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Mód 3_Uso de Geotecnologias na Fiscalização_SPU

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Fiscalização na 
Gestão do Patrimônio 
da União
Uso de Geotecnologias 
na Fiscalização3
M
ód
ul
o
2Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap, 2019
Enap Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Educação Continuada
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Presidente 
Diogo Godinho Ramos Costa
Diretor de Educação Continuada
Paulo Marques
Coordenadora-Geral de Educação a Distância 
Natália Teles da Mota Teixeira
Conteudista
Danilo dos Santos Silva
Rodrigo Pessoa Trajano
Thais Brito de Oliveira
Curso produzido em Brasília 2019.
3Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sumário
1. Introdução .................................................................................... 5
2. Geotecnologia - noções básicas .................................................... 5
3. Sensoriamento Remoto ................................................................ 7
3.1 Classificação dos sensores ............................................................... 8
3.2 Radiação eletromagnética ............................................................... 9
3.3 Tipos de resolução dos sensores ................................................... 10
4. Tipos de Aeronaves ..................................................................... 11
4.1 Os VANT como sistema .................................................................. 14
5. Tipos de Sensores ....................................................................... 16
6. Legislação Aplicada ..................................................................... 19
6.1. Sobre o Peso Máximo de Decolagem ........................................... 19
6.2. Sobre o Tipo de Operação ............................................................ 20
6.3. Sobre a Distância de Segurança .................................................... 22
7. Operação de Drones ................................................................... 23
8. Geoprocessamento ..................................................................... 23
9. Finalizando ................................................................................ 24
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
M
ód
ul
o
Uso de Geotecnologias na 
Fiscalização3
1. Introdução
Para sua atuação como fiscal na gestão do patrimônio da União também é preciso ter 
conhecimentos básicos de geotecnologia, informações sobre sensoriamento remoto e os 
diferentes tipos de aeronaves e de sensores, bem como sobre a legislação aplicada referente ao 
peso máximo para decolagem, ao tipo de operação e a distância de segurança. Além disso, você 
precisa saber sobre as condições para operação de drones e noções sobre geoprocessamento.
Vamos iniciar?
2. Geotecnologia - noções básicas
O termo “geotecnologia” representa o conjunto de tecnologias utilizadas para coleta, 
processamento, análise e disponibilização de informação com referência geográfica.
As geotecnologias são compostas por soluções em hardware, software e peopleware que juntos 
se constituem em poderosas ferramentas para a tomada de decisões. Dentre as geotecnologias 
estão os GIS - Sistemas de Informação Geográfica, Cartografia Digital, Sensoriamento Remoto por 
Satélites, Sistema de Posicionamento Global (ex. GPS), Aerofotogrametria, Geodésia e Topografia 
Clássica, dentre outros.
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Com a evolução da tecnologia de geoprocessamento e de softwares gráficos, vários termos 
surgiram para as muitas especialidades. Essa tecnologia pode ser usada em diversas áreas, como:
• Gestão territorial.
• Meio ambiente.
• Agronegócios.
• Serviços públicos de saneamento.
• Energia elétrica.
• Telecomunicações.
Uma destas geotecnologias é o VANT - Veículo Aéreo Não Tripulado ou drone ou ainda ARP 
- Aeronave Remotamente Pilotada, uma geotecnologia relevante na fiscalização da SPU. Trata-
se de aeronave que opera sem tripulação e seu controle se dá por meio de uma estação de 
pilotagem remota ou de forma autônoma.
Os drones, inicialmente, foram desenvolvidos para uso militar, tendo por objetivo a defesa e 
treinamento de combate, mas aos poucos eles foram se aperfeiçoando para o uso civil.
Os VANT possuem múltiplos usos e podem ser utilizados, a depender da autonomia dos 
equipamentos embarcados e dos tipos de sensores de captura de imagem, em uma infinidade de 
aplicações, porém as principais são agricultura de precisão, mineração, ordenamento territorial, 
defesa, segurança e controle de vetores epidemiológicos.
Você sabe como um drone pode ajudar nessa tarefa de fiscalizar o patrimônio imobiliário?
É objetivo da SPU conhecer a malha imobiliária para, depois, destiná-la. Para isso, torna-se 
necessário criar mecanismos para a identificação dessa malha, classificada como terrenos de 
marinha, margens de rios, ilhas, glebas, lotes, construções, tanto em zona urbana como em zona 
rural. Isto demonstra o grandioso desafio da secretaria devido à gigantesca extensão de terras a 
serem identificadas.
Após conhecer a malha imobiliária, faz-se necessário que a SPU preserve essas áreas para cumprir 
à função a qual são destinadas. Para isso, as ações de fiscalização garantem a integridade e o uso 
adequado dos bens imóveis ou o restauro das mesmas à correta utilização.
Por meio da obtenção e do estudo das imagens aéreas, é possível identificar se alguma obra ou 
benfeitoria está inserida dentro de um imóvel da União e se essa obra ou benfeitoria está em 
desacordo com a destinação concedida. Por exemplo, o loteamento de terrenos ou a instalação 
de barracas de praias serão facilmente detectáveis. A partir disso, pode-se avaliar virtualmente o 
que se pretende medir, a fim de imputar a sanção adequada ao ocupante irregular.
7Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
No entanto, para o uso dessas imagens, é necessário aprender um pouco sobre o sensoriamento 
remoto.
3. Sensoriamento Remoto
Vamos recordar o que é sensoriamento remoto?
É a obtenção de imagens e dados da superfície terrestre, por meio da captação e registro da 
energia por ela refletida/emitida, sem que haja contato físico entre o sensor e a superfície 
estudada, por isso é chamado de remoto.
Pode-se dizer que o sensoriamento remoto surgiu logo após a invenção da máquina fotográfica, 
quando se tornou possível o registro de imagens a partir do céu. Inicialmente, utilizavam-se 
pombos ou balões a fim de captar imagens da superfície, geralmente para o reconhecimento de 
lugares ou produção de mapas.
Em tempos de guerra, essa foi uma importante estratégia para o reconhecimento do território 
inimigo, o que auxiliava na elaboração de planos de ataque e contra-ataque.
Por falar em guerra, foi durante a Primeira Guerra Mundial (1914 -1918) que esse sistema começou 
a se aperfeiçoar por meio da utilização de aviões, meio de transporte, então, recentemente 
inventado. 
O conjunto de técnicas de registro da superfície por meio da fotografia foi chamado de 
aerofotogrametria que, além do registro da imagem, consistia também no tratamento dos retratos 
e de suas adaptações para a produção de visualizações de áreas inteiras. Esse procedimento é 
até hoje amplamente realizado.
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Nos dias atuais, os satélites, balões e aeronaves remotamente pilotadas são os principais meios 
de transporte dos sensores imageadores.
Três elementos são fundamentais para o funcionamento de um sistema de sensoriamento 
remoto:
• Objeto de estudo (superfície a ser observada).
• Radiação Eletromagnética (fonte de energia ou iluminação).
• Sensor (recepção).
3.1 Classificação dos sensores
Os sensores podem ser classificados em ativo e passivo, conforme pode ser observado na figura 
a seguir.
Os sensores capturam a energia refletida da superfície e a transformam em imagem que será 
interpretada de acordo com o que sepretende estudar.
9Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A energia incidente emitida ou refletida por alvos na superfície é transmitida aos sensores em 
forma de ondas eletromagnéticas.
3.2 Radiação eletromagnética
A energia eletromagnética que é emitida pelos sensores ativos, tal como o radar, é proveniente 
da radiação eletromagnética. Esta radiação é composta por ondas, como as ondas de rádio e a 
luz visível, que são capazes de se mover na velocidade da luz (300 mil quilômetros por segundo).
A radiação eletromagnética é capaz de provocar tanto os campos elétricos, quanto os magnéticos, 
sendo que apenas uma parte do campo eletromagnético fica visível. Essa energia pode se dar em 
diferentes comprimentos de onda, podendo ser infravermelho, ultravioleta, visível, radar, laser, 
micro-ondas e etc.
Como você pode verificar na figura acima, as radiações podem ser classificadas em dois grandes 
grupos: radiação ionizante e radiação não ionizante.
As radiações ionizantes são as que possuem energia suficiente para arrancar elétrons de um 
átomo. São constituídas pelas ondas eletromagnéticas: raios gama e raios X.
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
As radiações não ionizantes são aquelas que não possuem energia suficiente para arrancar 
elétrons de um átomo. São elas: ultravioleta, infravermelho, radiofrequência, laser, micro-ondas 
e a luz visível.
3.3 Tipos de resolução dos sensores
Outro conceito empregado no sensoriamento remoto é a classificação quanto ao tipo de 
resolução dos sensores. Existem quatro tipos de resolução, são elas:
• Espacial ou geométrica: capacidade do sensor de dividir ou resolver os elementos na 
superfície terrestre. Quanto melhor a resolução espacial, maior o nível de detalhe 
observado (pixel).
• Espectral: capacidade do sensor de operar em várias e estreitas faixas espectrais. Os 
sensores que operam em centenas de bandas são conhecidos como hiperespectrais 
(quantidade e comprimento das faixas ou bandas espectrais).
• Radiométrica: relacionada à capacidade de quantização ou sensibilidade do sensor de 
detectar pequenas variações do comprimento das ondas eletromagnéticas (números 
expressos em dígitos binários – bits).
• Temporal: tempo de revisita do sensor em um mesmo ponto da superfície terrestre 
(frequência da passagem do sensor). Indica o intervalo de tempo que o satélite leva 
para voltar a recobrir a área estudada.
O conjunto desses conceitos resultam em imagens fotointerpretativas que se constituem 
em importante ferramenta para a melhor compreensão do espaço geográfico para fins de 
planejamento governamental, agricultura, meio ambiente, defesa, entre outras funções.
Conheça alguns exemplos!
Antes, porém, é importante lembrar que cada sensor trabalha com uma faixa de onda 
eletromagnética diferente e isso favorece diferentes informações dos alvos que se pretende 
estudar.
• Resolução temporal: Quando se deseja obter informações de uma determinada área na 
qual o aspecto tempo é importante, como a influência de maré no ciclo hidrológico de 
uma determinada região ou a evolução de uma construção ou obra, necessitamos de 
uma resolução temporal maior ou menor, de acordo com as imagens disponíveis ou 
com a necessidade do que se pretende comprovar. Assim, nessa resolução busca-se a 
frequência com que se obtém imagens de uma área. No caso de um satélite que possua 
uma resolução temporal de 7 dias, ele registrará nova imagem da mesma área 
semanalmente.
11Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Resolução espacial: Quando se deseja observar detalhes de um determinado alvo por 
meio das imagens aéreas, devemos nos ater a resolução espacial que permite distinguir 
o alvo e delimitar seu perímetro.
• Resolução espectral: Pode-se utilizar, a depender do que se pretende observar, sensores 
que operem em determinadas faixas das ondas eletromagnéticas, que podem ser a faixa 
do visível, do infravermelho, do radar e etc.
4. Tipos de Aeronaves
Primeiramente, as aeronaves se distinguem quanto ao uso, pois os normativos as classificam 
como de uso recreativo e não recreativo a depender da sua utilização.
• Recreativos: filmagens de eventos, manobras, jogos.
• Não recreativos: aerolevantamento, monitoramento e fiscalização ambiental, de 
trânsito, de fronteira, ordenamento territorial, cadastro multifinalitário, dentre outros.
Como para nosso estudo o uso recreativo não nos interessa, deixaremos ele de lado e trataremos 
dos não recreativos.
Importante 
A classificação recreativa ou não recreativa não está vinculada com o modelo 
ou propriedades técnicas das aeronaves, apenas com a utilização que vai ser 
dada. Dessa maneira, um mesmo modelo de aeronave pode ser utilizado 
para as duas finalidades, entretanto a opção será dada no momento do 
cadastramento da aeronave nos sistemas SARPAS e SISANT. Claro que alguns 
equipamentos embarcados não serão necessários caso a aeronave se destine 
a recreação.
Os modelos de aeronaves disponíveis no mercado podem ser agrupados como:
• Multirotores.
• De asa fixa.
• Híbrido conhecido como asa fixa VTOL (Vertical Take Off and Landing).
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Multirotores
Aeronaves multirotores, mais populares, apresentam como principal característica a presença 
de, no mínimo, três motores elétricos que propulsionam a aeronave e a conduzem em todas as 
direções, por isso possuem boa estabilidade.
Podem ser constituídas de três, quatro, seis, oito ou dez motores, sendo mais comum as de 
quatro. Sua decolagem e pouso se dão verticalmente e podem pairar no ar, porém a autonomia 
da bateria é relativamente baixa, o que reduz a produtividade por área imageada em relação ao 
de asa fixa.
Por decolar e pousar na vertical essas aeronaves necessitam de pouco espaço para operação e 
podem ser utilizadas em ambiente com obstáculos como áreas urbanas. São pequenos, fáceis de 
transportar e muito estáveis.
Assista agora os vídeos: Decolagem e Aterrissagem que estão disponíveis na Videoteca 
do curso e nos endereços http://cdn.evg.gov.br/cursos/255_EVG/modulo01video01.
mp4 e http://cdn.evg.gov.br/cursos/255_EVG/modulo01video02.mp4, respectivamente.
Na imagem, o drone branco é um modelo Phantom DJI de 4 rotores e o drone grafite é um 
modelo de 6 rotores Yuneec Thyphoon H.
13Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Híbridos
Também conhecido como asa fixa VTOL (Vertical Take Off and Landing).
Tem-se, ainda de maneira incipiente, um híbrido entre os multirotores e os de asa fixa, conhecido 
como asa fixa VTOL, que alia as melhores características dos dois modelos, a decolagem e pouso 
na vertical e a maior abrangência de área imageada
Na imagem, o drone amarelo é um modelo brasileiro da Xmobots®, o Nauru 500C VTOL de asa 
fixa e 5 rotores e o drone preto e branco é um Switch UAV da Idea Forge® modelo de 5 rotores e 
asa fixa.
Asa fixa
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Aeronaves de asa fixa são semelhantes aos aeromodelos, porém embarcadas com GPS e 
componentes e sensores aviônicos.
Em regra geral, possuem apenas um motor para propulsão, que pode ser elétrico ou à combustão 
interna, garantindo maior autonomia e, por isso, menos subidas e descidas por operação para 
troca de baterias, perfazendo uma maior área a ser imageada em relação aos multirotores.
Diferentemente dos multirotores, essas aeronaves se destinam primordialmente para o 
aerolevantamento de grandes áreas e decolam manualmente ou com auxílio de uma catapulta. 
Sua aterrissagem pode ser manual, de barriga ou por meio de paraquedas, o que demanda áreas 
maiores para essas manobras.
Esses modelos também são controlados por uma estação de pilotagem, porém com maiores 
recursos como antena de rádio para maior alcance, telemetria, GPS com RTK e PPK.
Na imagem, o drone cinza e grafite é um modelo Maptor da brasileira Horus de asa fixa e o drone 
preto e amarelo é um eBee Plus asa fixa da SenseFly Parrot Group.
4.1Os VANT como sistema
Os Veículos Aéreos Não Tripulados são, na verdade, um sistema composto por aeronave, estação 
de comando e o equipamento de comunicação entre os dois.
Dependendo do alcance que se pretende operar com a aeronave em relação a estação de 
comando, esta estação e a comunicação podem ser integradas em um único equipamento mais 
simples, porém de alcance reduzido.
15Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Para longo alcance, é importante um sistema dedicado de comunicação que realize o enlace 
entre a aeronave e a estação de comando.
O enlace entre a aeronave e a estação de comando é realizado por meio de ondas de rádio e os 
equipamentos utilizados devem ser homologados pela ANATEL. No entanto, o assunto legislação 
será abordado mais à frente.
Nas aeronaves, estão presentes sensores inerciais e aviônicos, que coletam informações de 
aceleração, angulação, velocidade, altitude, dentre outros, além do receptor de rádio, GPS, 
servos e a bateria.
Na imagem, o primeiro objeto é a estação de Controle em solo- ECS (GCS - Ground Control 
Station) D-RTK 2, os outros dois são a aeronave e controle com radio receptor transmissor e 
monitor Phantom da DJI. 
Câmeras com sensores variados para capturar diferentes bandas do espectro eletromagnético 
poderão ser acopladas para a obtenção das imagens.
Atualmente, os veículos mais comuns são os multirotores do modelo Phantom, que são de 
pequeno porte, facilmente transportados e operados.
Os VANT são de fácil controle e possuem muita tecnologia embarcada, como câmeras de alta 
resolução e sensores de estabilidade e anticolisão. As estações de comando e de rádio são 
unificadas em um único controle, conferindo maior portabilidade do equipamento, além de 
possuírem preços acessíveis.
Na imagem, o controle é um modelo Phantom da DJI com radio receptor transmissor e monitor.
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
5. Tipos de Sensores
São quatro os principais sensores utilizados para o sensoriamento remoto:
• Sensor multiespectral.
• Sensor termal.
• Sensor RGB.
• Sensor laser.
Cada qual apresenta suas especificidades e serve para um determinado estudo. Conheça, a 
seguir, os diferentes tipos de sensores e suas características.
Esta é uma câmera com sensor multiespectral (Parrot/Micasense Sequoia) que captura dados, 
além da composição RGB, em quatro bandas distintas do espectro eletromagnético visível, Verde 
17Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
e Vermelho, e do invisível, Red edge e Infravermelho próximo, para serem usados, principalmente, 
em aplicações de sensoriamento remoto agrícola, servindo para observar a biomassa e vigor das 
plantas por meio do NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) umidade, ervas invasoras, 
ataque de pragas etc.
Inicialmente, as imagens em infravermelho foram utilizadas para fins militares, como a detecção 
de objetos inimigos camuflados em diferentes localidades.
Preferencialmente, o uso desse tipo de imagem é destinado ao mapeamento de atividades 
humanas, detecção de ações de desmatamento e atividades produtivas em zonas de preservação 
ambiental.
Sensor termal
Câmera (FLIR) compacta com sensores de luz que permitem obter imagens térmicas para 
detecção de corpos emissores de calor, inclusive no escuro, podendo distinguir pessoas de 
objetos, acompanhar construções, condensamento de tráfego urbano, acidentes ambientais, 
segurança patrimonial, orientar equipes de salvamento etc.
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sensor RGB
O sistema de cores RGB (Red, Green and Blue) está presente em todas as câmeras fotográficas 
convencionais e, inclusive, na câmera do seu celular. Câmeras com esses sensores capturam 
fotografias, mostrando um determinado objeto ou cena com suas cores reais, reproduzindo a 
imagem vista a olho nu.
Esta é a mais comum dentre todas as demais, seu uso é amplo podendo ser usada no 
monitoramento ambiental, ordenamento territorial, segurança, fiscalização, acompanhamento 
de obras, agricultura, mineração, etc.
19Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Sensor laser
É um sensor ativo que realiza varredura com emissão e detecção de pulsos a laser, sendo 
registrado, por meio do tempo de retorno do sinal, o pulso refletido do objeto.
Por conseguir adentrar as feições, o resultado é uma nuvem de pontos extremamente densa e 
detalhada, registrando troncos de árvores, casas, prédios, etc.
Com este sensor é possível obter o relevo mesmo em áreas de vegetação densa, pois seu fluxo 
de ondas consegue ultrapassar a copa das árvores chegando ao solo registrando dados de altura 
e relevo.
É considerado um dos sensores mais precisos utilizados no sensoriamento remoto.
6. Legislação Aplicada
6.1. Sobre o Peso Máximo de Decolagem
Agora, abordaremos questões relacionadas à segurança no uso das aeronaves remotamente 
pilotadas, considerando o grau de risco das operações de voo. Assim, precisamos conhecer a 
legislação que rege o assunto.
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Conforme já informado, a Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC, o Departamento de Controle 
do Espaço Aéreo - DECEA e a Agência Nacional de Telecomunicação - ANATEL são os órgãos que 
regulam a utilização dessas aeronaves, visando a segurança, tendo como premissa a confiabilidade 
do equipamento, o controle do espaço aéreo e a comunicação entre piloto e aeronave.
Como você sabe, as aeronaves ou drones são classificados quanto ao seu uso. Entretanto, eles 
também são classificados quanto ao Peso Máximo de Decolagem – PMD.
De acordo com o enquadramento da aeronave, essas classificações são mais restritivas ou menos 
restritivas. Abaixo, observe a tabela com a especificação das ARP por peso máximo de decolagem 
e utilização.
Classificação de ARP por Peso Máximo de Decolagem
Classes Peso Máximo de Decolagem Uso pela SPU Utilização
Classe 1 - grande porte > 150 kg
Não
Em estudos científicos, monitora-
mento estratégico de segurança e 
defesa e com fins militaresClasse 2 - médio porte
> 25 kg e 
≤ 150 kg
Classe 3 - pequeno 
porte ≤ 25 kg Sim Em demarcação e fiscalização
6.2. Sobre o Tipo de Operação
Outra classificação importante para a atividade pretendida é quanto ao tipo de operação, pois 
a depender da necessidade, maiores serão as exigências para a aeronave, equipamentos e 
documentos emitidos.
Na tabela a seguir conheça os diferentes tipos de operação.
Operação 
de voo
Contato visual
Piloto/aeronave
Distância 
horizontal
Piloto/aeronave
Equipamentos
necessários SPU - Indicação
VLOS
Visual Line-
-of-Sight
Linha visual 
de visão
Com contato 
visual direto 
durante toda a 
operaçãocom a 
aeronaveremota-
mente pilotada.
Sem auxílio de 
lentes ouob-
servadores.
≤ 500m e ≤ 400 
pés de altura 
(aprox. 120m)
____
Levantamentos 
depequenas áreas 
na fiscalização
21Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
EVLOS
Extended Visual 
Line-of-Sight
Linha de visão 
visual estendida
Não há 
contato visual. 
Com auxílio 
de lentes, 
equipamentos 
ou de obser-
vadores na 
operação 
para que o 
piloto remoto 
consiga manter 
contato direto 
com o drone.
Um observador 
a cada limite 
de distância: 
≤ 500m e ≤400 
pés de altura 
(aprox. 120m)
____
Levantamentos 
para demarcação 
ou fiscalização de 
áreas extensas. 
(Maior
 produtividade 
dos aerolevan-
tamentos)
*BVLOS
Beyond Visual 
Line of Sight
Além da linha 
visual de visão
Sem 
contato visual.
 Sem 
observadores. 
Necessário 
sistema de 
comunicação 
de navegação 
com a estação 
de comando.
≤ 30 km
Sinalização 
luminosa, de 
telemetria e 
câmera fron-
tal para 
detecção de 
objetos a frente 
potencialmen-
te causadores 
de acidentes.
Levantamentos 
para demarcação 
ou fiscalização de 
áreas extensas. 
(Maior 
produtividade dos 
aerolevanta-
mentos)
*Na modalidade BVLOS os pilotos devem possuir habilitação emitida ou reconhecida pela ANAC.
Você leu que a telemetria é dos equipamentosnecessários para operação em BVLOS, mas o que 
vem a ser telemetria?
Telemetria é uma tecnologia que permite registrar dados de altitude, inclinação e velocidade, 
semelhante aos aviões convencionais, conferindo ao piloto o controle total da aeronave para 
tomada de decisões. É por esta razão que os pilotos que operam na modalidade BVLOS devem 
possuir habilitação emitida ou reconhecida pela ANAC.
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Como já informado, para qualquer operação, o piloto e a aeronave deverão ser cadastrados no 
Sistema de Aeronaves Não Tripuladas - SISANT da ANAC e no SARPAS - Solicitação de Acesso de 
Aeronaves Remotamente Pilotadas do DECEA. Sempre visando possibilitar um acesso coordenado 
e seguro ao espaço aéreo brasileiro.
6.3. Sobre a Distância de Segurança
Pelas normas da ANAC, é estabelecida uma “área distante de terceiros”, que significa que o 
operador deve considerar certa distância horizontal da aeronave não tripulada em operação, na 
qual pessoas não envolvidas e não anuentes no solo não fiquem submetidas a risco de segurança.
http://www.anac.gov.br/noticias/2017/regras-da-anac-para-uso-
de-drones-entram-em-vigor/release_drone.pdf
O limite a ser observado é de 30 metros, a menos que haja uma barreira mecânica suficientemente 
forte capaz de isolar e proteger as pessoas não envolvidas e não anuentes na eventualidade de 
23Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
um acidente. Assim, a distância da VANT não poderá ser inferior a 30 metros horizontais das 
pessoas referidas.
Recapitulando...
Desejando-se realizar um aerolevantamento de grande extensão, supõe-se a operação BVLOS. 
Logo, é necessário possuir uma aeronave certificada pela ANAC, homologada pela ANATEL e 
cadastrada no DECEA. 
Além do certificado, o piloto deve possuir habilitação emitida ou homologada pela ANAC, elaborar 
estudo de análise de risco da operação e possuir plano de voo. Se o voo for VLOS é suficiente 
o cadastramento da aeronave e do piloto nos sistemas da ANAC e DECEA, a homologação da 
ANATEL e a solicitação de utilização do espaço aéreo no DECEA, além de estudo de análise de 
risco da operação e o plano de voo.
7. Operação de Drones
A operação se dará depois de cumpridas as etapas de atendimento às normas, de cadastramento 
da aeronave, treinamento de pilotos, expedição da documentação necessária e solicitação de 
uso do espaço aéreo, além, é claro, do checklist de manutenção e carga da bateria da aeronave.
O planejamento da operação se dará no escritório, levantando a documentação e os aspetos 
da região de interesse. Na estação de controle do sistema, é possível delimitar a área a ser 
imageada fazendo um upload com shapefile da área ou desenhando a mão livre na própria tela 
do equipamento.
Após delimitada a área, devem ser inseridos os parâmetros do voo como altitude, velocidade, 
ponto de aterrissagem e aproximação para o pouso (no caso de drones asa fixa) e, finalmente, 
os aspectos de captura de imagem, como intervalo de disparo, percentual de recobrimento das 
imagens e tipo de captura, se linear ou cruzado.
Assista ao vídeo_plano_voo e veja um demonstrativo de simulação de voo, no endereço 
https://drive.google.com/file/d/1pDQrmTSVwV3a2An00giyaqNHp_L6zmA-/view
Com as imagens coletadas, a próxima etapa é, novamente, no escritório com o processamento 
das mesmas. Para isso, são utilizados softwares específicos de processamento de imagens que 
vão extrair as informações do sinal refletido e juntar com as informações do GPS para elaborar 
uma imagem georreferenciada.
8. Geoprocessamento
As imagens georreferenciadas e ortorretificadas são o produto final do aerolevantamento 
realizado por drones, com elas é possível fazer análises sobre a imagem a fim de identificar e 
medir objetos observáveis.
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
É possível obter o Modelo Digital de Terreno 
- MDT e o Modelo Digital de Superfície - MDS 
que são representações digitais, da área que se 
realizou o aerolevantamento, capazes de gerar 
dados altimétricos, informações de declividade e 
mapeamento da rede de drenagem.
Modelo Digital de Superfície - MDS é a cota que 
sofre influência da vegetação e das edificações, ou 
seja, detalha todos os objetos acima do solo.
Modelo Digital de Terreno - MDT é a cota relativa 
apenas ao terreno, filtrando (excluindo) os objetos 
acima do solo.
Por fim, utilizando-se o Sistema de Informação Geográfica - SIG pode-se trabalhar com as imagens 
a fim de vetorizar as informações de relevo, hidrografia, vegetação e objetos observados, medir 
e obter localização.
Com isso, tem-se um trabalho técnico ampliado e confiável, trazendo segurança para a SPU.
9. Finalizando 
Ao finalizar o estudo deste conteúdo, lembre-se de voltar ao Ambiente Virtual de Aprendizagem 
para realizar a atividade avaliativa referente ao conteúdo.
Ao estudar este texto, você aprendeu sobre a utilização das Aeronaves Remotamente Pilotadas 
na fiscalização e demarcação da SPU e o que elas podem oferecer de produtos para melhorar as 
análises técnicas da SPU.
Por fim, o módulo trouxe uma noção do que esperar com a chegada desses equipamentos para 
utilização na SPU e o que é importante saber antes de começar a operação.
Esperamos que o conteúdo tenha sido de grande valia para você!

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