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Exame Físico Geral

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SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
08 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
 
PRINCÍPIOS E BASES DA 
PRÁTICA MÉDICA 
Semiologia Médica – Porto&Porto, 13º ed. 
INTRODUÇÃO 
- Terminada a anamnese, inicia -se o exame físico; contudo o examinador pode continuar suas 
indagações, complementando pontos não muito bem esclarecidos durante a anamnese. 
- O exame físico pode ser dividido em duas etapas: a primeira constitui o que se costuma 
designar como exame físico geral, somatoscopia ou ectoscopia, por meio do qual são obtidos 
dados gerais, independentemente dos vários sistemas orgânicos ou segmentos corporais 
(obtém-se, com isso, uma visão do paciente como um todo); a segunda etapa corresponde ao 
exame dos diferentes sistemas e aparelhos, com metodologia própria. 
 
 
 
 
SEMIOTÉCNICA DO EXAME FÍSICO GERAL 
- O paciente deve ser examinado nas posições de decúbito, sentada, de pé e andando. 
 
SEQUÊNCIA DO EXAME FÍSICO GERAL 
• Avaliação do estado geral 
• Avaliação do nível de consciência 
• Fala e linguagem 
• Fácies 
• Biótipo ou tipo morfológico 
• Postura ou atitude na posição de pé 
• Atitude e decúbito preferido no leito 
• Medidas antropométricas (peso, altura, 
envergadura, IMC, circunferência da cintura 
e abdominal, circunferência da panturrilha) 
• Desenvolvimento Físico 
• Avaliação do estado de nutrição 
• Avaliação do estado de hidratação 
• Pele, mucosas e fâneros 
• Veias superficiais 
• Enfisema subcutâneo 
• Musculatura 
• Exame dos linfonodos 
• Temperatura corporal 
• Movimentos involuntários 
• Marcha
. 
 
ESTADO GERAL 
- É uma avaliação subjetiva com base no conjunto de dados exibidos pelo paciente e 
interpretados de acordo com a experiência de cada um. Em outras palavras, é o que aparenta o 
paciente, visto em sua totalidade. 
 
Exame Físico Geral e Exame dos Sistemas 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 
- A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília, que 
é resultante da atividade de diversas áreas cerebrais coordenadas pelo sistema reticulotalâmico. 
Obnubilação 
Sonolência 
Confusão Mental 
Torpor ou estupor 
Coma 
 
- Para o exame do nível de consciência deve-se considerar os seguintes fatores: 
• Perceptividade: capacidade para 
responder a perguntas simples (p. ex., 
"Como vai?") ou informar aspectos 
corriqueiros, como o nome de familiares ou 
seu endereço, fazer cálculos elementares ou 
atender a ordens do tipo: "Sente-se na 
cama': "Tire a camisa". 
• Reatividade: capacidade de reagir a 
estímulos inespecíficos, como, por exemplo, 
desviar os olhos e a cabeça para um ponto 
no qual é provocado um barulho. A 
reatividade pode ser avaliada, também, em 
relação à dor. 
 Nova Escala de Coma de Glasgow (2018) 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
FALA E LÍNGUAGEM 
- Durante a entrevista, o examinador deve prestar atenção à linguagem do paciente, 
particularmente na linguagem falada (fala). 
 
- Alterações encontradas: 
• Disfonia ou afonia: é uma alteração do timbre da voz causada por algum problema no órgão 
fonador. A voz pode tornar-se rouca, fanhosa ou bitonal 
• Dislalia: é o termo que se usa para designar alterações menores da fala, comuns em crianças, 
como a troca de letras ("tasa" por "casa''). Uma forma especial é a disritmolalia, que compreende 
distúrbios no ritmo da fala, tais como a gagueira e a taquilalia 
• Disartria: decorre de alterações nos músculos da fonação, incoordenação cerebral (voz 
arrastada, escandida), hipertonia no parkinsonismo (voz baixa, monótona e lenta) ou perda do 
controle piramidal (paralisia pseudobulbar) 
• Disfasia: aparece com completa normalidade do órgão fonador e dos músculos da fonação e 
depende de uma perturbação na elaboração cortical da fala. Há diversos graus de disfasia, 
desde alterações mínimas até perda total da fala. 
A disfasia pode ser de recepção ou sensorial (o paciente não entende o que se diz a ele), ou de 
expressão ou motora (o paciente entende, mas não consegue se expressar), ou ainda do tipo 
misto, que é, aliás, o mais frequente. A disfasia traduz lesão do hemisfério dominante: o 
esquerdo no destro, e vice-versa, mas não chega a ter valor localizatório muito preciso 
• Outros distúrbios: deve-se ter em mente ainda outros distúrbios, como, por exemplo, o retardo 
do desenvolvimento da fala na criança, que pode indicar alguma anormalidade 
neurológica. Cite-se, por fim, a disgrafia (perda da capacidade de escrever) e a dislexia (perda 
da capacidade de ler). 
 
FÁCIES 
- É o conjunto de dados exibidos na face do paciente. É a resultante dos traços anatômicos mais 
a expressão fisionômica. Não apenas os elementos estáticos, mas, e principalmente, 
a expressão do olhar, os movimentos das asas do nariz e a posição da boca. 
- Certas doenças imprimem na face traços característicos, e, algumas vezes, o diagnóstico nasce 
da simples observação do rosto do paciente. 
 
• Fácies normal ou atípica: comporta muitas variações, facilmente 
reconhecidas por todos, mas é preciso ensinar o olho a ver, conforme 
disse William Osler. Mesmo quando não há traços anatômicos ou 
expressão fisionômica para caracterizar um dos tipos de fácies descrito 
a seguir, é importante identificar, no rosto do paciente, sinais indicativos 
de tristeza, ansiedade, medo, indiferença, apreensão. 
 
 
• Fácies hipocrática: olhos fundos, parados e inexpressivos 
chamam logo a atenção do examinador. O nariz afila-se, e os 
lábios se tornam adelgaçados. "Batimentos das asas do nariz" 
também costumam ser observados. Quase sempre o rosto está 
coberto de suor. Palidez cutânea e uma discreta cianose labial 
completam a fácies hipocrática. Esse tipo de fácies indica doença 
grave e quase nunca falta nos estados agônicos das afecções que 
evoluem de modo mais ou menos lento. 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
• Fácies renal: o elemento característico desse tipo de fácies é o 
edema que predomina ao redor dos olhos. Completa o quadro a 
palidez cutânea. É observada nas doenças difusas dos rins, 
particularmente na síndrome nefrótica e na glomerulonefrite difusa 
aguda. 
 
 
• Fácies leonina: as alterações que a compõem são produzidas 
pelas lesões do mal de Hansen. A pele, além de espessa, é sede de 
grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes, 
em maior número na fronte. Os supercílios caem, o nariz se espessa 
e se alarga. Os lábios tornam-se mais grossos e proeminentes. As 
bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. 
A barba escasseia ou desaparece. Essas alterações em conjunto 
conferem ao rosto do paciente um aspecto de cara de leão, origem 
de sua denominação. 
 
 
• Fácies adenoidiana: os elementos fundamentais são o nariz pequeno 
e afilado e a boca sempre entreaberta. Aparece nos indivíduos 
portadores de hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a 
respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas 
nasais. 
 
 
 
• Fácies parkinsoniana: a cabeça inclina-se um pouco para frente e 
permanece imóvel nesta posição. O olhar fixo, os supercílios elevados e a 
fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto. A 
fisionomia é impassível e costuma-se dizer que esses pacientes se parecem 
com uma figura de máscara. A fácies parkinsoniana é observada na 
síndrome ou na doença de Parkinson. 
 
 
• Fáciesbasedowiana: seu traço mais característico reside nos olhos, 
que são salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira 
no rosto magro. A expressão fisionômica indica vivacidade. Contudo, às 
vezes, tem um aspecto de espanto e ansiedade. Outro elemento que 
salienta as características da fácies basedowiana é a presença de um 
bócio. Indica hipertireoidismo. 
 
 
• Fácies mixedematosa: constituída por um rosto arredondado, nariz e 
lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. As 
pálpebras tomam-se infiltradas e enrugadas. Os supercílios são escassos e 
os cabelos secos e sem brilho. Além dessas características morfológicas, 
destaca-se uma expressão fisionômica indicativa de desânimo e apatia. 
Esse tipo de fácies aparece no hipotireoidismo ou mixedema. 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
 
• Fácies acromegálica: caracterizada pela saliência das arcadas 
supraorbitárias, proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento 
do maxilar inferior, além do aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. 
Nesse conjunto de estruturas hipertrofiadas, os olhos parecem pequenos. 
 
 
 
• Fácies cushingoide ou de lua cheia: como a própria denominação revela, 
chama a atenção de imediato o arredondamento do rosto, com atenuação dos 
traços faciais Secundariamente, deve ser assinalado o aparecimento de acne. 
Esta face é encontrada nos caso de síndrome de Cushing por hiperfunção do 
córtex suprarrenal. Pode ocorrer também nos pacientes que fazem uso de 
corticoides. 
 
 
• Fácies mongoloide: está na fenda palpebral seu elemento 
característico: é uma prega cutânea (epicanto) que torna os olhos 
oblíquos, bem distantes um do outro, lembrando o tipo de olhos 
dos chineses. Acessoriamente, nota-se um rosto redondo, boca 
quase sempre entreaberta e uma expressão fisionômica de pouca 
inteligência ou mesmo de completa idiotia. É observada no 
mongolismo, modernamente chamado trissomia do par 21 ou 
síndrome de Down, que é tradução de um defeito genético. 
 
 
• Fácies de depressão: as características desse tipo de fácies estão na 
expressividade do rosto. Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um 
ponto distante. Muitas vezes o olhar permanece voltado para o chão. O sulco 
nasolabial se acentua, e o canto da boca se rebaixa. O conjunto fisionômico 
denota indiferença, tristeza e sofrimento moral. Esse tipo de fácies é observado 
nos transtornos do humor. 
 
 
 
• Fácies pseudobulbar: tem como principal característica súbitas crises de 
choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar 
contê-las, dando um aspecto espasmódico à fácies. Aparece geralmente na 
paralisia pseudobulbar (aterosclerose cerebral). 
 
 
 
 
• Fácies da paralisia facial periférica: é bastante comum. Chama a atenção 
a assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras, 
repuxamento da boca para o lado são e apagamento do sulco nasolabial. 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
 
• Fácies miastênica ou fácies de Hutchinson: caracterizada por ptose 
palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a 
cabeça. Ocorre na miastenia gravis e em outras miopatias que 
comprometem os músculos da pálpebra superior. 
 
 
 
• Fácies do deficiente mental: é muito característica, mas de difícil descrição. 
Os traços faciais são apagados e grosseiros; a boca constantemente 
entreaberta, às vezes com salivação. Hipertelorismo e estrabismo, quando 
presentes, acentuam essas características morfológicas. Todavia, o elemento 
fundamental desse tipo de fácies está na expressão fisionômica. O olhar é 
desprovido de objetivo, e os olhos se movimentam sem se fixarem em nada, 
traduzindo um constante alheamento ao meio ambiente. É comum que tais 
pacientes tenham sempre nos lábios um meio sorriso sem motivação e que se 
acentua em resposta a qualquer solicitação. Acompanha tudo isso uma voz 
grave percebida por um falar de meias-palavras, às vezes substituído por um 
simples ronronar. 
 
 
 
• Fácies etílica: chamam a atenção os olhos avermelhados e certa ruborização 
da face. O hálito etílico, a voz pastosa e um sorriso meio indefinido completam 
a fácies etílica. 
 
 
• Fácies esclerodérmica ou de múmia: denominada também fácies de múmia, 
justamente porque sua característica fundamental é a quase completa 
imobilidade facial. Isso se deve às alterações da pele, que se torna 
apergaminhada, endurecida e aderente aos planos profundos, com repuxamento 
dos lábios, afinamento do nariz e imobilização das pálpebras. A fisionomia é 
inexpressiva, parada, imutável. 
 
 
BIOTIPO OU TIPO MORFOLÓGICO 
- O biotipo, também denominado tipo morfológico, é o 
conjunto de características morfológicas apresentadas pelo 
indivíduo. Não confundir biotipo com altura. Conquanto haja 
certa correlação entre a altura e o tipo constitucional, são 
conceitos diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
Por ser prática e simples, adotamos a seguinte classificação: 
 
• Longilíneo: classicamente 
comparado a D. Quixote, apresenta 
como características os seguintes 
elementos: 
o Pescoço longo e delgado 
o Tórax afilado e chato 
o Membros alongados com franco 
predomínio sobre o tronco 
o Ângulo de Charpy menor que 90° 
o Musculatura delgada e panículo 
adiposo pouco desenvolvido 
o Tendência para estatura elevada 
 
• Mediolíneo: é o tipo intermediário 
e caracteriza-se pelos seguintes 
elementos: 
o Equilíbrio entre os membros e o 
tronco o Desenvolvimento 
harmônico da musculatura e do 
panículo adiposo o Ângulo de 
Charpy em torno de 90°. 
 
 
 
• Brevilíneo: frequentemente 
comparado a Sancho Pança, 
apresenta as seguintes 
características: 
o Pescoço curto e grosso 
o Tórax alargado e volumoso 
o Membros curtos em relação ao 
tronco 
o Ângulo de Charpy maior que 90° 
o Musculatura desenvolvida e 
panículo adiposo espesso 
o Tendência para baixa estatura. 
 
 
A determinação do biotipo encontra sua principal utilidade para a correta interpretação 
das variações anatômicas que acompanham cada tipo morfológico, pois há uma relação entre a 
forma exterior do corpo e a posição das vísceras. Assim, a forma do coração e a localização do 
ictus cordis serão diferentes nos três tipos. A forma do estômago, por sua vez. Está estreitamente 
relacionada com a morfologia externa do indivíduo. 
 
 
 
 
POSTURA OU ATITUDE NA POSIÇÃO DE PÉ 
- Deve-se observar a atitude ou posição do paciente não apenas no leito, mas também quando 
ele se põe de pé. Uma postura defeituosa pode ser consequência de mau costume ou de afecção 
da coluna vertebral. 
- Entre as queixas mais comuns na prática médica, estão a dorsalgia e a lombalgia, que, em 
muitos casos, advêm de má postura. 
- Do ponto de vista semiológico, podemos classificar a postura da seguinte maneira: 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
• Boa postura: 
-Cabeça ereta ou ligeiramente 
inclinada para diante. 
-Peito erguido, fazendo adiantar 
ao máximo essa parte do corpo. 
-Abdome inferior achatado ou 
levemente retraído. 
-Curvas posteriores nos limites 
normais 
• Postura sofrível: 
-Cabeça levemente inclinada 
para diante. 
-Peito achatado. 
-Abdome algo protruso, 
passando a ser a parte mais 
saliente do corpo. 
-Curvas posteriores exageradas. 
• Má postura: 
-Cabeça acentuadamente 
inclinada para diante. 
- Peito deprimido. 
-Abdome saliente e relaxado. 
-Curvas posteriores 
extremamente exageradas. 
 
- Posturas guardam certa relação com o biotipo da pessoa.- Ex: Os longilíneos frequentemente reúnem as características de uma má postura. Uma atitude 
muito típica pode ser vista nos parkinsonianos e é determinada pela rigidez muscular 
generalizada, em que o paciente permanece com o tronco ligeiramente fletido para frente, os 
membros superiores igualmente fletidos, enquanto as mãos e os dedos se movem 
continuamente, tomados de um tremor lento e de amplitude sempre igual. 
 
ATITUDE E DECÚBITO PREFERIDO NO LEITO 
- "Atitude" e "decúbito preferido': define-se atitude como a posição adotada pelo paciente no leito 
ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum 
padecimento. 
- Algumas posições são conscientemente procuradas pelopaciente (voluntárias), enquanto 
outras independem de sua vontade ou são resultantes de estímulos cerebrais (involuntárias). 
 
Atitudes voluntárias 
 
As atitudes voluntárias são as que o paciente adota por sua vontade e compreendem a 
ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a parkinsoniana e os diferentes decúbitos. 
- Ortopneica: o paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência 
cardíaca, asma brônquica e ascites volumosas. Ele permanece sentado à beira do leito com os 
pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para melhorar um pouco a 
respiração, que se faz com dificuldade. Nos pacientes em estado grave, costuma-se ver uma 
posição ortopneica diferente, quando, então, o paciente permanece deitado com os pés 
estendidos ao longo da cama, mas recosta-se com a ajuda de dois ou mais travesseiros, na 
tentativa de colocar o tórax o mais ereto possível. 
- Genupeitoral: na atitude genupeitoral (ou de "prece maometana"), o paciente posiciona-se de 
joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe-se em 
contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que também ficam apoiadas 
no solo ou colchão. Essa posição facilita o enchimento do coração nos casos de derrame 
pericárdico. 
- Posição de cócoras: a posição de cócoras (squatting) é observada em crianças com 
cardiopatia congênita cianótica. Os pacientes descobrem, instintivamente, que ela proporciona 
algum alívio da hipoxia generalizada, que acompanha essas cardiopatias, em decorrência da 
diminuição do retorno venoso para o coração. 
- Parkinsoniana: o paciente com doença de Parkinson, ao se pôr de pé, apresenta semiflexão 
da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu 
próprio eixo de gravidade. 
- Decúbito: a palavra decúbito significa "posição de quem está deitado': Decúbito preferido, 
portanto, indica como o paciente prefere ficar no leito, desde que o faça conscientemente, seja 
por hábito, seja para obter alívio de algum padecimento. 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
• Decúbito lateral (direito e esquerdo): é uma posição que costuma ser adotada 
quando há uma dor de origem pleurítica. Por meio dela, o paciente reduz a 
movimentação dos folhetos pleurais do lado sobre o qual repousa. Ele se deita 
sobre o lado da dor. 
• Decúbito dorsal: com pernas fletidas sobre as coxas e estas sobre a bacia, é 
observado nos processos inflamatórios pelviperitoneais 
• Decúbito ventral: é comum nos portadores de cólica intestina. O paciente deita-
se de bruços e, às vezes, coloca um travesseiro debaixo do ventre. 
• Decúbitos com variados graus de flexão da coluna são observados nas 
lombalgias (posição antálgica). 
 
Atitudes involuntárias 
 
As atitudes involuntárias independem da vontade do paciente e incluem a atitude 
passiva, o ortótono, o opistótono, o emprostótono, o pleurostótono e a posição em gatilho 
e torcicolo e mão pêndula da paralisia radial. 
Passiva: quando o paciente fica na posição em que é colocado no leito, sem que haja 
contratura muscular. É observada nos pacientes inconscientes ou comatosos. 
Ortótono: (orthos =reto; tonus =tensão) é a atitude em que todo o tronco e os membros 
estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. 
Opistótono: (opisthen = para trás; tonus = tensão) é a atitude decorrente de contratura 
da musculatura lombar, sendo observada nos casos de tétano e meningite. O corpo 
passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco. 
Emprostótono: (emprosthen =para diante; tonus =tensão) é observado no tétano, na 
meningite e na raiva, é o contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma 
concavidade voltada para diante. 
Pleurostótono:(pleurothen = de lado; tonus = tensão) é raro; observado no tétano, na 
meningite e na raiva. O corpo se curva lateralmente. 
Posição em gatilho: Encontrada na irritação meníngea, é mais comum em crianças e 
caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e 
encurvamento do tronco com concavidade para diante. 
Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: São atitudes involuntárias de 
determinados segmentos do corpo. 
 
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
- As medidas antropométricas incluem: Peso, Altura/Estatura, Envergadura, Índice de Massa 
Corpórea, Circunferência Cintura e do Abdome e Circunferência da Panturrilha. 
- Peso: Na prática, emprega-se a balança comum para a determinação do peso. Para os recém-
nascidos é necessária uma balança própria, e, para os pacientes impossibilitados de deambular, 
pode-se usar a cama-balança. 
Peso Atual (PA): Encontrado no momento da pesagem. 
Peso Usual ou Habitual: Utilizado como referência na avaliação das mudanças recentes de peso. 
Peso Ideal (PI): Calculado levando em consideração alguns parâmetros como idade, biótipo, 
sexo etc. Peso ideal: Altura² x IMC. 
Peso Ajustado: Peso estimado a partir do peso atual e do peso ideal. Utilizado para fazer 
prescrições de dietas. 
Obesos (IMC>30 kg/m²): (PA-PI) x 0,25 + PI 
Desnutridos (IMC<18 kg/m²): (PI-PA) x 0,25 + PA 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
Peso Estimado: Peso Obtido a partir de Formulas e Tabelas, quando não há possibilidade de 
obter o peso usual. 
Peso Seco: Peso descontado de edema e ascite. 
Peso Corrigido: Utilizado em pacientes amputados. 
Peso corrigido: Peso antes da amputação x 100/ 100% - % de amputação 
 
 
- Altura/Estatura: Na prática diária, a única medida rotineira é a planta-vértice, ou seja, a altura 
total do indivíduo, que vai da planta dos pés ao vértice da cabeça. 
Altura do Joelho e Estatura: É uma estimativa de estatura por meio de altura do joelho é a medida 
mais utilizada, pois não se altera com o aumento da idade. Preferencialemnte a medida deve ser 
realizada na parte interna da perna. 
Altura Recumbente (Paciente Acamado): Embora essa medida possa superestimar a altura real 
(aproximadamente 3cm no sexo masculino e 4 cm no sexo feminino), é uma opção para 
pacientes acamados em virtude de politraumatismo. 
 
 
- Envergadura: É a distância compreendida entre os extremos 
dos membros superiores, estando o indivíduo com os braços 
abertos, em abdução de 90°. Normalmente, a envergadura 
equivale à altura. 
• Distância pubovértice: corresponde à distância entre a sínfise 
pubiana e o ponto mais alto da cabeça. 
• Distância puboplantar: equivale à medida entre a sínfise 
pubiana e a planta dos pés. 
 
 
 
 
 
- Índice de Massa Corpórea: Utilizada como indicador do estado nutricional. 
IMC: Peso Atual (kg)/Altura²(m) 
 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
ACADÊMICA: ANA CLÁUDIA S. ROCHA 
TURMA XXXIII 
 
- Circunferência Cintura e do Abdome: A 
medida da circunferência da cintura (CC) e 
circunferência abdominal (CA) são usadas como 
equivalentes na prática. 
A medida é a abdominal logo acima da crista iliaca 
é um procedimento simples e útil na avaliação de 
risco de doença mesmo com peso corporal 
normal. O excesso de gordura abdominal está 
relacionado com alterações metabólicas 
(síndromemetabólica), incluindo dislipidemias, 
resistência à insulina, diabetes melito tipo 2, 
hipertensão arterial e doença arterial coronariana. 
 
 
- Circunferência da Panturrilha: É uma medida importante para acompanhar o estado 
nutricional, pois permite avaliar a depleção de massa muscular. 
 
 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO 
- A determinação exta do desenvolvimento físico requer um estudo antropométrico rigoroso. Ele 
pode ser classificado em: Desenvolvimento normal, Hiperdesenvolvimento, 
Hipodesenvolvimento, Infantilismo e Gigantismo. 
 
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
- O estado de nutrição deve ser sistematicamente avaliado de acordo com os seguintes 
parâmetros: 
• Peso 
• Musculatura 
• Panículo adiposo 
• Desenvolvimento físico 
• Estado geral 
• Pele, pelos e olhos. 
No estado de nutrição normal, os elementos antes referidos se encontram nos limites 
normais. 
Há excesso de peso quando o peso está acima do normal, o panículo adiposo ultrapassa 
os limites da normalidade e o desenvolvimento físico está acima dos valores máximos 
considerados em relação à etnia, ao sexo e à idade. 
Obesidade ou sobrepeso é a designação clínica para o excesso de peso decorrente 
do acúmulo de gordura. 
Hiponutrição ou desnutrição é uma condição na qual o peso está abaixo dos valores 
mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o panículo adiposo escasso. A pele torna-se 
seca e rugosa ao tato, adquirindo, nos casos avançados, aspecto de papel de lixa. 
A desnutrição proteica faz com que os cabelos e os pelos mudem de cor e se tornem 
finos, secos e quebradiços. Nas formas graves, podem-se arrancar facilmente, com pouca 
tração, tufos de pelos com suas raízes. Nos olhos podem-se observar sequidão da conjuntiva 
bulbar, perda do reflexo à luz. falta ou diminuição das lágrimas, além de fotofobia e dificuldade 
 
 
 
SEMIOLOGIA I [ 2019/2] – MEDICINA UNIRG 
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TURMA XXXIII 
de acomodação em ambiente pouco iluminado. As alterações oculares estão relacionadas com 
a avitaminose A (xeroftalmia). 
- Sobrepeso e Obesidade. 
- Magreza e Caquexia. 
 
ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
- O estado de hidratação do paciente é avaliado tendo-se em conta os seguintes parâmetros: 
• Alteração abrupta do peso 
• Alterações da pele quanto a umidade, elasticidade e turgor 
• Alterações das mucosas quanto à umidade 
• Fontanelas (no caso de crianças) 
• Alterações oculares 
• Estado geral. 
 
Desidratação é a diminuição de água e eletrólitos totais do organismo, caracterizando-se pelos 
seguintes elementos: 
• Sede 
• Diminuição abrupta do peso 
• Pele seca, com elasticidade e turgor 
diminuídos 
• Mucosas secas 
• Olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos 
• Fontanelas deprimidas no caso de crianças 
• Estado geral comprometido 
• Excitação psíquica ou abatimento 
• Oligúria
. 
A classificação de acordo com a intensidade baseia-se na perda de peso: 
• Leve ou de 1Q grau: perda de peso de até 5% 
• Moderada ou de 22 grau: perda de peso de 5 a 10% 
• Grave ou de 32 grau: perda de peso acima de 10%. 
 
Para se classificar a desidratação quanto à osmolaridade, toma-se como elemento-guia o nível 
sanguíneo de sódio. Assim: 
• Isotônica: quando o sódio está nos limites normais; 130-150 mEq/ f) 
• Hipotônica: quando o sódio está baixo(< 130 mEq/f) 
• Hipertônica: quando o sódio está acima dos limites normais > 150 mEq/ f). 
 
PELE, MUCOSAS E FÂNEROS 
- Na inspeção deve ser avaliado: coloração, continuidade na integridade, umidade, textura, 
espessura, temperatura, elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade, e lesões elementares. 
 
- Edema: É o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias 
células. Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo, mas, do ponto de vista semiológico, 
interessa-nos apenas o edema cutâneo, ou seja, a infiltração de líquido no espaço intersticial 
dos tecidos que constituem a pele e a tela celular subcutânea. 
No exame físico completa-se a análise, investigando-se os seguintes parâmetros: 
• Localização e distribuição: localizado ou generalizado. 
• Intensidade: caracteriza-se a intensidade do edema, referindo-se à profundidade da fóvea, 
graduada em cruzes (+, ++, +++, ++++) 
 
 
 
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• Consistência: Mole (facilmente depressível) ou duro (maior resistência para obter formação da 
fóvea). 
• Elasticidade: elástico ou inelástico. 
• Temperatura da pele circunjacente: temperatura normal, pele quente ou pele fria. 
• Sensibilidade da pele circunjacente: doloroso ou indolor. 
• Outras alterações da pele adjacente: observar textura, espessira da pele, se brilhante ou não, 
mudança de coloração e etc. 
 
- Enfisema subcutâneo: A existência de bolhas de ar debaixo da pele recebe a denominação 
de enfisema subcutâneo. A técnica para reconhecê-lo é apalpação, deslizando-se a mão sobre 
a região suspeita. A existência de bolhas de ar proporcionará ao examinador uma sensação de 
crepitação muito característica. O ar pode ser procedente do tórax, em decorrência de um 
pneumotórax, ou ter origem em processo local por ação de bactérias produtoras de gás; isso é 
o que ocorre nas gangrenas gasosas. 
 
VEIAS SUPERFICIAIS 
- O sistema venoso periférico é constituído de capilares venoso, vênulas e veias de pequeno, 
médio e grande cabibre. 
 
- Circulação colateral: Circulação colateral, do ponto de vista semiológico, significa a presença 
de circuito venoso anormal visível ao exame da pele. 
Em pessoas de cor branca e de pele clara e delgada (crianças, velhos, pacientes emagrecidos), 
pode-se ver com certa facilidade uma rede venosa desenhada no tronco ou nos membros. Isso 
não é circulação colateral; trata-se, simplesmente, do que se pode designar desenho venoso. 
A circulação colateral deve ser analisada sob os seguintes aspectos: 
• Localização 
• Direção do fluxo sanguíneo 
• Existência de frêmito e/ou sopro. 
 
MUSCULATURA 
- Para a investigação semiológica da musculatura, empregam-se a inspeção e a palpação. 
- Todos os grupos musculares devem ser examinados . 
- Existem doenças que comprometem a musculatura de modo generalizado, mas algumas 
acometem apenas grupos musculares ou músculos isolados. 
- Para a inspeção não se exige técnica especial; basta olhar atentamente a superfície corporal 
com o paciente em repouso, observando o relevo das massas musculares mais volumosas. 
- A palpação é feita com as polpas digitais colocadas em forma de pinça, com o polegar em 
oponência aos demais dedos da mão. De início, palpa-se o músculo ou o grupo muscular em 
estado de repouso e, em seguida, solicita-se ao paciente que faça uma leve contração do 
segmento que está em exame para se investigar o músculo em estado de contração. 
Assim procedendo, conseguem-se informações quanto à: 
• Troficidade: corresponde à massa do próprio músculo 
• Tonicidade: é o estado de semicontração própria do músculo normal. 
 
 
 
 
 
 
 
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Com base na sistematização semiológica, a musculatura classifica-se da seguinte maneira: 
 
• Quanto à troficidade 
-Musculatura normal 
-Musculatura hipertrófica: aumento da 
massa muscular 
-Musculatura hipotrófica: diminuição da 
massa muscular 
 
 
 
 
 
 
• Quanto à tonicidade: 
-Tônus normal 
-Hipertonicidade, espasticidade, 
musculatura espástica ou rigidez: nota-se 
um estado de contração ou semicontração 
do músculo, mesmo em repouso, 
evidenciado pelo relevo muscular e aumento 
da consistência à palpação 
-Hipotonicidade ou flacidez: significa que o 
tônus está diminuído ou ausente, com perda 
do contorno da massa muscular e 
diminuição da consistência. 
 
 
EXAME DOS LINFONODOS 
- O sistema linfático é constituído de vasos linfáticos, linfonodos, tonsilas, baço e timo. 
- Durante o exame físico os linfonodos deve ser avaliados. Boa parteé acessivel à palpação. 
 
TEMPERATURA CORPORAL 
- A temperatura do interior do corpo permanece quase constante, em uma variação de no 
máximo 0,6°C, mesmo quando exposto a extremos de frio ou de calor, graças ao aparelho 
termorregulador. A temperatura da parte externa do corpo, ao contrário, está sujeita às variações 
das condições ambientais. 
- Febre: Significa temperatura corporal acima da faixa da normalidade. Pode ser causada por 
transtornos no próprio cérebro ou por substâncias tóxicas que influenciam os centros 
termorreguladores. Características semiológicas da febre: 
• Início 
• Intensidade 
• Duração 
• Modo de evolução 
• Término. 
- Hipotermia: Consiste na diminuição da temperatura corporal abaixo de 35,5°C na região axilar 
ou de 36°C no reto. Pode ser induzida artificialmente quando se vai submeter o paciente a 
determinados tipos de cirurgia ou pode ser consequente a congelamento acidental, choque, 
síncope, doenças consuntivas, hemorragias graves e súbitas, coma diabético e nos estágios 
terminais de muitas doenças. 
 
MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS 
- Enquanto o paciente estiver na presença do médico, este estará atento para surpreender 
movimentos anormais ou involuntários. 
- Alguns movimentos involuntários são constantes, ao passo que outros ocorrem periodicamente 
ou em crises. Os principais são: 
• Tremores: São movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena ou 
média amplitude, que afetam principalmente as partes distais dos membros. 
 
 
 
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• Movimentos coreicos (coreia): Movimentos coreicos (coreia) são movimentos involuntários, 
amplos, desordenados, de ocorrência inesperada e arrítmicos, multiformes e sem finalidade. 
Localizam-se na face, nos membros superiores e inferiores. 
• Movimentos atetósicos (atetose): Movimentos atetósicos (atetose) são movimentos 
involuntários que ocorrem nas extremidades e apresentam características muito próprias: são 
lentos e estereotipados, lembrando um movimento reptiforme ou os movimentos dos tentáculos 
do polvo. Podem ser uni ou bilaterais. 
• Hemibalismo: São movimentos abruptos, violentos, de grande amplitude, rápidos e geralmente 
limitados a uma metade do corpo. São extremamente raros e decorrem de lesões 
extrapiramidais. 
• Mioclonias: São contrações musculares breves, rítmicas ou arrítmicas, localizadas ou difusas, 
que acometem um músculo ou um grupo muscular. Geralmente são relatadas como abalos, 
choques, sacudidas e trancos. Devem-se a descargas de neurônios subcorticais e podem 
ocorrer em diversas situações patológicas, dentre as quais se destaca a epilepsia tipo pequeno 
mal. 
• Mioquinias: São contrações fibrilares de tipo ondulatório que surgem em músculos íntegros, 
principalmente no orbicular das pálpebras, quadríceps e gêmeos. 
• Asterix (jlapping): Asterix (jlapping) são movimentos rápidos, de amplitude variável, que 
ocorrem nos segmentos distais e apresentam certa semelhança com o bater de asas das aves. 
• Tiques: São movimentos involuntários que aparecem em determinado grupo muscular, 
repetindo-se sucessivamente. São domináveis pela vontade, e podem ser funcionais ou 
orgânicos.Podem ser simples ou complexos. 
• Convulsões: As convulsões são movimentos musculares súbitos e incoordenados, 
involuntários e paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do 
corpo. Podem ser tônicas, Clônicas ou tônico-clônicas. 
• Tetania: É uma forma particular de movimentos involuntários e caracteriza-se por crises 
exclusivamente tônicas quase sempre localizadas nas mãos e pés, por isso denominadas 
«espasmos carpopodais". 
• Fasciculações: São contrações breves, arrítmicas e limitadas a um feixe 
muscular. Não devem ser confundidas com as mioquinias. 
• Discinesias orofaciais: São movimentos rítmicos, repetitivos e bizarros, que comprometem, 
principalmente, a face, a boca, a mandíbula e a língua, sendo expressos sob a forma de caretas, 
franzir dos lábios, da mand.fbula. Ocorrem em psicoses de longa evolução, uso prolongado de 
fenotiazinas e em pessoas idosas, em geral desdentadas. 
• Distonias: Os movimentos distônicos são parecidos com os atetoides, mas costumam envolver 
porções maiores do corpo, inclusive tronco, podendo resultar em posturas grotescas e 
contorcidas. 
 
MARCHA 
- A identificação do modo de andar do paciente pode ser de grande utilidade diagnóstica. 
Sobretudo nas afecções neurológicas. 
- É solicitado que o paciente caminhe em linha reta, certa distância, descalço, de preferência, de 
calção, com os olhos abertos e fechados, indo e voltando. 
- A todo e qualquer distúrbio da marcha, dá-se o nome de disbasia. A disbasia pode ser uni ou 
bilateral. 
- Tipos de marcha anormal: 
Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: Ao andar, o paciente mantém o membro 
superior fletido em 90°C no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O 
membro inferior isso, a perna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando 
o paciente troca o passo. Esse modo de caminhar lembra o movimento de uma foice em ação. 
 
 
 
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Aparece nos pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é acidente vascular 
cerebral (AVC). 
Marcha anserina ou do pato: O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai 
inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, lembrando o andar 
de um pato. É encontrada em doenças musculares e traduz diminuição da força dos músculos 
pélvicos e das coxas. 
Marcha parkinsoniana: O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento 
automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para a frente, e os passos são miúdos e 
rápidos, dando a impressão de que o paciente "corre atrás do seu centro de gravidade" e vai cair 
para a frente. Ocorre nos portadores da doença de Parkinson. 
Marcha cerebelar ou marcha do ébrio: Ao caminhar, o doente ziguezagueia como um bêbado. 
Esse tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do 
cerebelo. 
Marcha tabética: Para se locomover, o paciente mantém o olhar fixo no chão; os membros 
inferiores são levantados abrupta e explosivamente, e, ao serem recolocados no chão, os 
calcanhares tocam o solo de modo bem pesado. Com os olhos fechados, a marcha apresenta 
acentuada piora, ou se torna impossível. Indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão 
do cordão posterior da medula. Aparece na tabes dorsalis (neurolues), na mielose funicular 
(mielopatia por deficiência de vitamina B12, ácido fólico ou vitamina B6), mielopatia vacuolar 
(ligada ao vírus HIV), mielopatia por deficiência de cobre após cirurgias bariátricas, nas 
compressões posteriores da medula (mielopatia cervical). 
Marcha de pequenos passos: É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos 
e, ao caminhar, arrastar os pés como se estivesse dançando "marchinha'~ Aparece na paralisia 
pseudobulbar e na atrofia cortical da senilidade. 
Marcha vestibular: O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando 
anda; é como se fosse empurrado para o lado ao tentar mover-se em linha reta. Se o paciente 
for colocado em um ambiente amplo e lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os 
olhos fechados, ele descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí ser denominada 
também marcha em estrela. 
Marcha escarvante: Quando o doente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao 
tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta 
acentuadamente o membro inferior, o que lembra o "passo de ganso" dos soldados prussianos. 
Marcha claudicante: Ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. Ocorre na insuficiência 
arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. 
Marcha em tesoura ou espástica: Os dois membros inferiores enrijecidose espásticos 
permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra 
quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em 
funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas manifestações espásticas da 
paralisia cerebral.

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