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Determinação da quantidade de Vitamina C em comprimidos por titulação indireta

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INSTITUTO FEDERAL DO SERTÃO PERNAMBUCANO - CAMPUS PETROLINA 
LICENCIATURA EM QUÍMICA 
 
 
 
 
 
 
 
EDIPPO GEOVANNI DIAS DE SOUZA 
JOSÉ LINALDO PINHEIRO DE LIMA 
 
 
 
RELATÓRIO II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA 
2019 
 
 
EDIPPO GEOVANNI DIAS DE SOUZA 
JOSÉ LINALDO PINHEIRO DE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO II 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Instituto Federal do 
Sertão Pernambucano – Campus Petrolina, como 
requisito parcial para obtenção de nota referente 
a disciplina de Físico-química II. 
 
Professora: Débora Santos Carvalho dos Anjos 
 
 
 
 
 
 
 
PETROLINA 
2019 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 3 
2 OBJETIVO ............................................................................................................ 4 
3 MATERIAIS .......................................................................................................... 5 
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................... 5 
4.1 Solução de tiossulfato de sódio ...................................................................... 5 
4.2 Preparo solução de Iodato de potássio (KIO3) ............................................... 6 
4.3 Preparo da solução indicadora de Amido ....................................................... 6 
4.4 Preparo da solução de Ácido sulfúrico (H2SO4) ............................................. 7 
4.5 Padronização do Tiossulfato de sódio............................................................ 8 
4.6 Preparo da vitamina C .................................................................................. 11 
4.7 Determinação da vitamina C ........................................................................ 12 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 14 
5.1 Preparo de uma solução de tiossulfato de sódio .......................................... 14 
5.2 Formação do Iodo ........................................................................................ 14 
5.3 Padronização do tiossulfato ......................................................................... 15 
5.4 Amido e Iodo ................................................................................................ 16 
5.5 Determinação da vitamina C utilizando retro titulação de Na2S2O3. ............. 17 
5.6 Erro relativo percentual ................................................................................ 20 
5.7 Média e desvio padrão. ................................................................................ 21 
6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 23 
7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 24 
 
3 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
De acordo com Baccan (2001) e Vogel (2002), os métodos volumétricos são 
muito utilizados em química analítica quantitativa para determinar a concentração ou 
o teor de um reagente ou analito. A volumetria, titulometria ou titulação volumétrica 
consiste em fazer reagir completamente um volume conhecido de uma amostra que 
contém o analito com um volume determinado de um reagente de natureza e 
concentração conhecidas (solução-padrão). 
 A espécie química com concentração previamente definida recebe o nome de 
titulante e a solução cuja concentração se pretende determinar designa-se por titulado 
(diagrama 1). 
 
Diagrama 1: esquema representativo de titulação volumétrica. 
 
A titulação volumétrica é dividida em diferentes tipos, tais como, ácido-base, 
formação de complexos, precipitação e reações de oxidação e redução. Dentre esses 
tipos, a titulometria por oxirredução baseia-se em reações de oxidação e redução, ou 
seja, na transferência de elétrons do agente redutor para o oxidante. Os potenciais 
das semirreações envolvidas são importantes, mas, além dos potenciais favoráveis, 
os agentes de oxidação e redução devem ser estáveis em solução e a substância a 
ser determinada deve ser colocada sob um determinado estado da oxidação, definido 
e estável, antes do início da titulação. 
4 
 
 
A titulometria por oxirredução recebem nomes específicos de acordo com a 
substância utilizada nas determinações, por exemplo, permanganometria, iodometria 
e iodimetria. 
 A iodometria é um método volumétrico indireto, onde um excesso de íons 
iodeto são adicionados à uma solução contendo o agente oxidante, que reage 
produzindo uma quantidade equivalente de iodo que será titulado com uma solução 
padronizada de tiossulfato de sódio. Há também o método direto, como por exemplo, 
o iodato de potássio (KIO3), titulante e padrão primário, que reage diretamente com o 
titulado. 
A vitamina C ou ácido ascórbico, é uma vitamina solúvel em água que 
desempenha um papel fundamental na proteção do corpo contra infecções e doenças. 
Como a vitamina C não é sintetizada pelo corpo humano, ela é obtida através dos 
alimentos - principalmente frutas e legumes. O consumo diário de vitamina C por uma 
pessoa adulta é de aproximadamente 70 mg (ABDELMAGEED e et al., 1995). 
A determinação da concentração de vitamina C em suco de laranja natural ou 
industrializado e em comprimidos de suplementação alimentar, pode ser obtida 
através da iodometria pelo método direto, com iodato de potássio ou com iodo, e 
indireto por solução padronizada de tiossulfato de sódio (SIGMANN e et al., 2004; 
SOWA e et al., 2003; SILVA e et al., 1999). 
A prática a ser descrita consistiu na determinação de concentração de vitamina 
C contida em comprimido comercializado. Foi utilizado o método de titulação 
iodométrica indireto, descrito por autores da área. 
 
2 OBJETIVO 
 
Determinar a concentração e percentual de vitamina C em comprimidos comerciais 
por titulação iodométrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
3 MATERIAIS 
 
MATERIAIS REAGENTES 
Balança analítica Tiossulfato de sódio (Na2S2O3) 
Espátulas Carbonato de sódio (Na2CO3) 
Vidro de relógio Iodato de potássio (KIO3) 
Béqueres (100mL) Iodeto de potássio (KI) 
Balões volumétricos (25mL) Ácido sulfúrico (H2SO4). 
Balões volumétricos (100mL) Comprimido de vitamina C 
Balões volumétricos (250mL) Amido solúvel 
Bastões de vidro Iodeto de mercúrio 
Suporte de ferro Água destilada 
Pipetas graduadas de 10 e 20mL 
Pipeta de Pasteur 
Bureta 
Tubo de ensaio 
 
 
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 
4.1 Solução de tiossulfato de sódio 
 
Preparou-se uma solução a 0,1 mol L-1 de tiossulfato de sódio, dissolvendo 
6,20 g de Na2S2O3.5H2O em 250 mL de água recém fervida, já contendo 0,025 g de 
carbonato de sódio (Na2CO3), em um Becker. Em seguida transferiu-se a solução 
preparada para um balão volumétrico, onde já continha água, logo após, 
homogeneizou-se a solução e completou-se o volume até a aferição. A ordem dos 
procedimentos ocorreu, conforme o diagrama 2 abaixo: 
 
 
6 
 
 
 
Diagrama 2: esquema representativo do preparo da solução de tiossulfato. 
 
 
4.2 Preparo solução de Iodato de potássio (KIO3) 
 
De início, pesou-se 1,07 g com auxílio de um vidro de relógio em uma balança 
analítica devidamente tarada. A dissolução do KIO3 ocorreu num Becker, que já 
continha água destilada, após esse processo, adicionou-se a solução a um balão 
volumétrico de 500 mL completando com água até a marca de aferição, logo após, 
homogeneizou-se a solução e em seguida foi tampada e rotulada, como demonstrado 
no diagrama 3. 
 
Diagrama 3: esquema representativo do preparo da solução de KIO3. 
 
4.3 Preparo da solução indicadora de Amido 
 
Preparou-se a goma de amido com a produção inicial de uma pasta obtida a 
partir da adição de 5 g de amido solúvel, 5 mg de iodeto de mercúrio e 50 mL de água. 
Adicionou-se a pastaà 500mL de água recém fervida e aquecer a mistura até a água 
tornar-se clara. 
7 
 
 
4.4 Preparo da solução de Ácido sulfúrico (H2SO4) 
Foram utilizadas soluções de H2SO4 com concentração 0,5 mol L-1 e 03 mol L-
1 e volumes de 250mL e 1000mL. Para iniciarmos o preparo da solução de 250 mL 
de H2SO4 com a concentração de 0,5 mol L-1, efetuou-se os seguintes cálculos: 
MM(H2SO4) = 98,08 g.mol-1; V= 250 mL = 0,25 L; d= 1, 835 g.ml-1; Pureza= 98,0%; 
Utilizou-se a equação 1 de título e obteve-se a concentração presente em 
solução de ácido sulfúrico de estoque, mostrada a seguir: 
 
𝑪 = 𝒅.
𝑻
𝑴𝑴
 Equação 1 
 
 
 𝑪 = 1,835. 𝑚𝐿−1.
0,98
98,08 𝑔.𝑚𝑜𝑙−1
∗ 1000𝑚𝐿 
C = 18,32 mol. L-1 
Para encontrar o volume de H2SO4 necessário para preparar a solução de 
concentração desejada, utilizou-se a equação 2 de diluição: 
 
Ci.Vi=Cf.Vi Equação 2 
 
18,32 mol. L-1 *Vi = 0,5 mol. L-1*250 mL 
 
Vi= 6,82 ml de H2SO4 
Seguiu-se o mesmo procedimento para o preparo da solução de H2SO4 com 
concentração de 0,3 mol L-1 e volume de 1L. 
MM(H2SO4) = 98,08 g.mol-1; V= 1000 mL = 1,00 L; d= 1, 835 g.ml-1; Pureza= 98,0%; 
Utilizou-se diretamente a equação 2 de diluição, pois no preparado da solução 
anterior foi possível calcular a concentração da solução em estoque, logo: 
 
Ci.Vi=Cf.Vi 
 
18,32 mol. L-1 *Vi = 0,3 mol. L-1*1000 mL 
Vi= 16,37 ml de H2SO4 
8 
 
 
Após a obtenção dos valores, em capela e utilizando os EPI’s, adicionou-se a 
um Becker o ácido sulfúrico. Em seguida, pipetou-se, com o auxílio da pipeta graduada 
e pera, o ácido contido no Becker em um balão volumétrico, que já continha água 
destilada. No preparo das soluções de volumes e concentrações diferentes, utilizou 
pipetas graduadas de 10 mL e 20 ml e balões volumétricos 250 mL e 1L com medidas 
adequadas ao volume requerido. Diagrama 4 ilustrativa, abaixo. 
 
Diagrama 4: esquema representativo do preparo da solução de 0,5 e 0,3 mol L-1 de ácido 
sulfúrico H2SO4. 
 
4.5 Padronização do Tiossulfato de sódio 
 
Etapa I: Para a padronização da solução de tiossulfato de sódio, foi preciso adicionar 
50 mL da solução de iodato de potássio (KIO3) em um Erlenmeyer e em seguida 2,0 
gramas de iodeto de potássio (KI) (passo 1). Logo após, adicionou-se 10 mL de uma 
solução a 0,5 mol L-1 de ácido sulfúrico (H2SO4) (passo 2), no qual adquiriu-se uma 
coloração marrom-amarelo (figura 1). De acordo com o diagrama 5 abaixo. 
9 
 
 
 
Diagrama 5: esquema representativo da etapa I da padronização do tiossulfato. 
 
 
 
Figura 1: coloração marrom-amarelo da solução ácida contendo KI e KIO3. 
 
Etapa 2: Adicionou-se a solução de tiossulfato de sódio em um bureta de 50mL, no 
qual se encontrava em uma haste metálica presa por uma garra. Titulou-se a mistura 
com a solução de tiossulfato de sódio, abrindo lentamente a torneira da bureta, até 
que a solução contida no Erlenmeyer perdeu-se, quase, toda a coloração (passo 4), 
como mostrado na figura 2. Porém, para a visualização do ponto de equivalência ou 
viragem, foi preciso adicionar 2,0 mL da suspensão de amido, recém-preparada, 
quando a solução titulada adquiriu-se a coloração amarelo-pálido (passo 5), mostrado 
10 
 
 
na figura 3. Repetiu-se o processo de titulação mais duas vezes e anotou-se o volume 
gasto. A ilustração do processo está representada no diagrama 6. 
 
Figura 2: solução ácida contendo KI e KIO3 titulada com solução de N2S2O3. 
 
 
 
Figura 3: coloração amarelo pálida titula antes da adição do amido. 
11 
 
 
 
Diagrama 6: esquema representativo da padronização da concentração de tiossulfato. 
 
4.6 Preparo da vitamina C 
 
Foram utilizados comprimidos de 500mg VITER C fabricados pela Natulab, que é 
um medicamento que possui em sua composição uma substância denominada 
vitamina C ou ácido ascórbico. 
Inicialmente, pesou-se o comprimido de vitamina C, no qual o valor foi de 0,5967g. 
Em seguida triturou, e deste pesou-se três repetições m1, m2 e m3 com as seguintes 
massas 0,1503g, 0,1504g e 0,1500g, respectivamente. O diagrama 7 abaixo mostra 
as etapas do processo. 
 
 
Diagrama 7: esquema representativo do preparo das amostras de vitamina C. 
 
 
12 
 
 
4.7 Determinação da vitamina C 
 
As massas m1, m2 e m3 foram dissolvidos separadamente em um Erlenmeyer 
de 250mL com 60 mL de solução 0,3 mol L-1 de ácido sulfúrico (H2SO4). A esta 
mistura, adicionou-se 2,0 g de iodeto de potássio (KI) e 50 mL da solução padrão de 
iodato de potássio (KIO3). Assim, como no passo 2 da padronização do tiossulfato de 
sódio (diagrama 7), porém, neste caso, foi alterado a concentração da solução de 
H2SO4. Após a adição de m1, m2 e m3 as misturas nos Erlenmeyer, foram 
denominadas E1, E2 e E3, conforme o diagrama abaixo. 
 
Diagrama 8: esquema representativo da adição de vitamina C a solução de iodo. 
 
Posteriormente, titulou-se a mistura com a solução de Na2SO4, já padronizada, 
até que a mistura perdeu quase toda a coloração. Após esse processo utilizou-se 
2mL de dispersão de amido para visualizar o ponto viragem, no qual adquiriu 
coloração violácea com inserção da dispersão (figura 4). Conforme o diagrama abaixo. 
 
Diagrama 9: esquema representativo da adição do amido na solução anterior. 
 
13 
 
 
 
Figura 4: adição do amido. 
 
Por fim, a titulação foi continuada, lentamente, gota a gota até o 
desaparecimento da coloração violácea, proveniente do complexo formado pela 
oxidação do amido, representado pelo diagrama 10. E o volume gasto do Na2S2O3 na 
titulação foi anotado. 
 
Diagrama 10: esquema representativo da determinação final de vitamina C. 
 
 
 
 
 
14 
 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
5.1 Preparo de uma solução de tiossulfato de sódio 
 
O tiossulfato de sódio penta hidratado, não é considerado de padrão primário, 
pois à sua natureza é higroscópica. Porém, quando anidro, este composto se mantém 
estável a 120 ºC por muito tempo, podendo então, sob estas condições, ser usado 
como padrão primário. 
A solução de tiossulfato preparada com água destilada pode sofrer com auto 
ionização da água, produzindo enxofre e íons bissulfito: 
 
S2O32- + H+ HSO3-+ S0 Reação 1 
 
Os produtos também podem ser resultado da ação bacteriana, principalmente 
se houver repouso da solução por um longo período tempo. Esses processos são 
reduzidos no intervalo de pH entre 9 e 10. Portanto, foi por este motivo que se 
adicionou 0,025g de carbonato de sódio à solução recém-preparada. 
 
5.2 Formação do Iodo 
 
No Erlenmeyer, quando adicionou KIO3 (aq) + KI(s) + H2SO4(aq), O iodato foi 
reduzido a Iodo (I2) pela reação de oxirredução, causada pela solução ácida de iodeto 
(I-) e o iodeto oxidado a Iodo, de acordo com a reação abaixo: 
 
IO3- (aq) + 5I- (aq) + 6H+(aq) 3I2(aq) + 3H2O (aq) Reação 2 
 
A dissociação de iodatos dos metais alcalinos em água é a mais solúveis, 
quando comparados com iodatos de outros metais (VOGEL,2002). A solubilidade do 
iodo, em água, é na proporção de 0,001 mol L-1, à temperatura ambiente, entretanto 
a sua solubilidade é aumentada na presença de íons iodeto (BACCAN, 2001). Sendo 
assim, a volatilização do Iodo foi evitada pela adição do um grande excesso de íons 
iodeto, os quais reagem com o iodo para formar íons tri iodeto, segundo a reação. O 
preparo desta solução ocorreu em temperatura em torno 25ºC, ou seja, a perda do 
iodo foi drasticamente reduzida, mostrada na seguinte reação: 
15 
 
 
I2(aq) + I-(aq) I3-(aq) Reação 3 
 
5.3 Padronização do tiossulfato 
 
 A solução de tiossulfato, como descrito anteriormente, não é uma solução 
primária, portanto é titulada com o iodo produzido na reação anterior para que seja 
obtido sua real concentração. Como mostra a seguinte reação: 
 
I2 (aq) + 2S2O32- (aq) 2I- (aq) + S4O62- (aq) Reação 4 
 
Combinando a reação 2 com a reação 4 foi obtida à reação 5: 
 
6H+ (aq)+ IO3- (aq) + 6S2O32- (aq) I- (aq) + 3H2O (aq) + 3S4O62- (aq) Reação 5 
 
Pela reação 5 é notorio que 1 mol de KIO3 reage com 6 mol de Na2S2O3 e que 
a concentração de tiossulfato de sódio, C Na2S2O3, pode ser calculada utilizando a 
equação 1, onde CKIO3 é a concentração da solução de KIO3, VKIO3 é o volume de KIO3 
adicionado ao Erlenmeyer e VNa2S2O3 é o volume gasto de tiossulfato de sódio na 
titulação. 
 
𝐂Na2S2O3 = 6 x
(𝐂KIO3 x 𝐕KIO3)
𝑽𝑁𝑎2𝑆2𝑂3
 Equação 3 
 
Na tabela 1 é mostrada os valores de volume gasto na padronização do 
tiossulfato de sódio, para as três repetições R1, R2 e R3. E utilizando a equação 3 
obteve-se os seguintes valores de concentração em quantidade de matéria 
R1=0,099mol.L-1, R2=0,097mol.L-1 e R2=0,098mol.L-1.Também obteve-se a média 
dos valores, portanto, o valor final é 0,098mols, no qual foi utilizado nos cálculos 
posteriores. 
 
 
 
 
 
16 
 
 
Tabela 1: resumo dos valores obtidos na padronização do Na2S2O3. 
REPETIÇÕES VNa2S2O3(mL) C(mol.L-1) 
R1 30, 25 0,099 
R2 31,05 0,097 
R3 30,91 0,097 
 
MÉDIA: 30,74 MÉDIA: 0,098 
Legenda: VNa2S203(mL): volume gasto na titulação.; C(mol.L-1): calculada a partir da equação 
1. 
 
5.4 Amido e Iodo 
 
O amido é um polímero natural constituído por dois polissacarídeos 
estruturalmente diferentes: amilose e amilopectina, cujas proporções variam de 
acordo com a fonte do amido (SIGMANN, S et al, 2004). 
Ao adicionar a solução de amido ao Erlenmeyer com as demais substâncias 
houve uma mudança na coloração, de amarelo pálido à azul. Isto ocorreu devido a 
formação da fração ativa, a amilose, um polímero do açúcar α-D-glicose, que sofreu 
reações de complexação com I-, (figura 5) com formação do composto colorido, 
conforme é descrito na Reação 6. 
 
Amilose (β-amilose) + I3 - complexo de cor azul intensa Reação 6 
 
 
Figura 5: reação entre o iodo e amido. 
Fonte: http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.html 
 
 
 
17 
 
 
5.5 Determinação da vitamina C utilizando retro titulação de Na2S2O3. 
 
O ácido ascórbico (C6H8O6 176,12 g/mol) é facilmente oxidada ao ácido 
dehidroascórbico (figura 6). Por este fator, a análise ocorreu rapidamente após a 
dissolução da a vitamina C na solução, pois poderia ser oxidada pelo próprio oxigênio 
dissolvido na solução. 
 
Figura 6: estrutura química da vitamina C ou ácido ascórbico. 
 
Seguindo a estequiometria proposta, 1 mol de vitamina C reage com o 1 mol 
do iodo formado na reação 3, como mostra a reação 7. 
 
C6H8O6(aq) + I2(aq) C6H6O6(aq) + 2I- (aq) + 2H+ (aq) Reação 7 
 
De acordo com a Reação 2, 1 mol de KIO3 gera 3 mol de I2. Portanto, 
combinando a Reação 3 e a Reação 7, obtemos a Reação 8. 
 
 IO3 - (aq) + 3C6H8O6(aq) 3C6H6O6 (aq)+ I- (aq) + 3H2O(aq) Reação 8 
 
O número de mol residual de IO3- que não reagiu com a vitamina c reage com 6 
mols de S2O32- seguindo a relação estequiométrica da reação 5, deduziu-se a 
equação abaixo que mostra esta relação, em que, nIO3-r é o número de mol do iodato 
residual, CS2032- é a concentração do tiossulfato e VS2032- é o volume gasto do titulante 
(Na2S2O3), Logo obteve a seguinte equação: 
 
𝒏𝐼𝑂3−𝑟 =
𝑪𝑆2032−∗ 𝑽𝑆2032−
6
 Equação 4 
 
 
18 
 
 
 
Tabela 2: Valores gasto do titulante em mL e calculado pela equação 2 
Repetições VS2032-(mL) nIO3-(mols) 
E1 18,45 0,0019865 
E2 18,40 0,0003005 
E3 
 
17,80 0,0002092 
Legenda: VS2032-(mL) = volume gasto de N2S2O3 na titulação; nIO3-(mols) = Número de mols de 
Iodato obtido. 
 
Vejamos, o número de mols de IO3- que reagiu com S2032-, obtidos na equação 
4, é subtraída pela a quantidade de matéria de iodato inicial (nIO3- i) para se obter o 
quanto de vitamina c reagiu com iodato, de acordo com a equação abaixo: 
 
𝒏𝐼𝑂3− ‘ = 𝒏𝐼𝑂3− 𝑖 – 𝒏𝐼𝑂3− 𝑟 Equação 5 
 
Utilizando os valores obtidos na equação na 5. O número de mols inicial do IO3
 
no Erlenmeyer é de 0,0005 mols, isto devido ao fator de utilizarmos 50 mL da solução 
de 0,010 mol. L-1. 
Tabela 3: valores obtidos de nIO3-‘ pela equação 3. 
Repetições nIO3- i (mols) nIO3-‘ (mols) 
E1 0,000500 0,00019865 
E2 0,000500 0,00019946 
E3 0,000500 0,000209266 
Legenda: nIO3- i (mols) = número de mols presente na solução; nIO3-‘ (mols)= número de 
mols que reagiu com o ácido ascórbico. 
O valor de nIO3-‘ é o valor que reagiu com o ácido ascórbico, entretanto tem-se 
que resgatar a reação 8, no qual nota-se que ponto de equivalência da proporção é 1 
mol de IO3- para 3 mol de C6H8O6, então obteve-se a seguinte equação: 
nC6H8O6= 3*nIO3-‘ Equação 6 
 
19 
 
 
Nesta equação 6, é obtido o número de mols de vitamina c que reagiram com 
o iodato. 
Tabela 4: valores obtidos de nC6H8O6 pela equação 4. 
Repetições nC6H8O6 (mols) 
E1 0,00059595 
E2 0,0005984 
E3 0,0006278 
Legenda: nC6H8O6 (mols) = número de mols de vitamina C. 
Em virtude da obtenção do número de mols da vitamina C, pode-se calcular a 
massa, em gramas, contidos em m1, m2 e m3, pelo produto do número de mols pela 
massa molecular da C6H8O6 que é de 176,12 g/mol. Como mostra a seguinte equação: 
𝒎C6H8O6 = 𝒏C6H8O6 ∗ 𝑴𝑴C6H8O6 Equação 7 
Tabela 5: valores obtidos pela equação 5. 
Repetições mC6H8O6 (g) 
E1 0,1049 
E2 0,1054 
E3 0,1106 
Legenda: mC6H8O6= massa em gramas de vitamina c titulados em cada Erlenmeyer. 
Na pesagem da massa do comprimido de vitamina C, obteve-se o valor da 
massa total 0,5976 g do comprimido, onde deste pegou-se três partes m1= 0,1503g, 
m2=0,1504g e m3=0,1500g. A massa m1 foi adicionada ao Erlenmeyer E1, o m2 no 
E2 e m3 no E3. 
Pode-se obter o valor através da massa de vitamina C (x mC6H8O6) contida na 
massa total do comprimido. Utilizando uma relação proporcional onde m é a massa 
de ácido Ascórbico adicionado no (E1, E2 ou E3), mC6H8O6 é a massa obtida pela 
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equação 7, mtotal é a massa total do comprimido, antes da trituração, temos a equação 
8. 
𝒙 𝒎𝐶6𝐻8𝑂6 =
(𝒎 𝐶6𝐻8𝑂6∗𝒎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙)
𝒎𝐶6𝐻8𝑂6
∗ 1000 Equação 8 
 
 Os valores obtidos foram tabulados e mostrado na tabela 6 abaixo: 
Tabela 6: A massa em mg de vitamina c 
Repetições XmC6H8O6 (mg) 
E1 417,4 
E2 418,3 
E3 440,0 
Legenda: XmC6H8O6 = massa de vitamina C calculada. 
 
5.6 Erro relativo percentual 
 
O erro relativo percentual é método permite determinar o quão próximos estão 
os valores aproximado e exato em forma de porcentagem. O erro pode ser 
decorrente das medições (erro humano ou de ferramentas) ou, ainda, por conta de 
aproximações presentes nos cálculos (arredondamentos, por exemplo). Com esse 
método foi possível observar o quão a determinação de vitamina C por titulação 
iodométrica se aproximou dos valores de vitamina C mostrado pelo fabricante. 
Portanto, foi utilizado a equação 9, onde Vex é o valor experimental da massa de 
vitamina C de cada titulação na determinação e VV o valor mostrado pelo 
fabricante, contido na bula de 500mg: 
 
%𝑬 =
|𝑉𝑒𝑥 – 𝑉𝑉|
𝑉𝑉
∗ 100 Equação 9 
 
De acordo com os valores obtidos pelo cálculo de erro relativo percentual, foi 
possível tabular os dados e são mostrados na tabela 7. 
21 
 
 
Tabela 7: Erro relativo percentual da titulação. 
Repetições %E 
E1 16,54% 
E2 16,34% 
E3 12,00% 
Legenda: %E= erro percentual. 
 Com analise da tabela 7, é observado que o erro na determinação da 
concentração de vitamina C no comprimido a partir da titulação iodométrica se 
aproximou da concentração de vitamina C mostrado pelo fabricante. 
5.7 Média e desvio padrão. 
 
Média aritmética é uma medida de dispersão mais simples que expressa a 
tendência central de determinado grupo de amostras e calculada para indicarum valor 
que representa um conjunto de dados. Pode ser calculada a partir da equação 10, X 
é a média aritmética, Xn é o valor obtido de cada amostra e N é a quantidade de 
amostras. 
 
𝑋 =
𝑥1+𝑥2+𝑥3+⋯+𝑥𝑛
𝑁
 Equação 10 
 
A partir dessa equação foi possível obter valores de média aritmética para o 
volume gasto e concentração do tiossulfato de sódio na sua padronização, e a média 
das massas de vitamina C após a sua determinação. Os valores obtidos foram de 𝑋 =
30,74 𝑚𝐿, 𝑋 = 0,098 𝑚𝑜𝑙 𝐿−1 e 𝑋 = 425,23 𝑚𝑔, para o volume gasto e concentração 
de tiossulfato de sódio na padronização e massa da vitamina C, respectivamente, 
esses valores indicam a uniformidade e a tendência central dos valores das amostras. 
Desvio padrão é uma medida de dispersão, indica a uniformidade dos dados 
obtido e quão próximos os dados estão próximos da média, onde quanto maior o 
desvio padrão, maior a dispersão dos valores em torno da média. Pode ser calculado 
22 
 
 
a partir da equação 11, onde xi é o valor de cada amostra, X é a média aritmética das 
medidas, N é o número de amostras. 
𝐷𝑝 = √∑
(𝑥𝑖−𝑋)2
𝑛−1
 Equação 11 
 A partir da equação 9, foi calculado o desvio padrão do volume gasto na 
padronização do tiossulfato de sódio e da massa obtida de vitamina C na titulação, 
usando as tabelas 2 e 6. Os valores obtidos usando a equação 8 foram de 𝐷𝑝 = ±0,36 
e 𝐷𝑝 = ±12,80, respectivamente. Estes valores podem expressar a confiabilidade na 
média aritmética, no qual valores de desvio padrão próximos de zero possui maior 
confiabilidade. Por exemplo, o desvio padrão do volume gasto é próximo de zero e 
indica maior confiabilidade e dispersão em torno da média, enquanto a massa de 
vitamina C tem maior dispersão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
6 CONCLUSÃO 
 
A análise de materiais presentes no cotidiano dos alunos, como comprimidos de 
vitamina C, realça a importância da química na vida, bem como, introduz o conceito 
básico da titulação de óxido-redução. 
A execução deste experimento permitiu aos discentes conhecer a técnica de 
iodometria, pelo método indireto (titulação de retorno). Além disso, foi possível 
aprimorar os conhecimentos em estequiometria, cálculos de concentração e diluição. 
No procedimento experimental a quantidade de vitamina c determinada obteve o 
desvio padrão ± 12,80, e a média do erro relativo percentual é de 14,96, ou seja, 
valores acima do esperado. Em contrapartida, deve-se considerar que trabalho 
experimental é passível de erros. Entretanto, o objetivo de estudo foi concluído. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 REFERÊNCIAS 
 
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Quantitativa Elementar, Editora E. Blücher, 3a . edição, 2001. 
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Utilizando Métodos Volumétricos e Espectrofotometria de Absorção Molecular. 2019. 
DE ANDRADE, João Carlos. Determinações iodométricas. Revista Chemkeys, n. 2, p. 
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Silva, C. R., Simoni, J. A., Collins, C. H., & Volpe, P. L. Ascorbic acid as a standard for 
iodometric titrations. An analytical experiment for general chemistry. Journal of 
Chemical Education 1999, 76, 1421. 
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Chemical Education 2004, 81, 1479. 
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Chemical Education 2003, 80, 550. 
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2002. 
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alimentos, Instituto Adolfo Lutz: São Paulo, Brasil, 2008. Disponível em: 
<http://www.ial.sp.gov.br/resources/editorinplace/ial/2016_3_19/analisedealimentosia
l_2008.pdf>. Acesso em: 30 outubro 2019

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