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JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL F8

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Justiça e 
diálogo sociaL 8
O Poder Judiciário
Gustavo Brígido Bezerra Cardoso
ESTA PUBLICAÇÃONÃO PODE SER COMERCIALIZADA
GRATUITA
Sumário
 1. O Poder Judiciário ................................................................................................ 115
 2. Justiça Comum e Especial .................................................................................. 118
 3. Juizados Especiais .............................................................................................. 120
 4. Os Tribunais Superiores ...................................................................................... 121
 5. O Tribunal Pleno ....................................................................................................125
 6. Órgão Especial ......................................................................................................126
 7. Câmaras .................................................................................................................126
 Referências ............................................................................................................127
1.
O Poder 
Judiciário
Ao longo dos anos, o Poder Judiciário 
brasileiro sofreu inúmeras mudanças em 
razão do contexto social em que foi in-
serido, até que se chegasse ao modelo 
que possuímos hoje. No período colo-
nial, as atividades jurisdicionais não eram 
centralizadas nos órgãos do Poder Judi-
ciário, ainda que no Brasil já existissem 
tribunais a partir do século XVII. Nas ca-
pitanias hereditárias, o donatário era do-
tado de uma gama de direitos, que muito 
se assemelham com as garantias e prer-
rogativas dos magistrados atualmente. 
Durante o Brasil Império, apesar da 
conquista de certa estabilidade no rei-
nado de Dom Pedro II, o Poder Judiciário 
continuava subordinado constitucional 
e institucionalmente ao poder imperial, 
além de submisso aos detentores de 
certo poder e influência locais, que inter-
vinham na administração da justiça em 
troca de compromissos políticos. 
No Brasil República (1889-1985), fo-
ram criados o Supremo Tribunal Federal 
e a Justiça Federal, ambos no ano de 
1890. A Nova República, período que se 
inicia em 1985 até os dias de hoje, possui, 
como destaque e marco principal, no que 
tange ao Poder Judiciário, o processo de 
elaboração de a promulgação da Consti-
tuição da República Federativa do Brasil 
de 1988, documento em que se consa-
grou o Estado Democrático de Direito. 
Hoje, o Poder no Brasil é uno, ou seja, 
um só. A divisão feita em três poderes é 
feita por questões organizacionais e es-
truturais. O Estado, além de sua função 
de administrar e legislar, exerce a função 
jurisdicional, que consiste na “imposição 
da validade do ordenamento jurídico, de 
forma coativa, toda vez que houver ne-
cessidade” 1 , função essa que é exercida 
através do Poder Judiciário. Ou seja, a 
função característica do referido poder 
é julgar casos concretos, que envolvem 
conflitos de interesses, aplicando-lhes a 
lei brasileira.
Arruda Alvim definiu a função juris-
dicional como sendo aquela “realizada 
pelo Poder Judiciário, tendo em vista 
aplicar a lei a uma hipótese controvertida 
mediante processo regular, produzindo, 
afinal, coisa julgada, com o que substitui, 
definitivamente, a atividade e vontade 
das partes” 2 .
O Poder Judiciário é um dos três Po-
deres que compõem a República Fede-
rativa do Brasil, independente, harmôni-
co e autônomo em relação aos poderes 
Legislativo e Executivo. Isso não significa 
que o Poder Judiciário é ilimitado, pois 
é fiscalizado pelos demais poderes por 
meio do sistema de freios e contrapesos, 
a fim de evitar violações às garantias 
constitucionais.
Em um regime democrático como o 
nosso, a função atribuída ao Poder Ju-
diciário, além de administrar a justiça no 
Brasil, e proteger, guardar a Constituição 
Federal, exercer o controle da legalidade, 
o exercício da jurisdição constitucional e 
o resguardo dos direitos fundamentais 
dos cidadãos 3 .
A Carta Magna de 1988 conferiu ao 
Poder Judiciário autonomia institucional, 
de forma a garantir a independência fi-
nanceira e administrativa do respectivo 
poder, bem como a independência fun-
cional dos magistrados, características 
até então desconhecidas na história do 
nosso modelo constitucional. Essa auto-
nomia é de suma importância para a efi-
cácia dos direitos fundamentais, já que 
estes só podem ser realizados quando 
limitam o poder Estatal. 
1 MORAES, Alexandre de. Direito Cons-
titucional. 34. ed. São Paulo:Atlas, 2018, 
p. 687.
2 ALVIM, Arruda. Competência dos Esta-
dos-membros para legislar sobre comér-
cio interestadual. Cadernos de Direito 
Constitucional e Ciência Política. São 
Paulo: Revista dos Tribunais, nº 7.
3 AGRA, Walber de Moura. Curso de 
Direito Constitucional. 9. ed. Belo Hori-
zonte: Fórum, 2018, p. 577.
O Poder Judiciário é composto pelo 
Supremo Tribunal federal, o Conselho 
Nacional de Justiça, o Superior Tribunal 
de Justiça, os Tribunais Regionais Fede-
rais e os juízes federais, os Tribunais e 
juízes do Trabalho, os Tribunais e juízes 
Eleitorais, os Tribunais e juízes Militares 
e os Tribunais e juízes dos estados e do 
Distrito Federal e territórios, como dis-
posto no art. 92, I a VII, da Constituição 
Federal de 1988. 
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 115
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Organograma do Poder Judicário
3ª Instância
Ministros atuam no: 
Superior Tribunal de 
Justiça - STJ
3ª Instância
Ministros atuam no: 
Tribunal Superior 
Eleitoral - TSE
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
Ministros atuam no STF em casos que envolvam lesão ou ameaça à Constituição Federal
3ª Instância
Ministros atual no: 
Tribunal Superior 
do Trabalho - TST
Justiça Especializada
3ª Instância
Ministros atuam no: 
Superior Tribunal 
Militar - STM
Justiça do Trabalho Justiça MilitarJustiça EleitoralJustiça Comum Justiça Federal
1ª Instância
Juízes de Direito
atuam nos:
Foros/Varas
Especializadas
1ª Instância
Juízes Federais
atuam nas:
Seções Judiciárias 
/Varas
1ª Instância
Juízes Eleitorais e 
Cidadãos atuam 
nas: Juntas 
Eleitorais
1ª Instância
Juízes do Trabalho 
atuam nas: Varas do 
Trabalho
1ª Instância
Juízes de Direito 
realizam as 
Auditorias Militares
2ª Instância
Desembargadores
atuam no: Tribunal 
de Justiça - TJ
2ª Instância
Juízes Federais
atuam nos: 
Tribunais Regionais 
Federais - TRF
2ª Instância
Juízes Eleitorais 
atuam no: 
Tribunal Regional 
Eleitoral - TRE
2ª Instância
Juízes do Trabalho 
atuam nos: 
Tribunais Rgionais 
do Trabalho - TRT
2ª Instância
Colegiado de Juízes 
Civis e Militares
atuam no: 
Tribunal de Justiça 
Militar - TJM
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 117
No Brasil, a prestação jurisdicional 
é realizada pelo Poder Judiciário nas 
esferas estadual e federal, não possuin-
do os municípios um judiciário próprio, 
sendo as demandas atendidas pela ju-
risdição estadual e federal. Ainda, é di-
vidida a justiça em justiça comum e jus-
tiça especial, divididas em razão da sua 
matéria, determinada para uma melhor 
resolução do caso.
O Poder Judiciário é organizado para 
atender a forma e os princípios discipli-
nados pela Constituição Federal de 1988. 
Os tribunais pátrios são dotados de um 
poder de autogoverno, que consiste nas 
atribuições de elaborar seu regimento 
interno, eleger seus órgãos diretivos, or-
ganizar suas secretarias e serviços auxi-
liares e os dos juízos que lhes forem vin-
culados, prover cargos de juiz de carreira 
da respectiva jurisdição e cargos neces-
sários à administração da justiça, confor-
me disposto no art. 96, I, da CRFB/88. Já 
a autonomia administrativa e financeira é 
visualizada na atribuição dos tribunais de 
elaborar suas propostas orçamentárias 
dentro dos limites impostos pela Lei das 
Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Institucionais
Autonomia orgânico-administrativa — art. 96
Autonomia financeira — art. 99
vitaliciedade
inamovibilidade
irredutibilidade
de subsídios
vedações
Independência dos 
Órgãos judiciários— 
art. 95. I-III
Imparcialidade dos 
órgãos judiciários — 
art. 95. p. único I-V
Funcionais
ou de Órgãos
Garantias
do Judiciário
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2. 
Justiça 
Comum e 
Especial
O Poder Judiciário, para organizar e fa-
cilitar o seu serviço e a sua efetividade, 
é ainda dividido em Justiça Comum e 
Justiça Especial. A Justiça Especial é 
composta pelas Justiças Militar, Eleitoral 
e Trabalhista, que são consideradas 
especializadas por tratarem de matérias 
específicas da sua área de atuação e as 
questões a ela conexas, sendo regidas 
por uma legislação processual própria a 
cada uma.
A Justiça Militar Federal é com-
posta pelo Superior Tribunal Militar 
(STM) e pelos Conselhos de Justiça 
especiais e permanentes, que sediam 
as auditorias militares. Compete a esta 
justiça o processamento e julgamento 
de crimes militares presentes no Có-
digo Penal Militar cometidos tanto por 
militares da Forças Armadas (Marinha, 
Exército e Aeronáutica) em atividade, 
como por civis que atentem contra a 
Administração Militar Federal.
A Justiça Militar Estadual e do Dis-
trito Federal é composta pelos Tribunais 
de Justiça Estadual e, em locais onde o 
efetivo militar é superior a vinte mil, há a 
criação de uma Tribunal de Justiça Mi-
litar, além dos juízes de direito. A com-
petência dessa justiça, no âmbito esta-
dual, resguarda-se a julgar os militares 
do Estados (Policiais Militares e Corpo 
de Bombeiros) em crimes militares e 
nas ações que tenham por objeto atos 
disciplinares por eles praticados.
A Justiça Eleitoral engloba o Tribu-
nal Superior Eleitoral (TSE), os Tribunais 
Regionais Eleitorais (TERs), os juízes e 
as juntas eleitorais. Atua tanto na esfera 
jurisdicional, em que possui a função de 
concretizar o devido processo eleitoral 
julgando as questões relativas ao direito 
eleitoral, quanto nas esferas administra-
tivas, pois é responsável pela organiza-
ção e realização das eleições, referendos 
e plebiscitos. É regulamentar, na medida 
em que elabora as normas referentes ao 
processo eleitoral 4 .
A Justiça do Trabalho é compos-
ta pelo Tribunal Superior do Trabalho 
(TST), pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho (TRTs) e pelos juízes e varas 
do trabalho. Tem por função conciliar e 
julgar as ações judiciais entre trabalha-
dores e empregadores, além de outras 
controvérsias decorrentes da relação de 
trabalho, bem como as demandas que 
tenham origem no cumprimento de suas 
próprias sentenças.
Já a Justiça Comum é bipartida 
em Justiça Estadual e Justiça Federal e 
abrange todos os demais feitos, excluí-
dos aqueles de competência específica 
da Justiça Especializada. A Justiça co-
mum é organizada em entrâncias e uma 
instância superior e possui como órgão 
máximo da União o STJ.
A Justiça Federal é composta por 
juízes e juizados federais e por cinco 
Tribunais Regionais Federais (TRFs), 
4 JUSTIÇA Eleitoral. Tribunal Superior 
Eleitoral. [s.n]. Disponível em: http://
www.tse.jus.br/justica-eleitoral. Acesso 
em: 26 nov. 2019.
localizados em cinco diferentes 
regiões, são elas: Brasília (TRF 1ª 
Região), Rio de Janeiro (2ª Região), 
São Paulo (3ª Região), Porto Alegre 
(4ª Região) e Recife (5ª Região).
É competente a Justiça Federal, 
conforme consta no art. 109 da 
Constituição Federal e 1988, para julgar 
as causas em que a União, entidade 
autárquica ou empresa pública fede-
ral forem interessadas na condição de 
autoras, rés, assistentes ou oponentes, 
exceto as de falência, as de acidentes 
de trabalho e as sujeitas à Justiça Elei-
toral e à Justiça do Trabalho.
A Justiça Comum Estadual se com-
põe dos Tribunais de Justiça Estaduais, 
presentes em todos os estados da fede-
ração, e das comarcas, que abrangem 
um certo número de municípios, bem 
como o município-sede, sendo a sua 
competência residual em relação às ou-
tras justiças, ou seja, é competente para 
processar e julgar as causas que não são 
de competência dos demais ramos do 
Poder Judiciário. 
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 119
Dualidade de Justiça Comum
Juízes de Direito Juizados EspeciaisEstaduais
Tribunal
de Justiça
Justiça Estadual
TRF
1ª Região
JF JEF
TRF
2ª Região
JF JEF
TRF
3ª Região
Justiça Federal
JF JEF
TRF
4ª Região
JF JEF
TRF
5ª Região
JF JEF
JF - Justiça Feeral
JEF - Justiça Especial Federal
1ª Região
2ª Região
3ª Região
4ª Região
5ª Região
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3. 
Juizados 
Especiais
A Constituição Federal de 1988 atribui a 
criação de Juizados Especiais à União, 
Distrito Federal e Estados, em seu art. 
98, inciso I, órgãos “providos por juízes 
togados, ou togados e leigos, compe-
tentes para a conciliação, o julgamento 
e a execução de causas cíveis de me-
nor complexidade e infrações penais de 
menor potencial ofensivo mediante os 
procedimentos oral e sumariíssimo, per-
mitidos, nas hipóteses previstas em lei, 
a transação e o julgamento de recursos 
por turmas de juízes de primeiro grau”. 
Os Juizados Especiais, anterior-
mente conhecidos como Juizados de 
Pequenas Causas, foram instituídos com 
o objetivo de solucionar um dos pro-
blemas do Poder Judiciário no Brasil: a 
demora no julgamento dos processos 
sem, contudo, afrontar o devido proces-
so legal 5 . Tais órgãos são importantes 
meios de acesso à justiça, permitindo 
que o cidadão busque uma solução para 
os conflitos em que é interessado de 
uma forma mais célere, já que os atos 
processuais são realizados, quando 
possível, de forma oral, gratuita e com a 
mesma eficiência. 
Os Juizados Especiais Cíveis e Cri-
minais fazem parte do Poder Judiciário 
e são disciplinados pela Lei nº 9.099, 
de 1995, possuindo cada Estado auto-
nomia para criá-los e regulamentá-los, 
sendo regulados, em âmbito federal, 
pela Lei nº 10.259, de 2001.
Os Juizados Especiais Estaduais são 
divididos em razão da sua competência 
material ou funcional. É competência dos 
Juizados Especiais Cíveis (JECs) o pro-
cessamento, julgamento e execução das 
causas cíveis de menor complexidade 
com um valor de até 40 salários mínimos 
e sem complexidade técnica, sendo re-
gulados pela Lei nº 9.099/95 e, de forma 
subsidiária, pelo Código de Processo Civil.
Os Juizados Especiais da Fazenda 
Pública são competentes para julgamen-
to das causas cíveis, mas que envolvam 
a Fazenda Pública estadual ou municipal, 
limitando-se a causas de até 60 salários 
mínimos, sendo regulados pela Lei nº 
12.153/2009 e, de forma subsidiária, pela 
Lei nº 9.099/95.
Os Juizados Especiais Criminais 
(JECrims) são competentes para julgar 
infrações penais de menor potencial 
ofensivo, aquelas com pena máxima de 
até dois anos e as contravenções pe-
nais, com exceção das causas reguladas 
pela Lei Maria da Penha, ou seja, casos 
de violência doméstica ou familiar con-
tra a mulher, sendo regulados pela Lei 
nº 9.099/95 e, de forma subsidiária, pelo 
Código de Processo Penal.
Na capital cearense, existem 20 
unidades dos Juizados Especiais Cíveis 
Estaduais, 04 unidades dos Juizados 
Especiais Criminais, além de um Juizado 
especializado em casos que envolvem 
violência doméstica e familiar contra a 
mulher e um Juizado Móvel6 .
Os Juizados Especiais Federais, no 
âmbito cível, conciliam e julgam as cau-
sas em que a União é parte, com valores 
de até 60 salários mínimos, excetuadas 
as causas previstas nos incisos de I à 
IV, do art. 3º, da Lei nº 10.259/01. Já na 
esfera criminal, processam e julgam os 
crimes de menor potencial ofensivo em 
que a Justiça Federal é competente para 
julgamento 7 .
Em Fortaleza, é possível encontrar 
as 13ª, 14ª, 26º e 28º Varas Federais no 
prédio da Justiça Federal, localizado na 
Praça General Murilo Borges, no Centro, 
e a 2ª Vara Federal na Universidade de 
Fortaleza (UNIFOR), localizada na Ave-
nida Washington Soares, 1321, no bairro 
Edson Queiroz.
No interior do Estado, atualmente 
funcionam 07 varas dos Juizados Fe-
derais, além de postos de atendimento 
dos Juizados nas cidades de Aquiraz e 
Guaramiranga. A 22º Vara Federal,que 
funciona no centro de Crateús, abran-
ge também as demandas advindas das 
cidades de Ararendá, Catunda, Crateús, 
Independência, Ipueiras, Ipaporanga, 
Monsenhor Tabosa, Nova Russas, Novo 
Oriente, Poranga e Tamboril. 
A 25ª Vara Federal, localizada na Rua 
25 de Março, em Iguatu, é responsável 
pelas demandas do Município de Iguatu, 
Acopiara, Cariús, Cedro, Icó, Iguatu, Ju-
cás, Milhã, Orós, Piquet Carneiro, Quixe-
lô, Saboeiro, Solonópole e Tarrafas.
5 AGRA, Walber de Moura. Curso de 
Direito Constitucional. 9. ed. Belo Hori-
zonte: Fórum, 2018, p.573. 
6 JUSTIÇA Eleitoral. Tribunal Superior 
Eleitoral. [s.n]. Disponível em: http://
www.tse.jus.br/justica-eleitoral. Acesso 
em: 09 dev. 2019.
7 JUIZADOS Especiais. Conselho Nacio-
nal de Justiça. Disponível em: https://
www.cnj.jus.br/poder-judiciario/juiza-
dos-especiais/. Acesso em: 09 dez. 2019.
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL
Juazeiro do Norte possui duas Varas 
Federais, a 17ª e a 30ª Varas, responsá-
veis pelas demandas dos municípios de 
Abaiara, Altaneira, Antonina do Norte, 
Araripe, Assaré, Aurora, Baixio, Barbalha, 
Barro, Brejo Santo, Campos Sales, Cari-
riaçu, Crato, Farias Brito, Granjeiro, Ipau-
mirim, Jardim, Jati, Juazeiro do Norte, 
Lavras da Mangabeira, Mauriti, Milagres, 
Missão Velha, Nova Olinda, Penaforte, 
Porteiras, Potengi, Salitre, Santana do 
Cariri, Umari e Várzea Alegre.
A 29ª Vara Federal funciona em 
Limoeiro do Norte e abrange a jurisdi-
ção das cidades de Alto Santo, Aracati, 
Beberibe, Deputado Irapuan Pinheiro, 
Ererê, Fortim, Icapuí, Iracema, Itaiçaba, 
Jaguaretama, Jaguaribara, Jaguaribe, 
Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Morada 
Nova, Palhano, Pereiro, Potiretama, Qui-
xeré, Russas, São João do Jaguaribe e 
Tabuleiro do Norte.
No centro de Quixadá está a 23ª 
Vara Federal, que é responsável pelas 
demandas das cidades de Banabuiú, Boa 
Viagem, Canindé, Choró, Ibaretama, Ibi-
cuitinga, Itapiúna, Itatira, Madalena, Qui-
xadá e Quixeramobim. Já Sobral, onde 
funcionam a 19ª e a 31ª Varas Federais, 
abrange a jurisdição de Acaraú, Alcânta-
ras, Amontada, Barroquinha, Bela Cruz, 
Camocim, Cariré, Carnaubal, Chaval, Co-
reaú, Croatá, Cruz, Forquilha, Frecheiri-
nha, Graça, Granja, Groaíras, Guaraciaba 
do Norte, Hidrolândia, Ibiapina, Ipu, Irau-
çuba, Itapajé, Itapipoca, Itarema, Jijoca, 
Marco, Martinópole, Massapê, Meruoca, 
Miraíma, Moraújo, Morrinhos, Mucambo, 
Pacujá, Pires Ferreira, Reriutaba, Santa 
Quitéria, Santana do Acaraú, São Be-
nedito, Senador Sá, Sobral, Tejuçuoca, 
Tianguá, Trairi, Ubajara, Uruburetama, 
Uruoca, Varjota e Viçosa do Ceará.
A 24ª Vara Federal é localizada em 
Tauá: processa e julga as demandas 
advindas das cidades de Tauá, Aiuaba, 
Arneiroz, Catarina, Mombaça, Parambu, 
Pedra Branca, Quiterianópolis e Senador 
Pompeu. A 27ª Vara Federal atende as 
causas decorrentes de Itapipoca e a 35ª 
Vara Federal as de Maracanaú.
O segundo grau de jurisdição, nos 
Juizados Especiais, é exercido pelas Tur-
mas Recursais, chamadas ainda de ór-
gãos colegiados de primeiro grau, forma-
das por três juízes togados, observando 
as regras de antiguidade e merecimento, 
em exercício no primeiro grau de jurisdi-
ção e reunidos na sede do Juizado, sen-
do a recondução vedada. 
A Lei º 12.665/12 estabeleceu a cria-
ção de uma estrutura permanente para 
as Turmas Recursais dos Juizados Espe-
ciais Federais, estabelecendo em seu art. 
2º que as referidas Turmas devem ser 
formadas por três juízes federais titula-
res dos cargos de juiz federal de Turmas 
Recursais e um juiz suplente. 
4. 
Os Tribunais 
Superiores 
No Brasil existem cinco Tribunais Supe-
riores, todos com sede em Brasília, são 
eles: Supremo Tribunal Federal (STF), 
Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tri-
bunal Superior do Trabalho (TST), Tri-
bunal Superior Eleitoral (TSE) e Superior 
Tribunal Militar (STM). Os citados tribu-
nais são conhecidos como a terceira e 
última instância, atuando nas causas 
que são, na origem, de sua competên-
cia, e como revisores das decisões dos 
tribunais estaduais e tribunais regionais 
federais. Os juízes que atuam nos refe-
ridos tribunais superiores são juízes da 
carreira da magistratura e são chama-
dos de ministros, nomeados pelo Presi-
dente da República para ocupar o cargo, 
devendo serem previamente aprovados 
pelo Senado Federal. 
O Supremo Tribunal Federal (STF) 
é o órgão máximo do Poder Judiciário 
e guardião da Constituição Federal, 
conforme prevê o art. 102 da Carta 
Constitucional, e é composto por 11 
Ministros. É de competência do STF, por 
exemplo, o julgamento das ações diretas 
de inconstitucionalidade e das declara-
tórias de constitucionalidade, os Recur-
sos Ordinários e Recursos Extraordiná-
rios, as Reclamações Constitucionais e 
conflitos de competência entre o STJ e 
qualquer outro tribunal, bem como a edi-
ção e Súmulas Vinculantes. 
Atualmente, a Corte Suprema é 
composta pelos Ministros Dias Toffoli, 
Presidente do Tribunal, Luiz Fux, Vice-
-Presidente do Tribunal, Celso de Mello, 
Decano da Corte, Marco Aurélio, Gilmar 
Mendes, Ricardo Lewandowski, Rober-
to Barroso, Edson Fachin, Alexandre de 
Moraes e das Ministras Cármen Lúcia e 
Rosa Weber. 
121
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE122
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
é a última instância para as causas infra-
constitucionais, ou seja, que não envol-
vem diretamente a Constituição Federal. 
É composto por trinta e três membros, 
nomeados pelo Presidente da Repúbli-
ca a partir de uma lista tríplice elabora-
da pelo próprio tribunal, tendo a função 
primordial de uniformizar e zelar pela 
legislação infraconstitucional. Hodier-
namente, o Tribunal se encontra sob a 
Presidência do Ministro João Otávio de 
Noronha e Vice-Presidência da Ministra 
Maria Thereza de Assis Moura.
O art. 105, da CRFB/88, prevê as 
competências de julgamento do STJ, es-
tabelecendo as causas que podem ser 
discutidas, originariamente, no próprio 
STJ, como os crimes comuns em que é 
réu o Governador de Estado ou do Dis-
trito Federal, e aquelas em que o tribunal 
atua como órgão recursal, apreciando os 
recursos Ordinário e Especial, bem como 
as Reclamações para preservar sua 
competência e garantir a autoridade de 
suas decisões em face de atos de quais-
quer Poderes do Estado.
Composição do Supremo Tribunal Federal
STF/SCO/CIMP/NDC - Atualização em 14-09-2018
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 123
O Tribunal Superior do Trabalho 
(TST) é o responsável por uniformizar 
os entendimentos que versem sobre as 
questões trabalhistas, sendo o órgão 
máximo da Justiça do Trabalho. O órgão 
é composto por vinte e sete Ministros, 
brasileiros, com mais de 35 anos e me-
nos de 65, nomeados pelo Presidente da 
República, após aprovação pela maio-
ria absoluta do Senado Federal. Na sua 
composição atual, o Tribunal é presidido 
pelo Ministro João Batista Brito Pereira, 
tendo como Vice-Presidente o Ministro 
Renato Lacerda Paiva e como Correge-
dor Geral da Justiça do Trabalho o Minis-
tro Lelio Bentes Corrêa.
Organização
Plenário
(33 ministros)
1ª Turma
(5 ministros)
2ª Turma
3ª Turma
4ª Turma
5ª Turma
6ª Turma
1ª Seção
2ª Seção
3ª Seção
Corte Especial
(15 ministros)
NUGEP - SVP Vice-Presidência
Tribunal Pleno
Corregedoria-Geral da 
Justiça no Trabalho - CGIT
Órgão Especial
MINISTRO
PRESIDENTE
Gabinete dos Ministros
Turmas 1ª a 8ª
Conselho Superior da 
Justiça no Trabalho - CSJT
SEGP SEGJUD DGSET
Seções SDI (1 e 2) e SDC
Comissões Permanentes 
de Ministros
CEFAST
SECG
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE124
O Tribunal Superior Eleitoral é o 
órgão máximo da Justiça Eleitoral e é 
composto por sete membros, sendo três 
ministros do STF, dois ministros do STJ, 
eleitos por voto secreto, e dois advoga-
dos dotados de idoneidade moral e notá-
vel saber jurídico, nomeados pelo Presi-
dente da República e indicados pelo STF, 
para um mandato de dois anos, confor-
me art. 119, da CRFB/88. No momento 
atual, compõem o Tribunal a Ministra 
Rosa Weber (Presidente), e osMinistros 
Luís Roberto Barroso (Vice-Presidente), 
Luiz Edson Fachin, Geraldo Og Níceas 
Marques Fernandes (Corregedor), Luis 
Felipe Salomão, Tarcisio Vieira de Carva-
lho Neto e Sérgio Silveira Banhos. 
É competência do TSE apreciar os 
recursos das decisões dos TREs, bem 
como questões que competem ao órgão 
originariamente, como a apuração das 
eleições para Presidência e Vice-Presi-
dência da República e processos e julga-
mentos que versem sobre registro e cas-
sação de registro de partidos políticos e 
seus respectivos diretórios nacionais. 
PRESIDÊNCIA
Corregedoria-Geral 
Eleitoral
Assessoria 
Consultiva
Assessoria de Exame 
de Contas Eleitorais e 
Partidárias
Escola Judiciária 
Eleitoral
Gabinetes da 
Presidência
Ministros
Gabinetes dos
Ministros
O Superior Tribunal Militar é forma-
do por quinze Ministros, sendo compos-
to por três oficiais-generais da Marinha, 
quatro oficiais-generais do Exército, três 
oficiais-generais da Aeronáutica, todos 
da ativa e do posto mais elevado da car-
reira, e cinco civis, nomeados pelo Presi-
dente da República, depois de aprovada 
a indicação pelo Senado Federal, nos 
termos do art. 123, da CRFB/88. O referi-
do tribunal superior possui competência 
para julgar apelações e os demais recur-
sos oriundos de decisões de primeira 
instancia da Justiça Militar da União e jul-
gar, originariamente, os Oficiais Generais 
em crimes de cunho militar. Atualmente, 
o Tribunal funciona sob a Presidência do 
Ministro José Coêlho Ferreira e da Vice-
-Presidência do Ministro Lúcio Mário de 
Barros Góes.
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 125
O Superior Tribunal Militar é composto por 15 ministros vitalícios. A nomeação é feita pelo presidente da República 
depois que o Senado aprova a indicação. Veja como são distribuidas as vagas:
Ministros Militares
Todos da ativa e Oficiais-Generais, posto mais elevado da carreira
do Exército da Marinha advogados de 
notório saber 
jurídico e conduta 
ilibada com 
mais de 10 anos 
de atividade 
profissional 
por escolha 
paritária, dentre 
juízes auditores e 
membros do MP 
Militar
da Aeronáutica4 3 3 23
Ministros Civis
Composição do STM
Fonte: Gazeta do Povo.
5. 
O Tribunal 
Pleno
A Emenda Constitucional 45/2004 intro-
duziu diversas modificações na estru-
tura organizacional do Poder Judiciário 
disposta pela Constituição Federal de 
1988. Uma das mudanças realizadas foi a 
reintrodução do Tribunal Pleno na estru-
tura político-administrativa dos tribunais, 
cujas prerrogativas haviam sido extintas 
pela Lei Complementar 35/79.
O Tribunal Pleno ou Pleno do Tribu-
nal é o órgão deliberativo dos tribunais, 
constituídos pela totalidade dos seus 
membros e presidido pelo Presidente do 
respectivo tribunal, sendo as suas deci-
sões consideradas as decisões de todo 
o tribunal por ser a instância máxima de 
todo tribunal. Tal forma de julgamento é 
adotada quando a lei assim determinar 
ou quando o próprio regimento interno 
do tribunal previr. O referido órgão pos-
sui atribuições políticas, administrativas e 
jurisdicionais, conferidas pela CRFB/88, 
dentre elas, a instituição de Órgão Espe-
cial, ao qual poderá delegar certas com-
petências atribuídas a ele. 
Dentre as funções atribuídas ao Tri-
bunal Pleno, destaca-se como uma das 
mais relevantes a política de eleger os seus 
órgãos diretivos, bem como de elaborar o 
seu regimento interno (função mista), ati-
vidade que irradia efeitos em toda a orga-
nização do tribunal e no próprio sistema 
de justiça do respectivo Estado.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA | UNIVERSIDADE ABERTA DO NORDESTE126
7. 
Câmaras
As Câmaras ou Turmas são subgrupos 
de um tribunal, formadas por grupos de 
magistrados que compõem o órgão, em 
quantidade a ser disposta no regimen-
to interno do tribunal, para possibilitar a 
análise simultânea de um maior número 
de processos. Suas competências e atri-
buições são estabelecidas no regimento 
interno do respectivo tribunal e as suas 
decisões representam o entendimento 
do tribunal, sendo possível a revisão de 
suas decisões pelo Órgão Especial ou 
pelo Órgão Pleno, desde que haja previ-
são no regimento interno do tribunal.
6. 
Órgão 
Especial
O Órgão Especial pode ser instituído em 
tribunais cujo número de membros seja 
superior a vinte e cinco julgadores, sendo 
constituído por no mínimo onze e no má-
ximo vinte e cinco membros, provendo-
-se metade das vagas por antiguidade e 
a outra metade por eleição pelo Tribunal 
Pleno, conforme disposto no art. 93, XI, 
da CRFB/88. O Órgão Especial repre-
senta a totalidade dos membros do tri-
bunal e a ele são delegadas atribuições 
administrativas e jurisdicionais de com-
petência do Tribunal Pleno, o que facilita 
a formação do quórum e dá celeridade 
aos julgamentos, não sendo descartada 
a possibilidade de avocar as atribuições 
delegadas para si. 
É válido ressaltar que o Órgão 
Especial não se equipara aos órgãos 
fracionários dos Tribunais, mas substitui 
o próprio plenário. Ou seja, uma vez 
instituído o órgão especial, em tribunais 
com um número de ministros superior a 
vinte e cinco, esse órgão avoca para si, 
de forma integral, as competências ad-
ministrativas e jurisdicionais conferidas 
ao plenário.
JUSTIÇA E DIÁLOGO SOCIAL 127
Referências
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ção da República Federativa do Bra-
sil. Brasília, DF, Senado Federal, 1988. 
Disponível em: <http://www.planalto.
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caocompilado.htm>. Acesso em: 08 jun. 
2018.
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titucional. 2. ed. Comibra: Almedina, 
1997. 
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Manual de direito administrativo. 31. 
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DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito 
administrativo. 24. ed. São Paulo: Atlas, 
2011.
FIGUEIREDO, Marcelo. Probidade admi-
nistrativa. 5. ed. São Paulo: Malheiros, 
2009.
FREITAS, Juarez. O controle dos atos 
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2004.
GABARDO, Emerson. Eficiência e legi-
timidade do Estado: uma análise das 
estruturas simbólicas do direito político. 
Barueri, SP: Manole, 2003.
GARCIA, Emerson; ALVES, Rogério Pa-
checo. Improbidade administrativa. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Lumen Júris, 2004.
Apoio Realização
GUSTAVO BRÍGIDO BEZERRA CARDOSO (Autor)
Advogado. Bacharel em Direito (UFC). Especialista em Direito e Processos Administrativos (Unifor). Mestre 
em Políticas Públicas e Sociedade (Uece). Doutor em Direito Constitucional (Unifor). Professor universitário e 
membro da Comissão Nacional de Estudos Constitucionais da OAB. 
KARLSON GRACIE (Ilustrador)
Nasceu em Paulista, Pernambuco. Desenha desde criança. A arte e a leitura estiveram sempre presentes em sua 
vida. Filmes, desenhos animados, histórias em quadrinhos e videogames eram inspirações para desenhar. Integra 
o Núcleo de Design (NDE) da Fundação Demócrito Rocha, onde faz o que mais gosta: imaginar, criar e ilustrar.
FUNDAÇÃO DEMÓCRITO ROCHA (FDR) Presidência: João Dummar Neto Direção Administrativo-Financeira: André Avelino de Azevedo Gerência 
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ABERTA DO NORDESTE (UANE) Gerência Pedagógica: Viviane Pereira Coordenação de Cursos: Marisa Ferreira Design Educacional: Joel Bruno 
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Nogueira Corregedor-Geral do Tribunal de Justiça do Ceará: Desembargador Teodoro Silva Santos | ISBN 978-65-86094-06-0
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