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“Revisando o Serviço Social clássico” Em termos históricos, o Serviço Social surge na dinâmica da sociabilidade capitalista, na qual a divisão do trabalho se diversifica em reposta às necessidades da teia da produção e das relações aí constituídas. Expõe aspectos das bases históricas e teóricas da profissão, revelando conteúdos referentes ao Serviço Social clássico, hoje pouco analisado no interior da formação, limitando possivelmente a informação aos estudantes e profissionais sobre a produção do Serviço Social em seu contexto originário e talvez até mesmo a crítica a ele realizada. Toda profissão precisa conhecer os seus clássicos seja para segui-los, seja para negar os seus pressupostos ou revisa-los. Em termos históricos, o Serviço Social surge na dinâmica da sociabilidade capitalista, na qual a divisão do trabalho se diversifica em resposta às necessidades da teia da produção e das relações aí contidas. Mas é no particular modo de expressão do desenvolvimento capitalista nos EUA que se configurarão as condições adequadas para a sua constituição formalmente legitimada como conjunto de atividades peculiares a um grupo de pessoas preparadas para tal. Em sua institucionalização, alcança o status d profissão assalariada entre 1890 e 1940, desenvolvendo práticas especialmente no campo jurisdicional e da saúde; Começa então a elaborar a apreensão do social com vistas à sua legitimidade acadêmica. Trata-se do momento clássico do capitalismo monopolista, no qual as ideias liberais do capitalismo concorrencial começam a ceder lugar às de um Estado que intervém na economia para a resolução de crises econômico- sociais. Marcado por momentos difíceis de estagnação também é permeado por guerras e crises sociais. A peculiaridade desse pauperismo era a escassez, ela se manifesta num mundo onde havia abundância, onde o desenvolvimento das forças produtivas permitia uma produção maior que as necessidades dos homens. Entretanto, as determinações próprias à desigualdade de classes geravam de forma indissociável. As primeiras décadas do século passado caracterizavam-se por grandes lutas em favor de reformas sociais, um período conhecido como progressive Era. Especialmente em Nova Iorque, grupos militantes e de trabalhadores de esquerda formavam alianças focalizando, particularmente, os problemas criados pelo desemprego durante os momentos de depressão. A constituição do Serviço Social como profissão foi, sem dúvida, historicamente precedida pela atuação de grupos voluntários europeus que prestavam assistência social às camadas mais pobres da sociedade, sob a influência dos reformadores sociais, em parte vinculados às igrejas. A atividade do voluntariado, composto de pessoal ligado à medicina social, à economia, à física social (sociologia) Dentre esta produção profissional, considerou-se especialmente relevante aquela compreendida das últimas duas décadas, entre os anos de 1993 e 2013. É neste período que identifica- se a consolidação da hegemonia de um projeto profissional de novas bases, marcado pelo amadurecimento da vertente de intenção de ruptura com o conservadorismo. O fenômeno da expansão do Serviço Social se estende e o processo de institucionalização se desdobra até aproximadamente 1.940. Instaura-se a preocupação em termos de definir o caráter, a função, o objeto da ação e os métodos de procedimento profissional. Mary Ellen Richmond é reconhecida como a pioneira do Serviço Social. O contexto social entre 1900 e 1920, caracterizado por grande inquietação e movimentos sociais reformistas não formavam um bloco indivisível de ideias. Nos primeiros anos do movimento de reconceituação latino americano o Direito, na sua forma de leis, foi identificado com o Estado autocrático e, sem dúvida, interpretado como um instrumento de coerção. A idéia de justiça, por sua vez, permanecia como fundamento ético da profissão. Do ponto de vista da influência dos referenciais marxistas sobre a prática dos profissionais, temos que nesses primeiros anos do movimento de reconceituação, na efervescência da luta contra a ditadura, ainda era possível para alguns poucos segmentos da categoria desenvolver uma proposta de ação profissional não institucional, vinculada aos movimentos populares na sua maioria. Não obstante a maior parte da categoria atuasse institucionalmente, era possível vislumbrar algum tipo de prática profissional engajada nos movimentos. Já num segundo momento, quando a luta pela democratização substitui a ditadura, quando os movimentos populares, os sindicatos, os partidos políticos, etc., alcançam um status de legalidade, o exercício profissional “não institucionalizado” perde a sua razão de ser. Foi nessa direção que o movimento interno da profissão conseguiu caminhar qualitativamente, também aderindo ideologicamente à racionalidade capitalista, o que lhe garantiu a legitimação profissional. Mary Richmond foi a primeira a escrever sobre a diferença entre fazer assistência social, caridade e filantropia. Em seu livro Case Social Work, publicado em 1917, aponta as medidas de uma prática profissional competente, séria e rigorosa. Richmond secularizou a profissão e, ao mesmo tempo, ofereceu as bases técnicas e as formas de trabalhar nas quais os assistentes sociais se reconheceram. 1- Qual o papel do assistente social na instituição? Seja no campo empresarial ou em outras formas de exercício profissional o assistente social, formado pelo curso de Serviço Social, tem como objetivo amparar pessoas que de alguma forma não tem total acesso à cidadania, ajudando-os a resolver problemas ligados a educação, habitação, emprego, saúde. 2- Quais os maiores desafios da assistência social? . Falta de esclarecimento sobre a função . Não dar conta de tanto trabalho . Lidar com público em vulnerabilidade . Problemas na liberação de recursos . Dificuldade de acessar quem precisa
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