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AGENTES PÚBLICOS
1) O que e quem são os agentes políticos?
O agente político é aquele investido em seu cargo por meio de eleição, nomeação ou designação, cuja competência advém da própria Constituição, como os Chefes de Poder Executivo e membros do Poder Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunais de Contas, além de cargos de Diplomatas, Ministros de Estado e de Secretários nas Unidades da Federação, os quais não se sujeitam ao processo administrativo disciplinar. O agente público contratado por tempo determinado é espécie de agente administrativo, desempenha funções públicas desvinculadas de cargos ou de empregos públicos, de forma precária e temporária, como os contratados por tempo determinado para necessidade temporária de interesse público, desobrigados de concurso público. Regulados pela Lei nº 8.745/1993, somente se sujeitam aos dispositivos da Lei nº 8.112/1990 que estão expressos na lei que regula sua contratação.
2) Quais as espécies de particulares em colaboração.
Existem três tipos de particulares que podem colaborar com a administração: particulares por delegação; particulares que atuam por convocação, nomeação ou designação; e Agentes necessários ou gestores de negócios públicos. Os chamados agentes delegados, agentes que atuam mediante delegação, ocorrem nos casos de concessão e permissão de serviços públicos. Exemplo: tradutores, leiloeiros, os bancários, titulares de cartórios que atualmente a atividade notarial e de registro que é exercida em regime jurídico de direito privado por delegação pelo poder público, artigo 236 Constituição Federal (Lei nº 8.935, de 18-11-1994, dispõe sobre os serviços notariais e de registro), a remuneração que recebem não é paga pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço, nestes casos exercem função publica em nome próprio com a fiscalização da administração publica. Nesta segunda espécie pode ter agentes que exercendo atividade sem remuneração, por exemplo, jurados do tribunal do júri e mesários que exercem um serviço público honroso, atividade honrosa, e por isso esses particulares são denominados por alguns autores como agentes honoríficos, tais serviços constituem o chamado múnus público, ou serviços públicos relevantes, esses agentes o máximo que podem receber é uma ajuda de custo ou pro labore, isso não descaracteriza como agente honorifico. Exemplo: peritos, tradutores, conciliadores, jurados do tribunal do júri e mesários. Agentes necessários ou gestores de negócios públicos, uma grande característica desta espécie é o fato que este agente atua voluntariamente, de forma espontânea, diante de uma situação anômala de caráter emergencial, sempre diante de uma situação excepcional·. Exemplo: uma situação calamidade, enchente, particulares que ajudam resgatar pessoas de um desmoronamento. Diferente de agentes putativos (agentes de fato) que tem aparência de agentes públicos legalmente investidos da função publica, aplica-se neste caso a teoria da aparência, mas não existe legal investidura, por duas situações, não existe nenhuma investidura ou existe uma ilegalidade na sua investidura. Exemplo: oficial de justiça que apresentou diploma falso, ou seja, apresentou um documento necessário para sua investidura falso, existindo uma investidura viciada, o jurisdicionado que se depara com este oficial não tem como saber que o oficial de justiça apresentou documento falso a administração, aplicando-se para este sujeito a teoria da aparência, a medida for necessária para a proteção dos seus direitos em razão do ato praticado por este agente, têm que ser reconhecido os direitos do administrado. Mas pode acontecer outra situação, o agente não tem investidura na função que ele exerce, porque ele nem é servidor ou é, mas extrapolar em exercício da sua função agir fora de sua competência ou nem ter competência nenhuma. Porém em razão da teoria da aparência, visando à segurança e a boa fé do administrado, os atos praticado por agentes putativos serão considerados válidos. Agente necessário é um particular e aparece como tal, não engana, não é um agente putativo, não se mostra como agente público o gestor de negócios públicos se mostra como uma pessoa estranha à administração, é um particular que apenas colabora, auxiliando com algum tipo de função a administração.
3) Distinga cargo, emprego e função pública.
Cargos públicos são as mais simples unidade e indivisíveis unidades de competência a serem expressas por um agente, prevista em número certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei, salvo os serviços auxiliares do legislativo, ou seja, cargo público é a unidade de atribuições é a menor célula que existe dentro da administração publica para o exercício das atribuições pelo agente investido do cargo. Com a possibilidade de contratar servidores sob o regime da legislação trabalhista, a expressão emprego público passou a ser utilizada, também para designar uma unidade de atribuições, distinguindo-se pelo tipo de vínculo contratual, sob regência da CLT, enquanto o ocupante de cargo público tem vínculo estatutário, está contido na lei que instituiu o regime jurídico único. No que tange ao conceito de função podemos verificar que corresponde ao conjunto de atribuições as quais não corresponde nem a cargo nem a emprego, ou seja, trata-se de um conceito residual. De acordo com a constituição, quando se trata de função, tem-se que ter em vista dois tipos de situações: Função exercida por servidores contratados temporariamente, com base no art. 37, IX da CF, quando a administração precisa atender situação de relevante e excepcional interesse público, pode a administração contratar sem concurso público, aquele que for contratado sem concurso não vai ser investido nem a cargo nem emprego público, porque para isso há a necessidade do concurso público, sendo assim será contratado para exercer uma função publica sem que a ela se corresponda cargo ou emprego essa é uma das hipóteses da chamada função sem cargo, mencionado no art. 37 IX da CF. Outra espécie de função sem cargo que a constituição prever é a função de confiança, art. 37 inciso v : critério de confiança do agente que vai nomear. Não há o cargo. Só quem pode exercer função de confiança é o servidor que ocupe cargo de provimento efetivo para exercer atribuições de direção, chefia e assessoramento, porem ser for exercida chefia, direção e assessoramento por quem ocupe cargo em comissão a constituição dispõe um percentual mínimo de servidores de carreira exercendo esses tipos de cargo, além deste mínimo qualquer pessoa pode ser nomeada. O que não pode deixar de ser esclarecido é que os cargos distribuem-se em classes e carreiras, e excepcionalmente criam-se cargos isolados que são de classe única. Cargo de carreira é o que se escalona em classes, que  é o agrupamento de cargos de mesmo vencimento e atribuições, ou seja, as classes podem ser  organizadas de forma escalonada (superposta), quer dizer que entre as classes existe um momento, período diferente de vencimento, formando-se a chamada carreira, que se organiza dentro um de agrupamento de classes superpostas,  o conjunto de carreiras e de cargos isolados constitui o quadro (gratificada de um mesmo serviço, órgão ou poder) permanente, o quadro também pode ser provisório, mas sempre com a observação que não é admitido promoção ou acesso de um para o outro. O número total dos cargos de cada quadro é o que denomina lotação, a modificação da lotação de um quadro, pela passagem de cargo nele incluso para outro quadro, chama-se de redistribuição conforme a lei 8.112/90 art.37.
4) Como se dá a contratação por prazo determinado do art.37, IX da CR.
Com o intuito de utilização adequada do permissivo constitucional foi editada, no âmbito de Administração Pública Federal, a Lei Federal nº 8.745/93, posteriormente alterada pelas Leis nº 9.849/99 e 10.667/03, objetivando amparar as situações em que a contratação temporária se faz imprescindível ao cumprimento dos interesses e necessidadespúblicos. Servidores temporários são aqueles “que se ligam à Administração Pública, por tempo determinado, para atendimento de necessidades de excepcional interesse público, consoante definidas em lei” pode-se dizer que o pessoal contratado não pode ser considerado estatutário, uma vez que estão submetidos a regime contratual, nem tampouco celetistas, já que não são regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Somado a este ponto, destaca-se que o regime de previdência social a que estão sujeitos é o regime geral aplicável a todos os trabalhadores civis, com exceção dos que exercem cargos públicos efetivos. No tocante ao vínculo jurídico perpetrado, de acordo com o excelso Supremo Tribunal Federal, tais contratos possuem natureza jurídica temporária e submetem-se ao regime jurídico administrativo, sendo incompetente a Justiça Trabalhista para o julgamento de questões que envolvam o vínculo ora examinado. A Lei nº 8.745/93, apesar de não apresentar o conceito de necessidade temporária de excepcional interesse público, exemplifica em seu artigo 2º situações, em consonância com o mandamento constitucional, que podem ser consideradas aptas a ensejar a contratação de pessoal por tempo determinado. Para a validade da já referida contratação é necessário a presença de três requisitos: contratos firmados com prazo determinado; temporariedade da função; e excepcional interesse público.
5) Como é a remuneração, o subsidio e o teto remuneratório do serviço público.
O teto remuneratório se aplica a todos os agentes públicos e abrange as três esferas administrativas (federal, estadual e municipal) e todos os poderes. O teto remuneratório do serviço público é o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal. Subsídio é uma forma de retribuição pecuniária prevista na Constituição Federal. No caso dos servidores públicos, é a contraprestação pelo serviço prestado, a remuneração.  é criado ou alterado o subsídio Por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, conforme preceitua o artigo 37, X da CF, Essa forma de remuneração aos cargos políticos visa impedir a criação de gratificações outras que acrescentem valor ao salário, pelos próprios administradores, como frequentemente ocorria. Assim, tratando-se de cargo político, nenhuma gratificação adicional é devida, como horas-extras, ou adicional de localidade, por exemplo.
6) Quais os tipos de provimento de cargos segundo a lei 81112?
Conforme previsto pela Lei nº 8.112/1990, o provimento de cargos públicos é o ato administrativo responsável pelo preenchimento das vagas de emprego público no país. Em outras palavras, é por meio dele que um indivíduo se torna apto a desenvolver atividades profissionais em favor dos órgãos públicos. A prestação de concurso não é a única forma disponível para provimento desses cargos. Existem outras oito formas de ocupação dos cargos. A nomeação é um ato de instituição de cargo no Serviço Público que pode acontecer de forma efetiva ou comissionada. No primeiro caso, o Servidor ocupará sua posição a partir da aprovação em concurso público e posse. Após concluir o período conhecido como estágio probatório, o Servidor passará a gozar do direito da estabilidade na função. Dessa forma, seu cargo apenas será destituído após a abertura de um Processo Administrativo Disciplinar para apurar irregularidades no exercício de suas funções. Promoções no trabalho estão diretamente relacionadas com a mudança de cargo dos Servidores. Geralmente isso acontece quando o indivíduo deixa um cargo de menor complexidade para assumir novas atribuições. Essas promoções podem ocorrer devido o tempo de serviço prestado pelo Servidor, mas também por mérito. Entretanto, apenas cargos que obedecem uma estrutura de carreira podem ser progressivamente desenvolvidos. Dessa forma, não se aplica a todos os cargos disponíveis. Aproveitamento quando um cargo é extinto do Serviço Público, os Servidores podem ser reaproveitados em um novo emprego, com outras atribuições, mas mantendo a remuneração de origem. Um dos principais critérios para esse tipo de provimento de cargos públicos é que o candidato tenha adquirido a sua estabilidade. Os Servidores que ainda não tiverem passado pelo estágio comprobatório são tratados, geralmente, caso a caso, quando possível. A readaptação é uma forma de provimento concedida aos Servidores que adquiriram alguma doença ou sofreram acidentes incapacitantes de ordem física e mental. Nestas situações, os Servidores que retomarem, minimante, suas condições de saúde podem ser readaptados para exercer novas atividades compatíveis com sua limitação. Entretanto, a avaliação de uma junta médica se faz necessária, nestes casos, para avaliar a capacidade ou incapacidade do Servidor. Esse tipo de provimento é muito comum nos órgãos de Segurança Pública, tendo em vista que Policiais Civis e Militares, por exemplo, estão mais suscetíveis a sofrer acidentes durante o exercício de suas funções. Servidores que optarem por solicitar uma aposentadoria de modo voluntário têm a prerrogativa de retornar ao trabalho, caso a solicitação seja protocolada em até 5 anos. Outro detalhe importante é observar a idade máxima de 70 anos e a manutenção do cargo de origem. Além disso, esse provimento só será válido caso o órgão público manifeste interesse em atender o pedido de Servidor. Outra possibilidade da reversão é o recrutamento de Servidores aposentados por invalidez, quando assim for identificado por uma junta médica que não há razão para seguir com a aposentadoria forçada. A reintegração acontece quando um Funcionário Público é exonerado equivocadamente após processo administrativo ou judicial. Nesse caso, é de direito o recebimento de todas as remunerações retroativas (por ter ficado sem receber durante o processo de exoneração). Em situações na qual o cargo ocupado pelo Servidor afastado já tiver sido preenchido por outra pessoa, essa deverá ser afastada para que o funcionário de origem assuma novamente as suas funções dentro da Administração Pública. Vale destacar que exonerações não são de caráter punitivo, ou seja, o Servidor poderá em outra ocasião concorrer a um novo cargo público. Por outro lado, caso o processo se trate da demissão, o vínculo com a Administração Pública será revogado definitivamente. Recondução servidores que ocupam novos cargos devem passar novamente por um período de avaliação de suas competências técnicas. Caso seja considerado inabilitado durante o estágio probatório da nova função, será aplicada a recondução. No geral, esse tipo de inabilitação se refere aos Servidores que, quando aprovados em um outro concurso para ocupar nova vaga, acaba reprovado e, portanto, exonerado. Dessa forma, por já ter adquirido o direito da estabilidade na função anterior, é garantido a si o direito de ser reconduzido ao seu antigo posto de trabalho. Outra opção é na ocorrência da reintegração do Servidor que ocupou o cargo reconduzido. Afinal, a reintegração se trata de uma demissão injusta, na qual o ocupante do cargo prejudicado tem o direito de retornar ao trabalho. 
 7)    Quais as penalidades a que se submete o servidor publico nos termos da 
lei 8112?
As penas administrativas previstas na Lei nº 8.112/1990 são as seguintes: advertência; suspensão;  demissão;  cassação de aposentadoria ou de disponibilidade; e destituição de cargo em comissão ou de função comissionada.
8)      Existe possibilidade de cumulação de cargos remunerados no serviço publico? Como funciona?
Em geral, é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos, no entanto existe previsão constitucional com algumas exceções permitidas. Tais permissões estão previstas no inciso XVI do Art. 37 da Constituição Federal de 1988, que rege: É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto em três situações. São elas:  candidato pode trabalhar em dois cargos de professor; É possível ainda acumular um cargo de professor, um técnico ou então científico; Por fim, atuar em dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissõesregulamentadas. Estes são os únicos casos em que é possível acumular dois cargos públicos, é preciso tomar três pequenos cuidados que fazem toda a diferença. O primeiro deles é identificar se é possível exercer as atribuições dos dois cargos sem que um prejudique o outro; o segundo é identificar se os horários de cada emprego serão compatíveis, isto é, se é possível cumprir a carga horária de ambos os trabalhos em períodos diferentes. Por fim, a compatibilidade de jornadas também se dá pela verificação de intervalos razoáveis para repouso, alimentação e percurso a ser percorrido entre os locais de trabalho. 
1) Qual a sistemática constitucional para os concursos públicos?
O concurso público no direito brasileiro depende de realização de processo seletivo para o ingresso nos quadros da Administração Pública, de modo a prestigiar os referenciais de moralidade e impessoalidade, é prática que, conquanto antiga no direito brasileiro, sofreu contínuos aperfeiçoamentos. As modificações verificadas no decorrer da história estão centradas em dois planos. O primeiro diz respeito à ampliação do processo seletivo, de modo a garantir a igualdade entre todos e a admissão dos mais qualificados. O segundo, por sua vez, está relacionado à restrição dos cargos que não dependem da prévia realização de processo seletivo para o seu preenchimento. A Constituição de 1988 estabeleceu, em seu art. 37, II, a exigência de prévia aprovação em concurso público, de provas ou de provas e títulos, para a investidura em qualquer cargo ou emprego público, o que tornou injurídicas as figuras da transposição entre cargos e da ascensão funcional. Não, obviamente, sem que alguns obstáculos tivessem que ser superados. A ascensão funcional como forma de acesso aos cargos públicos foi praticada de 1987 a 1992, período no qual o entendimento a respeito do tema não era pacífico. Apenas em 17 de fevereiro de 1993, o Supremo Tribunal Federal suspendeu, com efeito ex nunc, a eficácia dos arts. 8º, III; 10, parágrafo único; 13, § 4º; 17 e 33, IV, da Lei nº 8.112/1990, que veiculou o Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União, dispositivos declarados inconstitucionais em 27 de agosto de 1998. Tratando-se de práticas já arraigadas no pensamento coletivo, era natural que houvesse grande resistência à sua extinção. Não é por outra razão que o Supremo Tribunal Federal, mesmo com o passar dos anos, foi instado a se pronunciar, em diversas ocasiões, sobre a tentativa de reintrodução desses institutos espúrios nos diversos quadrantes da Federação. Em todas elas, não tergiversou com a patente inconstitucionalidade. Assim ocorreu em relação (a) ao art. 23 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição do Estado de Minas Gerais, com a redação dada pela Emenda Constitucional 45/2000, que determinou a incorporação, sem concurso público, em situações específicas, de policiais civis à carreira de Delegado de Polícia; e ao § 1º do então art. 185 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro, segundo o qual a carreira de Delegado de Polícia fazia parte da carreira única da polícia civil e determinava que a metade das vagas deveria ser reservada ao acesso por ascensão funcional. Afinal, no entender do Tribunal, o ingresso em cargo isolado ou cargo inicial de certa carreira deve dar-se obrigatoriamente por concurso público à vista do que dispõe o artigo 37 - II da Constituição Federal, com a ressalva dos cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e exoneração. O Supremo já proclamou, em mais de um juízo plenário, a inconstitucionalidade da ascensão funcional enquanto forma de ingresso em carreira diversa daquela que o servidor público começou por concurso. A investidura em cargo de provimento efetivo ou emprego público depende de prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos (CRFB/1988, art. 37, II). A lei deve reservar percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas com deficiência e definir os critérios de admissão (CRFB/1988, art. 37, VIII. A investidura em cargo em comissão, destinado às funções de direção, chefia e assessoramento, em que prevalece a fidúcia entre a autoridade responsável pela nomeação e o nomeado, e para a qual não se exige aprovação em concurso público, deve ter percentual reservado aos servidores de carreira, vale dizer, aos ocupantes de cargos de provimento efetivo, nos casos, condições e percentuais previstos em lei (CRFB/1988, art. 37, V). 
2) Explique diferenciando estabilidade de efetividade e estágio probatório.
A efetividade e a estabilidade são institutos jurídicos distintos, sendo que a natureza de um não pode ser confundida com a de outro. Enquanto que a efetividade representa o modo de preenchimento do cargo que contempla esta natureza por pressupor a permanência e continuidade do servidor no exercício das suas atribuições, a estabilidade é a garantia de o servidor efetivo permanecer no serviço público após três anos de efetivo exercício em cargo de provimento efetivo, nos termos do art. 41 da Constituição Federal, só podendo ser dele afastado se configurada uma das hipóteses prevista no art. 41, § 1º.O cargo efetivo é aquele preenchido com o pressuposto da continuidade e permanência do seu ocupante. Ao se nomear alguém para um cargo efetivo, há o pressuposto de permanência da pessoa no desempenho das atribuições. Este é, portanto, o sentido do termo efetividade. É a nomeação para cargo efetivo que possibilita a aquisição da estabilidade ordinária ou comum, conforme prevê o art. 41 da CF, onde figura o termo “efetivo”; não é o concurso público que possibilita a aquisição da estabilidade; é o modo como o cargo é provido, ou seja, o provimento efetivo. A lei, ao criar o cargo, indica o modo pelo qual é preenchido, em geral usando a expressão “de provimento efetivo, mediante concurso público”. Portanto, não se deve confundir efetividade com estabilidade. A efetividade é modo de preenchimento do cargo, ligado à possibilidade de permanência do seu ocupante no exercício das atribuições respectivas; a efetividade propicia a aquisição da estabilidade ordinária, após três anos de exercício. A estabilidade, por sua vez, expressa o direito ao cargo pelo modo como poderá ser perdido; a Constituição Federal, no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169, prevê que o servidor estável só perderá o cargo: a) em virtude de sentença judicial transitada em julgado; b) mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; c) mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, assegurada ampla defesa; d) para possibilitar que as despesas com pessoal não excedam limites estabelecidos em lei complementar. Dessa maneira, identifica-se que embora a efetividade seja pressuposto para o alcance da estabilidade, por determinação expressa do texto constitucional em estudo, ser servidor efetivo não significa ser servidor estável, haja vista esta última condição ser alcançada somente depois de transcorridos os três anos de efetivo exercício de cargo de provimento efetivo e desde que o servidor tenha sido aprovado no estágio probatório. O servidor é efetivo desde o momento em que foi nomeado para exercer cargo de provimento efetivo ao qual foi aprovado mediante a realização de concurso público de provas ou de provas e títulos, nos termos do art. 37, II, da Constituição Federal. A estabilidade é um atributo pessoal do servidor, enquanto a efetividade é uma característica do provimento de certos cargos. Daí decorre que a estabilidade não é no cargo, mas no serviço público, em qualquer cargo equivalente ao da nomeação efetiva. O servidor estável pode ser removido ou transferido pela Administração, segundo as conveniências do serviço, sem qualquer ofensa à sua efetividade ou estabilidade. O estável não é inamovível. É conservado no cargo enquanto bem servir e convier à Administração. Sendo a estabilidade, como já vimos, um atributo pessoal do funcionário, acompanha-o em todas as suas nomeações efetivas para o serviço público. Assim, um servidor efetivo que venha a ser investido, emcaráter efetivo, em outro cargo conserva a estabilidade adquirida anteriormente. Mas, se não aprovado no estágio probatório do novo cargo, será reconduzido ao cargo anterior (Lei federal 8.112/90, art. 2o, § 2º. Estágio probatório é considerado um período de provas, onde o servidor nomeado vai ser avaliado quanto a sua capacidade e aptidão para o exercício do cargo público. O servidor em estágio será avaliado levando-se em consideração a assiduidade no serviço, a pontualidade a responsabilidade e eficiência. O período de estágio probatório conforme previsto na Constituição Federal, artigo 41, é de 3 (três) anos. O servidor que não for aprovado no estágio probatório será exonerado, lhe sendo assegurado o direito de defesa com o regular contraditório. Durante o período de estágio probatório o servidor não está impedido de exercer qualquer cargo em comissão ou funções de direção, assessoramento ou chefia. A cessão do servidor em estágio para outro órgão somente será possível se for para exercer um cargo em comissão.