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Aula 02 Português p/ PM-DF (Soldado) - Com videoaulas Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 78 Aula 2: Sintaxe do período composto por coordenação. Pontuação. SUMÁRIO PÁGINA 1. Diferença entre frase, período e oração e a pontuação 1 2. Diferença entre coordenação e subordinação 14 3. Estrutura básica do período composto por coordenação 17 4. Comentário do autor 52 5. O que devo tomar nota como mais importante? 55 6. Lista das questões apresentadas 56 7. Gabarito 78 Olá, pessoal! Nesta aula, trabalharemos o período composto por coordenação, abordando o princípio gramatical de frase, período e oração, o uso das conjunções e da pontuação. São poucas as questões da FUNIVERSA que cobram especificamente este assunto, mas ele é muito importante, pois nos ajuda na resolução que envolve outros assuntos, por isso inseri muitas questões para treinarmos, mesmo não sendo dessa banca. Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e oração. Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações finais (. ! ? : ...). Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula. Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação. O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase declarativa: As aulas terminaram mais cedo. O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um sentimento. A frase terminada com esta pontuação é chamada de frase exclamativa: Socorro! Ajude-me! Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 78 O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta: Por que você não veio ontem? Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor: O rombo da corrupção? O povo paga. Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O povo paga o rombo da corrupção. Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima. Questão 1: Prefeitura C.V. 2010 Fiscal (banca Consulplan) Fragmento do texto: O consumo médio da humanidade disparou. Entre 1800 e 2010 a população mundial cresceu, aproximadamente, sete vezes (de 1 bilhão para 7 bilhões de habitantes) e a economia (PIB) aumentou cerca de 50 vezes. Mas o crescimento da riqueza se deu à custa da pauperização do planeta. Uma boa forma de dimensionar o impacto do ser humano na Terra é a pegada ecológica. Em “Uma boa forma de dimensionar o impacto do ser humano na Terra é a pegada ecológica.” o ponto final ( . ) foi utilizado para: A) Encerrar período declarativo. B) Exprimir indignação ou súplica. C) Isolar elementos repetidos. D) Marcar abreviaturas. E) Indicar perguntas, questionamentos. Comentário: Questão simples, não é mesmo? Vimos que o ponto final faz parte de frases declarativas. Assim, a alternativa correta é a (A). A alternativa (B) está errada, porque a pontuação que exprime indignação ou súplica é o ponto de exclamação, apoiado pelo uso de verbos adequados. A alternativa (C) está errada, porque a pontuação que isola elementos repetidos é a vírgula. A alternativa (D) está errada, porque não há abreviaturas nesta frase. A alternativa (E) está errada, porque a pontuação que indica perguntas, questionamentos é o ponto de interrogação. Gabarito: A Questão 2: Prefeitura Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan) No trecho “Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio.” o ponto final ( . ) foi utilizado para: A) Mostrar que a oração está em sentido diverso do usual. B) Indicar que parte de uma citação foi omitida. C) Indicar maior pausa. D) Encerrar uma oração exclamativa. E) Marcar termos deslocados. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 78 Comentário: O ponto final é uma pausa maior que a vírgula, o travessão e o ponto e vírgula, além de servir como fechamento de frase declarativa. Assim, a alternativa correta é a (C). A alternativa (A) está errada, porque a pontuação que mostra que a oração está em sentido diverso do usual é a exclamação ou até mesmo as reticências. A alternativa (B) está errada, porque a pontuação que indica que parte de uma citação foi omitida são as reticências. A alternativa (D) está errada, porque a pontuação que encerra uma oração exclamativa é o ponto de exclamação. A alternativa (E) está errada, porque a pontuação que marca termos deslocados é a vírgula. Gabarito: C Questão 3: Prefeitura Riachuelo 2010 Aux. Adm (banca Consulplan) Fragmento do texto: O povo da cidade, que é o propriamente civilizado – porque civilização significa, essencialmente, viver na cidade –, é feito de gente sem cara, descaracterizada. Gente que perdeu a noção de suas origens, esqueceu suas tradições, e que se deixa levar por qualquer novidade; seja um sacerdote milagreiro, seja um programa de televisão. Sua qualidade principal é a sua inconstância. Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas. No trecho “Estão sempre mudando os seus modos e as suas modas.” o ponto final ( . ) foi utilizado para: A) Denotar espanto ou dor. B) Indicar maior pausa. C) Separar o aposto intercalado. D) Dar início a uma sequência que discrimina uma ideia anterior. E) Isolar indicações. Comentário: O ponto final é utilizado para finalizar uma frase declarativa. Assim, quando se quer objetivamente terminar um enunciado, escolhe-se este sinal de pontuação. Agora, vamos às alternativas!!!! A alternativa (A) está errada, pois, quando queremos denotar espanto ou dor, usamos o ponto de exclamação. (Ex: Não suporto mais!) A alternativa (C) está errada, pois, quando queremos separar termo intercalado, fazemos por meio de vírgulas. (Ex: Júlio, responsável pelo setor, anunciou nova proposta.) A alternativa (D) está errada, pois, quando queremos dar início a uma sequência que discrimina uma ideia anterior, usamos os dois-pontos. (Ex: Estes são os responsáveis pela proposta: Júlio, Marcos e Roberto.) A alternativa (E) está errada, pois, quando queremos isolar indicações, usamos vírgula. (Ex: O serviço público baseia-se na impessoalidade, conforme interpretação do artigo 37 da CF/88) Gabarito: B Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 78 Questão 4: CODESP 2012 Artesão (banca Consulplan) Fragmento do texto: Pensaram mal do que viram e o mataram a flechadas. Ele morreu cheio de flechas pelo corpo. Em “Ele morreu cheio de flechas pelo corpo.”, o ponto final ( . ) foi utilizado para A) marcar surpresa ou espanto. D) inserir uma explicação. B) marcar uma maior pausa. E) acrescentar uma reflexão. C) realizar um questionamento. Comentário: Vimos, pelas questões anteriores, o ponto final como pausa maior. Assim também ocorreu nesta. Gabarito: B Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas, mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação serão vistos adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Veja: O ministro declarou: “Há dois anosos juros estavam mais baixos.” Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do “personagem”. Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ seria a voz do personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador. Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem. Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário. Veja: Discurso direto: O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.” Discurso indireto: O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos. Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o uso das aspas, o que nos ajudará bastante nas questões que envolvem citações. Aspas As aspas são empregadas: a. Em citações textuais diretas: O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.” O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?” Alguém comentou: “Não acredito!” Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 78 Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser usadas quando se quer dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em particular: O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou destaque) O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras usadas pelo Ministro) O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica numa palavra, sobressaindo uma ideia) b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra: O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da carga tributária, arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra... Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso de pronunciamento oral, indicarão a ironia ou impropriedade. c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras estrangeiras ainda não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o seu uso no texto: Essa manobra tem ar de “maracutaia”. O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria dos presentes, que era de leigos. Favor dar um “feedback” confirmando sua presença. d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, exemplificações e assemelhados: Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de reitores. O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um conjunto é o “máximo divisor comum”. Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, “contra”. Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”... Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma real”. Questão 5: ALEMA 2013 – Consultor Legislativo (banca FGV) Fragmento do texto: No início do mês, um assaltante matou um jovem em São Paulo com um tiro na cabeça, mesmo depois de a vítima ter lhe passado o celular. Identificado por câmeras do sistema de segurança do prédio do rapaz, o criminoso foi localizado pela polícia, mas – apesar de todos os registros que não deixam dúvidas sobre a autoria do assassinato – não ficará um dia preso. Menor de idade, foi “apreendido” e levado a um centro de recolhimento. O máximo de punição a que está sujeito é submeterǦse, por três anos, à aplicação de medidas “socioeducativas”. No primeiro parágrafo do texto aparecem entre aspas os vocábulos “apreendido” e “socioeducativas”. O motivo da utilização desses sinais gráficos Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 78 é indicar que esses vocábulos (A) foram empregados em sentido figurado. (B) registram vocábulos empregados em relação a jovens infratores. (C) marcam a intenção textual de destacar termos importantes. (D) indicam a presença de um novo sentido aplicado a tais vocábulos. (E) criticam a linguagem empregada em caso de crimes contra jovens. Comentário: Note que o autor do texto demonstra, por suas palavras e pela forma como narrou o fato, crítica à situação de um menor não ficar preso, mesmo tendo matado alguém de forma banal, pois a vítima já havia passado ao menor criminoso o celular. Essa crítica se mostra também pelas aspas nas palavras “apreendido” e “socioeducativas”. Por que a palavra “apreendido” e não “preso”? Por que o menor não vai ficar na prisão, lugar que parece ser o ideal na visão do autor? Por que medida “socioeducativa”? Na visão do autor, possivelmente essas medidas são perigosas e não educam o jovem infrator. Assim, as aspas não foram usadas em sentido figurado, por isso eliminamos a alternativa (A); não foram usadas para marcar simplesmente termos importantes, como termos técnicos, por isso eliminamos a alternativa (C); não foram usadas para aplicar novo sentido, por isso eliminamos a alternativa (D); e não foram usadas especificamente para criticar crimes contra jovens, mas crimes realizados pelos menores. Assim, resta a alternativa (B) como correta, pois as aspas foram usadas para registrar vocábulos empregados em relação a jovens infratores, criticados pelo autor do texto. Gabarito: B Questão 6: DPE RJ 2014 Técnico (banca FGV) Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de comunicação. No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas porque (A) mostra uma frase sem respeito pela norma culta. (B) indica o tópico central do parágrafo. (C) destaca uma ironia da autora do texto. (D) copia uma expressão popular. (E) enfatiza uma ideia importante do texto. Comentário: As aspas pode indicar expressões não dicionarizadas, típicas de linguagem popular, como ocorre com a expressão “onde o sapato aperta”. Assim, observamos que a alternativa (D) é a correta. Gabarito: D Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 78 Questão 7: DECEA 2012 Controlador de Tráfego Aéreo (banca Cesgranrio) A Associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhoras, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abrirão. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. O emprego das aspas em algunstrechos do texto desempenha principalmente a função de (A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador. (B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor. (C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor. (D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa. (E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases. Comentário: Note que as aspas sinalizam as falas das aeromoças, como “Como você está bonita, como você está conservada.”; “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?”; “Algo para beber, senhora?” e até a voz das aeromoças cantando o hino: “Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”. Assim, está correta a alternativa (A), pois realmente as aspas indicam discurso de pessoa diferente do narrador. Gabarito: A Questão 8: CODEG 2013 Auxiliar-Administrativo (banca Consulplan) Fragmento do texto: E isso pode criar uma situação inusitada – por instituir uma pena branda demais, a nova lei pode estimular o delito, em vez de coibi- lo. “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que uma cesta básica”, diz Opice Blum. Aos criminosos, cometer o delito, ser pego e ter de pagar pelo crime de invasão, pode compensar. O uso da vírgula em “‘Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que uma cesta básica’, diz Opice Blum.” justifica-se por A) separar um vocativo. B) separar um adjunto adverbial anteposto. C) acrescentar oração justaposta para registro de ato de fala. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 78 D) antecipar um termo que será retomado por um pronome. E) separar um adjunto adverbial na sua ordem natural para realçá-lo. Comentário: A expressão entre aspas “Tem muito computador por aí com informação que vale muito mais do que uma cesta básica” é o recorte da fala de Opice Blum, conforme se observa com a vírgula, seguida da oração “diz Opice Blum”. Assim, a alternativa correta é a (C). Gabarito: C Questão 9: PM TO 2013 Nível médio (banca Consulplan) Fragmento do texto: Não é difícil para um hacker, com o conhecimento técnico certo, invadir um computador pessoal e colher dali fotos e informações que possa usar para denegrir a imagem da vítima na Internet ou chantageá- la. Mas para alcançar seu objetivo, o criminoso depende da ajuda do usuário: o clique em um link desconhecido, enviado na maioria das vezes por e-mail. “O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo”, explica, ao site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho. O uso das aspas no texto indica (A) citação textual. (B) expressão em evidência. (C) interrupção do pensamento. (D) movimento ou continuação de um fato. Comentário: Citação é o recorte da fala de alguém ou das expressões de leis, de livros etc. A expressão entre aspas “O criminoso encontra uma forma de entrar, mas precisa de um ambiente favorável. E isso acontece quando você clica em um link que não é seguro ou mantém uma senha fraca para acesso ao e-mail, por exemplo” é o recorte da fala de Wanderson Castilho, conforme se observa com a expressão “explica, ao site de VEJA, o especialista em crimes virtuais, Wanderson Castilho”. Assim, a alternativa correta é a (A). Gabarito: A Questão 10: Prefeitura Jahu-SP 2012 Caixa (banca Consulplan) Fragmento do texto: Os meninos são mais propensos a morrer em seu primeiro ano de vida e mais sujeitos a se envolver em acidentes fatais ou com esportes que oferecem riscos de vida. Por isso, as mulheres ainda poderão prosseguir na dianteira, em se tratando de expectativa de vida, nos próximos anos. De acordo com David Leon, da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, “em virtualmente todos os países do mundo, as mulheres ainda têm uma ligeira vantagem”. Mas ele afirmou que as disparidades estavam diminuindo em alguns países. Os países que contam com baixas expectativas de vida, como a África subsaariana, têm pouca diferença entre os sexos. “Isso se deve ao fato de que tais nações, segundo David Leon, enfrentam doenças infecciosas que ‘não escolhem entre homens e mulheres’”. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 78 Em países que conseguiram superar as taxas das principais doenças infecciosas, como os do Leste Europeu, a diferença é maior, ainda dominada por fatores ligados aos contrastantes estilos de vida de homens e mulheres, comenta o pesquisador. Durante um período, na década de 90 as expectativas de vida na Rússia chegaram a alcançar um nível de 13 anos de diferença entre homens e mulheres. Em uma terceira categoria de países, entre as quais se inclui a Grã- Bretanha, a expectativa de vida começa a diminuir. “Os homens estão começando a se portar melhor e as mulheres estão adotando expectativas de vida dos homens”, afirma Leon. A frequente utilização das aspas no texto ocorreu porque o autor pretendeu A) marcar citação bibliográfica. B) indicar citação ou transcrição textual. C) realçar ironicamente algumas expressões. D) isolar expressões estranhas à língua culta. E) mostrar palavras usadas fora de seu sentido habitual. Comentário: Note que várias vezes, neste trecho do texto, o autor usa as palavras de David Leon para reforçar seus argumentos. Para isso, usa o discurso direto, e a citação da fala de Leon é sinalizada pelas aspas. Assim, a alternativa correta é a (B). Gabarito: B Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, as quais serão vistas adiante. Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto. Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição, entra num colégio em Realengo (RJ) e... Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de 2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor) quer nossa atenção ao problema. Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais coisas”, muito usada para que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já elencados transmitem a informação necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão seguinte. Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre o uso deste sinal de pontuação: Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 78 Reticências As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso sobretudo literário), para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses dois últimos casos, são usadas: a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está incompleta: Se o projeto será aprovado? Bem... b. Para indicar hesitação: Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo. c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, quando o orador é interrompido): – O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração) – Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe) – ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da declaração,após a interrupção. Em seguida, foi concedida a palavra a outrem) d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, recomendando-se neste caso o seu emprego entre colchetes: “A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.” (CF, art. 182) Questão 11: CODESP 2012 Agente Comunitário (banca Consulplan) Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou, levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu- a de presente para a sua esposa. Ela ficou muito feliz... Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma. Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para A) exprimir indignação. D) finalizar uma interrogativa direta. B) inserir uma explicação. E) indicar a continuidade de uma ação ou fato. C) acrescentar uma reflexão. Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto nos mostra que não houve expressão de indignação, explicação ou Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 78 interrogativa. Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas perceba que é o parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não o emprego das reticências. Assim, a alternativa (E) é a correta, pois a esposa recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso das reticências, houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de serem expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor. Gabarito: E Questão 12: Prefeitura C.V. 2010 Oficial Administrativo (banca Consulplan) Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali perto de uma enorme cabeça do Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas. “Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho anterior, as reticências (...) foram utilizadas para: A) Separar palavras da mesma classe gramatical. B) Indicar continuação do pensamento. C) Abreviar. D) Suprimir, intencionalmente o verbo. E) Destacar termos explicativos enfáticos. Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma interpretação a mais do leitor: fazê-lo comparar, aprofundar no tema, naquilo que foi dito. Esse recurso é muito utilizado em crônicas, pois o autor quer chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto. Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a alternativa correta é a (B). De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo valor, usamos a enumeração por meio de vírgulas. De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para abreviar. Isto depende muito do contexto, e não cabe esta interpretação neste trecho do texto. De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é chamada de elipse verbal. Neste caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo Matemática; você, Português. A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido para evitar repetição de palavra. De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos enfáticos, podemos separar por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja: No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática brasileira). Gabarito: B Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 78 Questão 13: IBASCAF – 2011 – Advogado (banca Fund. Dom Cintra) Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc. Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o homem tivesse inventado o bloco de notas. “Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que: A) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita. B) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita. C) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões. D) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa que favorece o riso. E) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os detalhes informativos ao leitor. Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não interessava listar todas ao leitor. Dessa forma, a alternativa correta é a (B). A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não ocorreu por esquecimento. A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo: Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates. Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à presunção de inteligência de alguém. Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” deste texto. A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, na linguagem, com a adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”. A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura “etc” não poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido elencados. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 13 de78 Gabarito: B Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período. Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo. Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá. Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja: “Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. “Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo. “Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo. “Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo. Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo. Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal. Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve ser a mesma da frase: . ! ? : ... Questão 14: Sec Edu – 2011 – Inspetor (banca CEPERJ) Classifica-se como frase nominal: A) “E por quê, amorzinho?” B) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.” C) “Detesto!” D) “– Não me diga!” E) “Tá todo cheio de buracos!” Comentário: A frase nominal é o enunciado de sentido completo sem verbo. A frase verbal é o enunciado de sentido completo com verbo. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois é o único enunciado sem verbo. Gabarito: A Agora veremos a oração. A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo. Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas. Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque, além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo diferente. Assim, vejamos: 1. “Socorro!” (apenas frase) 2. “Ajude-me!” (frase, período e oração) 3. “Olá!” (apenas frase) 4. “Você está bem?” (frase, período e oração) Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 78 5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações) Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período simples é também uma oração absoluta. Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”. Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o mesmo que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ... Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da pontuação final vista acima, a oração pode ser sucedida por: , ; ņ e às vezes não receberá nenhuma pontuação. Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por subordinação. Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um nome conforme sua função. Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de absoluta. Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação semântica também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação. Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação: Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova, passará no concurso. Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que temos também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto. O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse resultado, deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades, ficar calmo durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as chamamos de estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o mesmo valor: condição. Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO. Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si. 1 2 3 4 Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 78 Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação) foi necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”. Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso, além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de subordinação. Elas precisam de outra para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4, ela teria sentido? Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova ...passará no concurso do TSE. Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas) tenham sentido. Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas, paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4 (principal). A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a outra também coordenada (ou também chamada de oração inicial). Questão 15: Pref Poço Redondo 2010 Ag. de Trânsito (banca Consulplan) Fragmento do texto: As diversas formas de manipulação da linguagem parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) O período é constituído de: quatro orações, uma principal e três subordinadas. Comentário: Cada oração é constituída de um verbo. Assim, primeiro devemos apontá-los: Há apenas três orações, baseadas na locução verbal “parecem indicar” e nos verbos “existem” e “reconstruída”. As diversas formas de manipulação da linguagem parecem indicar que existem duas realidades bastante diferentes: a realidade objetiva e a realidade reconstruída pelo discurso da comunicação. Veremos na aula de orações adjetivas que a palavra “reconstruída” pode ser entendida como um verbo iniciando uma oração reduzida de particípio. Mas isso é assunto para outra aula, ok!!! Por enquanto, não temos que achar as orações subordinadas. Devemos apenas entender que há três (e não quatro) orações. Gabarito: E A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja: “Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.” 1 2 3 Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 78 Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos “carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo). Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser substantivos (quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e verbos (quando queremos demonstrar uma sequência de ações). Veja: Enumeração de substantivos: Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno. Enumeração de adjetivos: Achei a pintura clara, intrigante, linda! Sequência de ações: Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa. Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não. Mas isso não é novidade, não é?Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar separado pela conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório, desde que haja uma vírgula em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu não inserir a conjunção “e”. Questão 16: MAPA 2014 Administrador (banca Consulplan) Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a polêmica, o debate, a controvérsia.”. A) Separar uma enumeração. B) Separar expressões retificativas. C) Separar uma aposição explicativa. D) Separar termos que serão retomados por pronome. Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados “conversação entre iguais”, “a polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”. Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta. Gabarito: A Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores semânticos, de acordo com o esquema a seguir: 1 2 3 Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 78 Esquema do período composto por coordenação ______________________ e ____________________. (aditiva) ______________________, mas _________________. (adversativa) ______________________ ou ___________________. (alternativa) ______________________, portanto ______________. (conclusiva) ______________________, pois _________________. (explicativa) oração inicial (ou assindética) oração coordenada sindética Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”. A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma oração coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai depender de seu valor semântico, conforme apontado nesse esquema. Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso as chamamos de orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será obrigatória, independente do sentido. Exemplo: Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética) Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética) Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e a possibilidade de troca de conjunções de mesmo sentido. Vejamos os principais valores: 1) Aditivas: ______________________ e ____________________. (aditiva) oração inicial(ou assindética) oração coordenada sindética As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma lógica. As principais são: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como, tanto...quanto. Período composto por coordenação Período composto por coordenação Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 78 Ex.: Ele caminha e corre todos os dias. Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do período composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção aditiva, como mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos. Ele não caminha nem corre. Josefina não trabalha, tampouco estuda. Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos. A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações: a) quando o sujeito for diferente: Ana estudou, e Jucélia trabalhou. Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa. b) quando o sentido for de contraste, oposição: Estudei muito, e não entendi nada. Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta vírgula é considerada obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula. c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja: Enumeração subjetiva: _________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________. A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante. A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos argumentos. Agora, vejamos a enumeração objetiva: Enumeração objetiva: _________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________. A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova e saiu confiante. Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar aquilo que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa enumeração subjetiva. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 78 Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias. Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem prejuízo gramatical. Veja: _________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________. A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou tranquila, realizou a prova, saiu confiante. A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas. Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja: Uso do ponto e vírgula: ____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________. Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes. Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula, porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório, porém transmite maior clareza na enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da conjunção “e” que une os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como apenas um. Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna: ____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________ e _________. ____ e_____, ____e____, _________, ____ e ____, _________, e _________. ____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________ e _________. 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 78 ____ e_____; ____e____;_________; ____ e ____; _________; e _________. Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso torna o texto mais claro ao leitor. Exemplo: A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com particularidades ainda não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem trazido prejuízos àqueles que não se adaptam ao novo. Questão 17: TJ BA 2015 Analista Judiciário(banca FGV) O segmento abaixo em que a conjunção E tem valor adversativo, e não aditivo, é: (A) “Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em mais rápida expansão”; (B) “Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio”; (C) “São também os únicos produtos (legais) que, usados como manda o figurino, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes os matam”; (D) “Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, dos Estados Unidos,..”; (E) “Isso dá grandes lucros para a indústria do tabaco, e enormes prejuízos para os clientes”. Comentário: Fica patente o emprego da conjunção “e”, com valor adversativo, na alternativa (E), pois há a oposição “grande lucros” e “enormes prejuízos”. Gabarito: E Questão 18: ISS Niterói 2015 Fiscal de Tributos (banca FGV) O segmento, abaixo transcrito, em que o conectivo E tem valor de oposição é: (A) “...nossos filhos possuem brinquedos de verdade: caixas e caixas de brinquedos que eles deixam de lado em questão de dias”; (B) “Temos jardins equipados com carrinhos de mão, tesouras, podões e cortadores de gramas”; (C) “Temos máquinas de remo em que nunca nos exercitamos, mesa de jantar em que não comemos e fornos triplos em que não cozinhamos”; (D) “São os nossos brinquedos: consolos às pressões incessantes por conseguir o dinheiro para comprá-los, e que, em nossa busca deles nos infantilizam”; (E) “Na minha vida, devo admitir que andei fascinado pelo brilho do consumo e ao mesmo tempo enojado”. Comentário: Vimos anteriormente que a conjunção “e” pode assumir um valor de oposição. Vimos, inclusive, que deve receber vírgula. Mas note que a 1 2 3 4 5 1.1 1.2 2.1 2.2 4.1 4.2 6 Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 78 questão não cobra pontuação, então resolva a questão focando basicamente no sentido. Na alternativa (A), a conjunção “e” une dois substantivos repetidos (caixas e caixas). Assim, não há oposição, mas realce. Na alternativa (B), a conjunção “e” une o penúltimo substantivo da enumeração e o último. Assim, há apenas junção, adição, e não oposição. Na alternativa (C), há também uma enumeração. Há três substantivos enumerados (“máquinas”, “mesa” e “fornos”) e seguidos de seus especificadores. Assim, a conjunção “e” une o penúltimo substantivo da enumeração e o último. Por isso, há apenas junção, adição, e não oposição. Na alternativa (D), ocorre uma liberdade linguística do autor, haja vista que não houve paralelismo, pois a conjunção “que”, em seguida, não é ligada a nenhuma outra neste período. Problemas gramaticais à parte, o que importa é que não visualizamos oposição nesta alternativa, apenas adição. A alternativa (E) é a correta e fica clara a ideia de oposição, tendo em vista a noção contrastante da expressão “andei fascinado pelo brilho do consumo” em relação a “enojado”. Ora, se estamos fascinados por algo, não seria natural ficarmos enojados. Assim, há oposição. Observação: É fato que a conjunção “e” que possua valor adversativo deve ser precedida de vírgula, porém isso não foi empregado pelo autor do texto. Mas note que a questão não fez nenhuma menção ao sinal de pontuação. Simplesmente devemos nos ater ao sentido da conjunção. Gabarito: E Questão 19: Detran 2013 – Analista (banca FGV) Sobre a pontuação em “Três fatores criam a confusão: semáforos desligados; alagamentos nas ruas; falta de energia.” PodeͲse afirmar corretamente que (A) os dois pontos antecipam uma enumeração. (B) as ocorrências de (;) mostram finalidades diferentes. (C) os (;) mostram elementos em oposição. (D) a última ocorrência de (;) poderia ser substituída por “ou”. (E) após (:) a palavra seguinte deveria iniciarͲse com letra maiúscula. Comentário: Vimos na teoria que devemos usar o ponto e vírgula quando há uma divisão interna. Porém, o autor desse texto usou o ponto e vírgula para separar elemento enumerado de pequena dimensão. Essa pontuação não é a ideal gramaticalmente, por isso a questão não perguntou se está correta a pontuação, mas simplesmente o motivo do uso dos sinais de dois pontos e do ponto e vírgula, tudo bem? A alternativa (A) é a correta, pois realmente o sinal de dois pontos antecipa a enumeração de três termos coordenados aditivos. A alternativa (B) e (C) estão erradas, pois as ocorrências de (;) mostram finalidades iguais: enumeração de termos coordenados aditivos. A alternativa (D) está errada. Como há enumeração de termos coordenados aditivos, não cabe a conjunção alternativa “ou” no último Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 78 elemento, mas a conjunção aditiva “e”. A alternativa (E) está errada. Como há uma enumeração, não há início de frase, por isso não cabe inicial maiúscula na primeira palavra após os dois pontos. Gabarito: A Questão 20: Funarte – Assistente Administrativo 2014 (Banca FGV) Em todos os segmentos abaixo, a conjunção “E” une ações ocorridas em tempos sucessivos; assinale o caso em que as ações ligadas por essa conjunção indicam momentos simultâneos: (A) “Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo tempo que possa ser dispensado à sua leitura”; (B) “Falam-nos de gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará, ou não, parte das nossas vidas”; (C) “Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até ao fim da vida”; (D) “...a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela”; (E) “...a porta se abriu e o vigia o resgatou com vida”. Comentário: A conjunção “e” pode unir ações numa ordenação temporal, isto é, uma ação em tempo subsequente à anterior, ou pode simplesmente juntar elementos que transmitem ações simultâneas. Assim, é fácil perceber que uma ação subsequente a outra normalmente não admite a mudança de posição entre elas; já a simples junção de ações simultâneas normalmente permite a troca de posição entre elas. Na alternativa (A), note que alguém traz algumas histórias já com gratidão da possibilidade pelo tempo que ainda pode ser dispensado à sua leitura. Veja que a conjunção “e” une as ideias “trago-vos algumas histórias” e “fico grato”. Essas ideias são simultâneas, por isso esta é a alternativa correta. Na alternativa (B), há uma ordenação temporal na enumeração: primeiro alguém fala de gratidão, só depois isso nos faz pensar no quanto a gratidão faz parte de nossas vidas. Na alternativa (C), há uma ordenação temporal na enumeração: primeiro Salazar destituiu alguém do cargo, em seguida isso fez com que essa pessoa desempregada vivesse na miséria até ao fim da vida. Na alternativa (D), há uma ordenação temporal na enumeração: primeiro a porta se fechou, em seguida alguém ficou preso do lado de dentro dessa porta. Na alternativa (E), há uma ordenação temporal na enumeração: primeiro a porta se abriu, e isso permitiu que o vigia resgatasse alguém com vida. Gabarito: A Questão 21: SEGEP MA 2014– Auditor (banca FGV) “Quando surgiu e se popularizou o automóvel anunciou-se uma utopia possível”. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof.Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 78 Nesse segmento do texto, a conjunção “e” une (A) duas ações simultâneas. (B) duas ações de mesmo sentido. (C) duas ações que se contrariam. (D) duas ações que mostram causa/consequência. (E) duas ações que se seguem. Comentário: A conjunção aditiva “e” une duas ações: “surgiu” e “popularizou”. Naturalmente, você notou que tais ações não ocorreram ao mesmo tempo, por isso a alternativa (A) está errada. Elas não possuem o mesmo sentido, nem são contrárias, pois surgir não é o mesmo que popularizar, também não é seu contrário, por isso eliminamos também as alternativas (B) e (C). Além disso, observamos que o fato de ter surgido não é a causa clara de ter se popularizado. Com isso, eliminamos a alternativa (D). A alternativa (E) é a correta, pois há duas ações que se seguem, isto é, uma seguida da outra, pois primeiro surgiu, em seguida se popularizou. Gabarito: E Questão 22: SEGEP MA 2014– Auditor (banca FGV) Assinale a alternativa em que a troca de posição entre os termos sublinhados altera o sentido do segmento. (A) “Mais uma vez, deu distopia”. (B) “...que significaria um renascimento para a humanidade...” (C) “...o direito à educação e à saúde seria universal...” (D) “...Morus prescrevia dois escravos para cada família...” (E) “Quando surgiu e se popularizou o automóvel... Comentário: Veja que a questão pede a troca de posição entre os termos sublinhados que alteram o sentido. Às vezes, aparece somente um termo sublinhado. Isso quer dizer que você deve trocar as palavras ou expressões dentro desse termo sublinhado. Na alternativa (A), no termo “Mais uma vez”, termo a palavra “Mais” e a expressão “uma vez”. A troca deles não altera o sentido: Uma vez mais. Na alternativa (B), o objeto direto “um renascimento” pode se posicionar após o objeto indireto “para a humanidade”, pois ambos os termos não têm relação entre si, mas somente com o verbo. Assim, cabe a troca de posição: significaria para a humanidade um renascimento. Na alternativa (C), há um paralelo, isto é, o complemento nominal composto. Assim, os núcleos podem ser trocados sem mudança de sentido: direito à saúde e à educação. Na alternativa (D), o objeto direto “dois escravos” pode se posicionar após o objeto indireto “para cada família”, pois ambos os termos não têm relação entre si, mas somente com o verbo. Assim, cabe a troca de posição: prescrevia para cada família dois escravos. A alternativa (E) é a que apresenta a mudança de sentido com a troca, pois há uma ideia de sequência, isto é, primeiro houve a ação de surgir, em seguida houve a ação de se popularizar. Assim, a troca faria mudar o sentido Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 78 e transmitiria certa incoerência, concorda?! Gabarito: E Questão 23: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV) A opção abaixo em que a troca de posição dos termos sublinhados altera o significado da frase original é: (A) “determinou a todos os agentes públicos no Brasil e no exterior, a partir de 1972...”; (B) “nenhum pedido de esclarecimento de organizações nacionais e internacionais ...”; (C) “sobre mortos e desaparecidos em consequência da repressão”; (D) “que vinha denunciando e cobrando esclarecimentos”; (E) “torturas, desaparecimentos e assassinatos de opositores”. Comentário: Nas alternativas (A), (B), (C) e (E), há um paralelo, isto é, fazem parte de um termo composto. A expressão “no Brasil” e “no exterior” fazem parte do adjunto adverbial de lugar composto; “nacionais” e “internacionais” são os adjunto adnominais de “organizações”; “mortos” e “desaparecidos” são os núcleos do adjunto adverbial de assunto; “desaparecimentos” e “assassinatos” são núcleos paralelos a “torturas”. Assim, a mudança de posição não faz mudar o sentido. Já na alternativa (D), a troca muda o sentido, pois há uma noção de sequência temporal entre eles: primeiro houve denúncia, em seguida houve cobrança da solução dessa denúncia. Gabarito: D Questão 24: Conder 2013 – Técnico (banca FGV) Assinale a alternativa em que a troca de posição dos elementos sublinhados mantém a coerência do texto. (A) “Nossa missão é transmitir os nossos genes, multiplicar a nossa espécie e dar o fora”. (B) “Tudo o mais que fazemos, tudo a mais que nos acontece, ou é decorrência ou é passatempo”. (C) “O que vem antes e depois dos nossos anos férteis é só o prólogo e o epílogo”. (D) “Se a natureza quisesse otimizar seus métodos já nasceríamos púberes e morreríamos assim que nossos filhos, que também nasceriam púberes, pudessem criar seus filhos...” (E) “...a polpa com que a Natureza protege a nossa semente e assegura a continuação da vida.” Comentário: Na alternativa (A), há uma ordenação temporal na enumeração: primeiro há a transmissão dos genes, depois a multiplicação da espécie e em seguida a fuga. Assim, a troca de posição dos dois últimos traria uma incoerência à sequência. A alternativa (B) é a correta, pois o fato de ser decorrência não precede obrigatoriamente passatempo. Pode haver a troca com a permanência da coerência. Note que não há relação temporal entre eles. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 78 Na alternativa (C), há uma ordenação temporal, pois primeiro ocorre o prólogo (o início), somente em seguida ocorre o epílogo (o fim). Assim, a troca de posição dos dois últimos traria uma incoerência à sequência. Na alternativa (D), há uma ordenação temporal, pois primeiro ocorre o nascimento, depois ocorre a morte. Assim, a troca de posição dos dois últimos traria uma incoerência à sequência. Na alternativa (E), há uma relação de ordenação em que a segunda ação depende da primeira: a vida será preservada com a ação primária de proteger a semente. Gabarito: B Questão 25: Pref Osasco – Analista 2014 (Banca FGV) No trecho “(...) joga e joga e joga nos ermos dos subúrbios até que a noite cai (...)”, o valor estilístico da repetição do “e” (polissíndeto) expressa, no contexto: (A) acréscimo; (B) ampliação; (C) reiteração; (D) intensificação; (E) redundância. Comentário: A repetição de palavras intencionalmente é chamada de reiteração, por isso fica claro que a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C Questão 26: Pref Osasco 2014– Agente de Trânsito (banca FGV) “Os pagamentos das Guias de recolhimento de impostos, taxas e contribuições devem ser feitas pela própria empresa...”. A regra que justifica o emprego da vírgula nesse segmento é: (A) indicar o vocativo; (B) destacar o aposto; (C) separar elementos de uma enumeração; (D) marcar o deslocamento de um termo; (E) distinguir uma restrição de uma explicação. Comentário: O termo “de impostos, taxas e contribuições” é um complemento nominal composto. Naturalmente entendemos aí uma enumeração, por isso ocorre a vírgula entre o primeiro e o segundo elemento enumerado e a alternativa (C) é a correta. Gabarito: C Questão 27: PROCEMPA 2014 Técnico Administrativo (banca FGV) Assinale a opção que indica a frase em que a conjunção e mostra valor adversativo. a) “Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros?" b) “A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades." c) “O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza." Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 78 d) “...tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios." e) “Pensamos em demasia e sentimos bem pouco." Comentário: O valor adversativo transmitecontraste, tema que será visto adiante. Na alternativa (A), a conjunção “e” une dois verbos que não se opõem: “odiar” e “desprezar”. Veja que ambos possuem um tom negativo. Na alternativa (B), a conjunção “e” une dois adjetivos que não se opõem: “boa” e “rica”. Veja que ambos possuem um tom positivo. Na alternativa (C), a conjunção “e” une dois substantivos que não se opõem: “liberdade” e “beleza”. Veja que ambos possuem um tom positivo. Na alternativa (D), a conjunção “e” une dois substantivos que não se opõem: “miséria” e “morticínios”(relação com morte). Veja que ambos possuem um tom negativo. A alternativa (E) é a correta, pois a conjunção “e” une duas orações que efetivamente se contrastam, pois pensamos muito, porém sentimos pouco. Note que os adjuntos adverbiais “em demasia” e “bem pouco” reforçam a ideia de contraste (muito e pouco, respectivamente). Observação: É fato que a conjunção “e” que possua valor adversativo deve ser precedida de vírgula, porém isso não foi empregado pelo autor do texto. Mas note que a questão não fez nenhuma menção ao sinal de pontuação. Simplesmente devemos nos ater ao sentido da conjunção. Gabarito: E 2) Adversativas: ______________________ , mas ____________________. (adversativa) oração inicial oração coordenada sindética As orações adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As principais conjunções são: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto. Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções. Há de ressaltar que a estrutura adversativa é vista como argumento mais forte em relação à informação anterior, além da transmitir uma quebra de expectativa da oração anterior. Por exemplo: na oração “Ele trabalha muito, mas não tem bom salário.” Período composto por coordenação Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 78 Espera-se que quem trabalha bastante obtenha um salário compatível com seu esforço. Assim, há uma expectativa de que haverá um bom salário, mas em seguida há a informação oposta à esperada. Portanto, houve uma quebra de expectativa da informação anterior. Ex.: Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa. Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos. Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do planeta. O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver. Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s): Há muito serviço, porém ninguém trabalhava. Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava. Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém. As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes exemplos, pode ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções entretanto, contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas acima. Uso do ponto e vírgula: Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode- se substituir a vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja: Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava. Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém. Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão por ponto e vírgula. Veja: Há muito serviço; porém ninguém trabalhava. Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante. Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava. Questão 28: CAEMA 2014 Administrador (banca IBEG) Fragmento do texto: O quadro é trágico, mas não é irreversível. Existe uma série de medidas que podem ser tomadas para se evitar que os recursos Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 78 hídricos do mundo todo entrem em colapso. No entanto, elas precisam ter aplicação imediata e em larga escala para sua maior eficiência. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) No período “O quadro é trágico, mas não é irreversível.”, a conjunção em destaque introduz uma informação que quebra a expectativa gerada pelo conteúdo declarado anteriormente. Comentário: Sabemos que a conjunção “mas” inicia oração coordenada adversativa, a qual pode transmitir contraste, oposição, quebra de expectativa. Assim, a afirmação está correta. Veja que a primeira informação nos mostra que o quadro é trágico. Assim, a expectativa é de desolação. Porém, na sequência é afirmado que tal quadro não é irreversível, o que ameniza a informação, transmitindo a quebra da expectativa anterior. Gabarito: C Questão 29: Pref Formosa – GO 2014 Administrativo Classe III (banca IBEG) Em fevereiro, quando o Cruzeiro disputava uma partida da primeira fase da Libertadores diante do Real Garcilaso, Tinga foi hostilizado por torcedores peruanos, que imitavam macacos a cada vez que o jogador tocava na bola. A irrisória pena foi uma multa de US$ 12 mil dólares aplicada ao clube do Peru e o caso logo caiu no esquecimento. Mas o racismo voltou a ser pauta no noticiário esportivo após o episódio envolvendo o goleiro Aranha. No fim da partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil contra o Grêmio, quando o Santos já vencia por 2 a 0, o atleta teve que ouvir torcedores adversários imitando macacos. Ao reclamar para o árbitro, viu as ofensas crescerem com gritos de “preto fedido” e “macaco”. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) A conjunção “Mas” foi empregada no início do 2º parágrafo para introduzir uma informação que quebra a expectativa gerada pela última oração do parágrafo anterior. Comentário: Já vimos que a conjunção “mas” inicia oração coordenada adversativa. Assim, ele inicia segmento que transmite a quebra de expectativa da informação anterior. Veja que a última oração do primeiro parágrafo informa que o caso caiu no esquecimento. Na sequência, há a quebra da expectativa anterior, haja vista que o assunto não ficou no esquecimento. Ele voltou a ser debatido, voltou a ser pauta no noticiário esportivo após o episódio envolvendo o goleiro Aranha. Assim, a afirmação é correta. Gabarito: C Questão 30: Pref Teixeira de Freitas – BA 2014 Advogado (banca IBEG) Fragmento do texto: O fato de não ser conhecido pelos fãs de suas músicas, no entanto, parece não incomodar o artista, que passa o dia compondo em seu quarto, em Teixeira de Freitas, município que tem pouco mais de 150 mil habitantes. Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 78 A conjunção “no entanto” foi utilizada para indicar uma consequência natural do fato descrito anteriormente, logo poderia ser substituída por portanto. Comentário:O conectivo “no entanto” só pode ter valor adversativo, e nunca de consequência. Por isso, não pode ser substituído pela conjunção conclusiva “portanto”. Assim, a afirmação é errada. Gabarito: E Questão 31: Funarte – Administrador 2014 (Banca FGV) “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”. O conectivo “no entanto” traz uma oposição entre termos do texto; os termos opostos, nesse caso, são: (A) a primeira / a segunda; (B) escassamente conhecida / nada compreendida; (C) bastante divulgada / escassamente conhecida; (D) exterior / lá fora; (E) escassamente / sistematicamente. Comentário: Cuidado com a pegadinha da alternativa (A)! Sabemos que os termos “a primeira” e “ a segunda” encabeçam as estruturas em contraste. Mas devemos notar que são as suas características (“escassamente conhecida” e “bastante divulgada”) que realmente transmitem relação de oposição, concorda?! Assim, é a alternativa (C) a correta. Confirme: “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”. Gabarito: C Questão 32: Funarte – Administrador 2014 (Banca FGV) Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos) Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar. A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso. Nesse segmento há uma oposição, que: (A) apresenta um elemento novo, que contrasta com outro anterior; (B) mostra uma oposição a uma informação expressa anteriormente; (C) substitui um elemento por outro; (D) corrige uma informação errada; (E) acrescenta um segundo argumento que se opõe ao primeiro. Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 78 Comentário: Sabemos que a conjunção coordenativa adversativa transmite valor de adversidade, contraste ou oposição. Esta questão nos cobrou essa ideia, além da adequação vocabular. Note que o pedido da questão já apresenta a palavra “oposição”, por isso não deveria tal palavra ser repetida na alternativa, haja vista a redundância. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois a oposição transmitida pelo “no entanto” apresenta, sim, um dado novo em contraste com o anterior. Certamente, você ficou na dúvida entre esta alternativa, a (B) e a (E), pois há as palavras “oposição” e “opõe” nestas duas últimas. Mas veja como ficaria redundante a informação com essas alternativas: Nesse segmento há uma oposição, que mostra uma oposição a uma informação expressa anteriormente. Nesse segmento há uma oposição, que acrescenta um segundo argumento que se opõe ao primeiro. Então, haveria uma redundância nessas alternativas, por isso a questão cobrou também a adequação vocabular. Naturalmente, você percebeu que as alternativas (C) e (D) estão erradas, porque não há ideia de correção de informação anterior, mas apenas de contaste, de oposição. Gabarito: A Questão 33: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV) Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos) Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da corrida espacial. O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que ela estava agitada, mas comia a ração. Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes. No texto há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse vocábulo: (A) marca uma oposição entre dois segmentos; (B) indica posicionamentos críticos diante de algum fato; (C) explicita uma relação lógica entre dois termos; (D) introduz um aspecto positivo após a citação de algo negativo; (E) esclarece alguma ideia anterior. Comentário: Sabedores que somos de que a conjunção “mas” tem valor adversativo, naturalmente não cabe a alternativa (B), nem (C), tampouco a (E). Português para PMDF Teoria e exercícios comentados Prof. Décio Terror ʹ Aula 2 Prof. Décio Terror www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 78 A alternativa (D) poderia fazer você ficar na dúvida, mas devemos lembrar que somente a primeira ocorrência da conjunção “mas” mostra que há uma ideia negativa (a morte da cadela) e uma ideia positiva (ela entrar para a história). Já, na segunda ocorrência, não se pode dizer que há ideia negativa em “ela estar agitada” e positiva em “comer ração”. Assim, sobra a alternativa (A) como a correta, pois simplesmente há um contraste, uma oposição entre essas informações. Note que não se espera que uma cadela entre para a história, mas isso ocorreu. Assim, entende-se uma oposição. Também não se espera que a cadela, estando agitada, comeria a ração, mas isso aconteceu. Assim, também há oposição. Gabarito: A Questão 34: Câmara Municipal de Recife 2014 – Analista (banca FGV) Brasileiro, Homem do Amanhã (Paulo Mendes Campos) Em 3 de novembro de 1957, a cadela Laika se tornava o primeiro animal da Terra a ser colocado em órbita. A bordo da nave soviética Sputnik2, ela morreu horas depois do lançamento, mas pôde entrar para a história da corrida espacial. O animal escolhido para ir ao espaço era uma vira-latas de 6Kg de nome kudriavka. Depois os soviéticos decidiram renomeá-la como Laika. Sua cabine tinha espaço para ela ficar deitada ou em pé. Comida e água eram providenciadas em forma de gelatina. Ela tinha uma proteção e eletrodos para monitorar seus sinais vitais. Os primeiros dados da telemetria mostraram que ela estava agitada, mas comia a ração. Apesar de toda a preparação, ela morreu devido a uma combinação de superaquecimento e pânico, deixando alguns cientistas tristes. No texto há duas ocorrências do vocábulo “mas”; em ambos os casos, esse vocábulo: (A) marca uma oposição entre dois segmentos; (B) indica posicionamentos críticos diante de algum fato; (C) explicita uma relação lógica entre dois termos; (D) introduz um aspecto positivo após a citação de algo negativo; (E) esclarece alguma ideia anterior. Comentário: Sabedores que somos de que a conjunção “mas” tem valor adversativo, naturalmente não cabe a alternativa (B), nem (C), tampouco a (E). A alternativa (D) poderia fazer você ficar na dúvida, mas devemos lembrar que somente a primeira ocorrência da conjunção “mas” mostra que há uma ideia negativa (a morte da cadela) e uma ideia positiva (ela entrar para a história). Já, na segunda ocorrência, não se pode dizer que há ideia negativa em “ela estar agitada” e positiva em “comer ração”. Assim, sobra a alternativa (A) como a correta, pois simplesmente há um contraste, uma oposição entre essas informações. Note que não se espera que uma cadela entre para a história, mas isso ocorreu. Assim, entende-se uma oposição. Também não se espera que a cadela, estando agitada, comeria a ração, mas isso aconteceu. Assim, também há oposição.
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