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Aula 02
Português p/ TJ-SP (Escrevente Técnico Judiciário) - Com videoaulas
Professor: Décio Terror
29779605894 - daniel kamio
Português TJSP 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 
 
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Aula 2: Pontuação (nível período composto por coordenação). 
Conjunção. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1 
2. Diferença entre coordenação e subordinação 16 
3. Estrutura básica do período composto por coordenação 18 
4. Comentário do autor 55 
5. O que devo tomar nota como mais importante? 59 
6. Lista das questões apresentadas 60 
7. Gabarito 85 
 
 Olá, pessoal! 
 A banca VUNESP não tem apresentado muitas questões, exclusivamente, 
de orações coordenadas e sua pontuação. Quando ela cobra, associa este tema 
a outro, o qual ainda será explorado em nossas aulas. Assim, vamos praticar 
este tema com várias bancas. 
 Nesta aula, trabalharemos o período composto por coordenação, 
abordando o princípio gramatical de frase, período e oração, o uso das 
conjunções e da pontuação. 
Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a 
diferença entre frase, período e oração. 
Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. 
Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem 
quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a 
próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula. 
Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação. 
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A 
frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa: 
As aulas terminaram mais cedo. 
O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um 
sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase 
exclamativa: 
Socorro! Ajude-me! 
 
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Teoria e exercícios comentados 
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O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta: 
Por que você não veio ontem? 
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção 
do leitor: 
O rombo da corrupção? O povo paga. 
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma 
bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção. 
Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo 
que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima. 
Questão 1: PMMG 2013 Assistente Administrativo (banca CRS PMMG) 
Nas afirmativas abaixo, marque “V” se for verdadeira ou “F” se for falsa. Em 
seguida, marque a alternativa que contém a sequência de respostas 
CORRETA: 
( ) O silêncio dos inocentes. (frase nominal), 
( ) O homem é produto do meio. (oração / período simples) 
( ) O silêncio vale ouro. (frase nominal) 
( ) Pedro chegou motorizado e saiu a pé. (oração / período composto) 
A. ( ) F, V, V, V. 
B. ( ) V, F, V, V. 
C. ( ) V, V, V, F. 
D. ( ) V, V, F, V. 
Comentário: Frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo. 
Assim, “O silêncio dos inocentes.” é uma frase nominal e devemos considerar 
a afirmação como verdadeira (V). 
 Oração é um segmento com verbo. Como tem sentido completo, é 
também um período. Quando o período é constituído de apenas uma oração é 
chamado de período simples. Assim, “O homem é produto do meio.” é uma 
oração absoluta, ou seja, um período simples. Assim, devemos considerar a 
afirmação como verdadeira (V). 
 Como frase nominal é o segmento com sentido completo sem verbo e o 
enunciado “O silêncio vale ouro.” possui o verbo “vale”, é uma frase verbal, 
uma oração, um período simples. Assim, devemos considerar a afirmação 
como falsa (F). 
 Como a oração é um segmento com verbo e o segmento “Pedro chegou 
motorizado e saiu a pé.” apresenta dois verbos, há orações, portanto, um 
período composto. Assim, devemos considerar a afirmação como verdadeira 
(V). 
 Assim, a sequência correta é V, V, F, V 
Gabarito: D 
 
 
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Questão 2: Prefeitura Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan) 
No trecho “Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio.” o ponto final 
( . ) foi utilizado para: 
A) Mostrar que a oração está em sentido diverso do usual. 
B) Indicar que parte de uma citação foi omitida. 
C) Indicar maior pausa. 
D) Encerrar uma oração exclamativa. 
E) Marcar termos deslocados. 
Comentário: O ponto final é uma pausa maior que a vírgula, o travessão e o 
ponto e vírgula, além de servir como fechamento de frase declarativa. Assim, 
a alternativa correta é a (C). 
 A alternativa (A) está errada, porque a pontuação que mostra que a 
oração está em sentido diverso do usual é a exclamação ou até mesmo as 
reticências. 
 A alternativa (B) está errada, porque a pontuação que indica que parte 
de uma citação foi omitida são as reticências. 
 A alternativa (D) está errada, porque a pontuação que encerra uma 
oração exclamativa é o ponto de exclamação. 
 A alternativa (E) está errada, porque a pontuação que marca termos 
deslocados é a vírgula. 
Gabarito: C 
 
Questão 3: Prefeitura Riachuelo 2010 Aux. Adm (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: O povo da cidade, que é o propriamente civilizado – 
porque civilização significa, essencialmente, viver na cidade –, é feito de gente 
sem cara, descaracterizada. Gente que perdeu a noção de suas origens, 
esqueceu suas tradições, e que se deixa levar por qualquer novidade; seja um 
sacerdote milagreiro, seja um programa de televisão. Sua qualidade principal 
é a sua inconstância. Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas. 
No trecho “Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas.” o ponto 
final ( . ) foi utilizado para: 
A) Denotar espanto ou dor. 
B) Indicar maior pausa. 
C) Separar o aposto intercalado. 
D) Dar início a uma sequência que discrimina uma ideia anterior. 
E) Isolar indicações. 
Comentário: O ponto final é utilizado para finalizar uma frase declarativa. 
Assim, quando se quer objetivamente terminar um enunciado, escolhe-se este 
sinal de pontuação. 
 Agora, vamos às alternativas!!!! 
 A alternativa (A) está errada, pois, quando queremos denotar espanto 
ou dor, usamos o ponto de exclamação. (Ex: Não suporto mais!) 
 A alternativa (C) está errada, pois, quando queremos separar termo 
intercalado, fazemos por meio de vírgulas. (Ex: Júlio, responsável pelo setor, 
anunciou nova proposta.) 
 A alternativa (D) está errada, pois, quando queremos dar início a uma 
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sequência que discrimina uma ideia anterior, usamos os dois-pontos. (Ex: 
Estes são os responsáveis pela proposta: Júlio, Marcos e Roberto.) 
 A alternativa (E) está errada, pois, quando queremos isolar indicações, 
usamos vírgula. (Ex: O serviço público baseia-se na impessoalidade, conforme 
interpretação do artigo 37 da CF/88) 
Gabarito: B 
 
Questão 4: CODESP 2012 Artesão (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Pensaram mal do que viram e o mataram a flechadas. 
Ele morreu cheio de flechas pelo corpo. 
Em “Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.”, o ponto final ( . ) foi utilizado 
para 
A) marcar surpresa ou espanto. D) inserir uma explicação. 
B) marcar uma maior pausa. E) acrescentar uma reflexão. 
C) realizar um questionamento. 
Comentário: Vimos, pelas questões anteriores, o ponto final como pausa 
maior. Assim também ocorreu nesta. 
Gabarito: B 
 
 
Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente 
cobradosnas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. 
Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas. 
Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de 
alguém, o recorte de um outro texto. Veja: 
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” 
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que 
transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza 
palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”. 
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ 
seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador. 
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” 
do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte 
quando necessário. 
Veja: 
Discurso direto: 
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” 
Discurso indireto: 
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos. 
 Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o 
uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem 
citações. 
 
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Aspas 
As aspas são empregadas: 
a. Em citações textuais diretas: 
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.” 
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?” 
Alguém comentou: “Não acredito!” 
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser 
usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em 
particular: 
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou 
destaque) 
O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras 
usadas pelo Ministro) 
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica 
numa palavra, sobressaindo uma ideia) 
b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra: 
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da 
carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra... 
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso 
de pronunciamento oral, indicarão a ironia ou impropriedade. 
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras 
estrangeiras ainda não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o 
seu uso no texto: 
Essa manobra tem ar de “maracutaia”. 
O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria 
dos presentes, que era de leigos. 
Favor dar um “feedback” confirmando sua presença. 
d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, 
exemplificações e assemelhados: 
Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de 
reitores. 
O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um 
conjunto é o “máximo divisor comum”. 
Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, 
“contra”. 
Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”... 
Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma 
real”. 
 
 
 
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Questão 5: DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio) 
 A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a 
bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São 
cem, cento e vinte senhoras, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no 
velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de 
alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como 
você está bonita, como você está conservada.” 
 Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens 
de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o 
avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a 
aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo 
os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo 
para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de 
esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da 
aviação, todas se lançarão de paraquedas. 
 Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria 
possível sem um mínimo de titilantes incertezas. 
SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 
1995, p. 211. Adaptado. 
O emprego das aspas em alguns trechos do texto desempenha principalmente 
a função de 
(A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador. 
(B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor. 
(C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor. 
(D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa. 
(E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases. 
Comentário: Note que as aspas sinalizam as falas das aeromoças, como 
“Como você está bonita, como você está conservada.”; “Posso lhe oferecer um 
lanche, senhora?”; “Algo para beber, senhora?” e até a voz das aeromoças 
cantando o hino: “Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam 
lembranças, por nós embaladas”. 
 Assim, está correta a alternativa (A), pois realmente as aspas indicam 
discurso de pessoa diferente do narrador. 
Gabarito: A 
 
Questão 6: Termobahia 2012 Técnico de Administração (banca Cesgranrio) 
Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU 
 O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo 
tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de 
População das Nações Unidas, Michael Herrmann. 
 “O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande 
e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável 
dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão 
sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não. 
O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós estaremos 
enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de 
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desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no 
planeta, onde estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou. 
No Texto, as aspas são usadas para 
(A) indicar desvio de significado original 
(B) citar falas de especialista em uma área 
(C) assinalar exposição de crítica irônica 
(D) destacar dados de estudos científicos 
(E) inserir trechos de publicação especializada 
Comentário: Os termos entre aspas são seguidos de expressões, como 
segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas, 
Michael Herrmann e afirmou, as quais confirmam a fala de um especialista. 
Assim, a alternativa (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 7: ALEMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV) 
Fragmento do texto: No início do mês, um assaltante matou um jovem em 
São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o 
celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, 
o criminoso foi localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que 
não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso. 
Menor de idade, foi “apreendido” e levado a um centro de recolhimento. O 
máximo de punição a que está sujeito é submeterǦse, por três anos, à 
aplicação de medidas “socioeducativas”. 
No primeiro parágrafo do texto aparecem entre aspas os vocábulos 
“apreendido” e “socioeducativas”. O motivo da utilização desses sinais gráficosé indicar que esses vocábulos 
(A) foram empregados em sentido figurado. 
(B) registram vocábulos empregados em relação a jovens infratores. 
(C) marcam a intenção textual de destacar termos importantes. 
(D) indicam a presença de um novo sentido aplicado a tais vocábulos. 
(E) criticam a linguagem empregada em caso de crimes contra jovens. 
Comentário: Note que o autor do texto demonstra, por suas palavras e pela 
forma como narrou o fato, crítica à situação de um menor não ficar preso, 
mesmo tendo matado alguém de forma banal, pois a vítima já havia passado 
ao menor criminoso o celular. 
 Essa crítica se mostra também pelas aspas nas palavras “apreendido” e 
“socioeducativas”. Por que a palavra “apreendido” e não “preso”? Por que o 
menor não vai ficar na prisão, lugar que parece ser o ideal na visão do autor? 
Por que medida “socioeducativa”? Na visão do autor, possivelmente essas 
medidas são perigosas e não educam o jovem infrator. 
 Assim, as aspas não foram usadas em sentido figurado, por isso 
eliminamos a alternativa (A); não foram usadas para marcar simplesmente 
termos importantes, como termos técnicos, por isso eliminamos a alternativa 
(C); não foram usadas para aplicar novo sentido, por isso eliminamos a 
alternativa (D); e não foram usadas especificamente para criticar crimes 
contra jovens, mas crimes realizados pelos menores. 
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 Assim, resta a alternativa (B) como correta, pois as aspas foram usadas 
para registrar vocábulos empregados em relação a jovens infratores, 
criticados pelo autor do texto. 
Gabarito: B 
 
Questão 8: DPE RJ 2014 Técnico (banca FGV) 
Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa 
cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem 
“onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da 
violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante 
depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o 
assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de 
comunicação. 
No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece 
entre aspas porque 
(A) mostra uma frase sem respeito pela norma culta. 
(B) indica o tópico central do parágrafo. 
(C) destaca uma ironia da autora do texto. 
(D) copia uma expressão popular. 
(E) enfatiza uma ideia importante do texto. 
Comentário: As aspas pode indicar expressões não dicionarizadas, típicas de 
linguagem popular, como ocorre com a expressão “onde o sapato aperta”. 
Assim, observamos que a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
 
Questão 9: CODEG 2013 Auxiliar-Administrativo (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: E isso pode criar uma situação inusitada – por instituir 
uma pena branda demais, a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi-
lo. “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que 
uma cesta básica”, diz Opice Blum. Aos criminosos, cometer o delito, ser pego 
e ter de pagar pelo crime de invasão, pode compensar. 
O uso da vírgula em “‘Tem muito computador por aí com informação que vale 
muito mais do que uma cesta básica’, diz Opice Blum.” justifica-se por 
A) separar um vocativo. 
B) separar um adjunto adverbial anteposto. 
C) acrescentar oração justaposta para registro de ato de fala. 
D) antecipar um termo que será retomado por um pronome. 
E) separar um adjunto adverbial na sua ordem natural para realçá-lo. 
Comentário: A expressão entre aspas “Tem muito computador por aí com 
informação que vale muito mais do que uma cesta básica” é o recorte da fala 
de Opice Blum, conforme se observa com a vírgula, seguida da oração “diz 
Opice Blum”. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
 
 
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Questão 10: PM TO 2013 Nível médio (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Não é difícil para um hacker, com o conhecimento 
técnico certo, invadir um computador pessoal e colher dali fotos e informações 
que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá-
la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário: 
o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail. 
“O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente 
favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou 
mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao 
site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho. 
O uso das aspas no texto indica 
(A) citação textual. 
(B) expressão em evidência. 
(C) interrupção do pensamento. 
(D) movimento ou continuação de um fato. 
Comentário: Citação é o recorte da fala de alguém ou das expressões de leis, 
de livros etc. A expressão entre aspas “O criminoso encontra uma forma de 
entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você 
clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso 
ao e-mail, por exemplo” é o recorte da fala de Wanderson Castilho, conforme 
se observa com a expressão “explica, ao site de VEJA, o especialista em 
crimes virtuais, Wanderson Castilho”. Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 11: Prefeitura Jahu-SP 2012 Caixa (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Os meninos são mais propensos a morrer em seu 
primeiro ano de vida e mais sujeitos a se envolver em acidentes fatais ou com 
esportes que oferecem riscos de vida. Por isso, as mulheres ainda poderão 
prosseguir na dianteira, em se tratando de expectativa de vida, nos próximos 
anos. 
 De acordo com David Leon, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de 
Londres, “em virtualmente todos os países do mundo, as mulheres ainda têm 
uma ligeira vantagem”. 
 Mas ele afirmou que as disparidades estavam diminuindo em alguns 
países. Os países que contam com baixas expectativas de vida, como a África 
subsaariana, têm pouca diferença entre os sexos. “Isso se deve ao fato de que 
tais nações, segundo David Leon, enfrentam doenças infecciosas que ‘não 
escolhem entre homens e mulheres’”. 
 Em países que conseguiram superar as taxas das principais doenças 
infecciosas, como os do Leste Europeu, a diferença é maior, ainda dominada 
por fatores ligados aos contrastantes estilos de vida de homens e mulheres, 
comenta o pesquisador. 
 Durante um período, na década de 90 as expectativas de vida na Rússia 
chegaram a alcançar um nível de 13 anos de diferença entre homens e 
mulheres. 
 Em uma terceira categoria de países, entre as quais se inclui a Grã-
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Bretanha, a expectativa de vida começa a diminuir. “Os homens estão 
começando a se portar melhor e as mulheres estão adotando expectativas de 
vida dos homens”, afirma Leon. 
A frequente utilização das aspas no texto ocorreu porque o autor pretendeu 
A) marcar citação bibliográfica. 
B) indicar citação ou transcrição textual. 
C) realçar ironicamente algumas expressões. 
D) isolar expressões estranhas à língua culta. 
E) mostrar palavras usadas fora de seu sentido habitual. 
Comentário: Note que várias vezes, neste trecho do texto, o autor usa as 
palavras de David Leon para reforçar seus argumentos. Para isso, usa o 
discurso direto, e a citação da fala de Leon é sinalizada pelas aspas. Assim, a 
alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em 
diversas situações, as quais serão vistas adiante. 
Elas são utilizadas em final de frasenormalmente para indicar que a 
declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando 
recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta 
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto. 
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres 
e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e... 
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe 
ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais 
nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema. 
Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também 
pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a 
qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que 
a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação 
necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte. 
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre 
o uso deste sinal de pontuação: 
Reticências 
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso 
sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar 
a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas: 
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está 
incompleta: 
Se o projeto será aprovado? Bem... 
b. Para indicar hesitação: 
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo. 
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c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, 
quando o orador é interrompido): 
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração) 
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe) 
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da 
 declaração, após a interrupção. Em 
 seguida, foi concedida a palavra a outrem) 
d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, 
recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes: 
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o 
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de 
seus habitantes.” (CF, art. 182) 
 
Questão 12: CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. 
Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi 
pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez 
uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus 
dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em 
suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda 
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-
a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz... 
 Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, 
seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam 
a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de 
produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos 
educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser 
sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são 
dores na alma. 
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para 
A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta. 
B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato. 
C) acrescentar uma reflexão. 
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto 
nos mostra que não houve expressão de indignação, explicação ou 
interrogativa. 
 Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas 
perceba que é o parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não 
o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a correta, pois a esposa 
recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências, 
houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de 
serem expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor. 
Gabarito: E 
 
 
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Questão 13: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Administrativo (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu 
quisesse saber das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu 
tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do Kennedy, 
em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém 
que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular 
ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de 
escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar 
com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas. 
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” 
No trecho anterior, as reticências (...) foram utilizadas para: 
A) Separar palavras da mesma classe gramatical. 
B) Indicar continuação do pensamento. 
C) Abreviar. 
D) Suprimir, intencionalmente o verbo. 
E) Destacar termos explicativos enfáticos. 
Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma 
interpretação a mais do leitor: fazê-lo comparar, aprofundar no tema, naquilo 
que foi dito. Esse recurso é muito utilizado em crônicas, pois o autor quer 
chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto. 
 Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a 
alternativa correta é a (B). 
 De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo 
valor, usamos a enumeração por meio de vírgulas. 
 De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para 
abreviar. Isto depende muito do contexto, e não cabe esta interpretação neste 
trecho do texto. 
 De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é 
chamada de elipse verbal. Neste caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo 
Matemática; você, Português. 
 A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido 
para evitar repetição de palavra. 
 De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos 
enfáticos, podemos separar por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja: 
No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática 
brasileira). 
Gabarito: B 
 
Questão 14: IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) 
Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não 
esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve 
ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que 
era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à 
esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco 
com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a 
angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. 
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Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo 
que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido 
outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de 
notas. 
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes 
pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o 
hieróglifono tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final 
desse período indica que: 
A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. 
B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da 
escrita. 
C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de 
alusões. 
D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de 
expectativa que favorece o riso. 
E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer 
todos os detalhes informativos ao leitor. 
Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, 
fatalmente a enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu 
motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao 
leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor. 
Dessa forma, a alternativa correta é a (B). 
 A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de 
citar todas. Isso não ocorreu por esquecimento. 
 A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em 
que o autor insere uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um 
feito, uma virtude, uma moral. Exemplo: 
Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates. 
 Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, 
como uma crítica à presunção de inteligência de alguém. 
 Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” 
deste texto. 
 A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, 
na linguagem, com a adversidade, oposição, contraste, por meio de 
conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”. 
 A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os 
detalhes, a abreviatura “etc” não poderia ter sido usada, pois todos os 
elementos da enumeração deveriam ter sido elencados. 
Gabarito: B 
Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período. 
Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. 
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Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois 
terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período 
obrigatoriamente terá. 
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. 
Veja: 
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. 
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. 
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo. 
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de 
frase nominal. 
Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve 
ser a mesma da frase: . ! ? : ... 
Questão 15: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ) 
Classifica-se como frase nominal: 
A) “E por quê, amorzinho?” B) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.” 
C) “Detesto!” D) “– Não me diga!” 
E) “Tá todo cheio de buracos!” 
Comentário: A frase nominal é o enunciado de sentido completo sem verbo. A 
frase verbal é o enunciado de sentido completo com verbo. Assim, a 
alternativa (A) é a correta, pois é o único enunciado sem verbo. 
Gabarito: A 
Agora veremos a oração. 
A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo. 
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas. 
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há 
período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, 
porque cada oração terá um verbo diferente. 
Assim, vejamos: 
1. “Socorro!” (apenas frase) 
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração) 
3. “Olá!” (apenas frase) 
4. “Você está bem?” (frase, período e oração) 
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e 
orações) 
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este 
enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, 
“Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração 
absoluta. 
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Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período 
composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de 
vendas.”. 
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que 
período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma 
pontuação final de uma frase: . ! ? : ... 
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores 
de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por 
isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser 
sucedida por: , ; ņ e às vezes não receberá nenhuma pontuação. 
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por 
coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se 
inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando 
um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. 
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque 
sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante 
da conjunção e da pontuação. 
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar 
calmo durante a prova, passará no concurso. 
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com 
isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há 
várias orações em um período composto. 
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que 
alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se 
mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a 
prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de 
estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas 
possuem o mesmo valor: condição. 
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. 
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. 
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas 
em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no 
concurso”. 
 
 
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Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam 
sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do 
resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra 
para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido? 
 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar 
calmo durante a prova ...pass 
ará no concurso do TSE. 
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que 
as outras (subordinadas) tenham sentido. 
 
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas 
entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações 
estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). 
 
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração 
coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de 
oração inicial). 
Questão 16: Pref Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan) 
Fragmento do texto: As diversas formas de manipulação da linguagem 
parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade 
objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação.Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
O período é constituído de: quatro orações, uma principal e três subordinadas. 
Comentário: Cada oração é constituída de um verbo. Assim, primeiro 
devemos apontá-los: 
 Há apenas três orações, baseadas na locução verbal “parecem indicar” e 
nos verbos “existem” e “reconstruída”. 
 As diversas formas de manipulação da linguagem parecem indicar que 
existem duas realidades bastante diferentes: a realidade objetiva e a 
realidade reconstruída pelo discurso da comunicação. 
 Veremos na aula de orações adjetivas que a palavra “reconstruída” 
pode ser entendida como um verbo iniciando uma oração reduzida de 
particípio. Mas isso é assunto para outra aula, ok!!! 
 Por enquanto, não temos que achar as orações subordinadas. Devemos 
apenas entender que há três (e não quatro) orações. 
Gabarito: E 
 
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A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. 
Veja: 
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” 
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os 
substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A 
enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração 
(mais de um núcleo). 
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, 
coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres), 
adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos 
demonstrar uma sequência de ações). 
Veja: 
Enumeração de substantivos: 
Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. 
 
Enumeração de adjetivos: 
Achei a pintura clara, intrigante, linda! 
 
Sequência de ações: 
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e 
voltou para casa. 
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar 
a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, 
respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é? 
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente 
os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que 
o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor 
faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula 
em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não 
inserir a conjunção “e”. 
Questão 17: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan) 
Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o 
motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía 
conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”. 
A) Separar uma enumeração. 
B) Separar expressões retificativas. 
C) Separar uma aposição explicativa. 
D) Separar termos que serão retomados por pronome. 
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados 
“conversação entre iguais”, “a polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”. 
Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta. 
Gabarito: A 
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 Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico 
de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções 
COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o 
esquema a seguir: 
Esquema do período composto por coordenação 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
______________________, mas _________________. (adversativa) 
______________________ ou ___________________. (alternativa) 
______________________, portanto ______________. (conclusiva) 
______________________, pois _________________. (explicativa) 
 oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética 
 
 
 Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações 
coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, 
“mas”, “ou”, “portanto”, “pois”. 
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e 
síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela 
é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor 
semântico, conforme apontado nesse esquema. 
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste 
caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante 
reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. 
Exemplo: 
 Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética) 
 Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética) 
 Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e 
a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido. 
Vejamos os principais valores: 
1) Aditivas: 
______________________ e ____________________. (aditiva) 
 oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética 
 
 
Período composto por coordenação 
Período composto por coordenação 
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 As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear 
enumeração dentro de uma lógica. As principais são: 
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, 
senão também, tanto...como, tanto...quanto. 
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. 
 
 Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso 
no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for 
substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima, 
naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. 
Ele não caminha nem corre. 
Josefina não trabalha, tampouco estuda. 
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos. 
 A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: 
a) quando o sujeito for diferente: 
Ana estudou, e Jucélia trabalhou. 
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é 
facultativa. 
b) quando o sentido for de contraste, oposição: 
Estudei muito, e não entendi nada. 
 Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste 
caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode 
ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas 
podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula. 
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter 
valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: 
Enumeração subjetiva: 
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. 
A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se 
calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante. 
 A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. 
Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção 
para se aumentar a força nos argumentos. 
Agora, vejamos a enumeração objetiva: 
Enumeração objetiva: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se 
calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante. 
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Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor 
simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem 
transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração 
subjetiva.Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas 
são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da 
enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se 
calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante. 
 A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a 
entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. 
Mas as duas construções estão corretas. 
 Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou 
vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses 
elementos por ponto e vírgula. Veja: 
Uso do ponto e vírgula: 
 
____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. 
 
 Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição 
leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; 
realizaram a prova; e saíram confiantes. 
 
Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por 
ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do 
ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na 
enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une 
os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é 
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o 
penúltimo (5) como apenas um. 
 Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna: 
 
 
____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________. 
 
 
 
____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________. 
 
 
 
1 2 3 4 5 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
6 
1 2 3 4 5 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
6 
1 2 3 4 5 
1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
6 
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____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________. 
 
 
 
 
____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. 
 
 Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da 
vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões 
internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor. 
Exemplo: 
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do 
processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por 
funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se 
adaptam ao novo. 
Questão 18: AGU 2014 Agente Administrativo (banca IDECAN) 
Ainda acerca da manchete "Luta domina Rio e estudantes vão continuar", é 
correto afirmar que sua estrutura é composta por 
a) três orações, sendo uma principal e duas subordinadas. 
b) duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime adição. 
c) uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa 
acréscimo. 
d) uma oração principal e uma subordinada, cujo conetivo expressa 
conclusão. 
e) duas orações coordenadas em que o conetivo expresso exprime uma 
explicação. 
Comentário: No período acima, há o verbo “domina” e a locução verbal “vão 
continuar”. Assim, há duas orações. 
 Como a conjunção que as une é “e”, sabemos que há um período 
composto por coordenação, em que a oração “Luta domina Rio” é a inicial e 
“estudantes vão continuar” é coordenada sindética aditiva. 
 Assim, sabemos que a alternativa correta é a (B). 
Gabarito: B 
 
Questão 19: UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN) 
Fragmento do texto: Hoje pela manhã ela começou a me dizer qualquer 
coisa – “seu Rubem, o cajueirinho...”– mas o telefone tocou, fui atender, e a 
frase não se completou. Agora mesmo ela voltou da feira; trouxe um pequeno 
vaso com terra e transplantou para ele a mudinha. 
Em “... mas o telefone tocou, fui atender, e a frase não se completou.” 
A partícula “e”, sublinhada nessa estrutura, estabelece entre as orações uma 
ideia de 
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1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 
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a) oposição. 
b) conclusão. 
c) acréscimo. 
d) proporção. 
Comentário: A conjunção “e” nunca poderá ter valor de proporção. Assim, já 
eliminamos a alternativa (D). O contexto também não permite o valor de 
conclusão. 
 Vimos que a conjunção “e” possui valor de adição (acréscimo), além de 
valor adversativo, o qual transmite contraste. 
 Assim, nesse contexto, sabemos que houve uma quebra de expectativa, 
pois uma pessoa foi atender o telefone e de repente houve falha na 
comunicação: a frase não se completou. 
 Dessa forma, entendemos que a conjunção “e”, além de transmitir a 
noção de acréscimo de informação, traduz também um valor adversativo, de 
contraste. 
 Mas a banca quis que você não confundisse contraste com oposição. 
Note que o fato de ir atender não é exatamente antagônico, oposto, em 
relação ao fato de a frase não se completar. O oposto de atender é não 
atender, concorda? O personagem foi atender, mas a frase não se completou. 
 Se a alternativa apresentasse a palavra “contraste”, esta seria a 
resposta correta. 
 Como ficamos entre oposição e acréscimo, esta última está de acordo 
com o contexto, pois a conjunção “e”, além de transmitir acréscimo, traduz 
valor de contraste. Assim, a alternativa correta é a (C). 
Gabarito: C 
 
 
Questão 20: Banco do Brasil 2015 Escriturário (banca Cesgranrio) 
Na última frase do texto, é transcrita a opinião de um empresário, para quem 
“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus 
fornecedores”. 
Considerando-se o conteúdo dessa opinião, que outra estrutura frasal poderia 
representá-la? 
(A) Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus 
fornecedores. 
(B) Conhecer bem o CDC é vital em especial para os lojistas assim como para 
seus fornecedores. 
(C) Conhecer bem o CDC é vital nem tanto para os lojistas como para seus 
fornecedores. 
(D) Conhecer bem o CDC é vital inclusive para os lojistas sem falar em seus 
fornecedores. 
(E) Conhecer bem o CDC é vital não tanto para os lojistas bem como para 
seus fornecedores. 
Comentário: A estrutura original possui a expressão correlativa de adição 
“não só...mas também”. 
 A reescrita deve possuir expressão que mantenha o sentido de adição. 
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 A alternativa (A) é a correta, pois houve simplesmente a substituição da 
expressão correlativa “não só...mas também” pela expressão de igual valor 
“tanto...quanto”. Compare: 
“conhecer bem o CDC é vital não só para os lojistas, mas também para seus 
fornecedores”. 
Conhecer bem o CDC é vital tanto para os lojistas quanto para seus 
fornecedores. 
 A alternativa (B) está errada, pois houve acréscimo da expressão “em 
especial” e da expressão comparativa “assim como”, as quais de certa forma 
fazem mudar o sentido. 
 As alternativas (C) e (E) estão erradas, porque as expressões “nem 
tanto” e “não tanto” negam a necessidade de conhecer bem o CDC, o que faz 
mudar o sentido. 
 A alternativa (D) está errada, pois o vocábulo “inclusive” faz mudar o 
sentido, pois dá a noção de que não era de se esperar que os lojistas 
conhecessem bem o CDC. Note que podemos substituir tal palavra por “até 
mesmo”, o que reforça a mudança de sentido. 
Gabarito: A 
 
Questão 21: FINEP 2011 Apoio Administrativo (banca Cesgranrio) 
A vírgula pode ser retirada sem prejuízo parao significado e mantendo a 
norma-padrão na seguinte sentença: 
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente. 
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho. 
(C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe. 
(D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião. 
(E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso. 
Comentário: Na alternativa (A), a vírgula é obrigatória, por separar o 
vocativo “Mário”. 
 A alternativa (B) é a correta, pois o adjunto adverbial de tempo 
antecipado “Amanhã” é de pequena extensão, por isso é de uso facultativo. 
Assim, podemos excluir a vírgula e não há mudança de sentido. 
 Na alternativa (C), a vírgula é obrigatória, por separar o aposto 
explicativo “meu antigo chefe”. 
 Na alternativa (D), a vírgula é obrigatória, por separar os termos 
enumerados “canetas”, “blocos”. 
 Na alternativa (E), a vírgula é obrigatória, por separar as orações 
coordenadas assindéticas aditivas “Entrou na sala”, “cumprimentou a todos”. 
Gabarito: B 
 
Questão 22: PROMINP / 2010 / Superior (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: A cidade pode estar em velocidade máxima, os carros 
zunindo pela avenida, pessoas correndo de um lado para o outro nas ruas, e 
então surge aquela espaçonave branca atravessando o céu, seja decolando ou 
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==c265==
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aterrissando, num ritmo tão lento que custamos a acreditar que consiga se 
manter no ar sem despencar. Não despencam. Nem disparam. Mantêm-se em 
slow. Planam, como pássaros que também são. 
Na linha argumentativa do texto, a opção cuja expressão corresponde, 
semanticamente, ao conector destacado em “Nem disparam.”, é 
(A) deste modo. (B) sem que. (C) até mesmo. 
(D) no entanto. (E) e sequer. 
Comentário: O conectivo “Nem” inicia um período coordenado ao outro, 
somando uma ideia de negação (não disparar) à primeira (não despencar). 
Assim, a expressão “e sequer” corresponde à ideia de adição, por uso da 
conjunção aditiva “e”, e o vocábulo “sequer” transmite ideia de “também 
não”, “tampouco”, reforçando o valor de negação. Por isso, a alternativa (E) é 
a correta. 
Gabarito: E 
 
Questão 23: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV) 
O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não 
aditivo, é: 
(A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais 
rápida expansão”; 
(B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros 
impressionantes, influência política e prestígio”; 
(C) “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o 
figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”; 
(D) “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados 
Unidos,..”; 
(E) “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos 
para os clientes”. 
Comentário: Fica patente o emprego da conjunção “e”, com valor 
adversativo, na alternativa (E), pois há a oposição “grande lucros” e “enormes 
prejuízos”. 
Gabarito: E 
 
Questão 24: ISS Niterói 2015 Fiscal de Tributos (banca FGV) 
O segmento, abaixo transcrito, em que o conectivo E tem valor de oposição é: 
(A) “...nossos filhos possuem brinquedos de verdade: caixas e caixas de 
brinquedos que eles deixam de lado em questão de dias”; 
(B) “Temos jardins equipados com carrinhos de mão, tesouras, podões e 
cortadores de gramas”; 
(C) “Temos máquinas de remo em que nunca nos exercitamos, mesa de 
jantar em que não comemos e fornos triplos em que não cozinhamos”; 
(D) “São os nossos brinquedos: consolos às pressões incessantes por 
conseguir o dinheiro para comprá-los, e que, em nossa busca deles nos 
infantilizam”; 
(E) “Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo 
e ao mesmo tempo enojado”. 
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Comentário: Vimos anteriormente que a conjunção “e” pode assumir um 
valor de oposição. Vimos, inclusive, que deve receber vírgula. Mas note que a 
questão não cobra pontuação, então resolva a questão focando basicamente 
no sentido. 
 Na alternativa (A), a conjunção “e” une dois substantivos repetidos 
(caixas e caixas). Assim, não há oposição, mas realce. 
 Na alternativa (B), a conjunção “e” une o penúltimo substantivo da 
enumeração e o último. Assim, há apenas junção, adição, e não oposição. 
 Na alternativa (C), há também uma enumeração. Há três substantivos 
enumerados (“máquinas”, “mesa” e “fornos”) e seguidos de seus 
especificadores. Assim, a conjunção “e” une o penúltimo substantivo da 
enumeração e o último. Por isso, há apenas junção, adição, e não oposição. 
 Na alternativa (D), ocorre uma liberdade linguística do autor, haja vista 
que não houve paralelismo, pois a conjunção “que”, em seguida, não é ligada 
a nenhuma outra neste período. Problemas gramaticais à parte, o que importa 
é que não visualizamos oposição nesta alternativa, apenas adição. 
 A alternativa (E) é a correta e fica clara a ideia de oposição, tendo em 
vista a noção contrastante da expressão “andei fascinado pelo brilho do 
consumo” em relação a “enojado”. Ora, se estamos fascinados por algo, não 
seria natural ficarmos enojados. Assim, há oposição. 
Observação: É fato que a conjunção “e” que possua valor adversativo deve 
ser precedida de vírgula, porém isso não foi empregado pelo autor do texto. 
Mas note que a questão não fez nenhuma menção ao sinal de pontuação. 
Simplesmente devemos nos ater ao sentido da conjunção. 
Gabarito: E 
 
Questão 25: Detran 2013 – Analista (banca FGV) 
Sobre a pontuação em “Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; 
alagamentos nas ruas; falta de energia.” 
PodeͲse afirmar corretamente que 
(A) os dois pontos antecipam uma enumeração. 
(B) as ocorrências de (;) mostram finalidades diferentes. 
(C) os (;) mostram elementos em oposição. 
(D) a última ocorrência de (;) poderia ser substituída por “ou”. 
(E) após (:) a palavra seguinte deveria iniciarͲse com letra maiúscula. 
Comentário: Vimos na teoria que devemos usar o ponto e vírgula quando há 
uma divisão interna. Porém, o autor desse texto usou o ponto e vírgula para 
separar elemento enumerado de pequena dimensão. Essa pontuação não é a 
ideal gramaticalmente, por isso a questão não perguntou se está correta a 
pontuação, mas simplesmente o motivo do uso dos sinais de dois pontos e do 
ponto e vírgula, tudo bem? 
 A alternativa (A) é a correta, pois realmente o sinal de dois pontos 
antecipa a enumeração de três termos coordenados aditivos. 
 A alternativa (B) e (C) estão erradas, pois as ocorrências de (;) 
mostram finalidades iguais: enumeração de termos coordenados aditivos. 
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 A alternativa (D) está errada. Como há enumeração de termos 
coordenados aditivos, não cabe a conjunção alternativa “ou” no último 
elemento, mas a conjunção aditiva “e”. 
 A alternativa (E) está errada. Como há uma enumeração, não há início 
de frase, por isso não cabe inicial maiúscula na primeira palavra após os dois 
pontos. 
Gabarito: A 
 
 
2) Adversativas: 
______________________ , mas ____________________. (adversativa) 
 oração inicial oração coordenada sindética 
 
 
 As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, 
compensação. As principais são: 
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. 
Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a 
valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao 
passo que, antes (=pelo contrário),já, não obstante, apesar disso, em 
todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor 
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas 
memorizar as conjunções. 
 
Ex.: Estudou muito, mas não passou. 
Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. 
Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos 
conhecimentos básicos. 
Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a 
sustentabilidade do planeta. 
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver. 
Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da 
oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a 
capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final 
da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): 
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém. 
As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O 
posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível 
Período composto por coordenação 
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ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela 
conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, 
contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições 
vistas acima. 
 Uso do ponto e vírgula: 
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-
se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, 
quando há divisão interna. Veja: 
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. 
 Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções 
deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, 
é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja: 
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. 
 Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode 
posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda 
será vista adiante. 
 Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. 
Questão 26: ESA 2011 Sargento do Exército (banca ESA) 
“Não era um craque, mas sua perda desfalcaria o time”. No trecho, a segunda 
oração é, na gramática normativa, uma oração: 
a) subordinada substantiva. 
b) coordenada assindética. 
c) subordinada adjetiva. 
d) coordenada sindética 
e) subordinada adverbial. 
Comentário: A segunda oração é “mas sua perda desfalcaria o time”, a qual 
é iniciada pela conjunção adversativa “mas”, isto é, um síndeto. Assim, temos 
uma oração coordenada sindética adversativa e a alternativa correta é a (D). 
Gabarito: D 
 
Questão 27: UFPB 2016 Administrador (banca IDECAN) 
Fragmento do texto: O princípio de que, para enfrentar a exclusão, é 
preciso compreendê-la como processo que ocorre em várias circunstâncias, é 
também adotado neste texto, acrescentando-se que a percepção no contexto 
mais abrangente em que se situam: o da diversidade. O enfrentamento da 
exclusão necessita do empenho acadêmico, social e político em decisões e 
movimentos pela inclusão, justiça e autonomia dos sujeitos, respeitando-se 
suas diferenças socioculturais e identitárias. 
 Contudo, ressalva-se que não se entende ou propõe o acolhimento à 
diversidade como subalternização do outro, do diferente, como forma de 
colonização, mas sim garantindo-se seus direitos à vida cidadã e, nesse 
sentido, a sua efetiva participação nas decisões políticas e a sua afirmação 
como sujeitos sociais. É nesse sentido que se assume, como premissa e 
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perspectiva deste estudo, a reivindicação do respeito à diversidade, em seus 
vários contornos. [...] 
O 2º§ é introduzido pelo termo “contudo" que estabelece uma relação tal 
entre as informações que o antecedem e que o sucedem que poderia ser 
substituído sem qualquer prejuízo semântico por: 
a) Todavia. 
b) Porquanto. 
c) Desde que. 
d) Consoante. 
Comentário: A conjunção sublinhada só pode ter valor coordenativo 
adversativo. Assim, pode ser substituída por “Todavia”. 
 A conjunção “Porquanto” tem valor explicativo, “Desde que” tem valor 
adverbial condicional e “Consoante” tem valor adverbial de conformidade. 
 Assim, a alternativa correta é a (A). 
Gabarito: A 
 
Questão 28: SEARH-RN 2016 Professor (banca IDECAN) 
Fragmento do texto: Foi então que farejando o mundo que é comível, saiu 
de trás de um quadro uma aranha. Não uma aranha, mas me parecia “a” 
aranha. Andando pela sua teia invisível, parecia transladarǦse maciamente no 
ar. Ela queria a esperança. Mas nós também queríamos e, oh! Deus, 
queríamos menos que comêǦla. Meu filho foi buscar a vassoura. Eu disse 
fracamente, confusa, sem saber se chegara infelizmente a hora certa de 
perder a esperança: 
 – É que não se mata aranha, me disseram que traz sorte... 
 – Mas ela vai esmigalhar a esperança! respondeu o menino com 
ferocidade. 
 – Preciso falar com a empregada para limpar atrás dos quadros – falei 
sentindo a frase deslocada e ouvindo o certo cansaço que havia na minha voz. 
Depois devaneei um pouco de como eu seria sucinta e misteriosa com a 
empregada: eu lhe diria apenas: você faz o favor de facilitar o caminho da 
esperança. 
 O menino, morta a aranha, fez um trocadilho, com o inseto e a nossa 
esperança. Meu outro filho, que estava vendo televisão, ouviu e riu de prazer. 
Não havia dúvida: a esperança pousara em casa, alma e corpo. 
 Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho 
verde, e tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto 
de pegar nas coisas, nunca tentei pegáǦla. 
As palavras, de acordo com sua classificação morfológica e funções 
comunicativas, podem apresentar diferentes efeitos discursivos. De acordo 
com o exposto, analise dois segmentos a seguir. 
I. “Mas ela vai esmigalhar a esperança!” 
II. “Mas como é bonito o inseto: mais pousa que vive...” 
Sobre os dois segmentos destacados anteriormente, é correto afirmar que 
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a) expressam uma relação de contraste entre dois fatos e/ou ideias. 
b) demonstram realce a todas as alternativas do enunciado expresso. 
c) demonstram a continuidade lógica do raciocínio iniciado anteriormente. 
d) expressam relações diferentes tendo em vista o período anterior a cada 
um. 
Comentário: A palavra “mas”, na primeira ocorrência, realmente é uma 
conjunção adversativa, haja vista que transmite contraste entre a informação 
de que alguém vai esmigalhar a esperança e não se matar aranha, porque 
traz sorte. 
 Porém, na segunda ocorrência, há a palavra denotativa de realce “Mas”. 
Isso ocorre em expressões como “Mas não é que ela não veio hoje?”, “Mas 
como você está linda!!!” 
 Em frases deste tipo, podemos excluir a palavra denotativa “mas” e isso 
não traz prejuízo ao entendimento da informação. Veja: 
Como é bonito o inseto: mais pousa que vive, é um esqueletinho verde, e 
tem uma forma tão delicada que isso explica por que eu, que gosto de pegar 
nas coisas, nunca tentei pegáǦla. 
 Como são valores diferentes da mesma palavra, a alternativa correta é a 
(D). 
Gabarito: D 
 
Questão 29: CREFITO-8ª R 2013 Assistente Administrativo (banca IDECAN) 
No período “Os Doutores da Alegria despertam o desejo pela vida através do 
humor e riso, entretanto eles não conseguem melhoraro caos da saúde no 
Brasil”, a oração sublinhada é classificada como oração coordenada sindética 
a) aditiva. 
b) conclusiva. 
c) explicativa. 
d) alternativa. 
e) adversativa. 
Comentário: A conjunção “entretanto” inicia a oração sublinhada. Tal 
conjunção só pode ter valor coordenativo adversativo, por isso a alternativa 
(E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
Questão 30: Casa da Moeda 2012 Assistente Adm (banca Cesgranrio) 
Fragmento do texto: Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu 
braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, 
certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. 
Em um texto, as frases relacionam-se umas com as outras, estabelecendo 
entre si relações que contribuem para a construção do sentido do texto. Essas 
relações podem não ser explicitadas por meio do uso de um conectivo, como é 
o caso das duas frases do fragmento abaixo. 
“Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não 
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estava.” 
A relação construída entre essas duas frases pode ser expressa, sem alteração 
de sentido, pelo seguinte conectivo: 
(A) onde (B) como (C) contudo (D) portanto (E) conforme 
Comentário: A pessoa afirmou não ter dinheiro, pois estava certa de que o 
menino pedia alguma quantia. Porém, houve uma quebra de expectativa, pois 
o menino não estava pedindo dinheiro, apenas queria saber a hora. Assim, 
cabe a inserção do conectivo adversativo “contudo”. Veja: 
“Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro, 
contudo não estava.” 
Gabarito: C 
 
Questão 31: EPE 2012 Assistente Administrativo (banca Cesgranrio) 
Fragmento do Texto: Nesse cenário, para que infraestrutura, segurança, 
saúde, educação e outros serviços públicos sejam acessíveis em toda a 
metrópole, a manutenção da cidade se torna cada vez mais cara. É imperativo 
democratizar o acesso aos serviços básicos de uma metrópole e diminuir as 
desigualdades. No entanto, como fazer isso quando o dinheiro é limitado? 
“Conter a expansão urbana”, resume o arquiteto. 
No texto, a expressão No entanto pode ser substituída, sem alteração do 
sentido, por 
(A) Desde que (B) Entretanto (C) Porque (D) Quando (E) Uma vez que 
Comentário: A expressão “No entanto” só pode ter valor adversativo, por 
isso pode ser substituída pelo conectivo também adversativo “Entretanto”. 
Gabarito: B 
 
Questão 32: Prominp 2012 Técnico (banca Cesgranrio) 
Fragmento do Texto: Isso é normal e, se não existisse o efeito estufa, a 
temperatura do planeta hoje seria cerca de −76 o Celsius. Ninguém 
conseguiria viver em um lugar tão gelado e até os oceanos congelariam. Mas 
agora a quantidade de gases na atmosfera está aumentando e o calor 
também. 
No trecho do Texto, “Mas agora a quantidade de gases na atmosfera está 
aumentando”, que palavra poderia substituir a que está destacada, sem 
alterar o sentido da frase? 
(A) Porque (B) Por isso (C) Onde (D) Em que (E) Porém 
Comentário: A conjunção “Mas” tem valor adversativo, por isso pode ser 
substituída pelo conectivo também adversativo “Porém”. 
Gabarito: E 
 
Questão 33: DPE RO 2015 Analista Contábil (banca FGV) 
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e 
generosa, ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção e 
promoção”. 
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A inclusão de uma vírgula entre os dois segmentos faz supor a implícita 
existência de um conector entre eles; tal conector deveria representar: 
(A) uma concessão, como “ainda que”; 
(B) uma adversidade, como “porém”; 
(C) uma conclusão, como “logo”; 
(D) uma explicação , como “pois”; 
(E) uma proporcionalidade, como “à medida que”. 
Comentário: Podemos notar um valor de contraste entre as duas 
informações, haja vista que, se o ECA é visto como uma lei bem justa e 
generosa, não seria natural que ela fosse ignorada. Mas, como ela está sendo 
ignorada, entende-se aí um valor adversativo com a possibilidade da inserção 
da conjunção “porém”. Assim, a alternativa (B) é a correta. Veja: 
“O Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, é uma lei bem justa e 
generosa, porém é ainda largamente ignorada em suas medidas de proteção 
e promoção”. 
 Veremos na aula de orações adverbiais que a “concessão” também 
transmite um contraste, normalmente representado pela locução conjuntiva 
“ainda que”. Porém, veja que você não se iludiria com isso, porque, se 
inseríssemos tal conectivo, haveria a repetição da palavra “ainda”, causando 
um erro gramatical: ainda que ainda largamente... 
Gabarito: B 
 
Questão 34: TJ SC 2015 Assistente Social (banca FGV) 
Considerando-se a relação lógica existente entre os dois segmentos dos 
pensamentos (Millôr Fernandes) adiante citados, o espaço pontilhado que NÃO 
poderá ser corretamente preenchido pela conjunção mas é: 
(A) Guio bem, ............... o motor do meu carro sempre foi pra mim um 
mistério insondável. 
(B) Condenam-se muito os excessos, ............... também há um limite para o 
mínimo. 
(C) Eu sofro de mimfobia, tenho medo de mim mesmo, ............... me 
enfrento todo dia. 
(D) A pobreza não é necessariamente vergonhosa, ............... há muito pobre 
sem vergonha. 
(E) Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, ............... 
acha aquele ambiente grã-fino demais para ela. 
Comentário: A alternativa (A) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, 
pois o fato de alguém guiar bem nos leva a uma expectativa de que há algum 
conhecimento sobre o motor de um carro. Porém, esta expectativa foi 
quebrada. Na realidade, o motor do carro é um mistério insondável para o 
locutor. 
 A alternativa (B) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato 
de alguém condenar muito os excessos leva a uma contrapartida: um limite 
para o mínimo. 
 A alternativa (C) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois o fato 
de alguém ter medo dela mesma leva a uma contrapartida: enfrentar-se todo 
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dia. 
 A alternativa (D) pode ser preenchida pela conjunção “mas”, pois há o 
contraste entre a pobreza ser vergonhosa e pobre sem vergonha. 
 A alternativa (E) deve ser preenchida por uma conjunção causal, como 
“porque”. A razão de uma pessoa ser considerada extremamente pobre é 
quando ela não entra na favela por achar aquele ambiente grã-fino demais 
para ela. Veja: 
Pobreza extrema é quando uma pessoa não entra na favela, porque acha 
aquele ambiente grã-fino demais para ela. 
Gabarito: E 
 
Questão 35: TJ RJ 2015 Analista Judiciário (banca FGV) 
Fragmento do texto: É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal 
considerando que não só sua inteligência, mas também seus sistemas 
sensoriais são diferentes dos nossos. Todavia, os animais captam estímulos 
que nós não captamos. O ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico, 
parecido com o dos patos, as descargas elétricas produzidas pelos camarões, a 
um metro de distância. 
O segundo período do texto se inicia pela conjunção “todavia”; sobre esse 
emprego, a afirmação correta é: 
(A) pode ser substituída adequadamente por “porém”; 
(B) deve ser alterada para “pois”; 
(C) necessita ser trocada por “embora”; 
(D) pode modificar-se para “logo”; 
(E) deve ser mantida, já que mostra correção. 
Comentário: O autor inseriu um contraste equivocado no texto, pois a oração 
“os animais captam estímulos que nós não captamos” reforça a afirmação de 
que os sistemas sensoriais

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