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Resenha AV1 Processo Civil IV

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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ
CAMPUS ILHA DO GOVERNADOR
CURSO DE DIREITO
RESENHA AV1 – PROCESSO CIVIL IV
Professora: Francesco Aloise
Aluno: Ana Carolina Fernandes
Matrícula: 201608323471
Formas de Defesa da Execução ou Cumprimento de Sentença
Na ação de execução ou cumprimento de sentença, o executado é intimado para pagamento voluntário do débito, na forma do artigo 523 do CPC.
Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
Decorrido o prazo e não havendo o pagamento voluntário por parte do executado inicia-se, automaticamente, novo prazo de 15 dias para que o executado apresente impugnação ao cumprimento de sentença, alegando um dos motivos expostos no artigo 525, § 1º.
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. 
§1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia;
II - ilegitimidade de parte;
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação;
IV - penhora incorreta ou avaliação errônea;
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
VI - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII - qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença.
A impugnação tem por finalidade garantir o contraditório e a ampla defesa do devedor visando reduzir o valor a ser executado ou até mesmo extinguir completamente a execução imposta a ele. 
Outro ponto a ser tratado, é a extinção da execução com base na prescrição intercorrente, que foi harmonizada pelo NCPC em seu artigo 921, inciso III, § 1º e §4º. 
Art. 921. Suspende-se a execução:
I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;
II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução;
III - quando o executado não possuir bens penhoráveis;
IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis;
V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916.
§ 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se suspenderá a prescrição.
§ 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.
§ 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo forem encontrados bens penhoráveis.
§ 4º Decorrido o prazo de que trata o § 1º sem manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente.
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo.
O texto trazido pelo novo código, encerra a divergência a respeito do prazo em que o feito ficará suspenso, pelo menos, inicialmente. O código estabelece que, sendo concedida a suspensão do feito por falta de bens, o processo será suspenso pelo prazo máximo de 1 ano, sendo que nesse período se suspenderá o prazo da prescrição.
Após findo o prazo, não sendo localizados bens ou não havendo a localização do executado, o juiz irá arquivar os autos, sendo possível seu desarquivamento quando localizado bens penhoráveis. O marco inicial para a contagem da prescrição intercorrente começará a correr findo o prazo de suspensão de 1 ano, conforme o § 4º do art.
Mesmo com essa harmonização, continuou havendo discussão quanto ao prazo que se consuma a prescrição intercorrente, e nesse caso têm-se aplicado a Súmula 150 do STF, que diz que a consumação se dará no mesmo prazo da ação, ou seja, no caso de uma execução de dívida o prazo para exercer a pretensão executória é de 5 anos, sendo este, também, o prazo da prescrição intercorrente, contados a partir do fim da suspensão por 1 ano concedida.
Fontes:
https://amandanonn.wordpress.com/2017/10/03/execucao-por-quantia-certa-contra-devedor-solvente-penhora-averbacao-premonitoria-novo-cpc/
https://gmacau.jusbrasil.com.br/artigos/246880440/do-cumprimento-de-sentenca-que-impoe-obrigacao-de-pagar-quantia-certa-contra-devedor-solvente
https://www.aurum.com.br/blog/impugnacao-ao-cumprimento-de-sentenca/#2
https://gpterra.jusbrasil.com.br/artigos/326218492/a-prescricao-intercorrente-no-novo-cpc

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