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1 MATERIAL DIDÁTICO INTRODUÇÃO AO GEOPROCESSAMENTO E GEORREFERENCIAMENTO U N I V E R S I DA D E CANDIDO MENDES CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas.com.br Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas SUMÁRIO UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03 UNIDADE 2 – GEOPROCESSAMENTO ............................................................... 07 2.1 Conceitos e definições ...................................................................................... 07 2.2 Técnicas e usos relacionados ao geoprocessamento ....................................... 08 2.3 Um pouco de história ........................................................................................ 17 2.4 Orientação a objetos ......................................................................................... 21 UNIDADE 3 – EPISTEMOLOGIA DA CIÊNCIA DA GEOINFORMAÇÃO .............. 24 UNIDADE 4 – INTERDISCIPLINARIDADE: CARTOGRAFIA X GEOINFORMAÇÃO ................................................................................................ 28 UNIDADE 5 – A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA, OS PROBLEMAS SOCIAIS E APLICAÇÕES DO GEOPROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES .................... 31 5.1 Desenvolvimento sustentável e qualidade de vida ............................................ 32 5.2 Urbanização brasileira e os problemas sociais ................................................. 35 5.3 Geoprocessamento e combate a criminalidade ................................................ 49 UNIDADE 6 – GEORREFERENCIAMENTO .......................................................... 55 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 63 ANEXO ................................................................................................................... 68 3 Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO Ao longo das últimas décadas o homem veio interferindo de maneira muito intensa no meio natural que o cerca e, claro, modificou a paisagem contribuindo para o surgimento de diversos problemas ambientais e, por conseguinte, problemas socioeconômicos, em níveis que podemos dizer são hoje alarmantes. A urbanização modifica todos os elementos da paisagem: o solo, a geomorfologia, a vegetação, a fauna, a hidrografia, o ar e o clima. Esta ocupação indiscriminada que veio ocorrendo nos centros urbanos, principalmente a partir da segunda metade do século XX, é uma das principais fontes de problemas ambientais das cidades, sendo que esses locais podem ser caracterizados pela elevada desigualdade em termos de distribuição da renda, precárias condições de moradias e acesso reduzido aos serviços públicos, particularmente na parcela da população mais pobre e vulnerável em termos socioambientais. Pode-se afirmar, portanto, que os elevados níveis de pobreza urbana, exclusão social e degradação ambiental têm caracterizado a urbanização brasileira (CARVALHO; BRAGA, 2001; MONTE-MÓR; FREITAS; BRAGA, 2003). Sendo fato a modificação da paisagem natural, como podemos saber o local exato e as dimensões dessas modificações? Eis que aqui lançamos mão do geoprocessamento que é uma disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional, dentre outras. Geoprocessamento nada mais é que o uso automatizado de informação que de alguma forma está vinculada a um determinado lugar no espaço, seja por meio de um simples endereço ou por coordenadas (LAZZAROTTO, 2002). Vários sistemas fazem parte do Geoprocessamento, dentre os quais o Sistema de Informações Geográficas (SIG) que reúne maior capacidade de processamento e Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 4 análise de dados espaciais. A utilização destes sistemas produz informações que permitem tomar decisões para colocar em prática várias ações. Estes sistemas se aplicam a qualquer tema que manipule dados ou informações vinculadas a um determinado lugar no espaço, e que seus elementos possam ser representados em um mapa, como casas, escolas, hospitais, etc. Como ressaltam Câmara et al. (2005), o entendimento da tecnologia de Geoprocessamento requer, preliminarmente, uma descrição de alguns conceitos básicos, os quais veremos ao longo deste módulo. Segundo Rodrigues (1993), Geoprocessamento é um conjunto de tecnologias de coleta, tratamento, manipulação e apresentação de informações espaciais, voltado para um objetivo específico. Este conjunto possui como principal ferramenta o Geographical Information System – GIS, considerado também como já citado, Sistema de Informação Geográfica (SIG). Embora na área seja muito usado o jargão GIS, usaremos sua correspondente em português – SIG. Para que o SIG cumpra suas finalidades, há a necessidade de dados. A aquisição de dados em Geoprocessamento deve partir de uma definição clara dos parâmetros, indicadores e variáveis, que serão necessários ao projeto a ser implementado. Deve-se verificar a existência destes dados nos órgãos apropriados (IBGE1, DSG2, Prefeituras, concessionárias e outros). A sua ausência implicará num esforço de geração que dependerá de custos, prazos e processos disponíveis para aquisição. A digitalização é um dos processos mais utilizados para aquisição de dados já existentes. Como os custos para geração costumam ser significativos, deve-se aproveitar ao máximo possível os dados analógicos, convertendo-os para a forma digital através de digitalização manual ou automática. 1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2 Departamento de Sistema Geográfico do Exército Brasileiro – mais informações serão oferecidas ao longo do curso. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 5 Outro conceito básico e muito importante é a Fotogrametria, muito utilizada na geração de dados cartográficos. Durante muitos anos, era a única forma de mapeamento para grandes áreas. Com a evolução da informática e das técnicas de processamento digital de imagens, surgiu a Fotogrametria Digital. Inicialmente considerado como um ramo da fotogrametria, o Sensoriamento Remoto (SR) emergiu com a capacidade impressionante de geração de dados. Sistemas orbitais com sensores de alta resolução, imageando periodicamente a Terra, combinados com o processamento de imagens, oferecem diversas possibilidades de extração de informações e análises temporais. O GPS (Global Position Sistem ou Sistema de PosicionamentoGlobal), apesar de ter sido criado para finalidades nada nobres, revelou-se um sistema extremamente preciso e rápido para posicionamento e mapeamento, apoiando também a Fotogrametria e o Sensoriamento Remoto. Quanto ao georreferenciamento, este é por sua vez e de maneira bem concisa, uma técnica moderna de agrimensura e tem duas funções básicas: 1º. Servir de instrumento de Registro Público, possibilitando a segurança no tráfico jurídico de imóveis. 2º. Servir de instrumento de cadastro, com a finalidade preponderantemente fiscalizatória, como, aliás, dispõe o art. 1º e seus parágrafos, da Lei nº 5.868/72 que trata do cadastramento rural (alterado pela Lei nº 10.267/01). Para se ter uma ideia de sua utilização e importância, até 2023, todas as 5,850 milhões de propriedades rurais brasileiras deverão ter as medidas atualizadas por meio de sistema digital (vale a pena ler o Decreto nº 4.449/2002, disponível em https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4449.htm). Pois bem, estes são alguns dos temas a serem estudados de maneira ampla neste módulo. Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 6 temas abordados cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas opiniões pessoais. Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo, podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos estudos. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 7 UNIDADE 2 - GEOPROCESSAMENTO A obtenção de informações sobre a distribuição geográfica de fenômenos e objetos é parte importante das atividades de organização da sociedade. Antes contidas em mapas e documentos em papel impresso, o desenvolvimento da Informática na segunda metade do século XX possibilitou armazenar e representar tais informações em ambiente computacional, culminando no advento da prática do Geoprocessamento que pode ser tido como “um ramo do processamento de dados que opera transformações nos dados contidos em uma base de dados referenciada territorialmente (geocodificada), usando recursos analíticos, gráficos e lógicos, para a obtenção e apresentação das transformações desejadas” (XAVIER-DA-SILVA, 1992, p. 48 apud MOURA, 2003, p. 9). Vamos analisar esse conceito? 2.1 Conceitos e definições É fato e historicamente registrado que a coleta de informações sobre a distribuição geográfica de recursos minerais, propriedades, animais e plantas sempre foi uma parte importante das atividades das sociedades organizadas. Até recentemente, no entanto, isto era feito apenas em documentos e mapas em papel, o que impedia uma análise que combinasse diversos mapas e dados. Com o desenvolvimento simultâneo (na segunda metade do século XX) da tecnologia de informática, tornou-se possível armazenar e representar tais informações em ambiente computacional, abrindo espaço para o aparecimento do Geoprocessamento. Nesse contexto, o termo Geoprocessamento denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais para o tratamento da informação geográfica e que vem influenciando de maneira crescente as áreas de Cartografia, Análise de Recursos Naturais, Transportes, Comunicações, Energia e Planejamento Urbano e Regional. As ferramentas computacionais para Geoprocessamento, chamadas de Sistemas de Informação Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 8 Geográfica (SIG), permitem realizar análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados. Tornam ainda possível automatizar a produção de documentos cartográficos (CÂMARA; DAVIS, 2005). Segundo Moura (2003), a palavra Geoprocessamento é o hibridismo do termo grego gew (Terra) com o termo latino processus (progresso, “andar avante”), significando implantar um processo que traga um progresso, um andar avante, na representação da superfície da Terra. Reúnem-se hardware, software, base de dados, metodologias e operador, que analogicamente correspondem às ferramentas materiais e virtuais de trabalho, à matéria-prima, às técnicas do ofício e ao trabalhador. Com os componentes técnicos de suporte material (hardware) e os programas de manipulação de dados no suporte lógico (software), trabalhar com Geoprocessamento significa utilizar computadores como instrumentos de manuseio de dados para representação digital do espaço geográfico. De forma genérica, podemos explicar assim: “Se onde é importante para seu negócio, então Geoprocessamento é sua ferramenta de trabalho”. Sempre que o onde aparece, dentre as questões e problemas que precisam ser resolvidos por um sistema informatizado, haverá uma oportunidade para considerar a adoção de um SIG. Num país de dimensões continentais como o Brasil, com uma grande carência de informações adequadas para a tomada de decisões sobre os problemas urbanos, rurais e ambientais, o Geoprocessamento apresenta um enorme potencial, principalmente se baseado em tecnologias de custo relativamente baixo, em que o conhecimento seja adquirido localmente. 2.2 Técnicas e usos relacionados ao geoprocessamento Trabalhar com geoinformação significa, antes de qualquer coisa, utilizar computadores como instrumentos de representação de dados espacialmente referenciados. Deste modo, o problema fundamental da Ciência da Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 9 Geoinformação é o estudo e a implementação de diferentes formas de representação computacional do espaço geográfico. É costume dizer-se que Geoprocessamento é uma tecnologia interdisciplinar, que permite a convergência de diferentes disciplinas científicas para o estudo de fenômenos ambientais e urbanos. Ou ainda, que “o espaço é uma linguagem comum” para as diferentes disciplinas do conhecimento. Apesar de aplicáveis, estas noções escondem um problema conceitual: a pretensa interdisciplinaridade dos SIG’s é obtida pela redução dos conceitos de cada disciplina a algoritmos e estruturas de dados utilizados para armazenamento e tratamento dos dados geográficos. Considere-se, a título de ilustração, alguns problemas típicos: um sociólogo deseja utilizar um SIG para entender e quantificar o fenômeno da exclusão social numa grande cidade brasileira; um ecólogo usa o SIG com o objetivo de compreender os remanescentes florestais da Mata Atlântica, através do conceito de fragmento típico de Ecologia da Paisagem; um geólogo pretende usar um SIG para determinar a distribuição de um mineral numa área de prospecção, a partir de um conjunto de amostrasde campo (CÂMARA; MONTEIRO, 2005). O que há de comum em todos os casos acima? Para começar, cada especialista lida com conceitos de sua disciplina (exclusão social, fragmentos, distribuição mineral). Para utilizar um SIG, é preciso que cada especialista transforme conceitos de sua disciplina em representações computacionais. Após esta tradução, torna-se viável compartilhar os dados de estudo com outros especialistas (eventualmente de disciplinas diferentes). Em outras palavras, e que fique bem claro: quando se fala que o espaço é uma linguagem comum no uso de SIG, a referência é ao espaço computacionalmente representado e não aos conceitos abstratos de espaço geográfico. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 10 Do ponto de vista da aplicação, utilizar um SIG implica em escolher as representações computacionais mais adequadas para capturar a semântica de seu domínio de aplicação. Do ponto de vista da tecnologia, desenvolver um SIG significa oferecer o conjunto mais amplo possível de estruturas de dados e algoritmos capazes de representar a grande diversidade de concepções do espaço. O conjunto de dados cujo significado contém associações ou relações de natureza espacial formam uma informação geográfica (TEXEIRA et al., 1992 apud ROCHA, 2000), dispostas em planilhas alfanuméricas, matrizes e representações gráficas vetoriais. Para que essas informações sejam submetidas ao processamento computacional, a cada tipo de informação é associado um valor numa escala de medida ou referência, o que insere a representação dos fenômenos geográficos na lógica dos sistemas de informação. Outros exemplos de usos do Geoprocessamento: a determinação de aptidão agrícola – com os mapas de solo, de declividade e de precipitação de determinada região submetidos a uma escala de medida de qualidade, o cálculo da média ponderada entre o tipo de solo, o valor da declividade e a quantidade de precipitação média mensal indica como boa, média ou ruim a aptidão agrícola das porções dessa região; a indicação de susceptibilidade à urbanização – a inclinação do relevo conjugada ao uso e à ocupação do solo permite a definição de áreas vulneráveis à expansão urbana, caracterizadas por relevo de baixa inclinação e próximas a áreas já ocupadas (FLORENZANO, 2002); a definição da taxa de expansão urbana – delimitação e cálculo do tamanho da mancha urbana identificada em imagens de uma mesma área datadas sucessivamente (FLORENZANO, 2002). Novamente podemos afirmar que várias são as Ciências que se beneficiam de seus resultados, como a Agronomia e o Urbanismo. Transpondo Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 11 limites científicos disciplinares através dos trabalhos de localização dos fenômenos e equacionamento e esclarecimento das condições espaciais, o Geoprocessamento é uma tecnologia transdisciplinar, que, através da axiomática da localização e do processamento de dados geográficos, integra várias disciplinas, equipamentos, programas, processos, entidades, dados, metodologias e pessoas para coleta, tratamento, análise e apresentação de informações associadas a mapas digitais georreferenciados (ROCHA, 2000, p. 210). Guarde... - Coleta, armazenamento, tratamento e análise e uso integrado são, portanto, elementos participantes do conjunto de técnicas relacionadas ao tratamento da informação espacial. - Geoprocessamento é uma tecnologia formada pela confluência de outras tecnologias, a saber: Sistema de Posicionamento Global (GPS); Sensoriamento Remoto; Processamento Digital de Imagens (PDI); Cartografia Digital; Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD); Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Cada uma possui características que as singularizam, sendo, ainda, agrupadas entre as que permitem: a aquisição de dados (Sensoriamento Remoto, Cartografia Digital e GPS); as que permitem a organização, o gerenciamento e a apresentação dos dados (SGBD, Cartografia Digital e SIG); e, as que permitem o processamento dos dados (PDI, SGBD e SIG). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 12 Algumas se enquadram em mais de um grupo devido às várias possibilidades de trabalho que permitem. Porém, todas convergem no SIG (COUTO, 2009). Voltando às técnicas, Vieira (2002) cita pelo menos quatro categorias de técnicas relacionadas ao tratamento da informação espacial: 1. Técnicas para coleta de informação espacial. 2. Técnicas de armazenamento de informação espacial. 3. Técnicas para tratamento e análise de informação espacial. 4. Técnicas para o uso integrado de informação espacial. Informações georreferenciadas têm como característica principal a localização, ou seja, estão ligadas a uma posição específica do globo terrestre por meio de suas coordenadas. Vários sistemas fazem parte do Geoprocessamento, dentre os quais o SIG, como já dito, é o sistema que reúne maior capacidade de processamento e análise de dados espaciais, mas é importante frisar sempre, principalmente para aqueles que estão chegando à área. A utilização destes sistemas produz informações que permitem tomar decisões para colocar ações em prática. Estes sistemas se aplicam a qualquer tema que manipule dados ou informações vinculadas a um determinado lugar no espaço, e que seus elementos possam ser representados em um mapa, como casas, escolas ou hospitais. Segue abaixo uma breve explicação das principais técnicas relacionadas ao tratamento da informação espacial, com destaque para as técnicas de uso integrado de informação espacial (SIG). a) Técnicas para coleta de informação espacial: Aqui temos como principal representante a Cartografia! Segundo Timbó (2000, p. 1), Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 13 Cartografia é a Ciência e Arte que se propõe a representar através de mapas, cartas e outras formas gráficas (computação gráfica) os diversos ramos do conhecimento do homem sobre a superfície e o ambiente terrestre. Ciência quando se utiliza do apoio científico da Astronomia, da Matemática, da Física, da Geodésica, da Estatística e de outras ciências para alcançar exatidão satisfatória. Arte quando recorre às leis estéticas da simplicidade e da clareza, buscando atingir o ideal artístico da beleza. A Cartografia, cuja função essencial é representar a realidade através de informações espaciais de uma forma organizada e padronizada incluindo acuracidade, precisão, recursos matemáticos de projeções cartográficas, datum para a determinação de coordenadas e ainda recursos gráficos de símbolos e textos, têm tido suas aplicações estendidas a todas as atividades que de alguma forma necessitem conhecer parte da superfície terrestre. São ferramentas fundamentais para a cartografia: a aquisição de dados a partir de plataformas espaciais, através de sensores montados em satélites artificiais; a restituição de imagens através de ortofotos digitais; a representação, por uma projeção ortogonal cotada, de todos os detalhes da configuração do solo (topografia); a precisão dos dados de localização espacial fornecidos por sistemas de posicionamentoglobal por satélites (GPS); e, a obtenção de medidas terrestres precisas através de fotografias especiais, obtidas com câmaras métricas e com recobrimento estereoscópico (fotogrametria). b) Técnicas de armazenamento de informação espacial: As informações espaciais são, via de regra, armazenadas em algum tipo de banco de dados. Banco de dados é uma coleção de registros ou conjunto de dados que contêm informações sobre um determinado assunto ou determinada organização. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 14 Sistema de Banco de Dados (SBD) são softwares projetados para gerir grandes volumes de informações. Esse gerenciamento implica na definição das estruturas de armazenamento das informações e na definição dos mecanismos para o tratamento dessas informações. Um sistema de banco de dados tem como principal objetivo permitir ao usuário a utilização, de forma produtiva, das informações contidas em cada banco e aquela resultante da interação entre eles. Destacam-se, entre as principais funções de um banco de dados: a seleção de dados; a manipulação de dados e o controle de acesso aos dados. A estrutura do banco de dados é definida através do processo de modelagem de dados. A integridade, eficiência e eficácia das informações processadas pelo sistema de banco de dados dependem exclusivamente da correta e adequada modelagem, onde serão definidos itens importantes para sua coleta e armazenamento. A modelagem ocorre através de ferramentas importantes, principalmente o modelo Entidade-Relacionamento, que se baseia na percepção do mundo real e a transferência dessa percepção para o sistema de banco de dados. Uma modelagem de dados bem feita evita repetições de dados, isto é, diminui o retrabalho. Antes da modelagem, há necessidade de uma correta definição de quais dados serão tratados pelo sistema. Os dados devem ser corretamente identificados e classificados. Uma das técnicas utilizadas para a análise dos dados é a normalização, uma técnica que visa diminuir dificuldades nas operações sobre os dados, reduzir sua inconsistência e facilitar sua manutenção, determinando a melhor estrutura do banco que os contêm. Utilizando a normalização, portanto, o responsável pela construção e manutenção de bancos de dados escolhe qual dado há em comum no conjunto deles, para fixá-lo como imutável. Esse procedimento é o que garante, em geoprocessamento, adaptações fáceis à troca de nomes de ruas, expansão de Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 15 bairros, surgimento de novas codificações de crimes, etc. Neste caso, a denominação de ruas será feita por meio de códigos. Os números de RG e CPF; o CNPJ das empresas, e os números de placas e chassis de veículos são os exemplos mais conhecidos. Os bancos de dados relacionais são utilizados, com várias aplicações, em diversas empresas. Esses bancos contêm informações relacionadas a um determinado assunto, o que se considera tradicional. Além das aplicações tradicionais, como o controle de transações bancárias e controle de estoques, o banco de dados relacional pode ser utilizado em sistemas de suporte à decisão, banco de dados espaciais (trata de dados geográficos, relacionando-os aos demais dados de um determinado assunto), banco de dados multimídia, banco de dados móvel. c) Técnicas para tratamento e análise de informação espacial: As principais técnicas para tratamento e análise de informação espacial são a modelagem de dados, a geoestatística e a análise de redes. A modelagem de dados é um conjunto de conceitos que podem ser usados para descrever a estrutura e as operações em um banco de dados. O modelo busca sistematizar o entendimento que é desenvolvido a respeito de objetos e fenômenos que serão representados em um sistema informatizado. Desta forma, é necessário construir uma abstração dos objetos e fenômenos do mundo real, de modo a obter uma forma de representação conveniente, embora simplificada, que seja adequada às finalidades das aplicações do banco de dados. A abstração de conceitos e entidades existentes no mundo real é uma parte importante da criação de sistemas de informação. Além disso, o sucesso de qualquer implementação em computador de um sistema de informação é dependente da qualidade da transposição de entidades do mundo real e suas interações para um banco de dados informatizado. A abstração funciona como uma ferramenta que nos ajuda a compreender o sistema, dividindo-o em Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 16 componentes separados. Cada um destes componentes pode ser visualizado em diferentes níveis de complexidade e detalhe, de acordo com a necessidade de compreensão e representação das diversas entidades de interesse do sistema de informação e suas interações. A Geoestatística está baseada na teoria de variáveis regionalizadas, entendendo como tal, variáveis cujos valores são relacionados de algum modo com a posição espacial que ocupam (variável aleatória georreferenciada) tendo uma função de covariância espacial associada. As variáveis regionalizadas são contínuas no espaço, pelo que não podem ser completamente aleatórias, não podendo, no entanto, ser modeladas por nenhuma função determinística (ou processo espacial). Têm, portanto, características intermediárias entre processos puramente determinísticos e aleatórios puros, sendo uma variável distribuída no espaço e não envolve qualquer interpretação probabilística. A análise espacial de dados via Geoestatística resume-se basicamente em duas fases na estimação do variograma (ou semivariograma) e krigagem que é predição (previsão) espacial. Redes são o conjunto formado pelo relacionamento entre entidades gráficas que permite a navegação entre estas entidades, permitindo realizar análises de conectividade, caminho mais curto, caminho ótimo e outras. d) Técnicas para o uso integrado de informação espacial: Dentre as principais técnicas para o uso integrado de informação espacial, destacam-se: o Sistema de Informações Geográficas (SIG), também chamado de GIS (Geographic Information Systems); o AM/FM (Automated Mapping/Facilities Management) e o CADD (Computer Aided Design and Drafting), ou Projeto Assistido por Computador. Definindo mais uma vez o Sistema de Informações Geográficas (SIG)... pode ser entendido como um sistema composto por ferramentas de hardware, software, rotinas e métodos com o propósito de apoiar a aquisição, manipulação, análise, modelagem e exibição de dados do mundo real, visando a solução de problemas complexos de planejamento e gestão de recursos e/ou Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 17 fenômenos geograficamente/espacialmente distribuídos (TIMBÓ, 2001, p. 2). SIG são sistemas automatizados usados para armazenar, analisar e manipular dados geográficos, ou seja, dados que representam objetos e fenômenos em que a localização geográfica é uma característica inerente à informação e indispensável para analisá-la. É um sistema computacional composto de softwares e hardwares, que permite a integração entre bancos de dados alfanuméricos (tabelas) e gráficos(mapas), para o processamento, análise e saída de dados georreferenciados. Os produtos criados são arquivos digitais contendo Mapas, Gráficos, Tabelas e Relatórios convencionais (COUTO, 2009). O SIG engloba em sua definição vários aspectos abordados na definição de Geoprocessamento, porém ao SIG, agregam-se ainda os aspectos institucionais, de recursos humanos (peopleware) e principalmente a aplicação específica a que se destina. 2.3 Um pouco de história As primeiras tentativas de automatizar parte do processamento de dados com características espaciais aconteceram na Inglaterra e nos Estados Unidos, nos anos 1950, com o objetivo principal de reduzir os custos de produção e manutenção de mapas. Dada a precariedade da informática na época, e a especificidade das aplicações desenvolvidas (pesquisa em botânica, na Inglaterra, e estudos de volume de tráfego, nos Estados Unidos), estes sistemas ainda não podem ser classificados como “sistemas de informação” (CÂMARA; DAVIS, 2005). Os primeiros Sistemas de Informação Geográfica surgiram na década de 1960, no Canadá, como parte de um programa governamental para criar um inventário de recursos naturais. Estes sistemas, no entanto, eram muito difíceis de usar: não existiam monitores gráficos de alta resolução, os computadores necessários eram excessivamente caros, e a mão de obra tinha que ser altamente especializada e caríssima. Não existiam soluções comerciais prontas Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 18 para uso, e cada interessado precisava desenvolver seus próprios programas, o que demandava muito tempo e, naturalmente, muito dinheiro. Além disto, a capacidade de armazenamento e a velocidade de processamento eram muito baixas. Ao longo dos anos 1970 foram desenvolvidos novos e mais acessíveis recursos de hardware, tornando viável o desenvolvimento de sistemas comerciais. Foi então que a expressão Geographic Information System foi criada. Foi também nesta época que começaram a surgir os primeiros sistemas comerciais de CAD (Computer Aided Design, ou projeto assistido por computador), que melhoraram em muito as condições para a produção de desenhos e plantas para engenharia, e serviram de base para os primeiros sistemas de cartografia automatizada. Também nos anos 1970 foram desenvolvidos alguns fundamentos matemáticos voltados para a cartografia, incluindo questões de geometria computacional. No entanto, devido aos custos e ao fato destes protossistemas ainda utilizarem exclusivamente computadores de grande porte, apenas grandes organizações tinham acesso à tecnologia. A década de 1980 representa o momento quando a tecnologia de sistemas de informação geográfica inicia um período de acelerado crescimento que dura até os dias de hoje. Até então limitados pelo alto custo do hardware e pela pouca quantidade de pesquisa específica sobre o tema, os SIGs se beneficiaram grandemente da massificação causada pelos avanços da microinformática e do estabelecimento de centros de estudos sobre o assunto. Nos EUA, a criação dos centros de pesquisa que formam o NCGIA - National Centre for Geographical Information and Analysis (NCGIA, 1989) marca o estabelecimento do Geoprocessamento como disciplina científica independente. No decorrer dos anos 1990, com a grande popularização e barateamento das estações de trabalho gráficos, além do surgimento e evolução dos computadores pessoais e dos sistemas gerenciadores de bancos de dados relacionais, ocorreu uma grande difusão do uso de SIG. A incorporação de muitas funções de análise espacial proporcionou também um alargamento do leque de aplicações de SIG. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 19 Neste século, observa-se um grande crescimento do ritmo de penetração do SIG nas organizações, sempre alavancado pelos custos decrescentes do hardware e do software, e também pelo surgimento de alternativas menos custosas para a construção de bases de dados geográficas. Em se tratando do Brasil, a introdução do Geoprocessamento inicia-se a partir do esforço de divulgação e formação de pessoal feito pelo prof. Jorge Xavier da Silva (UFRJ), no início dos anos 1980. A vinda ao Brasil, em 1982, do Dr. Roger Tomlinson, responsável pela criação do primeiro SIG (o Canadian Geographical Information System), incentivou o aparecimento de vários grupos interessados em desenvolver tecnologia, entre os quais podemos citar: UFRJ: o grupo do Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geografia da UFRJ, sob a orientação do professor Jorge Xavier, desenvolveu o SAGA (Sistema de Análise GeoAmbiental). O SAGA tem seu forte na capacidade de análise geográfica e vem sendo utilizado com sucesso como veículo de estudos e pesquisas. MaxiDATA: os então responsáveis pelo setor de informática da empresa de aerolevantamento AeroSul criaram, em meados dos anos 1980, um sistema para automatização de processos cartográficos. Posteriormente, constituíram empresa MaxiDATA e lançaram o MaxiCAD, software largamente utilizado no Brasil, principalmente em aplicações de Mapeamento por Computador. Mais recentemente, o produto dbMapa permitiu a junção de bancos de dados relacionais a arquivos gráficos MaxiCAD, produzindo uma solução para “desktop mapping” para aplicações cadastrais. CPqD/TELEBRÁS: o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da TELEBRÁS iniciou, em 1990, o desenvolvimento do SAGRE (Sistema Automatizado de Gerência da Rede Externa), uma extensiva aplicação de Geoprocessamento no setor de telefonia. Construído com base num ambiente de um SIG (VISION) com um banco de dados cliente-servidor Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 20 (ORACLE), o SAGRE envolve um significativo desenvolvimento e personalização de software. INPE: em 1984, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) estabeleceu um grupo específico para o desenvolvimento de tecnologia de geoprocessamento e sensoriamento remoto (a Divisão de Processamento de Imagens - DPI). De 1984 a 1990, a DPI desenvolveu o SITIM (Sistema de Tratamento de Imagens) e o SGI (Sistema de Informações Geográficas) para ambiente PC/DOS, e, a partir de 1991, o SPRING (Sistema para Processamento de Informações Geográficas), para ambientes UNIX e MS/Windows. Sobre o SITIM/SGI, foi suporte de um conjunto significativo de projetos ambientais, podendo-se citar: a) O levantamento dos remanescentes da Mata Atlântica Brasileira (cerca de 100 cartas), desenvolvido pela IMAGEM Sensoriamento Remoto, sob contrato do SOS Mata Atlântica. b) A cartografia fito-ecológica de Fernando de Noronha, realizada pelo NMA/EMBRAPA. c) O mapeamento das áreas de risco para plantio para toda a Região Sul do Brasil, para as culturas de milho, trigo e soja, realizado pelo CPAC/EMBRAPA. d) O estudo das características geológicas da bacia do Recôncavo, através da integração de dados geofísicos, altimétricos e de sensoriamento remoto, conduzido pelo CENPES/Petrobrás (ASSAD; SANO, 1998). Enfim, na área agrícola temos um conjunto significativo de resultados do SITIM/SGI. Já o SPRING unifica o tratamento de imagens de Sensoriamento Remoto (ópticas e micro-ondas), mapas temáticos, mapas cadastrais, redes e modelos numéricos de terreno tanto que a partir de 1997, passou a ser distribuído via Internet e pode ser obtido atravésdo website http://www.dpi.inpe.br/spring. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 21 2.4 Orientação a objetos Segundo Medeiros (1999), o termo “orientação-a-objetos” denota um paradigma de trabalho que vem sendo utilizado de forma ampla para o projeto e implementação de sistemas computacionais. A ideia geral da abordagem de orientação-a-objetos para um problema é aplicar as técnicas de classificação por divisão ou agrupamento. Dentre os conceitos fundamentais em orientação-a-objetos destacam-se aqui, os conceitos de classe e objeto. Uma classe pode ser definida como um molde básico, uma espécie de “fôrma” na qual se reúnem os objetos com certas propriedades comuns, ou identificáveis no molde básico. Um objeto denota uma entidade capaz de ser individualizada, única, com atributos próprios, porém com pelo menos as mesmas propriedades da classe que lhe deu origem, ou melhor, um objeto é uma “materialização” ou instanciação da classe. Por exemplo, em biologia, a classe dos Mamíferos “agrega” todos os animais com a propriedade de ter sangue quente e de ser amamentado. Neste caso, pode-se dizer do objeto “golfinho Flipper” que “golfinho Flipper” é um mamífero. Para uma análise mais completa, é muito útil reconhecer subclasses, derivadas de uma classe básica, que permitem uma análise mais detalhada. A este mecanismo dá-se o nome de especialização ou divisão. Assim, pode-se dizer que a classe “Primatas” é uma especialização da classe “Mamíferos”. Este processo pode continuar, e ainda poder-se-ia definir uma classe “Homens” como especialização da classe “Primatas”. No processo de especialização, as classes derivadas herdam as propriedades das classes básicas, acrescentando novos atributos que serão específicos destas novas classes. Em consequência, vale a afirmativa “todo homem é um mamífero, mas nem todo mamífero é um homem”. O outro mecanismo fundamental da teoria de orientação-a-objetos é a agregação ou composição. Um objeto composto ou objeto complexo é formado Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 22 por agrupamento de objetos de tipos diferentes. Tome-se o caso de um computador, formado de CPU, memória, disco rígido, teclado, monitor e mouse. A modelagem orientada-a-objetos aplica-se de forma natural ao geoprocessamento, onde cada um dos tipos de objetos espaciais presentes será descrito através de classes, que podem obedecer a uma relação de hierarquia, onde subclasses derivadas herdam comportamento de classes mais gerais. Em Geoprocessamento, a ideia de especialização (também chamada de é-um ou is-a) é utilizada normalmente para definir subclasses de entidades geográficas. Por exemplo, no esquema abaixo ou mapa cadastral, a classe de objetos indicada por hospital pode ser especializada em hospital público e hospital privado. Os atributos da classe hospital são herdados pelas subclasses: hospital público e hospital privado, que podem ter atributos próprios. Especialização O relacionamento de agregação, também chamado de relacionamento “parte-de” ou part of, permite combinar vários objetos para formar um objeto de nível semântico maior, no qual cada parte tem funcionalidade própria. Como exemplo, uma rede elétrica pode ser definida a partir dos componentes postes, transformadores, chaves, subestações e linhas de transmissão, conforme pode ser visto no próximo esquema. Agregação Fonte: Medeiros (1999, p. 43). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 23 Guarde... O Geoprocessamento é uma poderosa ferramenta computacional, que processa dados geograficamente referenciados e pode ser bastante útil na abordagem integrada, essencial ao gerenciamento dos recursos naturais. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 24 UNIDADE 3 – EPISTEMOLOGIA DA CIÊNCIA DA GEOINFORMAÇÃO Alguns devem estar se perguntando por que abordar a epistemologia... Se pensarmos no seu conceito, na teoria do conhecimento, realmente faz sentido. Mesmo que sejamos breves, é pertinente conhecer a origem para validar o conhecimento, ou seja, fundamentar teoricamente para que essas bases sejam sólidas no momento de praticar. Câmara, Monteiro e Medeiros (2005) se preocuparam em discorrer sobre a epistemologia da geoinformação como veremos adiante. A tecnologia de sistemas de informação geográfica evoluiu de maneira muito rápida a partir da década de 1970. Como este desenvolvimento foi motivado desde o início por forte interesse comercial, não foi acompanhado por um correspondente avanço nas bases conceituais da geoinformação; como resultado, o aprendizado do Geoprocessamento tornou-se singularmente dificultado. Ao contrário de outras disciplinas (como Banco de Dados), não há um corpo básico de conceitos teóricos, que sirva de suporte para o aprendizado da tecnologia, mas uma diversidade por vezes contraditória de noções empíricas. Muitos livros texto e cursos são organizados e apresentados em função de um sistema específico, sem fornecer ao aluno uma visão sólida de fundamentos de aplicação geral. Os autores explicam que as raízes deste problema estão na própria natureza interdisciplinar (alguns diriam transdisciplinar) da Ciência da Geoinformação. Ponto de convergência de áreas como Informática, Geografia, Planejamento Urbano, Engenharia, Estatística e Ciências do Ambiente, a Ciência da Geoinformação ainda não se consolidou como disciplina científica independente; para que isto aconteça, será preciso estabelecer um conjunto de conceitos teóricos, de aplicação genérica e independentes de aspectos de implementação. Para estabelecer as bases epistemológicas da Ciência da Geoinformação, é preciso – em primeiro lugar – identificar as fontes de Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 25 contribuição teórica nas quais poderemos buscar bases para a reflexão que vamos pontuar como sendo o espaço geográfico. Ele é a noção-chave, a partir da qual podemos construir os fundamentos teóricos desta disciplina científica. Apesar de seu caráter interdisciplinar, o fundamento básico da Ciência da Geoinformação é a construção de representações computacionais do espaço, portanto é preciso revisar as principais concepções da Geografia, na perspectiva da construção de sistemas de informação (CÂMARA; MONTEIRO; MEDEIROS, 2005). Embora a ideia não seja aprofundar nessas concepções, vale a pena estabelecer as relações possíveis e necessárias que nos conduzem à tecnologia dos SIGs. Podemos, por exemplo, pensar em geografia regional ou idiográfica, quantitativa ou geografia do tempo, ou até mesmo a geografia crítica tão arraigada nos trabalhos de Milton Santos. Para a Geografia Idiográfica (SIG dos anos 80), o conceito-chave é a unicidade da região, expresso através de abstrações como a “unidade-área”, “unidade de paisagem” e “land-unit”. A representação computacional associada é o polígonocom seus atributos (usualmente expressos numa tabela de um banco de dados relacional) e as técnicas de análise comuns, e o uso da interseção de conjuntos (lógica booleana). Para a Geografia Quantitativa (SIG de 1990), o conceito-chave é a distribuição espacial do fenômeno de estudo, expressa através de um conjunto de eventos, amostras pontuais, ou dados agregados por área. A representação computacional associada é a superfície (expressa como uma grade regular) e há uma grande ênfase no uso de técnicas de Estatística Espacial e Lógica Nebulosa (“fuzzy”) para caracterizar com o uso (respectivamente) da teoria da probabilidade e da teoria da possibilidade as distribuições espaciais. Para a Geografia Quantitativa (SIG dos anos 2000), o conceito-chave são os modelos preditivos com representação espaço-temporal, no qual a evolução do fenômeno é expressa através de representação funcional. Para capturar as diferentes relações dinâmicas, as técnicas de análise deverão incluir modelos Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 26 multiescala, que estabeleçam conexões entre fenômenos de macroescala (tipicamente relacionados com fatores econômicos) e fenômenos de microescala (tipicamente associados a transições no uso da terra). Enfim, para a Geografia Crítica (SIG do século XXI), os conceitos-chave incluem o espaço como “sistema de objetos e sistemas de ações” e a oposição entre “espaço de fluxos” e “espaço de lugares”. O quadro abaixo nos mostra a evolução das teorias geográficas em comparação com o Geoprocessamento que resume a questão do conhecimento da noção-chave do espaço geográfico. Para cada escola temos o conceito chave em sua definição de espaço, a representação computacional que melhor aproxima este conceito, e algumas técnicas de Análise Geográfica típicas que estão associadas a esta escola geográfica. Se observarem, há uma distinção entre os conceitos da escola de Geografia Quantitativa que tem expressão na geração de SIG dos anos 2000 e aqueles que apontam para sua evolução neste novo século. Teoria geográfica e Geoprocessamento Teoria Tecnologia SIG associada Conceito-chave Repres. Comput. Técnicas de análise Geografia Idiográfica Anos 80 – meados anos 90 Unicidade da região (unidade- área) Polígono e atributos Interseção e conjuntos Geografia quantitativa 1 Final da década de 90 Distribuição espacial Superfícies (grades) Geoestatística + lógica fuzzy Geografia quantitativa 2 Meados da década de 2000 Modelos espaço- tempo Funções Modelos multiescala Geografia crítica Século XXI Objetos e ações Espaços de fluxo e espaço de lugares Ontologias e espaços não cartográficos Representação do conhecimento Evidentemente que o Geoprocessamento possui certo alcance e igual limitação e, embora tenhamos apresentado uma visão reducionista e limitada, a ideia é exatamente esta: deixá-los pensar na importância do conceito-chave e na evolução das representações computacionais e no ambiente tecnológico atual. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 27 Lembramos que a tecnologia de sistemas de informação geográfica ainda não chegou ao seu ponto de “ótimo” para dar suporte adequado às diferentes concepções de espaço geográfico. Atualmente, os SIGs oferecem ferramentas que permitem a expressão de procedimentos lógicos e matemáticos sobre as variáveis georreferenciadas com uma economia de expressão e uma repetibilidade impossíveis de alcançar em análises tradicionais. A tecnologia de SIG resolveu vários problemas de representação computacional do espaço. Os atuais sistemas são fortemente baseados numa lógica “cartográfica” do espaço, exigindo sempre a construção de “mapas computacionais”, tarefa sempre custosa e nem sempre adequada ao entendimento do problema em estudo. O conceito de Milton Santos (1985) de “espaço como sistemas de objetos e sistemas de ações” caracteriza um mundo em permanente transformação, com interações complexas entre seus componentes. Esse conceituado autor apresenta uma visão geral, que admite diferentes leituras e distintos processos de redução, necessários à captura desta definição abstrata num ambiente computacional. Não obstante, a riqueza inerente a este conceito está em deslocar a ênfase da análise do espaço, da representação cartográfica para a dimensão da representação do conhecimento geográfico. Afinal, como diz o próprio Milton Santos, geometrias não são geografias (CÂMARA; MONTEIRO; MEDEIROS, 2005). Ela, a Geografia crítica, contribui sobremaneira para a Ciência da Geoinformação, sendo um de seus principais méritos o de apontar para uma visão muito rica do espaço geográfico, enfatizando a noção do processo em contraposição à natureza estática dos SIGs. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 28 UNIDADE 4 – INTERDISCIPLINARIDADE: CARTOGRAFIA X GEOINFORMAÇÃO Não há como não falar da Cartografia quando se trata das inter-relações da geoinformação! Cartografia é a ciência e a arte de expressar graficamente o conhecimento humano da superfície terrestre por meio de representações gráficas. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 29 Dentre as principais representações cartográficas destacam-se o globo, os mapas, as cartas topográficas, as cartas temáticas, e as plantas. O Problema Fundamental da Cartografia é justamente a representação gráfica da superfície terrestre, tanto que para resolver este seu problema, é necessário o conhecimento de sua forma. Inicialmente, adotou-se a Terra com a Forma Plana, como o homem via o seu entorno; posteriormente, o interesse do homem pela terra crescia com a distância dos lugares de comércio e com o desenvolvimento das ciências chegou-se à Forma Esférica. Portanto, a razão principal da relação interdisciplinar forte entre Cartografia e Geoprocessamento é o espaço geográfico. A Cartografia preocupa- se em apresentar um modelo de representação de dados para os processos que ocorrem no espaço geográfico. O Geoprocessamento representa a área do conhecimento que utiliza técnicas matemáticas e computacionais, fornecidas pelos Sistemas de Informação Geográfica (SIG), para tratar os processos que ocorrem no espaço geográfico. Isso estabelece de forma clara a relação interdisciplinar entre Cartografia e Geoprocessamento. Os resultados dos diversos levantamentos possibilitam a elaboração de documentos cartográficos, a partir do estabelecimento das correlações espaciais e da observação dos fenômenos naturais e sociais que ocorrem na superfície terrestre. Vejamos alguns conceitos importantes: mapeamento – processo de construção de um documento cartográfico, que tem seu início na organização sistêmica dos dados e informações provenientes de diversos levantamentos; Levantamento – caracteriza-se pela realização de medidas e observações, coleta de dados, e a seleção de documentos existentes, com o objetivo de elaborar uma informação cartográfica. Exemplos: Levantamentos topográfico, hidrográfico, climatológico. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br oudiretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 30 Para estas atividades, utilizam-se equipamentos e técnicas da Topografia como teodolito, estação total, nível e trena. Sendo que esses equipamentos estão sendo gradativamente substituídos e/ou complementados (dependendo do caso) pelo GPS. O GPS é um importante aliado nos serviços que exigem informações de posicionamento confiáveis, dada a rapidez e segurança nos dados que fornece. Exemplos de aplicações: locação de obras na construção civil, como estradas, barragens, pontes, túneis, etc. Alguns casos atendidos pelo GPS são impossíveis através da Topografia, como o monitoramento contínuo de veículos (automóveis, aviões ou navios). Dentre muitas, outra grande vantagem do GPS é a não necessidade de intervisibilidade entre as estações em determinadas áreas. Sensoriamento Remoto: processo de medição e obtenção de dados sobre um objeto ou fenômeno, ou mesmo alguma propriedade deste, através de sensores que não se encontram em contato físico com o objeto ou fenômeno estudado. O princípio básico é a transferência de dados do objeto para o sensor, feita através de energia – energia eletromagnética ou radiação eletromagnética (REM). A energia solar é a base dos princípios que fundamentam essa tecnologia. Aerolevantamento: realização de observações, ou coleta de dados com o emprego de equipamentos aerotransportados. Acontece geralmente pelo Sistema suborbital (Avião – imagem aérea) ou sistemas Orbitais (satélites como Landsat, Spot, CBERS, IKONOS, etc., imagem orbital). A obtenção de informações a partir de dados de SR baseia-se no estudo das interações entre a energia eletromagnética e os alvos da superfície terrestre (MAIO, 2008). Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 31 UNIDADE 5 – A URBANIZAÇÃO BRASILEIRA, OS PROBLEMAS SOCIAIS E APLICAÇÕES DO GEOPROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES O geoprocessamento tem sido muito empregado pelos órgãos governamentais, entidades privadas e não-governamentais, com o objetivo, principal, de integrar dados espaciais e não espaciais, em seus projetos e estudos relacionados ao meio ambiente. Diversos são os exemplos de aplicação do geoprocessamento, tais como: manejo e conservação de recursos naturais (estudos de impacto ambiental, modelagem das águas subterrâneas e do caminhamento dos contaminantes, estudos das migrações e dos habitats das faunas, pesquisa do potencial mineral, etc.); gestão das explorações agrícolas (cultivo de campo, manejo de irrigação, avaliação do potencial agrícola da terra, etc.); planejamento de área urbana (planejamento dos transportes, desenvolvimento de plano de evacuação, localização dos acidentes, seleção dos itinerários, etc.); gestão das instalações (localização dos cabos e tubulações, planejamento e manutenção das instalações, etc.); administração pública (gestão de cadastro, avaliação predial/territorial, gestão da qualidade das águas, conservação/manutenção das infraestruturas, planos de organização, etc.); comércio (análise da estrutura de mercado, planejamento de desenvolvimento, análise da concorrência e das tendências de mercado, etc.); e, saúde pública (epidemiologia, distribuição e evolução das doenças, distribuição dos serviços sociais sanitários, planos de emergência, etc.). erivaldo Realce erivaldo Realce erivaldo Realce Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 32 Embora os exemplos citados acima tenham sido classificados nessas diferentes áreas, isso se deve ao enfoque principal dos mesmos, uma vez que a maioria das aplicações de geoprocessamento possui inerente caráter multidisciplinar (HAMADA; GONÇALVES, 2007). Dentre as várias aplicações do geoprocessamento de informações, lançaremos neste módulo alguns excertos de trabalhos científicos que objetivaram mostrar a aplicação do geoprocessamento em áreas específicas, como por exemplo, segurança pública, combate as atividades ilícitas e controle da aplicação do policiamento ordinário, que proporcionam maior sensação de segurança para a população. Salientamos que outras aplicações como, preservação dos recursos hídricos, áreas da geologia, criação de zoneamento de potencial turístico em unidade de conservação e outras serão vistas ao longo do curso. 5.1 Desenvolvimento sustentável e qualidade de vida Por um tempo, o homem que utilizava a natureza apenas para saciar a fome e a sede não tinha motivos para se preocupar com questões ambientais, embora ele respeitasse a mesmo e as forças naturais que traziam tempestades e outras intempéries eram consideradas manifestações divinas, não cabendo a ele nenhuma maneira de controlar essas situações, apenas venerar e temer a natureza. Entretanto, a sua evolução, o aumento populacional e o desenvolvimento das sociedades acabaram por levá-lo a pensar com seriedade no modo como usava a natureza. Com o passar do tempo e a evolução da humanidade, foram surgindo diversas correntes de pensamento, discutindo a relação homem-natureza, principalmente, com respeito à utilização dos recursos naturais (conservação/ preservação e escassez), frente ao crescimento populacional (HAMADA; GONÇALVES, 2007). Segundo Maurice Strong, Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), no encontro global Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 33 realizado no Rio de Janeiro, em 1992 concordou-se que “o desenvolvimento e o meio ambiente estão indissoluvelmente vinculados e devem ser tratados mediante a mudança de conteúdo, das modalidades e das utilizações do crescimento”. A Agenda 21, aprovada durante a CNUMAD, conclamou a todos para uma associação mundial em prol do desenvolvimento sustentável e apresentou um programa de ação para a sua implementação. Desenvolvimento sustentável é o processo de transformação no qual a exploração de recursos, direção dos investimentos, orientação do desenvolvimento tecnológico e mudanças institucionais se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e aspirações humanas (COMISSÃO MUNDIAL..., 1991). De uma forma mais ampla, define-se também como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. Segundo Sachs (1993), o desenvolvimento sustentável deve contemplar as seguintes dimensões: social, econômica, ecológica, espacial e cultural. Desta forma, o desenvolvimento sustentável é obtido pela obediência simultânea ou conciliação aos três critérios fundamentais: eficiência econômica, equidade social ou justiça social e prudência ecológica. No entendimento da FAO (2000), uma característica inerente à maioria das decisões sobre desenvolvimento sustentável é que elas são multidisciplinares ou interssetoriais, pois necessitam negociações entre objetivos conflitantes de diferentes setores; e que, no entanto, a maioria das agências de desenvolvimento de recursos naturais são orientadas por um único setor. A importância de uma abordagem integrada do desenvolvimento e gerenciamento dos recursos naturais é enfocada em muitos fóruns internacionais de desenvolvimento sustentável.A Agenda 21 (ABORDAGEM..., 1992), em seu Capítulo 10, também observa que: As crescentes necessidades humanas e a expansão das atividades econômicas estão exercendo uma pressão cada vez maior sobre os recursos terrestres, criando competição e conflitos e tendo como erivaldo Realce Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 34 resultado um uso impróprio tanto da terra como dos recursos terrestres. Caso queiramos, no futuro, atender às necessidades humanas de maneira sustentável, é essencial resolver hoje esses conflitos e avançar para um uso mais eficaz e eficiente da terra e de seus recursos naturais. A abordagem integrada do planejamento e do gerenciamento físico e do uso da terra é uma maneira eminentemente prática de fazê-lo. Examinando todos os usos da terra de forma integrada é possível reduzir os conflitos ao mínimo, fazer as alternâncias mais eficientes e vincular o desenvolvimento social e econômico à proteção e melhoria do meio ambiente, contribuindo assim para atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável. A essência dessa abordagem integrada se expressa na coordenação de planejamento setorial e atividades de gerenciamento relacionadas aos diversos aspectos do uso da terra e dos recursos terrestres. Neste sentido, o geoprocessamento pode ser bastante útil na abordagem integrada, por ser uma ferramenta computacional muito poderosa, integrando grandes bancos de dados, de diferentes setores, permitindo, entre outras, a análise matemática e estatística desses dados. No entanto, os usos potenciais do geoprocessamento devem ser entendidos em todos os aspectos na adoção dessa tecnologia. Desta forma, é importante possuir o entendimento geral da tecnologia do geoprocessamento, de forma que os gerentes, especialistas técnicos e potenciais usuários possam adequar essa ferramenta à sua aplicação específica. Este início de 2014 tem sido um grande alerta para dirigentes governamentais, pesquisadores, empresários e população de maneira geral, principalmente em virtude das mudanças do clima do planeta e todos os problemas que vem formando uma cadeia de tempestades, secas, geadas, frio e calor excessivo colocando-nos a todos em situações de perigo. Pensando somente em termos de Brasil e mesmo de região sudeste, estamos vendo os reservatórios de água com níveis jamais esperados, problemas se agravando no setor elétrico, enfim, uma verdadeira cascata de problemas que afetam a vida do ser humano e sem solução imediata pela ação do homem. Não estamos falando apenas e amenizadamente em qualidade de vida, estamos falando em sobrevivência mesmo. Pensem nisso! Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 35 5.2 Urbanização brasileira e os problemas sociais O processo de urbanização brasileira que em um primeiro momento remonta do século XVI até o início do século XX está vinculado às transformações sociais que começaram efetivamente e num segundo momento a partir da década de 1930 com a expansão das atividades industriais nos grandes centros atraindo os trabalhadores das áreas rurais, tendo em vista uma possibilidade de maiores rendimentos, porém o país deixou de ser essencialmente agrícola somente a partir da década de 1960. A mecanização do campo foi um fator importante, pois “expulsou” enormes contingentes de trabalhadores rurais (DANNA, 2011). Até então, conforme Santos (2005), o Brasil foi durante muitos séculos um grande arquipélago, formado por subespaços que evoluíam segundo lógicas próprias, ditadas em grande parte por suas relações com o mundo exterior. Estes “arquipélagos regionais” estavam polarizados nas capitais regionais e metrópoles. Não havia ainda uma integração entre as diferentes atividades econômicas que eram responsáveis por impulsionar o processo da urbanização brasileira. A partir da década de 1940, a infraestrutura de transportes e comunicações expandiu-se pelo país unificando o mercado e acelerando a concentração urbano-industrial saindo da escala regional e atingindo o Brasil como um todo. Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, começaram a atrair um contingente de mão de obra de outras regiões que não acompanharam o ritmo de crescimento econômico da região sudeste e, tornaram-se assim metrópoles nacionais. A falta de infraestrutura urbana necessária para atender à nova e crescente demanda decorrente desse aumento populacional contribuiu para torná-las regiões caóticas. Após o processo de aceleração na industrialização brasileira que teve seu pico durante o governo de Getúlio Vargas e foi até meados da década de 1970, o governo federal concentrou seus investimentos em infraestrutura na região Sudeste, que, consequentemente se tornou o centro de maior atração populacional no país. Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 36 A migração populacional foi composta de uma maioria esmagadora de trabalhadores desqualificados, sem escolaridade e que em decorrência disso eram obrigados e aceitar empregos que ofereciam uma remuneração baixa, o que impulsionou a concentração dessa classe trabalhadora nas regiões periféricas como loteamentos irregulares e em favelas que eram lugares mais baratos, porém desprovidos de vários serviços básicos e de infraestrutura urbana. George (1983; p.127) analisa e descreve esses loteamentos caracterizando-os como “um amontoado de moradias rudimentares” quando diz que “não possuem vias de acesso, adutoras de água, nenhum dispositivo de evacuação ou coleta de lixo e detritos, a miséria nas construções feitas com materiais obtidos ao acaso”. A má distribuição de renda ampliou ainda mais o número de favelas e de loteamentos clandestinos ainda dos cortiços nos centros destas grandes metrópoles. Hoje podemos expandir essa miséria para o entorno de todas as capitais brasileiras e outras cidades sem esquecer sequer uma delas. Milton Santos (2005) define essa urbanização como “territorialmente seletiva”. A rápida urbanização (se comparada ao modelo europeu) fez com que as cidades vizinhas aumentassem seu tamanho e consequentemente formassem um só conjunto, processo esse que é denominado conurbação. Esse fenômeno eclodiu no Brasil na década de 1980 prolongando-se até meados da década de 1990 em várias regiões. Na década de 1970, foram instituídas as primeiras regiões metropolitanas com a intenção de desenvolver economicamente e socialmente determinadas regiões, além de integrar e desafogar as grandes cidades brasileiras, porém tiveram muitos problemas devido à falta de serviços básicos, como saúde, transporte público e habitação para atender o crescimento populacional deste novo conjunto de cidades. De acordo com estudos de Danna (2011), estas regiões metropolitanas receberam os nomes das principais cidades de cada localidade sendo elas: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP), este Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 37 processo se estendeu depois a outras localidades e atualmente o Brasil possui 31 regiões metropolitanas. O processo de urbanização em geral não é uniforme, vistoque sempre houve contrastes marcantes na distribuição espacial da população brasileira entre o meio rural e urbano e entre as suas regiões políticas além de ter sido um processo extremamente concentrador, e com isso acaba por apresentar também um abismo na distribuição de renda, o que vai contribuir de forma acelerada na criminalidade em si. É importante ressaltar que a pobreza não é sinônimo de marginalidade, mas a distribuição de renda desigual é um fator que acaba por aflorar ainda mais as práticas delituosas, algumas vezes por necessidade e outras por ganância (DANNA, 2011). Eis que chegamos a um dos pontos que queríamos atenção: a questão da criminalidade x geografia x geoprocessamento. Os fenômenos de criminalidade tem sido objeto de apreciação de diversos estudiosos, seja na área da antropologia, sociologia entre outras ciências. A geografia busca compreender a relação entre os homens e suas interferências na formação e transformação do espaço, e neste contexto, a violência urbana e a criminalidade são objetos de discussão por estar relacionado ao homem e ao espaço criado ou transformado por ele. O estudo da criminalidade pela Geografia se dá principalmente a partir da década de 1970 com diversas teorias e análises associadas a outros campos científicos na tentativa de elucidar os processos que culminaram no problema. [...] A análise geográfica pode levar a interessantes e relevantes hipóteses da espacialização da criminalidade, já que além da lei, do ofensor e do alvo, a localização das ofensas é uma importante dimensão que caracteriza o evento criminal [...] (FELIX, 2002). Quando o geógrafo discute o espaço, é preciso tentar encontrar uma interpretação ou compreensão deste e o que o cerca. Sendo assim, pode-se analisar a criminalidade como um fenômeno que está distribuído no espaço, onde há agentes ativos e passivos. “O espaço é a condição de possibilidade dos Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 38 fenômenos” (SANTOS, 2002), e sendo esse espaço uma “condição” ele será dotado de paradigmas que uma vez quebrados, implicam em mudanças complexas, que neste caso, vem a ser a legislação vigente, tornando o agente ativo um alvo das sanções penais, onde este é o que pratica a ação criminosa, não permitido em lei e reprovado pela sociedade, e os paradigmas são o conjunto de leis estabelecidas. Ao estabelecer a análise do espaço, o geógrafo a faz também por meio de mapas que representam modelos simplificados da realidade espacial e por meio desta estabelece deduções. Nos modelos dinâmicos é possível realizar comparações com os padrões observados em diferentes períodos. Haesbeart (2002, p. 99 apud DANNA, 2011) afirma que a Geografia procura estabelecer “padrões formais e tipologias” para os objetos de seu estudo, na busca destes padrões espaciais tem-se explicação e a localização dos fenômenos. O estudo da violência pela Geografia não tende a resolução do problema, mas sim contribuir com o estudo das causas analisando as relações sociais que interferem na vida do homem, e, para desenvolver estratégias eficientes no combate à criminalidade, é necessário um trabalho integrado entre profissionais de diversas áreas. Onde entra então o geoprocessamento? O avanço da tecnologia ocorrido nos últimos anos, em especial a geotecnologia, é traduzida nesse contexto em ferramentas como o GPS (Global Positioning System), o Sensoriamento Remoto, o SIG (Sistemas de Informação Geográfica) entre outras que realizam o tratamento de dados espaciais e outras informações para serem aplicadas em diferentes organizações públicas e privadas com a finalidade de otimizar gastos, tempo e direcionar com mais precisão os recursos laborais. A partir da utilização de tecnologia de análise espacial, entra em cena uma poderosa alternativa integradora para as autoridades policiais e nas políticas de combate à criminalidade, o geoprocessamento é então uma ferramenta de Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 39 grande valor na aplicação de questões de segurança pública. Esta ferramenta pode ser entendida segundo Burrough (1986 apud DANNA, 2011), como um poderoso conjunto de ferramentas para a coleta, armazenamento, recuperação e exibição de dados do mundo real para determinados propósitos. Os Sistemas de Informação Geográfica correspondem às ferramentas computacionais de Geoprocessamento, que permitem a realização de análises complexas, ao integrar dados de diversas fontes e ao criar bancos de dados georreferenciados (CÂMARA et al., 2005). Apesar do sistema manual e tradicional de mapeamento da criminalidade ser um material utilizado pelas autoridades policiais já há algumas décadas, este se mostra deficiente quando se trabalha com grandes áreas, devido ao grande número de delitos que ocorrem e por diversos fatores. A dinâmica destes eventos requer que os dados sejam sempre atuais e as informações sejam eficientes e rápidas para atender as necessidades nas áreas de sua implementação que neste caso vem a ser a segurança pública. Estas exigências fazem com que a utilização do geoprocessamento aumente cada vez mais, já que a sua eficiência possibilita direcionar corretamente os recursos disponíveis. Reuland (s.d.) citado por Beato Filho (2001, p. 7) aponta que “a utilização intensiva de tecnologias de informação espacial tem promovido uma verdadeira revolução silenciosa nas polícias de todo o mundo”. O surgimento de sistemas de análises da criminalidade além de auxiliar as operações policiais na segurança pública, se apresenta como um facilitador na prestação de contas à sociedade na medida em que estas são solicitadas. O mesmo autor ressalta que nas atividades de investigação, a montagem de bases de dados sobre suspeitos e seu modus operandi tem contribuído para incrementar a qualidade das investigações com informações oriundas de organizações não-policiais. A ideia de mapear o crime não é nova. Na França, no início do século XVIII, Adriano Balbi e André-Michael Guerry foram os criadores dos primeiros mapas de crime, onde combinavam as técnicas cartográficas, estatísticas Site: www.ucamprominas.com.br E-mail: ouvidoria@institutoprominas.com.br ou diretoria@institutoprominas.com.br Telefone: (0xx31) 3865-1400 Horários de Atendimento: manhã - 08:00 as 12:00 horas / tarde - 13:15 as 18:00 horas 40 criminais e dados demográficos do censo francês (WEISBURG e MCEWEN, 1998 apud DANNA, 2011). O sistema de mapeamento digital exerce um papel importante no processo de investigação, pois possui múltiplas capacidades na geração de informação e muitas informações podem ser acompanhadas praticamente em tempo real, porém para isto é necessário a eficiência na elaboração do mapa por parte dos responsáveis como inclusão e georreferenciamento de toda a área presente de jurisdição por uma unidade policial, e a referência espacial das localidades mais problemáticas. A análise técnico-científica destes mapas e do andamento da criminalidade é feita por profissionais como o sociólogo, geógrafo, antropólogo e estudiosos da segurança pública para que além do trabalho policial, seja feito também uma análise das raízes sociais que influenciaram a criminalidade em cada região. A violência no Brasil não é um fenômeno exclusivo de metrópoles como São Paulo e Rio de Janeiro, nem mesmo um problema nacional, mas sim mundial, e afeta em maior escala os países de terceiro mundo, o que faz alguns estudos proporem a utilização de ferramentas computacionais
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