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Olá a todos companheiros de sala e professor
Ao meu entendimento os condomínios edilícios não possuem personalidade jurídica baseado no Art.44 do código civil que diz “São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações. IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência). 
E mesmo que os condomínios não possuam personalidade jurídica, eles possuem CNPJ, Podem mover ações, serem processados, contratar funcionários, como se fossem pessoas jurídicas, mas esta pratica é somente para criar uma segurança jurídicas aos seus condôminos, funcionários entre outras partes. Não significa que possuem personalidade jurídica, podemos verificar nesta jurisprudência e posteriormente nas doutrinas.
Jurisprudência 
AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. CIVIL E RESPONSABILIDADE CIVIL. SISTEMA FINANCEIRO DA HABITAÇÃO (SFH). VICIO DE CONSTRUÇÃO. AÇÃO DE REPARAÇÃO AJUIZADA PELO CONDOMÍNIO. ALEGADOS DANOS MORAIS EXPERIMENTADOS PELO ENTE DESPERSONALIZADO. IMPOSSIBILIDADE. AFASTAMENTO DOS DANOS MORAIS.
1. Os danos morais estão intrinsecamente ligados aos direitos da personalidade, mas neles não se esgotam, dizendo, pois, especialmente, com a esfera existencial do ser humano, com a sua dignidade.
2. A doutrina dominante reconhece que os condomínios edilícios não possuem personalidade jurídica, sendo, pois, entes despersonalizados; também chamados de entes formais, com a massa falida e o espólio.
3. Não havendo falar em personalidade jurídica, menos ainda se poderá dizer do maltrato a direitos voltados à personalidade e, especialmente, àqueles ligados à honra objetiva.
4. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO.
ACORDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia TERCEIRA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo interno, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Ricardo Villas Bôas Cueva, Marco Aurélio Bellizze (Presidente), Moura Ribeiro e Nancy Andrighi votaram com o Sr. Ministro Relator.
Superior Tribunal de Justiça STJ - AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL : AgInt no REsp 1521404 PE 2015/0061485-8
Doutrinadores
A natureza jurídica do condomínio edilício trata-se de um tema controvertido, que originou diversas teorias, onde todas buscam explicar o fenômeno da combinação harmônica entre a propriedade privada e a coletiva.
Segundo o doutrinador Carlos Roberto Gonçalves a primeira teoria considera o condomínio como uma comunhão de bens, porém, para a maioria dos doutrinadores esta teoria é afastada porque cada condômino é titular de uma unidade autônoma e, ao mesmo tempo, utiliza áreas em comum com outros condôminos. A segunda teoria, também não tão aceita pela maioria dos doutrinadores é aquela que diz ser o condomínio uma sociedade imobiliária. Da mesma forma, a terceira teoria, pouco aceita, encara o condomínio como uma servidão. A teoria da personalização do patrimônio comum também é insustentável, porque não existe uma pessoa jurídica titular das unidades autônomas e das partes comuns do edifício.
No entanto, Caio Mário da Silva Pereira critica essas teorias afirmando que “É despiciendo mobilizar todos esses velhos conceitos para a caracterização do condomínio edilício. É ele um fenômeno econômico e jurídico moderno não se compraz com os institutos invocados para a sua explicação, nem deles necessita”.
Prevalece, assim, com efeito, o entendimento de que o condomínio não tem personalidade jurídica, porém, está legitimado a atuar em juízo, ativa e passivamente, representado pelo síndico conforme dispõe o artigo 12, inciso XI do CPC, em situação similar à do espólio e da massa falida.

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