadão. Aponte em qual hipótese e em qual modalidade de prisão cada uma é cabível:
a) Revogação- Cabe tanto para a prisão preventiva quanto para a prisão temporaria, que ocorreram dentro da legalidade.
b) Relaxamento- Ocorre nas prisões preventivas, que sofreram algum tipo de ilegalidade, quando foi presa e o flagrante foi ilegal, ou não possui os requisitos para sua decretação,
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
		
	
		2.
	
	
	
	
	 
	_______ de 1,00 
	 Aponte e explique quais os efeitos podem ser atribuídos ao Recurso em Sentido Estrito
Os recursos atribuídos são: 
	O obstativo ele impede o transito em julgado da matéria;
O dilatório Processual onde estende-se o procedimento;
O devolutivo ocorre a devolução ao juízo para reanalise.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
		
	
	
	
	
		
	
		3.
	
	
	
	
	 
	_______ de 1,00 
	Quais são os casos onde pode ser concedida liminar em sede de habeas corpus e qual o pedido particular para cada uma destas hipóteses;
1) Se o paciente estiver preso. Nesse caso, o pedido liminar será a expedição do alvará de soltura;
2) Se o paciente estiver na iminência de ser preso, ou seja, se já tiver sido expedido o mandado de
prisão. Nesse caso, o pedido liminar será a expedição do contramandado de prisão;
3) Se tiver sido agendado algum ato processual como, por exemplo, o interrogatório. Nesse caso, opedido liminar será a suspensão ou sustação do ato até o julgamento definitivo da ordem.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
		
	
	
	
	
		
	
		4.
	
	
	
	
	 
	_______ de 3,00 
	“Carlos, 32 anos, vê-se denunciado perante a 12ª Vara Criminal de Minas Gerais porque teria, juntamente com outros tantos rapazes, danificado um telefone público que existe na rua em que vivem. A denúncia, embora alcance outro rapaz e faça menção a vários outros que estavam no local participando da mesma conduta, é lacônica, pois foi baseada em fatos indefinidos, tais como: ¿eles fizeram¿ ou ¿eles agiram dolosamente contra o bem público¿, limitando-se a afirmar, quanto a Carlos, que sua personalidade desajustada está devidamente comprovada pelo fato de ser reincidente (devidamente comprovado pela certidão cartorária). A exordial reporta-se ao art. 163, parágrafo único, I, do Código Penal, e Carlos foi citado de seu inteiro teor. Os demais rapazes foram excluídos da peça vestibular sem qualquer razão justificada”
No caso de impetração de HABEAS CORPUS para o caso acima, aponte:
a. endereçamento correto PARA: O EXCELENTISSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
b. autoridade coatora JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CRIMINAL DE MINHAS GERAIS
c. fundamentação para cabimento do HC –ART. 647 do cpp
d. Artigos que indiquem a ilegalidade da coação/ameaça art.648 do cpp
e. pedido a ser realizado Salvo conduto
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
		
	
	
	
	
		
	
		5.
	
	
	
	
	 
	_______ de 4,00 
	5. Diante do Habeas corpus apresentado com base no caso concreto indicado no item 4, tem-se a seguinte ementa do acordão:
“EMENTA: HABEAS CORPUS. DANO. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. AUSÊNCIA DE JUSTA CAUSA E CONSTRANGIMENTO ILEGAL. NÃO CONFIGURADOS. INDEFERIMENTO.
As hipóteses de trancamento da ação penal pela via estreita do habeas corpus restringem-se a casos excepcionais. Necessária a constatação inequívoca da atipicidade da conduta, de causa extintiva da punibilidade ou da ausência de indícios de autoria, o que não se vislumbra no caso em apreciação. Constrangimento não demonstrado.
ORDEM DENEGADA, EM CONSONÂNCIA COM O PARECER MINISTERIAL.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Habeas Corpus nº XXX, em que são partes as acima indicadas, ACORDAM os Excelentíssimos Senhores Desembargadores que compõem Câmara Criminal do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, por unanimidade de votos e em consonância com o Parecer Ministerial, DENEGAR A ORDEM , nos termos e fundamento do Voto da Relatora
O aluno deverá elaborar o recurso cabível visando à reanálise do pleito pelo STJ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Habeas Corpus nº…
 CARLOS, já qualificado nos autos do habeas corpus epigrafado, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, tempestivamente, por intermédio de seu advogado que esta subscreve, inconformado com o acordão que denegou a concessão da ordem de “habeas corpus” impetrada, interpor, com fundamento no Artigo 105, inciso II, alínea a da Constituição Federal o Artigo 30 a 32 da Lei 8.038/90 o presente:
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Requer seja recebido e processado o recurso, com o encaminhamento das inclusas razões ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Termos em que pede deferimento.
 Belo Horizonte/MG, 8 de Junho de 2016.
Advogado
OAB nºxxx
RAZÕES DO RECURSO ORDINARIO CONSTITUCIONAL
Recorrente: Carlos
Recorrida: Justiça Pública
HC nº xxx
Superior Tribunal de Justiça
Colenda Turma,
 
Doutor Procurador da República,
Deve ser reformado o venerando acórdão recorrido que denegou a concessão da ordem de “habeas corpus” ao recorrente, pelas razões a seguir expostas:
I- DO CABIMENTO DO RECURSO E DA TEMPESTIVIDADE
Tendo como prisma o art. 30 da lei Federal nº 8.038/90 que preceitua que o prazo processual para a apresentação do Recurso Ordinário Constitucional ao Superior Tribunal de Justiça é de 05 dias e, o acordão de Habeas Corpus Foi publicado 1º dia do mês de junho de 2016.
Com isso, percebe-se que, como tal recurso, esta em seu lapso tempestivo.
II- DOS FATOS
O recorrente foi denunciado e está sendo processado pelo crime previsto no artigo 163, parágrafo único, I, do Código Penal, perante a 12ª Vara Criminal de Minas Gerais porque teria, juntamente com outros tantos rapazes, danificado um telefone público que existe na rua em que vivem.
A denúncia, embora alcance outro rapaz, e faça menção a vários outros
que estavam no local participando da mesma conduta, é lacônica, pois foi baseada em fatos indefinidos, tais como: “eles fizeram” ou “eles agiram dolosamente contra o bem público”, limitando-se a afirmar, quanto a Carlos, que sua personalidade desajustada está devidamente comprovada pelo fato de ser reincidente (devidamente comprovado pela certidão cartorária).
A exordial reporta-se ao art. 163, parágrafo único, I, do Código Penal, e Carlos foi citado de seu inteiro teor. Os demais rapazes foram excluídos da peça vestibular sem qualquer razão justificada.
Foi requerido o trancamento da Ação Penal, a concessão de liminar de Habeas Corpus, por não ter os presentes os requisitos para o incurso do processo, pois não se trata de crime contra a pessoa, ensejando a impetração de habeas corpus ao Tribunal competente que denegou a ordem requerida sob o mesmo fundamento do indeferimento da revogação.
No entanto deve ser reformada a decisão por esta Corte, conforme será demonstrado adiante.
II-DA INEXISTENCIA DO CRIME
Conforme explanado acima, o crime não existe, uma vez que não foi acometido contra a Pessoa, e não se tem exatidão provas contra Carlos, foram apenas deduções.
Ante o exposto, não há a menor razão para que seja admitido o prosseguimento da ação penal.
II- DO DIREITO
 Não pode prosperar a respeitável decisão que denegou a ordem de “habeas corpus”, por encontrar-se desprovida de amparo legal. 
Com efeito, o artigo 105, inciso II, “a”, da Constituição Federal dispõe que: 
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça”:
II - julgar, em recurso ordinário:
a) “habeas corpus decididos em única ou últimainstância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória;”.
No caso em tela, a impetração de “habeas corpus” era perfeitamente cabível, não havendo razão de ter sido negado pela Colenda Câmara. O 
“habeas corpus” é uma garantia constitucional, prevista no art.5º, inciso LXVII, da nossa Carta Magna, utilizada sempre quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
III-DO PEDIDO
Diante do exposto, requer seja conhecido e provido o presente recurso, lhe seja dado integral provimento para o trancamento da ação penal que corre contra o Recorrente no juízo da 12ª Vara Criminal de Minas Gerais. 
 
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
Belo Horizonte/ MG
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
		
	
	
	
	
	Página 1
	Página 6