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NICOLAU MAQUIAVEL

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CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO
TEXTO NICOLAU MAQUIAVEL
DISCIPLINA: Filosofia Geral e do Direito.
PROFESSOR: Cid Freitas.
TURNO/TURMA: Noite - 2º semestre.
Aluna: Yuri Damasceno.
Nicolau Maquiavel foi um importante teórico, pensador político, filósofo, historiador, diplomata, músico e escritor do Renascimento. Pertencente a uma família pobre, Nicolau desde cedo aprendeu línguas e foi estimulado nos estudos. 
Nascido em 1469, na cidade de Florença, pertenceu a uma família de poucas posses e atuou como um secretário que cuidava dos assuntos externos. Há poucos registros sobre sua juventude, mas é indicado como pessoa bem-humorada e jovial. Apesar de suas ausências, em virtude das viagens, provia auxílio por meio de ajudantes. Mesmo sendo indicado como um pai carinhoso, a vida familiar não o satisfazia e frequentava tavernas e festas pela cidade.											Em 1498, com 29 anos, entra para a política, exercendo o cargo de Secretário da Segunda Chancelaria. Teve uma vasta carreira política, o qual ocupou alguns cargos sendo, muitas vezes, indicado para realizar missões diplomáticas. Defensor dos ideais republicanos, sua teoria estava traçada nos princípios morais e éticos para a Política. Foi o primeiro a separar a Política da Ética com o intuito de estudar a cultura política como ele é realmente e não como ela deveria ser. A partir disso, em 1520, Maquiavel recebe o título de mais importante historiador de Florença. Nicolau Maquiavel, embora seja muito conhecido por seus pensamentos sobre a dinâmica real do poder, também escreveu comédias e poemas.
Ele não estabeleceu uma teoria política ou uma reflexão profunda sobre a essência do poder, como se poderia esperar de um filósofo em sentido clássico. Em todo caso, suas reflexões são originais e alicerçadas em uma riqueza de eventos históricos. Seu pensamento político orientou-se pelos fatos que vivenciou e em suas interpretações com base em circunstâncias históricas, afastando-se, assim, de subjetividade ou idealizações. Nicolau Maquiavel viveu durante o renascimento italiano.							As mudanças na política e disputas pelo poder que testemunhou nessas missões em sua própria cidade é o que confere aos seus escritos o famoso realismo. É o fim do governo de Lorenzo de Medici que marca o início das missões de Maquiavel a serviço da República, quando já estava com quase 30 anos. Por meio de suas muitas missões, adquire experiência como estrategista e expressa seu pensamento político em relatórios e discursos sobre essas experiências. Os Medici conseguem retornar ao poder em 1512, e, em fevereiro de 1513, Nicolau Maquiavel é envolvido injustamente em uma tentativa de conspiração, sendo aprisionado em uma cela próxima de onde costumava trabalhar.
A perda do cargo e a saída repentina deixam Nicolau Maquiavel desanimado, mas o tempo serve-lhe como oportunidade para escrever suas reflexões sobre a arte de governar. Começa também a escrever suas peças, a mais relevante intitulada A mandrágora, que foi apresentada em Veneza e continuou sendo aplaudida posteriormente. Seu filho Piero, em carta, comenta que Nicolau Maquiavel faleceu após tomar um remédio que lhe causou fortes dores no estômago, em 21 de junho de 1527.
Principais Obras
O Príncipe é o livro mais famoso do escritor florentino Nicolau Maquiavel, terminado em 1513, sendo uma obra focada em liderança política e em como melhor trabalhar as habilidades de dominação. O Príncipe foi originalmente nomeado por Maquiavel como Dos Principados, só ganhando o título pelo qual é conhecido cinco anos após a morte do autor, quando editores do livro o rebatizaram. O fato que o próprio Maquiavel era republicano gerou mais tarde a interpretação que O Príncipe, em verdade, buscava apenas satirizar todo o gênero de espelho de príncipe. Entretanto, em 1513, Maquiavel não tinha qualquer ocupação que lhe fornecesse renda, sendo assim possível que apenas desejasse agradar governantes que o pudessem empregar. O que mais diferencia o livro de outros contemporâneos, porém, é o modo como Maquiavel escolhe apresentar as características mais adequadas a um líder. Maquiavel defende também, contudo, que a natureza dos homens deve ser levada em consideração antes que o soberano escolhesse a conduta mais apropriada ao caso. Pior do que isso, de acordo com Maquiavel, é depender demais da fortuna, uma vez que ela era conhecidamente instável. Defende Maquiavel, neste sentido, que o ideal seria que o soberano fosse tanto temido quanto amado em seus territórios.
Ao analisar um pouco a obra O Príncipe, concluímos que o modo de pensar de Maquiavel ainda é válido e utilizado por muitos governantes ao redor do mundo. Portanto, a obra de Maquiavel ainda é atual e por isso pode ser usada como guia para fazer um bom governo. Por isso Maquiavel, de fato, choca a sociedade ao apresentar propostas caracterizadas por uma ‘moral pagã’ para a época. A política, para Maquiavel, justifica seus meios em prol de um bem maior, que é a	estabilidade	do	Estado.
	E o príncipe, não sendo indiferente ao bem e ao mal, e ainda que valorize os princípios morais, compreende que o que para o indivíduo particular é ruim, mas é fundamental para o funcionamento da política. O Príncipe revela o interior do homem, pondo os instintos da cobiça, da avareza, do mando, ou seja, por muitas vezes, os meios utilizados não serão honestos ou pacíficos, devido à natureza egoísta dos homens. A política, para Maquiavel, tem que ser baseada em fatos reais, concretos e assim, decretando-se o que se pode fazer pela sociedade, não o que se poderia. É tanto que em sua obra ela escreve o manual de como manter-se no poder através de análises e exposição sobre fatos políticos dos principados da época.
Hoje, um bom governante que ganha a confiança do povo consegue eleger seu sucessor, como ocorreu com Lula, que foi sucedido por Dilma Housseif, do mesmo partido. Maquiavel também julga prudente para um governante seguir os passos dos grandes homens e imitá-los. Como um sábio, ele aprende do erro dos outros, não de seus próprios erros. Para proteger seu Estado, seu território de ataques e de invasões, o príncipe deve manter suas possessões providas com um bom exército e alimentos, além de não se fazer odiado pelos seus	súditos.								O tema do ódio é um dos principais analisados na obra de Maquiavel. Em primeiro lugar, como já citado, nunca deve usurpar os bens dos súditos. Isso fica claro quando Maquiavel fala que para um príncipe conservar-se no governo muitas vezes é obrigado a não ser bom, pois, o ódio é consequência das más e também das boas ações. O príncipe deverá analisar a situação e ver qual atitude caberá ao momento, um governante não pode agir utilizando apenas leis ou resolver os problemas só impondo a força.
 	A condicionalidade do poder está, mais uma vez, presente nas ideias de Maquiavel quando ele fala quais qualidades um príncipe deve possuir. Pois ele fala que para ser um príncipe não é preciso ser perfeito, ter todas as qualidades necessárias, mas é importante que pareça tê-las e que se houver necessidade, saiba tornar-se inverso. Os atributos de um príncipe podem lhe acarretar ou reprovação ou louvor, portanto, cabe a ele saber usar suas qualidades e defeitos no momento certo e da maneira apropriada. Um bom governante não deve ter vícios, defeitos, como a corrupção.
Um exemplo utilizado pelo próprio Maquiavel é o da fama de miserável. O príncipe que quiser ser honesto com os seus súditos e não passar por necessidades, não deve importar-se com a fama de miserável. Ele diz que é melhor ser os dois, mas como isso é quase impossível, é melhor então ser temido. Se as pessoas, em sua mera vivência não passam por necessidades, não vão se importar em temer o príncipe.
Maquiavel fala que se o príncipe não conquistar o amor do povo, deve fugir do ódio. A população, comprovando a teoria de Maquiavel, enfurecida protestou exigindo o afastamento, o Impeachment de Collor. Para ser estimado, um príncipe deve fazer grandes campanhas, premiar e punir quem e quando necessário, deve ganhar famade homem notável, declarar-se abertamente se é contra ou a favor de algo ou alguém, fazer grandes festas para distrair o povo ser um exemplo. Maquiavel deixa explícita a grande relatividade do poder, é necessário que o líder esteja atento às necessidades dos súditos e dos que o rodeiam, por isso esses líderes foram estimados e conseguiram gravar os seus nomes na história do Brasil, pois suas obras e decisões foram baseadas na vontade coletiva.
Um príncipe deve aconselhar-se apenas quando ele achar necessário, mas é preciso pensar bem sobre o conselho e tomar as suas decisões e executá-las com firmeza, assim soará mais autoritário.
Hoje em dia é extremamente necessário que o líder não defenda a sua verdade como absoluta, e escute as opiniões públicas, pois é essencial que esteja atento às necessidades de uma coletividade, levando em conta o bem estar comum e não o próprio. Como uma breve conclusão, vemos que a obra de Maquiavel ultrapassa o tempo. Seus conselhos ainda são válidos, apesar de serem tidos como tirânicos.

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