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NOME: Lucas Pereira Pessoa
MATRÍCULA: 201512810541 
EPI – NPJ PRESIDENTE VARGAS
 AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ..... VARA DA FAMÍLIA DA COMARCA DE ..... DO ESTADO DO ..... 
 
 ARIPUANÃ MIRIM, brasileira de origem indígena, profissão, portadora da carteira de identidade nº XXXX, inscrita no CPF sob o nº XXXX, endereço eletrônico, residente e domiciliada à Rua..., nº ..., bairro..., CEP:...., Rio de Janeiro/RJ, por meio de seu advogado com endereço profissional ...bairro ..., CEP:...., Rio de Janeiro/RJ, infra assinado com procuração (fls.:...) e por inteligência no artigo 2º, da Lei nº 11.804/2008 (Lei dos Alimentos Gravídicos) c/c art. 1º e segs., da Lei nº. 5.478/68 (Lei de Alimentos), ajuizar a presente AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS com Pedido de Alimentos Provisórios 
 
 
 
 
 Em face de MÉVIUS TÚLLIUS MAXIMANDRU AUGUSTUS, brasileiro, político, portador da carteira de identidade nº XXXX, inscrito no CPF sob o nº XXXX, residente e domiciliado à Rua..., nº ..., bairro..., CEP:...., Rio de Janeiro/RJ, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
 
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 
 
Nos termos do art. 98 e seguintes do CPC, a parte autora afirma, para os devidos fins e sob as penas da Lei, não possuir condições de arcar com o pagamento das custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família. 
Assim, requer o benefício da gratuidade da justiça, conforme comprovado através dos documentos anexos (doc.x), informando que não possui renda. 
 
II. DOS FATOS 
 
 
A autora, brasileira de origem indígena, simples, nascida em 25 de maio de 1995, filha de Mairiporã Krain-a-Kore e de Tchucarramãe Açú Achane, com apoio de sua tribo, auxílio da FUNAI e da ONG, se mudou para a cidade do Rio de Janeiro a fim de ir em busca de seu sonho. 
 
Conhecera em um evento do Comitê Eleitoral de Partido Político o réu, político, que a encorajou a realizar um vestibular para Faculdade de Ciências Sociais na UERJ. Ao ingressar na faculdade, no início do ano de 2019, os laços fraternais com o réu se estreitaram e, passados alguns meses, eles tiveram uma União Estável por um breve período. 
 
. Ocorre que, em razão dos desígnios ambiciosos do réu em decorrência ao cargo em que ocupa, houve a ruptura da união de fato, de forma turbulenta. No dia 15 de janeiro de 2020, após 17 (dezessete) dias de distanciamento entre as partes, a parte autora foi acometida de leve hemorragia uterina, de modo que fora conduzida ao Hospital Souza Aguiar. 
 
Após realizados os exames, a parte autora descobriu a gestação com nidação do endométrio, razão pela qual, buscou auxílio ao judiciário para salvaguardar os direitos do nascituro, já que esta não possui condições financeiras para arcar com as despesas, por ser apenas uma estudante no 2º ano da faculdade. 
 
III. DOS FUNDAMENTOS III.1. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
 
De acordo com o art. 4º da Lei 5.478/68: “Art. 4º As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.” 
 
Neste caso, a parte autora é uma pessoa simples, estudante do 2º ano da faculdade, sendo certo que não possui plano de saúde por se encontrar desempregada, passando por graves dificuldades financeiras, não podendo, destarte, arcar com os custos com alimentação, exames e demais despesas advindas da gestação, conforme comprovantes em anexo. 
 
Ao contrário do réu, que tem cargo de político, percebe um rendimento de R$ 
xxx mensais. 
 
Posto isso, diante do evidente periculum in mora, haja vista que a demandante não tem condições de custear a gravidez, requer a fixação liminar dos alimentos gravídicos, no importe de R$ xxx. 
 
III.2. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
 
 
Os alimentos gravídicos têm previsão específica na Lei 11.804/2008, em seu 
art. 2º, verbis: 
 
“Art. 2o Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. “ 
 
É evidente que a gestação foi concebida durante a união estável, competindo ao réu ajudar na manutenção dos gastos com a criança desde a concepção. Neste sentido, o art. 6º da Lei 11.804/2008: 
 
“Art. 6o: Convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando as 
 
necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré. “ 
 
Conforme o dispositivo legal acima mencionado, para a concessão dos alimentos gravídicos, basta o indício de paternidade, o que é evidenciado pelo longo período de relacionamento entre o casal, devendo a cognição ser sumária, haja vista ser impossível no momento da propositura da demanda a aferição da paternidade. 
 
Não restam dúvidas de que o réu é pai do nascituro, tendo em vista que a demandante só teve esse relacionamento em sua vida. 
 
Doutra ponta, nos moldes do art. 1694, § 1º do CC, para que qualquer espécie de alimento seja concedida, é necessária a presença do binômio: necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. 
 
Do presente feito, a gestante está passando por grave dificuldade financeira, não tem plano de saúde e está desempregada. Já o réu é político renomado e possui condições suficientes para manter os custos da gestação e do nascituro. 
 
Assim, clarividente a necessidade da gestante em receber alimentos gravídicos durante todo período de gestação, requerendo para tanto, a concessão do valor de R$ xx, que equivalem a 20% da remuneração do réu. 
 
III. DOS PEDIDOS 
 
 
Diante de todo o exposto requer: 
1. O benefício da justiça gratuita, uma vez que não possui condições de arcar com o pagamento de custas, despesas e honorários advocatícios, conforme afirmação acima e comprovação de isenção do imposto de renda, bem como declaração de hipossuficiência anexa;
2. Intimação do representante do Ministério Público para que acompanhe o feito na condição de custos legis;
3. A fixação, inaudita altera parte, dos alimentos provisórios no valor de X reais, equivalente a 20% dos ganhos do réu;
3.1. Confirmação, ao final, da tutela requerida;
4. Citação do réu para que compareça em audiência de conciliação, instrução e julgamento, a ser designada por este douto Juízo, onde, se quiserem, poderão oferecer resposta, sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia;
5. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela oitiva de testemunhas, estudo social, exame de DNA e depoimento pessoal do réu;
6. Expedição de ofício ao Banco do Brasil a fim de que seja aberta conta específica para o depósito da pensão mensal.
Dá-se à causa o valor de R$ 7.200,00 (em conformidade com o art. 292, III, NCPC). 
 
 
Termos em que Pede deferimento 
Cidade/UF, 12 de janeiro de 2020. 
 
 
ADVOGADO 
OAB/UF

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