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ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA E CONTROLE JUDICIAL MATERIAL DE 
APOIO® 
 
Estimados Amigos e Amigas! 
Segue o material de apoio para desdobramento do assunto que 
estudamos nesse Módulo Especial de Atuação Administrativa e Controle 
Judicial. 
O material é composto de duas partes: A primeira, com enunciados de 
peças prático-profissionais que representam situações corriqueiras na 
atuação profissional. 
O ideal é que você tente identificar, sozinho(a), os princípios 
pertinentes a cada situação prática e, depois, confira o gabarito, igualmente 
disponível nesse material. 
Na Segunda parte indiquei julgados do Supremo Tribunal Federal 
relativos ao “ativismo judicial” e controle judicial sobre as “políticas públicas”, 
a fim de que você você, com alto grau de especialização, possa desdobrar os 
seus estudos, no momento oportuno. 
Aproveito o ensejo para registrar o meu parabéns a você, pelo 
empenho! 
Com certez os ESTUDOS correspondem à melhor via de acesso a uma 
existência mais digna. 
Receba o nosso abraço! 
José Aras e Familia CEJAS 
 
PARTE 1: ENUNCIADOS DE PEÇAS PROFISSIONAIS (e respectivos 
gabaritos) 
 
1. Caio, Tício e Mévio são servidores públicos federais exemplares, 
concursados do Ministério dos Transportes há quase dez anos. Certo dia, 
eles pediram a três colegas de repartição que cobrissem suas ausências, 
uma vez que sairiam mais cedo do expediente para assistir a uma 
apresentação de balé. 
No dia seguinte, eles foram severamente repreendidos pelo superior 
imediato, o chefe da seção em que trabalhavam. Nada obstante, nenhuma 
consequência adveio a Caio e Tício, ao passo que Mévio, que não mantinha 
boa relação com seu chefe, foi demitido do serviço público, por meio de ato 
administrativo que apresentou, como fundamentos, reiterada ausência 
injustificada do servidor, incapacidade para o regular exercício de suas 
funções e o episódio da ida ao balé. 
Seis meses após a decisão punitiva, Mévio o procura para, como 
advogado, ingressar com medida judicial capaz de demonstrar que, em 
verdade, nunca faltou ao serviço e que o ato de demissão foi injusto. Seu 
cliente lhe informou, ainda, que testemunhas podem comprovar que o 
seu chefe o perseguia há tempos, que a obtenção da folha de frequência 
demonstrará que nunca faltou ao serviço e que sua avaliação funcional 
sempre foi excelente. 
Como advogado, considerando o uso de todas as provas mencionadas 
pelo cliente, elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão 
de seu cliente. 
 
 
2. José está inscrito em concurso público para o cargo de 
assistente administrativo da Administração Pública direta do Estado de 
Roraima. Após a realização das provas, ele foi aprovado para a fase 
final do certame, que previa, além da apresentação de documentos, 
exames médicos e psicológicos. A lista dos candidatos aprovados e o 
prazo para a apresentação dos documentos pessoais e para a realização 
dos exames médicos e psicológicos foram publicados no Diário Oficial do 
Poder Executivo do Estado de Roraima após 1 (um) ano da realização 
das provas; assim como foram veiculados através do site da Internet da 
Administração Pública direta do Estado, tal como previsto no respectivo 
edital do concurso. 
 
Entretanto, José reside em município localizado no interior do Estado 
de Roraima, onde não circula o Diário Oficial e que, por questões 
geográficas, não é provido de Internet. Por tais razões, José perde 
os prazos para o cumprimento da apresentação de documentos e 
dos exames médicos e psicológicos e só toma conhecimento da situação 
quando resolve entrar em contato telefônico com a secretaria do concurso. 
 
Insatisfeito, José procura um advogado para ingressar com um Mandado 
de Segurança contra a ausência de intimação específica e pessoal quando de 
sua aprovação e dos prazos pertinentes à fase final do concurso. 
 
Na qualidade de advogado de José, indique os argumentos 
jurídicos a serem utilizados nessa ação judicial. (Valor: 1,25) 
 
 
3. Norberto, brasileiro, desempregado e passando por sérias 
dificuldades econômicas, domiciliado no Estado “X”, resolve participar de 
concurso público para o cargo de médico de hospital estadual. 
Aprovado na fase inicial do concurso, Norberto foi submetido a exames 
médicos, através dos quais se constatou a existência de tatuagem em suas 
costas. 
Norberto, então, foi eliminado do concurso, com a justificativa de que o 
cargo de médico não era compatível com indivíduos portadores de tatuagem. 
Inconformado, Norberto ajuizou ação ordinária em face do Estado, 
de competência de vara comum, com pedido liminar, na qual 
requereu (i) a anulação do ato administrativo que o eliminou do concurso; 
e (ii) que lhe fosse deferida a possibilidade de realizar as demais etapas 
do certame, com vaga reservada. 
O juízo de 1ª instância indeferiu o pedido liminar, em decisão publicada 
ontem, pelos seguintes motivos: 
1. Os pedidos de anulação do ato de eliminação e de reserva de vaga 
não 
seriam possíveis, pois significariam atraso na conclusão do concurso; 
2. A Administração Pública possui poder discricionário para decidir quais são 
as restrições aplicáveis àqueles que pretendem se tornar médicos no 
âmbito do Estado, de forma que o autor deverá provar que a decisão foi 
equivocada. Diante do exposto, e supondo que você seja o advogado de 
Norberto, elabore a medida judicial cabível contra a decisão publicada 
ontem, para a defesa dos interesses de seu cliente, abordando as teses, 
os fundamentos legais e os princípios que poderiam ser usados em favor do 
autor. 
 
 
4. O prefeito do município “P", conhecido como João do “P”, determinou 
que, em todas as placas de inauguração das novas vias municipais 
pavimentadas em seu mandato na localidade denominada “E”, fosse 
colocada a seguinte homenagem: “À minha querida e amada comunidade 
“E”, um presente especial e exclusivo do João do “P”, o único que sempre 
agiu em favor de nosso povo!” O Ministério Público estadual intimou o 
Prefeito a fim de esclarecer a questão. Na qualidade de procurador do 
município, você é consultado pelo Prefeito, que insiste em manter a 
situação. 
Indique o princípio da Administração Pública que foi violado e por que 
motivo. (valor: 1,25) 
 
5. O Município Y, representado pelo Prefeito João da Silva, celebrou 
contrato administrativo com a empresa W – cujo sócio majoritário vem a 
ser Antonio Precioso, filho da companheira do Prefeito –, tendo por objeto 
o fornecimento de material escolar para toda a rede pública municipal de 
ensino, pelo prazo de sessenta meses. O contrato foi celebrado sem a 
realização de prévio procedimento licitatório e apresentou valor de cinco 
milhões de reais anuais. 
José Rico, cidadão consciente e eleitor no Município Y, inconformado com 
a contratação que favorece o filho da companheira do Prefeito, o procura 
para, na qualidade de advogado(a), identificar e minutar a medida judicial 
que, em nome dele, pode ser proposta para questionar o contrato 
administrativo. 
A medida judicial deve conter a argumentação jurídica apropriada e 
o desenvolvimento dos fundamentos legais da matéria versada no 
problema, abordando, necessariamente: 
(i) competência do órgão julgador; (ii) a natureza da pretensão deduzida 
por José Rico; e (iii) os fundamentos jurídicos aplicáveis ao caso. (valor: 
5,00) 
 
6. A Lei nº 1234, do Município X, vedava a ampliação da área construída 
nos apartamentos do tipo cobertura, localizados na orla da cidade. 
Com a revogação da lei, diversos moradores formularam pleitos, perante a 
Secretaria Municipal de Urbanismo, e obtiveram autorização para 
aumentar a área construída de suas coberturas. Diversos outros 
moradores sequer formularam qualquer espécie de pleito e, mesmo 
assim,ampliaram seus apartamentos, dando, após, ciência à 
Secretaria, que não adotou contra os moradores qualquer medida 
punitiva. 
Fulano de Tal, antes de adquirir uma cobertura nessa situação, ou seja, 
sem autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo para aumento 
da área construída, formula consulta à Administração Municipal sobre a 
possibilidade de ampliação da área construída, e recebe, como resposta, a 
informação de que, na ausência de lei, o Município não pode se opor à 
ampliação da área. Fulano de Tal, então, compra uma cobertura, na orla, 
e inicia as obras de ampliação do apartamento. 
Entretanto, três meses depois, é surpreendido com uma notificação 
para desfazer toda a área acrescida, sob pena de multa, em razão 
de novo entendimento manifestado pela área técnica da Administração 
Municipal, a ser aplicado apenas aos que adquiriram unidades 
residenciais naquele ano e acolhido em decisão administrativa do 
Secretário Municipal de Urbanismo no processo de consulta aberto meses 
antes. 
Mesmo tomando ciência de que outros proprietários não receberam a 
mesma notificação, Fulano de Tal inicia a demolição da área construída, 
mas, antes de concluir a demolição, é orientado por um amigo a ingressar 
com demanda na justiça e formular pedido de liminar para afastar a 
incidência da multa e suspender a determinação de demolir o acrescido 
até decisão final, de mérito, de anulação do ato administrativo, perdas e 
danos materiais e morais. 
Você é contratado como advogado e obtém decisão antecipatória da tutela 
no sentido almejado. Contudo, a sentença do Juízo da 1ª Vara de Fazenda 
Pública da Comarca X revoga a liminar anteriormente concedida e julga 
improcedente o pedido de anulação do ato administrativo, acolhendo 
argumento contido na contestação, de que o autor não esgotara as 
instâncias administrativas antes de socorrer-se do Poder Judiciário. 
Interponha a medida cabível a socorrer os interesses do seu 
cliente, considerando que, com a revogação da liminar, volta a viger a 
multa, caso não seja concluída a demolição da área construída por Fulano de 
Tal. 
(Valor: 5,00) 
Obs.: Já não há mais prazo para embargos declaratórios, sendo certo que 
a sentença não é omissa nem contraditória. 
 
 
1. GABARITO COMENTADO 
1. Possibilidade de controle de legalidade do ato administrativo; 
2. O motivo alegado no ato administrativo é falso – violação à teoria 
dos 
motivos determinantes; 
3. Violação ao Art. 41, § 1º da Constituição, pois Mévio foi demitido 
sem a abertura de processo administrativo tendente a apurar a falta; 
4. Violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa; 
5. Violação ao princípio da isonomia, uma vez que Mévio foi o único dos 
três 
servidores penalizados pela ida ao balé; 
6. Violação ao princípio da impessoalidade ou indicação do desvio de 
poder, pois Mévio foi alvo de perseguição por seu chefe. 
 
2. GABARITO COMENTADO 
 
A despeito da ausência de norma editalícia prevendo a intimação pessoal 
e específica do candidato José, a Administração Pública tem o dever de 
intimar o candidato, pessoalmente, quando há o decurso de tempo 
razoável entre a homologação do resultado e a data da nomeação, 
em atendimento aos princípios constitucionais da publicidade e da 
razoabilidade. 
 
É desarrazoada a exigência de que o impetrante efetue a leitura diária do 
Diário Oficial do Estado, por prazo superior a 1 (um) ano, ainda mais 
quando reside em município em que não há circulação do DOE e que não 
dispõe de acesso à Internet. 
 
 
 
 
3. GABARITO COMENTADO: 
Também se atribuirá pontuação para o examinando que identifique 
o fundamento 2 da decisão agravada como equivocado tendo em 
vista a aplicação, in casu, dos princípios da 
proporcionalidade/razoabilidade, que delimitam o exercício do poder 
discricionário, tendo em vista que a referida restrição (tatuagem) não tem 
qualquer relação com o desempenho do cargo de médico, eis que não é 
medida adequada, necessária nem proporcional em sentido estrito, para 
que a Administração atinja os fins que pretende com a restrição ilegítima. 
 
 
4. GABARITO COMENTADO: 
Evidente, na hipótese, a violação ao princípio da impessoalidade. Por 
esse princípio traduz-se a ideia de que a Administração Pública tem que 
tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou 
negativas. Dessa forma, não se admite, por força de regra constitucional, 
nem favoritismos, nem perseguições, sejam políticas, ideológicas ou 
eleitorais. 
A resposta deve considerar que, no caso concreto, a violação ao princípio 
da impessoalidade decorre do fato de que a publicidade dos atos, 
programas, obras ou serviços devem ter caráter educativo, informativo 
ou de orientação social, dela não podendo constar nomes ou 
quaisquer elementos que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou 
servidor público. 
 
5. GABARITO COMENTADO: 
A medida judicial a ser proposta em nome de José Rico é a ação popular, 
com fundamento no artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e 
regulamentação infraconstitucional na Lei n. 4.717/65. 
A pretensão do autor popular será a obtenção de provimento jurisdicional 
que anule o contrato administrativo em questão, devendo ser 
deduzidos, pelo menos, quatro fundamentos jurídicos para tanto: 
(i) Ausência de processo licitatório para aquisição do material 
escolar, caracterizando ofensa ao art. 37, XXI da CRFB/88 e ao art. 2 da Lei 
n. 8666/93; 
(ii) violação ao princípio da impessoalidade, visto que a Administração 
não pode atuar com vistas a beneficiar pessoas determinadas, uma vez 
que é sempre o interesse público que tem que nortear o seu 
comportamento; 
(iii) violação ao princípio da moralidade ou probidade administrativa visto 
que a contratação direta, fora das hipóteses de dispensa, de empresa do 
enteado do prefeito implica violação aos padrões éticos que devem pautar 
a atuação do administrador; 
... 
Além da pretensão anulatória, também deverá o autor popular 
deduzir pretensão condenatória, visando ao ressarcimento dos danos 
causados ao erário em razão da contratação direta (artigo 11 da Lei n. 
4.717/65). 
 
6. GABARITO COMENTADO 
A peça a ser apresentada é uma apelação, em face da sentença do 
Magistrado de primeira instância. A apelação há de ser apresentada 
perante o Juízo da causa (1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca X), com 
as razões recursais dirigidas ao Tribunal, que as apreciará. Recorrente é 
Fulano de Tal, que restou sucumbente, e recorrido é o Município X. 
 
No mérito deve ser de início afastado o argumento utilizado pelo Juízo a 
quo, no sentido de que não houve esgotamento da instância 
administrativa. Nem a Lei e nem a Constituição exigem o esgotamento da 
via administrativa como condição de acesso ao Poder Judiciário. Ao 
contrário, a Constituição consagra, no artigo 5º, XXXV, o princípio da 
inafastabilidade do controle jurisdicional. 
 
Deve ser apontada a violação ao princípio do devido processo legal, que 
deve nortear a conduta da Administração, uma vez que a Administração 
Pública não pode, com novo entendimento (sequer amparado em lei), 
empreender à redução no patrimônio do particular sem que lhe seja dada 
a participação em processo administrativo formal. 
 
Ainda no mérito, deve ser apontada a violação ao princípio da legalidade, 
tanto pela ausência de norma que imponha ao particular restrição à sua 
propriedade quanto pela ausência de norma que autorize o Poder 
Público Municipal a recusar a reforma procedida pelo particular em sua 
propriedade. 
 
O examinando deve indicar a violação ao princípio da isonomia, tendo em 
vista que outros proprietários em idêntica situação não foram alvo de 
notificação por parte da Administração municipal, o que revelatratamento 
desigual entre os particulares, sem critério legítimo de diferenciação. 
 
Pior: o novo entendimento da Administração, desfavorável, só será 
aplicado aos que adquiriram a propriedade naquele ano. Por fim, 
deve ser feita referência à violação ao princípio da segurança 
jurídica ou proteção à confiança. A emissão da resposta da 
Administração gerou, no particular, a legítima confiança na preservação 
daquele entendimento inicial, razão pela qual praticou determinados atos 
(realizou investimentos). Essa confiança restou violada pela súbita alteração 
do entendimento e prática de atos incompatíveis com a conduta anterior da 
Administração (comportamento contraditório). 
 
O examinando deve formular, ao final, pedido de reforma da sentença e 
reiterar o pedido de anulação do ato administrativo e pagamento dos danos 
materiais que restarem comprovados (em virtude das obras de demolição 
empreendidas pelo recorrente), além de danos morais. 
 
 
PARTE 2: DECISÕES DO STF envolvendo o ativismo judicial e o 
controle sobre políticas públicas 
 
RE 684612 RG / RJ - RIO DE JANEIRO 
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA 
Julgamento: 06/02/2014 Órgão Julgador: Tribunal Pleno - meio eletrônico 
Publicação 
PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-109 DIVULG 05-06-2014 PUBLIC 06-06-2014 
Parte(s) 
RECTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO 
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Ementa 
EMENTA: ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ESPEFICIAMENTE 
QUANTO À SUFICIÊNCIA DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE SAÚDE. ALEGADA CONTRARIEDADE AOS ARTS. 2º E 196 DA 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Repercussão geral reconhecida do tema relativo aos limites da competência do Poder 
Judiciário para determinar obrigações de fazer ao Estado, consistentes em concursos públicos, contratação de 
servidores e execução de obras que atendam o direito social da saúde, ao qual a Constituição da República garante 
especial proteção. 
Decisão 
Decisão: O Tribunal, por maioria, reputou constitucional a questão, vencido o Ministro Marco Aurélio. Não se manifestou o Ministro Luiz 
Fux. Impedido o Ministro Teori Zavascki. O Tribunal, por maioria, reconheceu a existência de repercussão geral da 
questão constitucional suscitada, vencido o Ministro Marco Aurélio. Não se manifestou o Ministro Luiz Fux. Impedido o Ministro Teori 
Zavascki. Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora 
Tema 
698 - Limites do Poder Judiciário para determinar obrigações de 
fazer ao Estado, consistentes na realização de concursos públicos, 
contratação de servidores e execução de obras que atendam o direito 
social da saúde, ao qual a Constituição da República garante especial 
proteção. 
 
RE 1171152 RG / SC - SANTA CATARINA 
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Relator(a): Min. ALEXANDRE DE MORAES 
Julgamento: 03/10/2019 Órgão Julgador: Tribunal Pleno - meio eletrônico 
Publicação 
PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-220 DIVULG 09-10-2019 PUBLIC 10-10-2019 
Parte(s) 
RECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL 
RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
Ementa 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS 
POR INCAPACIDADE. PRAZO DE REALIZAÇÃO DAS PERÍCIAS PELO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. 
IMPOSIÇÃO JUDICIAL DE REALIZAÇÃO EM ATÉ 45 DIAS, SOB PENA DA IMPLEMENTAÇÃO AUTOMÁTICA DA PRESTAÇÃO 
REQUERIDA PELO SEGURADO. LIMITES DA INGERÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO EM POLÍTICAS 
PÚBLICAS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. 1. Revela especial relevância, na forma do art. 102, § 3º, da 
Constituição, a questão acerca da possibilidade de o Poder Judiciário (i) estabelecer prazo para o Instituto Nacional do 
Seguro Social realizar perícia médica nos segurados da Previdência Social e (ii) determinar a implantação do benefício 
previdenciário postulado, caso o exame não ocorra no prazo. 2. Repercussão geral da matéria reconhecida, nos termos 
do art. 1.035 do CPC. 
Decisão 
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a existência de 
repercussão geral da questão constitucional suscitada. Ministro ALEXANDRE DE MORAES Relator 
Tema 
1066 - Possibilidade de o Poder Judiciário (i) estabelecer prazo para o 
Instituto Nacional do Seguro Social realizar perícia médica nos 
segurados da Previdência Social e (ii) determinar a implantação do 
benefício previdenciário postulado, caso o exame não ocorra no prazo. 
 
ARE 1017664 AgR / DF - DISTRITO FEDERAL 
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 
Relator(a): Min. EDSON FACHIN 
Julgamento: 25/10/2019 Órgão Julgador: Segunda Turma 
Publicação 
PROCESSO ELETRÔNICO 
DJe-244 DIVULG 07-11-2019 PUBLIC 08-11-2019 
Parte(s) 
AGTE.(S) : AGENCIA DE FISCALIZACAO DO DISTRITO FEDERAL - AGEFIS 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL 
AGDO.(A/S) : JOSE MARIA DE OLIVEIRA ARAUJO 
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL 
Ementa 
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. INTERPOSIÇÃO EM 14.04.2019. 
DIREITO FUNDAMENTAL À MORADIA. IMÓVEL PÚBLICO. OCUPAÇÃO IRREGULAR. INÉRCIA DO PODER PÚBLICO. 
DIRETRIZES E INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA. APLICABILIDADE. AFRONTA AO PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE 
PODERES. NÃO CONFIGURAÇÃO. PRECEDENTES. CORREÇÃO DE OFÍCIO DE ERRO MATERIAL NA DECISÃO AGRAVADA 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=1017664&classe=ARE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M
(ART. 494, I, DO CPC). 1. É firme o entendimento deste Tribunal de que o Poder Judiciário pode, sem que fique 
configurada violação ao princípio da separação dos Poderes, determinar a implementação de políticas públicas em 
defesa de direitos fundamentais. 2. O exercício do poder de polícia de ordenação territorial pode ser analisado a partir 
dos direitos fundamentais, que constituem, a toda evidência, o fundamento e o fim da atividade estatal. 3. Constatado 
erro material na decisão agravada é possível, nos termos do art. 494, I, do CPC, de ofício, a sua correção para 
substituição do item referente ao pedido inicial, mencionado na parte dispositiva de referida decisão. 4. Agravo 
regimental a que se nega provimento. 
 
ARE 947270 AgR / AC - ACRE 
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 
Relator(a): Min. LUIZ FUX 
Julgamento: 12/03/2019 Órgão Julgador: Primeira Turma 
Publicação 
ACÓRDÃO ELETRÔNICO 
DJe-060 DIVULG 26-03-2019 PUBLIC 27-03-2019 
Parte(s) 
AGTE.(S) : UNIÃO 
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO 
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA 
INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO - FUNAI 
INTDO.(A/S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA 
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL 
Ementa 
Ementa: AGRAVO INTERNO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
TERRA INDÍGENA DO RIO AMÔNEA. REGIÃO DO ALTO JURUÁ. ÍNDIOS ASHANINKAS. INVASÃO CONSTANTE DE 
BRASILEIROS E PERUANOS PARA A EXTRAÇÃO CRIMINOSA DE MADEIRA DA FLORESTA. DETERMINAÇÃO JUDICIAL DE 
INSTALAÇÃO DE POSTOS PERMANENTES DA POLÍCIA FEDERAL, DA FUNAI E DO IBAMA NAS PROXIMIDADES DA TERRA 
INDÍGENA. IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PELO PODER JUDICIÁRIO. POSSIBILIDADE. VIOLAÇÃO AO 
PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTES. OMISSÃO ESTATAL. REEXAME DO 
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. RECURSO INTERPOSTO SOB A 
ÉGIDE DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE CONDENAÇÃO EM HONORÁRIOSADVOCATÍCIOS NO 
JUÍZO RECORRIDO. IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÇÃO NESTA SEDE RECURSAL. ARTIGO 85, § 11, DO CPC/2015. 
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 
 
Bons estudos e bom futuro!!! 
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=947270&classe=ARE-AgR&codigoClasse=0&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=M