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Bcurso-130461-aula-03-v1

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1 
 
CONSTRUÇÃO FRASAL. EMPREGO DE CONECTORES. 
PONTUAÇÃO. (NÍVEL PERÍODO COMPOSTO POR 
COORDENAÇÃO) 
Sumário 
1 – Diferença entre frase, período e oração e a pontuação ............................................................................. 2 
1.1 – Frase, ponto Final, ponto de exclamação e ponto de interrogação ..................................................... 2 
1.2 – Dois-pontos e aspas ............................................................................................................................... 4 
1.3 – Reticências ........................................................................................................................................... 10 
1.4 - Período ................................................................................................................................................. 15 
1.5 – Oração ................................................................................................................................................ 16 
2 – Diferença entre coordenação e subordinação ........................................................................................... 17 
3 – Estrutura básica do período composto por coordenação ........................................................................... 22 
3.1 – Orações coordenadas sindéticas ......................................................................................................... 23 
4 – Comentários do autor/orações parentéticas .............................................................................................. 46 
5 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................................................ 51 
6 – Lista de questões de revisão ...................................................................................................................... 53 
7 – Gabarito .................................................................................................................................................... 72 
 
 
Décio Terror Filho
Aula 03
Português p/ Banco do Brasil (Escriturário) Com videoaulas - 2020
www.estrategiaconcursos.com.br
 
 
 
 
 
2 
 
1 – DIFERENÇA ENTRE FRASE, PERÍODO E ORAÇÃO E A 
PONTUAÇÃO 
1.1 – Frase, ponto Final, ponto de exclamação e ponto de 
interrogação 
 Olá, pessoal! 
 Para que possamos treinar bastante o conteúdo e aprofundar naquilo que realmente é necessário, 
tomei a liberdade de apresentar a você questões de várias bancas. 
 Trabalharemos o período composto por coordenação, abordando o princípio gramatical de frase, 
período e oração, o uso das conjunções e da pontuação. 
 Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e 
oração. 
Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o sentido 
completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). 
Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula. 
Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação. 
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com esta 
pontuação é chamada de frase declarativa: 
As aulas terminaram mais cedo. 
O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um sentimento. A frase terminada 
com esta pontuação é chamada de frase exclamativa: 
Socorro! Ajude-me! 
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta: 
Por que você não veio ontem? 
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor: 
O rombo da corrupção? O povo paga. 
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo paga 
o rombo da corrupção. 
Décio Terror Filho
Aula 03
Português p/ Banco do Brasil (Escriturário) Com videoaulas - 2020
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4 
 
a) exprimir espanto. 
b) finalizar frase imperativa. 
c) indicar continuação de um fato. 
d) realizar pergunta, questionamento. 
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta, 
questionamento. Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
3. (IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014) 
No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo, renovar suas 
estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para 
a) indicar pergunta. 
b) exprimir admiração. 
c) realçar uma palavra ou expressão. 
d) fechar período de frases imperativas. 
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada. 
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta, 
questionamento. Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
1.2 – Dois-pontos e aspas 
Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas, mas 
cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação serão vistos 
adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém, 
o recorte de um outro texto. Veja: 
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” 
Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala de 
alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”. 
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ seria a voz do personagem; 
e “O ministro declarou” seria a voz do narrador. 
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem. Neste caso, 
basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário. 
Décio Terror Filho
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5 
 
Veja: 
Discurso direto: 
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” 
Discurso indireto: 
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos. 
 Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o uso das aspas, o que nos 
ajudará bastante nas questões que envolvem citações. 
Aspas 
As aspas são empregadas: 
a. Em citações textuais diretas: 
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.” 
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?” 
Alguém comentou: “Não acredito!” 
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser usadas quando se quer dar 
destaque a todo o texto, ou a algum termo em particular: 
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou destaque) 
O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras usadas pelo Ministro) 
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica numa palavra, sobressaindo 
uma ideia) 
b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra: 
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da carga tributária, arrocho 
salarial, alta da inflação, perda do poder de compra... 
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso de pronunciamento oral, 
indicarão a ironia ou impropriedade. 
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras estrangeiras ainda não 
incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o seu uso no texto: 
Essa manobra tem ar de “maracutaia”. 
Décio Terror Filho
Aula 03
Português p/ Banco do Brasil (Escriturário) Com videoaulas - 2020
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7 
 
Comentário: A expressão “Duas milhas marítimas é igual a dois nós.” é uma frase escrita em um livro. Assim, 
as aspas sinalizam a citação de uma frase, a qual está sendo neste momento. Assim, podemos excluir as 
alternativas (A), (D) e (E). 
 A palavra “nós”, no segundo quadrinho, é um destaque à palavra, e não uma gíria. Assim, a alternativa(C) é a correta. 
Gabarito: C 
5. (VUNESP / Prefeitura de Barretos – SP Agente de Comunicação Social 2018) 
Fragmento do texto: O que conta é ser “reconhecido” pelos próprios semelhantes, mas não no sentido do 
reconhecimento como estima ou prêmio, mas naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao 
vê-lo na rua: “Olhe, é ele mesmo!”. O valor predominante é aparecer e naturalmente o meio mais seguro é 
a TV. E não é necessário ser um renomado economista ou um médico agraciado com o prêmio Nobel, basta 
confessar num programa lacrimogêneo que foi traído pelo cônjuge. 
Nas frases do 3° parágrafo – O que conta é ser “reconhecido”… / “Olhe, é ele mesmo!”. –, as aspas são 
empregadas, respectivamente, para 
a) intensificar o sentido da palavra / destacar a ironia presente na expressão. 
b) questionar o sentido da palavra / acentuar o valor significativo da expressão. 
c) relativizar o sentido da palavra / indicar uma fala atribuída a outra pessoa. 
d) acentuar o significado da palavra no texto / indicar que a expressão introduz um diálogo. 
e) realçar a ironia presente na palavra / destacar o efeito de sentido da expressão no texto. 
Comentário: Note que as aspas na palavra “reconhecido” sinalizam um sentido diferente, o que é 
comprovado em seguida na expressão “não no sentido do reconhecimento como estima ou prêmio, mas 
naquele mais banal que faz com que alguém possa dizer ao vê-lo na rua”. Assim, podemos entender que 
houve uma relativização do sentido da palavra, isto é, esse sentido tem uma relação direta com o contexto. 
 A expressão “Olhe, é ele mesmo!” é uma suposta frase que alguém teria dito. Assim, as aspas 
sinalizam a citação direta, o discurso direto. 
 Dessa forma, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
6. (VUNESP / MPE-SP Analista Jurídico do Ministério Público 2018) 
Fragmento do texto: Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos desse 
hipotético fim: se a democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930, 
defende. Não teremos violência de massas, movimentos armados, tanques nas ruas. Vivemos em sociedades 
radicalmente diferentes – mais afluentes, envelhecidas, conectadas. E, além disso, conhecemos o preço da 
brutalidade autoritária e totalitária. As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que 
ignoram e ignoram o que desejam. 
Décio Terror Filho
Aula 03
Português p/ Banco do Brasil (Escriturário) Com videoaulas - 2020
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8 
 
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo: pela 
gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e 
contrapesos do regime. 
A democracia só sobrevive porque somos capazes de gerir as nossas frustrações quando os resultados nos 
são desfavoráveis. Essa tolerância diminui de ano para ano. 
E diminui sob o chicote das redes sociais. Runciman acredita que o principal problema do mundo virtual está 
no poder praticamente ilimitado que os gigantes tecnológicos exercem sobre os usuários. 
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os 
poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário. A democracia representativa, como a expressão sugere, 
sempre foi um compromisso feliz entre a vontade do povo e a capacidade dos mais preparados de filtrar as 
irracionalidades do povo. 
Em passagens de vários parágrafos do texto o autor emprega dois-pontos. É correto afirmar que ele se vale 
desse recurso de pontuação para 
a) apresentar ideias que contrastam com outras precedentes, tal como ocorre nas passagens em que se 
emprega travessão. 
b) introduzir esclarecimentos acerca de ideias que apresenta, tal como ocorre nas passagens em que se 
empregam travessão e parênteses. 
c) fazer retificações necessárias para orientação do leitor, tal como ocorre nas passagens em que se 
empregam parênteses. 
d) pôr em xeque pontos de vista defendidos por outrem, tal como ocorre nas passagens em que se 
empregam travessão e parênteses. 
e) inserir comentários cuja pertinência é questionável no contexto, tal como ocorre nas passagens em que 
se emprega travessão. 
Comentário: Note que os segmentos sublinhados abaixo, após o sinal de dois-pontos, não contrastam ideias, 
nem fazem retificação, nem colocam em xeque, nem há pertinência questionável. Por isso eliminamos as 
alternativas (A), (C), (D) e (E). 
Em seu recente “How Democracy Ends”, David Runciman lida com os contornos desse hipotético fim: se a 
democracia chegar ao seu termo, não teremos uma repetição da década de 1930, defende. 
As nostalgias reacionárias são coisa de jovens: eles desejam o que ignoram e ignoram o que desejam. 
Mas se os “golpes tradicionais” são improváveis, há formas invisíveis de conseguir o mesmo objetivo: pela 
gradual suspensão da ordem legal; pelo recurso a eleições fraudulentas; pela marginalização dos freios e 
contrapesos do regime. 
Pessoalmente, o meu temor é outro: o poder praticamente ilimitado que os usuários exercem sobre os 
poderes Executivo, Legislativo e até Judiciário. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Décio Terror Filho
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Gabarito: B 
7. (IDECAN / UFPB Auxiliar Administrativo – 2016) 
Fragmento do texto: Em casa, as paredes do quarto são forradas de pôsteres, revistas são consumidas aos 
milhares, álbuns são confeccionados com devoção e programas de TV são ansiosamente esperados apenas 
para assistir a uma rápida aparição do ídolo. 
 Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens? 
A primeira e mais óbvia resposta é que todos esses astros, mais do que qualquer outro mortal, detêm objetos 
de desejo de nossa cultura ocidental, como fama, sucesso, beleza, dinheiro etc. 
No trecho “Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de 
tantos jovens?” (linha 5), os dois pontos ( : ) foram utilizados 
a) antes de uma citação. 
b) devido a uma enumeração. 
c) para finalizar frase declarativa. 
d) para anunciar a fala do personagem. 
Comentário: A expressão “o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de tantos jovens?” 
é a pergunta de muitos pais, anunciada na oração anterior. Assim, entendemos que o sinal de dois pontos 
marca uma citação direta e a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
8. (IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014) 
Fragmento do texto: Querem mais? No Brasil, 67% da população, ou seja, 130 milhões de almas, sintonizam 
a televisão todos os dias. E a média diária de permanência à frente da telinha é de 3h26 nos dias de semana 
(3h20 aos sábados e domingos). A pesquisa desce a detalhes. A tevê, de acordo com seu público consumidor, 
oscila entre o lixo e a informação. Mas o próprio espectador guarda uma salutar distância daquilo que ouve 
quando a televisão simula ser “séria”. Entre confiar e desconfiar da notícia de tevê, dá empate técnico: 49% 
a 51%. Por via das dúvidas, é ainda melhor se fiar no que vem impresso no papel. 
A pontuação tem por objetivo estruturar os textos, estabelecer pausas e entonações da fala além de outros. 
No parágrafo, o uso de aspas indica que o termo 
a) destaca a característica atribuída à televisão positivamente. 
b) confere um grau maior de confiabilidade ao teor da informação. 
c) apresenta um sentido particular no contexto em que está inserido. 
d) acrescenta um dado argumentativo acerca da referida informação. 
Comentário: A expressão “simula ser ‘séria’” já elimina as alternativas (A), (B). 
A alternativa (D) está errada, pois a inserção de trecho entre aspas como um dado argumentativo 
normalmente é feito com a citação direta, o que não ocorreu neste parágrafo. 
Décio Terror Filho
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10 
 
Dessa forma, a alternativa (C) é a correta, pois a palavra “séria”, entre aspas, teve um tom particular: 
a crítica na simulação de confiabilidade, de responsabilidade. 
Gabarito: C 
9. (FGV / DPE RJ Técnico – 2014) 
Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de 
brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, 
das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara 
com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa 
da pauta dos meios de comunicação. 
No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas porque 
a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta. 
b) indica o tópico central do parágrafo. 
c) destaca uma ironia da autora do texto. 
d) copia uma expressão popular. 
e) enfatiza uma ideia importante do texto. 
Comentário: As aspas podem indicar expressões não dicionarizadas, típicas de linguagem popular, como 
ocorre com a expressão “onde o sapato aperta”. Assim, observamos que a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
1.3 – Reticências 
Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, as quais serão 
vistas adiante. 
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha sendo feita 
ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta 
continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto. 
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num 
colégio em Realengo (RJ) e... 
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011, em 
Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção 
ao problema. 
Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso por 
“etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais coisas”, muito usada para 
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que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação 
necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte. 
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre o uso deste sinal de 
pontuação: 
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso sobretudo literário), para 
assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos 
casos, são usadas: 
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está incompleta: 
Se o projeto será aprovado? Bem... 
b. Para indicar hesitação: 
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo. 
c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, quando o orador é 
interrompido): 
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração) 
– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe) 
– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da declaração, após a 
interrupção. Em seguida, foi concedida a palavra a outrem) 
d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, recomendando-se neste caso o 
seu emprego entre colchetes: 
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das 
funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.” (CF, art. 182) 
 
 
 
 
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13 
 
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para 
a) exprimir indignação. 
b) inserir uma explicação. 
c) acrescentar uma reflexão. 
d) finalizar uma interrogativa direta. 
e) indicar a continuidade de uma ação ou fato. 
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto nos mostra que não houve 
expressão de indignação, explicação ou interrogativa. 
 Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas perceba que é o parágrafo 
posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a 
correta, pois a esposa recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências, houve 
algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de serem expressas no texto, para ficarem 
no imaginário do leitor. 
Gabarito: E 
12. (CONSULPLAN / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010) 
Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das novidades, das 
festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do 
Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a 
tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era 
a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as 
pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas. 
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as reticências 
(...) foram utilizadas para: 
a) Separar palavras da mesma classe gramatical. 
b) Indicar continuação do pensamento. 
c) Abreviar. 
d) Suprimir, intencionalmente o verbo. 
e) Destacar termos explicativos enfáticos. 
Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma interpretação a mais do leitor: fazê-
lo comparar, aprofundar no tema, naquilo que foi dito. Esse recurso é muito utilizado em crônicas, pois o 
autor quer chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto. 
 Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a alternativa correta é a (B). 
 De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo valor, usamos a enumeração 
por meio de vírgulas. 
Décio Terror Filho
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14 
 
 De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para abreviar. Isto depende muito 
do contexto, e não cabe esta interpretação neste trecho do texto. 
 De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é chamada de elipse verbal. Neste 
caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo Matemática; você, Português. 
 A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido para evitar repetição de 
palavra. 
 De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos enfáticos, podemos separar 
por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja: 
No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática brasileira). 
Gabarito: B 
13. (Fund. Dom Cintra / IBASCAF Advogado – 2011) 
Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem 
que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não 
sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos 
que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no 
tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. 
Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e 
no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado 
o blocode notas. 
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o 
rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura 
etc no final desse período indica que: 
a) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. 
b) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita. 
c) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões. 
d) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa que favorece o riso. 
e) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os detalhes informativos 
ao leitor. 
Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a enumeração seria 
tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, 
para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor. Dessa forma, a 
alternativa correta é a (B). 
 A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não ocorreu 
por esquecimento. 
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15 
 
 A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere uma 
expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo: 
Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates. 
 Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à presunção 
de inteligência de alguém. 
 Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” deste texto. 
 A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, na linguagem, com a 
adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”. 
 A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura “etc” não 
poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido elencados. 
Gabarito: B 
1.4 - Período 
Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período. 
Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. 
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a 
frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá. 
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja: 
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. 
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. 
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. 
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo. 
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal. 
Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve ser a mesma da frase: . ! 
? : ... 
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Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples, 
como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma 
oração absoluta. 
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana 
foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”. 
Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo 
que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ... 
 
Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de 
um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, 
a oração pode ser sucedida por: , ; ─ e às vezes não receberá nenhuma pontuação. 
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação. 
Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. 
Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. 
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica 
também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação. 
2 – DIFERENÇA ENTRE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO 
Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: 
 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova, passará no 
concurso. 
 
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos 
também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto. 
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse resultado, 
deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo 
durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas 
coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o mesmo valor: condição. 
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. 
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. 
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Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi 
necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”. 
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de 
estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas 
precisam de outra para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido? 
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova ... 
 
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) tenham 
sentido. 
Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas, 
enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). 
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra também 
coordenada (ou também chamada de oração inicial). 
A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja: 
“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” 
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas” 
e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da 
oração (mais de um núcleo). 
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos 
(quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando 
queremos demonstrar uma sequência de ações). 
Veja: 
Enumeração de substantivos: 
Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. 
 
Enumeração de adjetivos: 
Achei a pintura clara, intrigante, linda! 
 
Sequência de ações: 
Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa. 
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16. (IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016) 
 
No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha e um 
celular.", as vírgulas foram utilizadas para 
a) exprimir espanto.b) separar enumerações. 
c) marcar pausa de longa duração. 
d) destacar informações importantes. 
Comentário: Vimos que os termos enumerados, coordenados são separados por vírgulas, o que ocorreu em 
“um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha”. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
17. (IBFC / EBSERH UFSC Assistente Administrativo – 2016) 
Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte. 
“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam indolentes, imobilizam-
se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”(1º§) 
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações: 
a) subordinadas adverbiais. 
b) subordinadas adjetivas. 
c) subordinadas substantivas. 
d) reduzidas. 
e) coordenadas. 
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Comentário: No segmento “as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam 
indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”, as duas primeiras orações grifadas são 
coordenadas assindéticas e a última é coordenada sindética. Há apenas uma oração subordinada (“que se 
balançavam indolentes”). 
 Assim, predominam neste período orações coordenadas e a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
18. (CONSULPLAN / MAPA Administrador – 2014) 
Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual as vírgulas foram 
empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”. 
a) Separar uma enumeração. 
b) Separar expressões retificativas. 
c) Separar uma aposição explicativa. 
d) Separar termos que serão retomados por pronome. 
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados “conversação entre iguais”, “a polêmica”, 
“o debate” e “a controvérsia”. Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta. 
Gabarito: A 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.1 – Orações coordenadas sindéticas 
3.1.1 Aditivas 
 
As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As 
principais são: 
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como, 
tanto...quanto. 
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. 
 Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período 
composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como 
mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. 
Ele não caminha nem corre. 
Josefina não trabalha, tampouco estuda. 
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos. 
 A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: 
a) quando o sujeito for diferente: 
Ana estudou, e Jucélia trabalhou. 
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa. 
b) quando o sentido for de contraste, oposição: 
Estudei muito, e não entendi nada. 
 Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição, 
um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada 
obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula. 
Período Composto por Coordenação 
Oração inicial Oração coordenada sindética 
____________________ e ____________________. (aditiva) 
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c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o 
qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: 
Enumeração subjetiva: 
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. 
A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou 
tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante. 
 A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou 
enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos argumentos. 
Agora, vejamos a enumeração objetiva: 
Enumeração objetiva: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, 
realizou a prova e saiu confiante. 
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo 
que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração 
subjetiva. 
Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a 
conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. 
Veja: 
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. 
 A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, 
realizou a prova, saiu confiante. 
 A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da 
enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas. 
 Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos 
enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja: 
 
 
 
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Uso do ponto e vírgula: 
Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a vírgula que 
separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja: 
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. 
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. 
 Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto 
acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e 
vírgula. Veja: 
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. 
 Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a 
primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante. 
 Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. 
3.1.3. Alternativas 
 
 A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das orações. Com a 
conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas por vírgula, como vimos no 
esquema acima. 
Veja as principais conjunções: 
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer. 
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho. 
 A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo de orações, ela normalmente 
cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos, e isso será mais explorado na aula 
de concordância. 
Inclusão: 
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão) 
Período Composto por Coordenação 
Oração inicial Oração coordenada sindética 
____________________ ou ____________________. (alternativa) 
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 As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração anterior ou 
ameniza uma ordem. 
 As principais conjunções são: 
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que. 
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca pedir para 
substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc. Reconheceremos a seguir as 
conjunções. 
Podem-sedividir as orações coordenadas explicativas em duas: 
a) Esclarecimento de uma informação anterior: 
 Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados. 
 Choveu muito, pois o chão está alagado. 
 Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias. 
A vírgula neste caso é facultativa. 
 
b) Amenização de uma ordem: 
 Estudem, que o concurso não é fácil. 
 Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui. 
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira oração 
expressa uma ordem; a segunda, uma explicação. 
Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa explicativa com a retirada de 
ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor semântico da oração no texto. 
Veja os exemplos: 
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia. 
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a inicial 
maiúscula para minúscula. Veja: 
 Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a vírgula 
antes da conjunção “pois” é facultativa.) 
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja: 
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(A) Apesar de nunca ter sido nada na vida, também não admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. 
(B) Não só nunca fora nada na vida, bem como não admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. 
(C) Conquanto nunca tivesse sido nada na vida, tampouco admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. 
(D) Contanto que nunca tivesse sido nada na vida, nem por isso admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. 
 (E) Nunca fora nada na vida, porque não admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. 
Comentário: A palavra “nem” é um conectivo de adição de negações. Assim, na reescrita, mantém-se o 
sentido aditivo no período com a expressão correlativa de adição “Não só...como”: 
Não só nunca fora nada na vida, bem como não admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. 
 Assim, a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
21. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Auxiliar de Professor da Educação Básica 2019) 
“Levando cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer o café E ABRO A PORTA DO 
APARTAMENTO – mas não encontro o pão costumeiro.” 
A oração em destaque deve ser classificada como: 
A) oração coordenada sindética alternativa. 
B) oração coordenada assindética. 
C) oração coordenada sindética adversativa. 
D) oração coordenada sindética aditiva. 
E) oração coordenada sindética conclusiva. 
Comentário: A conjunção “e” é aditiva. Assim, há uma oração coordenada sindética aditiva e a alternativa 
(D) é a correta. 
Gabarito: D 
22. (IBADE / IABAS Técnico de Enfermagem 2019) 
Observe o emprego da conjunção no trecho destacado: 
Nós teremos isso tudo, “mas” eles vão controlar o planeta. 
Tem-se o mesmo sentimento de “mas” em: 
A) Invadirão a Terra, já que aceitamos a troca. 
B) É humano, e não se preocupa com a Terra. 
C) Aceitamos, por isso eles vão controlar o planeta. 
D) Todos desconhecemos como vão controlar o planeta. 
E) Não se pode permitir isso, conquanto seja uma criança. 
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Comentário: A conjunção “mas” tem valor coordenativo adversativo. O mesmo ocorre na alternativa (B), 
que é a correta, por meio da expressão “e não”, pois a conjunção “e” tem valor adversativo neste contexto. 
Note que podemos trocá-la pela conjunção “mas”: 
É humano, e não se preocupa com a Terra. 
É humano, mas não se preocupa com a Terra. 
 A alternativa (A) está errada, pois “já que” tem valor adverbial de causa. 
 A alternativa (C) está errada, pois “por isso” é conectivo coordenativo de conclusão. 
 A alternativa (D) está errada, pois o advérbio “como” transmite ideia de modo. 
 A alternativa (E) está errada, pois a conjunção “conquanto” tem valor adverbial de concessão. 
Gabarito: B 
 
23. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Auxiliar de Professor da Educação Básica 2019) 
“Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer o café e abro a porta do 
apartamento – MAS não encontro o pão costumeiro.” 
No trecho extraído do texto, a conjunção em destaque pode ser substituída, sem alterar o sentido da oração, 
por: 
A) embora. 
B) porque. 
C) no entanto. 
D) portanto. 
C) pois. 
Comentário: A conjunção “mas” é adversativa e pode ser substituída por “no entanto”. Assim, a alternativa 
(C) é a correta. 
Gabarito: C 
24. (IBADE / Prefeitura de Aracruz-ES Professor de Ens. Fundamental Anos Iniciais 2019) 
“As leis da concorrência mandam que sejam regiamente pagos por isso, MAS o sucesso antes da maturidade 
tem riscos óbvios.” 
A conjunção em destaque pode ser substituída, sem causar alterações ao sentido da frase, por: 
A) agora. 
B) senão. 
C) assim. 
D) logo. 
E) no entanto. 
Comentário: A conjunção “mas” é adversativa e pode ser substituída por “no entanto”. Assim, a alternativa 
(E) é a correta. 
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Gabarito: E 
25. (IADES / CAU – AC Auxiliar Administrativo 2019) 
Fragmento do texto: A responsabilidade é inseparável do comprometimento, portanto, uma pessoa que se 
mostra irresponsável dificilmente será comprometida com os respectivos afazeres. 
Na linha 1, o vocábulo “portanto” corresponde a uma conjunção coordenativa 
a) explicativa 
b) alternativa 
c) aditiva 
d) conclusiva 
e) adversativa 
Comentário: A conjunção “portanto” só pode ter valor coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa (D) é a 
correta. 
Gabarito: D 
26. (VUNESP / ISS Guarulhos – Inspetor Fiscal 2019) 
Fragmento do texto: Ao revisitar a própria memória, o cineasta Alfonso Cuarón escolhe olhar para Cleo, a 
empregada, de origem indígena, de uma família branca de classe média. Resgata, assim, não apenas os seus 
anos de formação, mas todas as particularidades do passado do país. O México no início dos anos 1970 
fervilhava entre revoluções sociais e a influência da cultura estrangeira. Cleo, porém, se mantinha ingênua, 
centrada nas suas obrigações: lavar o pátio, buscar as crianças na escola, lavar a roupa, colocar os pequenos 
para dormir. 
Em “Cleo, porém, se mantinha ingênua...” (2º parágrafo), o vocábulo porém pode ser substituído, com o 
sentido do texto preservado, por 
(A) dessa forma. 
(B) devido a isso. 
(C) por conseguinte. 
(D) assim sendo. 
(E) em contrapartida. 
Comentário: A conjunção “porém” é exclusivamente coordenada adversativa, a qual transmite oposição, 
contraste. Assim, pode ser substituída por “em contrapartida”, e a alternativa (E) é a correta. 
 As expressões “dessa forma”, “por conseguinte”, “assim sendo” e “devido a isso” encontram-se numa 
relação de causa e efeito, resultado, conclusão. 
Gabarito: E 
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27. (VUNESP / Câmara de Monte Alto SP Auxiliar Técnico Legislativo 2019) 
Assinale a alternativa em que, na reescrita da frase “Mas, nos últimos dez anos, o número de imigrantes 
mexicanos nos EUA diminuiu...”, a substituição do termo em destaque mantém o sentido original e o uso das 
vírgulas está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa. 
(A) Nos, últimos dez anos portanto, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...” 
(B) Nos últimos, dez anos apesar disso, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...” 
(C) Nos últimos dez anos, contudo, diminuiu o número de imigrantes mexicanos nos EUA...” 
(D) Nos últimos dez anos, diminuiu por isso, o número de imigrantes mexicanosnos EUA...” 
(E) Nos últimos dez anos diminuiu, assim o número, de imigrantes mexicanos nos EUA...” 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenada adversativa, por isso pode ser substituída pela conjunção 
coordenativa adversativa “contudo” e a alternativa (C) é a correta. 
 Note que “portanto”, “por isso” e “assim” apresentam valor conclusivo; e “apesar disso” é expressão 
de valor adverbial concessivo. 
Gabarito: C 
28. (VUNESP / Câmara de Serrana - SP Analista Legislativo 2019) 
Fragmento do texto: A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a 
reprodução é um imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da 
história. A paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais. 
 Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria. 
 Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho 
doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para 
os pais. 
 Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer 
contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de 
ser um bem privado para tornar-se um bem público. 
 A frase do quarto parágrafo “Hoje, contudo, crianças ficaram caras.” estabelece, em relação ao que é 
enunciado no parágrafo anterior, relação com sentido de 
a) causa. 
b) condição. 
c) contraste. 
d) finalidade. 
e) proporção. 
Comentário: A conjunção “contudo” é exclusivamente coordenativa adversativa, por isso transmite valor de 
contraste e a alternativa (C) é a correta. 
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Gabarito: C 
29. (Inst. AOCP / ITEP RN Perito Criminal – 2018) 
Em “Objetividade é um campo complexo em filosofia, mas, certamente, alguém babando e adjetivando foge 
um pouco do perfil objetivo [...]”, os termos em destaque podem ser substituídos. sem prejuízo de sentido. 
respectivamente por 
a) porém, de fato. 
b) conquanto, na verdade. 
c) portanto, realmente. 
d) ademais, mormente. 
e) contudo, outrossim. 
Comentário: A conjunção “mas” inicia a oração coordenada sindética adversativa “mas, certamente, alguém 
babando e adjetivando foge um pouco do perfil objetivo”. Dentro dela, há o advérbio que transmite certeza 
“certamente”. 
 Note que somente as conjunções “porém” e “contudo” são adversativas. Assim, já eliminamos as 
alternativas (B), (C) e (D). 
 Além disso, somente as locuções adverbiais “de fato” e “na verdade”, além do advérbio “realmente” 
preservam o valor de certeza. 
 Assim, eliminamos também a alternativa (E) e resta a alternativa (A) como a correta. 
Gabarito: A 
30. (Inst. AOCP / PM TO Aspirante a Oficial – 2018) 
Em “É preciso, pois, atentar para a qualidade dos atos que praticamos, porquanto da sua diferença se pode 
aquilatar a diferença de caracteres.”, o conectivo em destaque expressa, no período, sentido de 
a) concessão. 
b) consequência. 
c) conclusão. 
d) finalidade. 
e) explicação. 
Comentário: A conjunção “porquanto” é o mesmo que “porque”, “pois”. Assim, há valor explicativo e a 
alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
 
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31. (INAZ do Pará / CORE-MS Auxiliar Administrativo 2018) 
Os termos destacados em “Não tem coisa melhor do que acordar e dar de cara com você” e “Conseguir fazer 
uma denúncia, portanto, é difícil” se tratam, respectivamente, de conjunção: 
A) Adversativa e explicativa. 
B) Aditiva e alternativa. 
C) Explicativa e conclusiva 
D) Aditiva e conclusiva. 
Comentário: A conjunção “e” tem valor aditivo e a conjunção “portanto”, conclusivo. 
 Assim, a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
32. (COPS-UEL / Câmara de Cambé - PR Auxiliar Administrativo 2018) 
Fragmento do texto: “Fazemos de tudo para criar nossos filhos com educação. Busco passar para eles os 
valores que recebi quando era criança. Não somos ricos, porém o que temos é nossa dignidade e nossos 
valores. Dinheiro nenhum vale mais que isso”, ressalta. 
Em “Não somos ricos, porém o que temos é nossa dignidade e nossos valores”, o conectivo em destaque 
indica condição. Assinale a alternativa correta. 
Julgue a afirmação como C (CERTA) ou E (ERRADA) 
Comentário: A afirmação está errada, pois a conjunção “porém” é coordenativa adversativa, por isso nunca 
terá valor de condição. 
Gabarito: E 
33. (COPS-UEL / PC-PR Escrivão de Polícia 2018) 
Fragmento do texto: As duas vítimas foram encaminhadas a um hospital e não correm risco de morte. O 
primeiro deles, porém, corre o risco de ficar paraplégico, já que a bala se alojou na coluna. 
Quanto ao uso de “porém”, em “O primeiro deles, porém, corre o risco de ficar paraplégico”, 
considere as afirmativas a seguir. 
I. O conectivo serve para pôr em oposição o risco de ficar paraplégico e a ausência de risco de morte. 
II. A conjunção serve para estabelecer oposição entre os estados de saúde das duas vítimas. 
III. A conjunção está interposta entre o sujeito “O primeiro deles” e o verbo, o que requer que ela esteja 
entre vírgulas. 
IV. A conjunção pode ser deslocada para depois do termo “risco”, no mesmo período, sem exigir vírgulas 
antes e após seu uso. 
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38 
 
Assinale a alternativa correta. 
A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
Comentário: A afirmativa I está correta, pois na oração anterior foi descartado o risco de morte, contudo, há 
o risco da paraplegia. Assim, há uma oposição entre o risco de ficar paraplégico e a ausência de risco de 
morte. 
 A afirmativa II está correta, pois o risco de morte foi descartado para as duas vítimas, entretanto, 
apenas uma corre o risco de ficar paraplégica, havendo, portanto, a oposição entre os estados de saúde das 
duas vítimas. 
 A afirmativa III está correta, pois a conjunção “porém” está entre o sujeito da oração “O primeiro” e 
o verbo “corre”. Dessa forma, o conectivo está deslocado e a dupla vírgula é obrigatória. 
 A afirmativa IV está errada, pois, se a conjunção for deslocada para depois de “risco”, as vírgulas 
continuam sendo obrigatórias. Observe: 
O primeiro deles corre o risco, porém, de ficar paraplégico. 
 Portanto, as afirmativas I, II e II estão corretas e a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
34. (CETREDE/PREFEITURA MUNICIPAL DE CANINDÉ – CE – AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO 2018) 
Contudo, o grande detetive percebe não serem necessárias mais investigações... O termo destacado pode 
ser substituído, mantendo o mesmo valor sintático, por 
a) porque. 
b) se. 
c) portanto. 
d) ainda que. 
e) todavia 
Comentário: Nem precisamos colocar o texto para percebermos o valor adversativo da conjunção “contudo”. 
Assim, a alternativa (E) é a correta, pois “Contudo” e “Todavia” só podem ter valor coordenativo adversativo. 
Gabarito: E 
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35. (CETREDE/EMATERCE – AGENTE AUXILIAR DE ATER – AGROINDÚSTRIA 2018) 
 Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade... Esse período encerra ideia de 
a) explicação. 
b) adição. 
c) conclusão. 
d) adversidade. 
e) consequência. 
Comentário: Nem precisamos inserir o texto para identificarmos o sentido da conjunção “pois”, tendo em 
vista que tal conjunção,quando deslocada, só pode ter valor coordenativo de conclusão. 
 Assim, a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
36. (Consulplan / C.M.B.H. Redator 2018) 
O período que compõe a última fala do menino “Eu falei muito para você não pensar só em comida, mas 
você vai e não esquece.” possui 
a) conjunção adversativa que expressa um valor contrastivo e que pode ser substituída por “portanto”. 
b) conjunção que expressa uma relação de contraste entre dois fatos e pode ser substituída por “apesar 
disso” 
c) conectivo de coordenação “mas” podendo ser substituído por “daí que” anunciando um efeito do fato 
anterior. 
d) adjunto conjuntivo de explicação expressando a continuação lógica do raciocínio iniciado com a oração 
anterior. 
Comentário: A conjunção “mas” é coordenativa adversativa e transmite contraste. Por isso, a alternativa (B) 
é a correta. 
 A alternativa (A) está errada, pois a conjunção “mas” não pode ser substituída por “portanto”, que 
tem valor conclusivo. 
 A alternativa (C) está errada, pois a conjunção “mas” não pode ser substituída por “daí que”, que tem 
valor conclusivo. 
 A alternativa (D) está errada, pois a conjunção “mas” não transmite valor explicativo. 
Gabarito: B 
 
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37. (Consulplan / C.M.B.H. Técnico 2018) 
Fragmento do texto: Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com 
características físicas semelhantes às da Terra, vale perguntar se eles têm, de fato, a chance de abrigar 
formas de vida e, se tiverem, que vida seria essa. 
 Antes, alguns números importantes. Os melhores dados com relação à existência de outros planetas vêm 
do satélite da NASA Kepler, que anda buscando planetas como a Terra mapeando 100 mil estrelas na nossa 
região cósmica. 
 Pelo desenho da missão, a identificação dos planetas usa um efeito chamado de trânsito: quando um 
planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus passando em frente ao Sol) o brilho da estrela é 
ligeiramente diminuído. 
 Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela, a diminuição do brilho e, se 
possível, o período da órbita (quando o planeta retorna ao seu ponto inicial), é possível determinar o 
tamanho e massa do planeta. 
 Com isso, a missão estima que cerca de 5,4% de planetas na nossa galáxia têm massa semelhante à da 
Terra e, possivelmente, estão na zona habitável, o que significa que a temperatura na sua superfície permite 
a existência de água líquida (se houver água lá). 
Releia o trecho: “Com isso, a missão estima que cerca de 5,4% de planetas na nossa galáxia têm massa 
semelhante à da Terra e, possivelmente, estão na zona habitável, o que significa que a temperatura na sua 
superfície permite a existência de água líquida (se houver água lá).” (5º§) A expressão destacada estabelece 
que tipo de relação entre o conteúdo do parágrafo que introduz e o conteúdo do parágrafo anterior? 
a) Adição. 
b) Conclusão. 
c) Explicação. 
d) Adversidade. 
Comentário: A expressão “Com isso” pode ser substituída no contexto por “Portanto”, “Por conseguinte”. 
Assim, tal expressão tem valor coordenativo conclusivo e a alternativa (B) é a correta. 
Gabarito: B 
38. (Quadrix / CRM-DF - Serviço Administrativo – 2018) 
Fragmento do texto: Acho também possível desenvolver uma sociologia da solidariedade. E, 
filosoficamente, uma ética da solidariedade… Mas os saberes científicos e filosóficos da solidariedade não 
ensinam a solidariedade, da mesma forma como a crítica da música e da pintura não ensina às pessoas a 
beleza da música e da pintura. 
Rubem Alves. É assim que acontece a bondade. Internet:<www.portalraizes.com>(com adaptações) 
Julgue o item que segue, em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos. 
O conector “Mas” (linha 2) introduz oração com sentido explicativo. 
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41 
 
Comentário: A afirmação está errada, pois o conector “mas” introduz orações coordenadas adversativas. 
Ressalte-se que nunca a conjunção “mas” transmitirá valor explicativo. 
Gabarito: E 
39. (Inst. AOCP / ITEP RN Perito Criminal – 2018) 
Em “Objetividade é um campo complexo em filosofia, mas, certamente, alguém babando e adjetivando foge 
um pouco do perfil objetivo [...]”, os termos em destaque podem ser substituídos. sem prejuízo de sentido. 
respectivamente por 
a) porém, de fato. 
b) conquanto, na verdade. 
c) portanto, realmente. 
d) ademais, mormente. 
e) contudo, outrossim. 
Comentário: A conjunção “mas” inicia a oração coordenada sindética adversativa “mas, certamente, alguém 
babando e adjetivando foge um pouco do perfil objetivo”. Dentro dela, há o advérbio que transmite certeza 
“certamente”. 
 Note que somente as conjunções “porém” e “contudo” são adversativas. Assim, já eliminamos as 
alternativas (B), (C) e (D). 
 Além disso, somente as locuções adverbiais “de fato” e “na verdade”, além do advérbio “realmente” 
preservam o valor de certeza. 
 Assim, eliminamos também a alternativa (E) e resta a alternativa (A) como a correta. 
Gabarito: A 
40. (FCC / ALE SE Técnico Legislativo – 2018) 
A principal ressalva à inovação democrática do Jabuti, entretanto, é que já existe um prêmio do leitor. 
Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, o elemento 
sublinhado acima pode ser substituído por: 
(A) embora 
(B) conquanto 
(C) todavia 
(D) porquanto 
(E) assim 
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Comentário: A conjunção “entretanto” só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, pode ser 
substituída pela conjunção “todavia” e a alternativa (C) é a correta. 
Gabarito: C 
41. (FUNRIO / AL-RR - Procurador – 2018) 
Nesta perspectiva temos pela frente não a morte térmica, mas a transfiguração do processo cosmogênico se 
revelando em ordens supremamente ordenadas, criativas e vitais. (ℓ. 44-45) 
Nesse fragmento, o conector destacado pode ser substituído sem prejuízo de sentido por 
A) embora. 
B) contudo. 
C) caso. 
D) enquanto. 
Comentário: O conector “mas” só pode ter valor coordenativo adversativo. Dessa forma, ele só pode ser 
substituído por “contudo”, que também possui o mesmo valor coordenativo. Assim, a alternativa (B) é a 
correta. 
Gabarito: B 
42. (Funrio / CGE RO Assistente de Controle Interno – 2018) 
Fragmento do texto: Não quero nem devo lembrar aqui por que me encontrava naquela barca. Só sei que 
em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão. Na embarcação desconfortável, 
tosca, apenas quatro passageiros. Uma lanterna nos iluminava com sua luz vacilante: um velho, uma mulher 
com uma criança e eu. 
“Só sei que em redor tudo era silêncio e treva. E que me sentia bem naquela solidão”. Considerando o sentido 
do texto, o segundo período poderia ser adequadamente substituído por: 
(A) porque me sentia bem naquela solidão. 
(B) sentia-me bem, porém, naquela solidão. 
(C) logo me senti bem naquela solidão. 
(D) pois me sentia bem naquela solidão. 
(E) à medida que, naquela solidão, sentia-me bem. 
Comentário: Note que não seria natural alguém estar num lugar trevoso e se sentir bem. Assim, podemos 
entender um valor de contraste entre “treva” e “sentir bem”. 
 Com base nisso, a conjunção “E”, originariamente no texto, transmite valor adversativo e tal valor é 
preservado pelo emprego da conjunção “porém”, na alternativa (B). 
Gabarito: B 
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43. (Quadrix / CRM-DF - Assistente Administrativo – 2018) 
Fragmento do texto: A crueldadedo mercado de estética reside no seu modo de operação: a mesma 
propaganda que anuncia a oferta cria a demanda, o que não é, por certo, exclusividade desse mercado, pois 
a base fundamental da publicidade comercial é gerar atitude de consumo pela crença de uma necessidade, 
exista ela ou não. Entretanto, quando se trata do corpo-mercadoria, a autorreferência afeta seriamente a 
autoestima, cada vez mais sensível a esses estímulos. A mensagem geral é que somos inadequados para os 
padrões estabelecidos e não conseguiremos ser felizes sem consumir as soluções oferecidas. O bem-estar 
subjetivo é comprometido quando se interfere na capacidade individual de autoavaliação. 
Julgue a afirmação como C (CERTA) ou E (ERRADA) 
Pelas ideias expressas no oitavo parágrafo do texto, infere-se que o conector “e” (linha 07) está empregado 
em sentido adversativo. 
Comentário: Neste contexto, o conector “e” está empregado no sentido de adição. Assim, não cabe valor 
adversativo e a afirmação está errada. 
Gabarito: E 
44. (FCC / SEGEP MA Fiscalização Agropecuária – 2018) 
Fragmento do texto: Isso quer dizer que tanto a pessoa que oferece e instala os famosos 'gatonets' quanto 
os clientes que solicitam a pirataria poderão ser punidos com multa de até R$ 10 mil. Também está prevista 
reclusão de seis meses a dois anos, com a possibilidade de aumentar a pena em 50% caso fique provado 
danos a terceiros. 
 Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear 
sinal de TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob 
legislação específica. 
Dessa forma, as autoridades poderão não apenas confiscar equipamentos utilizados para piratear sinal de 
TV por assinatura, mas também poderão prender os responsáveis e colocá-los no sistema sob legislação 
específica. 
O trecho acima fica corretamente reescrito com a mudança da expressão destacada, preservando-se seu 
significado original, por: 
(A) Nada obstante 
(B) Todavia 
(C) Contudo 
(D) Assim sendo 
(E) Conquanto 
Comentário: A expressão “Dessa forma” inicia segmento que transmite a noção de efeito, resultado, 
conclusão. O conectivo que transmite o mesmo sentido é “Assim sendo”. 
 Assim, alternativa (D) é a correta. 
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Gabarito: D 
45. (Inst. AOCP / PM TO Aspirante a Oficial – 2018) 
Em “É preciso, pois, atentar para a qualidade dos atos que praticamos, porquanto da sua diferença se pode 
aquilatar a diferença de caracteres.”, o conectivo em destaque expressa, no período, sentido de 
a) concessão. 
b) consequência. 
c) conclusão. 
d) finalidade. 
e) explicação. 
Comentário: A conjunção “porquanto” é o mesmo que “porque”, “pois”. Assim, há valor explicativo e a 
alternativa correta é a (E). 
Gabarito: E 
46. (FCC / TRE PE Técnico Judiciário – 2018) 
Fragmento do texto: O que nos remete à questão do início; sendo um mal, por que necessário? Por dois 
motivos. Ao disseminar notícias e opiniões, a prática jornalística municia seus leitores de ferramentas para 
um exercício mais consciente da cidadania. Thomas Jefferson pretendia que o bom jornalismo fosse a escola 
na qual os eleitores haveriam de aprender a exercer a democracia. 
 O outro motivo é que os veículos, desde que comprometidos com o debate dos problemas públicos, 
servem como arena de ideias e soluções. O livre funcionamento das várias formas de imprensa, mesmo as 
sectárias e as de má qualidade, corresponde em seu conjunto à respiração mental da sociedade. 
 Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. A maioria das pessoas 
está de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para o 
que é público. Desde quando os tabloides eram o principal veículo de massas, passando pela televisão e pela 
internet, vastas porções de jornalismo recreativo vêm sendo servidas à maioria. 
Entretanto, o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. // A maioria das pessoas está 
de tal maneira consumida por seus dramas e divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para o que é 
público. 
Fazendo os devidos ajustes na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, as frases acima se articulam com 
coerência em um único período acrescentando-se, imediatamente após “minoria”, 
(A) conforme 
(B) por que 
(C) contudo 
(D) uma vez que 
(E) porém 
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Comentário: A informação de que a maioria das pessoas está de tal maneira consumida por seus dramas e 
divertimentos pessoais que sobra pouca atenção para o que é público é um esclarecimento a respeito da 
informação anterior, que é a de que o jornalismo dito de qualidade sempre foi objeto de uma minoria. 
 Como tais informações estão em dois períodos distintos, notamos aí orações coordenadas, em que a 
segunda é coordenada assindética explicativa. 
 Assim, com os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas, podemos inserir no início da segunda 
informação a locução conjuntiva “um vez que” e a alternativa (D) é a correta. 
Gabarito: D 
47. (FCC / DPE AM Assistente Técnico – 2018) 
Fragmento do texto: A rotina na Olaria era dura e foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira 
dos Educandos. Diferente dos outros, não ia precisar se mudar para o outro lado do igarapé. Podia continuar 
ali com os filhos, o marido Gualberto, o cozinheiro Bertoldo e Severa, filha de Domingos Mina. O salário não 
era grande coisa, mas a amizade antiga com Bertoldo garantia alimento extra à mesa para todos. A 
tranquilidade durou pouco. O diretor dos Educandos, certamente mal informado pela boataria maledicente, 
a demitiu do cargo alegando que era ladra e dada a bebedeiras. Menos de 3 meses depois, Apolinária já 
estava de volta ao trabalho nas obras públicas, com destino incerto. 
Considere a relação de sentido estabelecida entre as seguintes informações do quarto parágrafo: 
1. Foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos. 
2. A tranquilidade durou pouco. 
3. O diretor dos Educandos a demitiu do cargo. 
4. Menos de 3 meses depois, Apolinária estava de volta ao trabalho nas obras públicas. 
Sem prejuízo da mensagem, os conectivos que estabelecem coesão entre as frases, na ordem dada, são: 
a) todavia − pois − e 
b) porque − e − contudo 
c) portanto − contudo − então 
d) porque − portanto − porém 
e) então − todavia − porque 
Comentário: Observando o parágrafo do texto e o conteúdo explorado em cada período, notamos facilmente 
a ligação entre eles. 
 Note um estado inicial de alegria e tranquilidade, tendo em vista que Apolinária seria a lavadeira dos 
Educandos. Mas em seguida vem uma informação contrastante, pois esse estado de alegria durou pouco. 
Assim, entre o primeiro e segundo períodos, podemos inserir uma conjunção adversativa (“todavia”). E já 
sabemos que só cabe a alternativa (A) como a correta. No terceiro período, há um esclarecimento de essa 
tranquilidade ter durado pouco. É que o diretor dos Educandos a demitiu do cargo. O último período marca 
novo contraste, pois ele volta ao trabalho. Assim, a conjunção “e” tem valor adversativo. Confirme: 
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Foi com alegria que Apolinária soube que seria a lavadeira dos Educandos, todavia a tranquilidade durou 
pouco, pois o diretor dos Educandos a demitiu do cargo, e menos de 3 meses depois, Apolinária estava de 
volta ao trabalho nas obras públicas. 
Gabarito: A 
4 – COMENTÁRIOS DO AUTOR/ORAÇÕES PARENTÉTICAS 
 Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes as orações intercaladas. Elas 
não fazem parte do grupo deorações coordenadas, pois são inserções feitas pelo autor, com 
desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa 
estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite certos valores 
semânticos: 
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: 
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores amigos. 
b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: 
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada. (Machado de 
Assis) 
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau: 
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe. 
d) escusa: o falante se desculpa: 
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de 
ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...” (Machado de 
Assis) 
e) permissão: o falante solicita algo: 
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela ocasião uma 
espécie de peteca.” (Machado de Assis) 
f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado: 
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui. 
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu severamente aos 
fariseus.” (Camilo Castelo Branco) 
 Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito. 
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 Tais expressões entre parênteses não são hipotéticas, não são suposições. Assim, eliminamos 
também a alternativa (D), restando a (B) como a correta. 
Gabarito: B 
49. (VUNESP / C.M. Dois Córregos Oficial de Atendimento – 2018) 
Mas a mulher australiana de 27 anos não tem uma memória comum – ela foi diagnosticada com uma 
síndrome rara chamada “Memória Autobiográfica Altamente Superior”, ou HSAM na sigla em inglês, também 
conhecida como Síndrome da Supermemória. 
O travessão introduz, com relação ao que se afirma anteriormente, uma informação com sentido 
(A) explicativo. 
(B) hipotético. 
(C) corretivo. 
(D) contraditório. 
(E) concessivo. 
Comentário: A oração “ela foi diagnosticada com uma síndrome rara chamada ‘Memória Autobiográfica 
Altamente Superior’, ou HSAM na sigla em inglês, também conhecida como Síndrome da Supermemória” é 
coordenada assindética explicativa. Assim, a alternativa (A) é a correta. 
Gabarito: A 
50. (VUNESP / Pref Presidente Prudente-SP Engenheiro – 2016) 
Assinale a alternativa em que a expressão destacada expressa uma advertência do autor. 
a) Há muitas e muitas décadas – para não dizer séculos –, a humanidade tenta decifrar o impacto do avanço 
tecnológico em nossa vida. 
b) Por outro lado, – e que ninguém duvide disso –, é a força primeira que faz o mundo andar. 
c) A razão é clara: as novas tecnologias são, a um tempo, motivo de alegria e tristeza, dependendo do ângulo 
por que se olhe. 
d) Por um lado, o avanço das técnicas torna ultrapassadas inúmeras empresas e uma multidão de 
trabalhadores. 
e) Desde o domínio do fogo e das primeiras ferramentas de pedra, as conquistas humanas apresentam a 
característica de modificar nossos hábitos. 
Comentário: A questão nos cobra o conhecimento das orações intercaladas, isto é, do comentário do autor 
com um conteúdo semântico específico: “advertência”, como vimos na letra “a” da teoria acima. Fica fácil 
perceber que a única alternativa que apresenta em negrito o comentário à parte do autor é a (B). Além disso, 
percebemos o tom de advertência: “e que ninguém duvide disso”. 
 As demais estruturas em negrito não transmitem advertência. 
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 Nas alternativas (A), (C) e (E), as estruturas em negrito transmitem noção temporal. 
 Na alternativa (D), a estrutura em negrito transmite a restrição a um lado, a qual sugere uma 
afirmação contrastante na sequência: por um lado...por outro lado. 
Gabarito: B 
51. (FGV / Detran Assistente de Trânsito – 2013) 
“A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes, servindo 
ao mesmo tempo como instrumento de educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de 
cinto de segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas alcoólicas ao dirigir, do 
uso da faixa de pedestres, entre outras, são comprovadamente eficientes”. 
No caso desse segmento do texto, o segundo período, em relação ao primeiro, funciona como 
(A) retificação do que foi dito anteriormente. 
(B) explicação de um dos termos anteriores. 
(C) exemplificação de campanhas educativas. 
(D) citação de casos motivadores de acidentes graves. 
(E) enumeração de novas campanhas a serem feitas. 
Comentário: Veja que o segundo período inicia-se com a palavra “Campanhas”. Assim, essas campanhas “de 
mobilização pelo uso de cinto de segurança”, “das práticas positivas na direção”, “da não utilização de 
bebidas alcoólicas ao dirigir”, “do uso da faixa de pedestres” são os exemplos de instrumentos de educação 
e conscientização, mencionados na afirmação anterior. 
Gabarito: C 
52. (FGV / Câmara Municipal de Recife Analista – 2014) 
Galileu, maio 2009 
 “Alguns alimentos têm as características modificadas quando entram em contato com o ar porque ocorre 
uma troca de umidade. Os pães ficam duros porque têm muita água, e os biscoitos amolecem devido ao fato 
de quase não levarem água”. 
Em relação ao primeiro período do texto, o segundo período funciona como: 
(A) oposição a uma afirmação anterior; 
(B) retificação de algo afirmado; 
(C) repetição, em outras palavras, de algo já dito; 
(D) exemplificação de um fato; 
(E) explicação de um conceito. 
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50 
 
Comentário: Observe que o segundo período apresenta exemplos de alguns alimentos que têm 
características modificadas quando entram em contato com o ar, como “pães” e “biscoitos”. 
 Assim, a alternativa (D) é a correta. 
 Talvez você ficasse na dúvida entre as alternativas (C) e (E), porém deve observar que o segundo não 
repetiu as informações com outras palavras, não se quis reproduzir a informação anterior por meio de 
sinônimos. Na alternativa (E), veja que não houve conceito no primeiro período, mas apenas uma afirmação. 
Um exemplo de conceito seria: “Alimentos são todas as substâncias e proteínas utilizadas pelos seres vivos 
como fontes de energia.”. Além disso, vê-se que não houve uma simples explicação, mas exemplos como 
confirmação da informação anterior. 
Gabarito: D 
53. (Consulplan / Prefeitura Uberlândia-SP Advogado – 2012) 
Fragmento do texto: Proteção, sim; violação de privacidade, não. Esse é o desejo dos consumidores 
brasileiros que navegam na Internet. E esse é o mote – mais que o mote, o alerta – que orienta a campanha 
lançada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira, contra o Projeto de 
Lei 84/99, que trata de crimes cibernéticos. 
O uso de travessões no parágrafo acima indica 
A) uma citação textual. 
B) introdução de uma enumeração. 
C) dúvida e hesitação referentes às ideias do texto. 
D) atribuição de expressividade ao trecho que eles separam. 
E) destaque de palavras não características da linguagem padrão. 
Comentário: O trecho entre travessões é um comentário à parte do autor, o qual tem como finalidade 
intensificar o sentido do vocábulo “mote”. Assim, entendemos que houve uma nova atribuição de 
expressividade ao trecho “E esse é o mote ... que orienta a campanha lançada pelo Instituto Brasileiro de 
Defesa do Consumidor (Idec) na última terça-feira, contra o Projeto de Lei 84/99, que

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