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PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
Faculdade Mineira de Direito 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO III – PRÁTICA SIMULADA (MINISTÉRIO 
PÚBLICO E MAGISTRATURA) 
1° Trabalho de Magistratura 
 
 
 
Marco Túlio Viana Barbosa 
Felipe Adriano Araújo Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2020 
Poder Judiciário 
JUSTIÇA FEDERAL 
Seção Judiciária de Pernambuco 
Vara Federal de Jaboatão dos Guararapes 
 
PROCESSO N° xxxxxx-xx.xxxx.x.xx.xxxx 
REPRESENTANTE: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 
REPRESENTADO: JOSÉ FORTUNATO 
 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA 
 
Visto e examinado. 
Trata-se de auto de prisão em flagrante. A autoridade policial 
encaminhou a este juízo o presente procedimento, tendo em vista ter efetuada a prisão 
do Sr. José Fortunato, pela prática do crime previsto no art. 33, da Lei 11343/06. 
Apresentado para audiência de custódia, dia 05 de março de 2017, o i. 
representante do Ministério Público Federal propôs a conversão do flagrante em prisão 
preventiva por crime de tráfico internacional. 
Por sua vez, o Dr. Defensor Público da União propôs o emprego das 
medidas do art. 319, CPP. O autuado informou que se envolveu pela primeira vez com 
a Justiça, até então jamais havia sido preso. 
 
É O BREVE RELATÓRIO. FUNDAMENTO E DECIDO. 
 
O autuado foi preso em 04 de março do corrente ano, sendo encontrado 
em seu poder ½ Kg (meio quilo) de drogas sintéticas, conforme resultado do exame 
pericial de constatação de drogas da Polícia Federal anexo. 
A Lei de 12.403/11, que alterou a prisão processual, possibilitou a 
aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, inserindo a prisão preventiva como 
última ratio. 
Nesse sentido, o art. 282, §6° do Código de Processo Penal, dispõe que “a 
prisão preventiva será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra 
medida cautelar (art.319) ”. 
 
Verifica-se nos autos do procedimento, a ausência de antecedentes 
criminais em desfavor do autuado, que este possui endereço e emprego fixo 
(documentos anexos), além de ser primário e ter sido apreendida pequena quantidade 
de droga em seu poder. Com efeito, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão 
se revela mais adequada para resguardar a ordem pública, garantir a aplicação da lei 
penal e o bom andamento da instrução. 
Portanto, nos termos do art. 282, I e II do CPP, é possivelmente cabível e 
proporcional a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão previstas no art. 319, 
incisos I, IV e IX do CPP ao autuado. 
 
DO DISPOSITIVO: 
 
Em virtude do exposto, com fulcro nos arts. 282 e 319 do CPP, concedo 
liminarmente a constrição cautelar em face de José Fortunato, revogando sua prisão 
e estabelecendo em desfavor do mesmo as medidas cautelares diversas da prisão 
previstas no artigo 319, inciso I, IV e IX do CPP, devendo ser expedido ofício a 
autoridade competente para que: 1) adote as medidas cabíveis para o cumprimento 
das cautelares aqui impostas; 2) atendido o item anterior, expeça alvará de soltura em 
favor do autuado, se por outro motivo não estiver preso. 
Na eventualidade da autoridade impetrada não prestar as informações 
no prazo legal, certifique-se o fato e faça-se conclusão dos autos a este juízo para as 
deliberações pertinentes. 
Aguarde-se o IP. 
 
Publique-se, intime-se e notifique-se. 
 
Jaboatão dos Guararapes, 05 de março de 2017. 
 
Juiz de Direito...

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