Prova Discursiva História do pensamento político e econômico

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1.
	Sobre o processo de desintegração do feudalismo, Paul Sweezy assinala que "o feudalismo europeu ocidental entrou num período de crise aguda no século XIV e daí por diante se desintegrou, com maior ou menor rapidez em diferentes regiões". A crise do sistema feudal envolveu aspectos políticos, sociais, religiosos e, sobretudo, econômicos. Diante desse quadro, disserte sobre os principais motivos que contribuíram para a desintegração do feudalismo.
FONTE: DOBB, Maurice. A Transição do Feudalismo para o Capitalismo. 5. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
	
Resposta Esperada:
O feudalismo teve o início de sua decadência por volta do século XIV e o desenrolar desse processo iniciou com o fortalecimento das cidades em contraste com a deterioração do modelo tradicional baseado na agricultura e no campo. A partir desse desenvolvimento, os burgueses, habitantes dos burgos, começaram a se dedicar a outras atividades econômicas, e não apenas ao comércio e o artesanato. Uma dessas atividades era o empréstimo a juros, ponto que conflitava com a opinião da Igreja, que caracterizava o ato como usura. Esse ponto é crucial para compreender a relação econômica que transitaria nos séculos seguintes entre o modelo feudal e o capitalismo. O Estado também teve papel fundamental no processo de enfraquecimento do sistema feudal, principalmente pelo fator de relevância frente à nobreza. Com o fortalecimento do poder real, tanto os homens livres quanto os camponeses, estavam ligados ao Estado, e deviam a ele o pagamento de impostos. A contradição se apresenta no momento em que, mesmo sendo subordinados ao Estado, os habitantes dos feudos mantinham relações tributárias com os senhores feudais.
	2.
	De acordo com a Constituição de Weimar (1919), no período pós-guerra, a Alemanha era uma República Parlamentar Federalista e Democrática, sendo o seu presidente eleito pelo voto direto e universal. Naquele contexto, Hitler ingressou no Partido dos Trabalhadores Alemães que em 1920 teve o seu nome alterado para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, também chamado de Partido Nazista. Em 1923, o Partido Nazista e Hitler tentaram um golpe para chegar ao poder. Hitler foi condenado e preso e na prisão escreveu o seu programa político de acordo com a ideologia nazista. Tentou chegar à presidência pelos meios legais, mas foi derrotado nas eleições de 1932. Contudo, segundo Caetano (2010, p.02), devido "às pressões dos setores militar e empresarial temerosos de uma vitória comunista, Hitler é nomeado Chanceler em 1933 pelo presidente Hindenburg e após a sua morte em 1934, passou a gozar do título de Fuhrer". Com base no exposto, disserte sobre como o contexto da Alemanha no período pós-guerra e as adversidades políticas e econômicas sofridas pelo povo alemão contribuíram para a difusão de diferentes ideologias, em particular, a do Partido Nazista.
FONTE: CAETANO, Tiago Lemanczuk Fraga . Mein Kapmf e o Ideário Nazista. Consilium - Revista Eletrônica de Direito, Brasília n.4, v.1 maio/ago. de 2010. Disponível em: http://www.unieuro.edu.br/sitenovo/revistas/downloads/consilium_04_01.pdf. Acesso em 16 jul. 2018.
	Resposta Esperada:
*Após a primeira Guerra Mundial, a Alemanha se encontrava literalmente falida e com muitos problemas sociais como desemprego, fome e miséria. *As imposições e restrições impostas ao povo alemão pelo Tratado de Versalhes (1919) representava um entrave político e econômico, prejudicando o desenvolvimento da indústria e da agricultura. *Aquele cenário somado aos sentimentos de impotência e humilhação provocados pela derrota na Primeira Guerra Mundial, ao Tratado de Versalhes e aos conflitos sociais, deu margem ao aparecimento de diferentes ideologias com propostas de resolução das adversidades sociais e econômicas que atingiam a população alemã, em especial, os mais pobres. 
*O Partido Nazista surge com um discurso que agradou a população, o que levou Hitler ao poder em 1932. *Com a morte do presidente Hindenburg em 1934, Hitler tratou de compor um governo com a maioria de direita, o que possibilitou centralizar o poder e alcançar a autonomia política, sem precisar dar satisfações ao parlamento.