Buscar

Entes politicos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Constitucional II, Professora Marilia Leite, Universidade Salgado de Oliveira.
Aluna: Cristiane Alves do Nascimento
Matrícula: 600765810
Resumo sobre Entes Políticos.
Entes Políticos
 
O art. 1º da Constituição Federal de 1988 dispõe que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
O art. 18 estabelece que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
A forma de estado prevista em nossa Constituição é a federação, que é composta pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, cada qual com sua autonomia.
Vale lembrar que “a forma federativa de Estado é um dos limites materiais ao poder de emenda, na medida em que, de acordo com o art. 60, § 4º, I, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado.[15]”
Interessante destacar, ainda, que inexiste o direito de secessão, ou seja, criada a federação está vedado o direito de separação, de retirada de um ente da mesma. Inclusive, a Constituição, no art. 34, I, prevê que a tentativa de retirada ocasionará a decretação de intervenção no Estado “rebelde”.
Segundo Pedro Lenza, 
“a Federação no Brasil surge com o Decreto n. 1 de 15.11.188 9, decreto esse instituidor, também, de forma republicana de governo. A consolidação veio com a primeira Constituição Republicana, de 1891, que em seu art. 1º. Estabeleceu: “A nação Brasileira adopta com o forma de governo, sob o regime representativo, a República Federativa proclamada a 15 de novembro de 1889, e constitui-se, por união perpetua e indissolúvel da s antigas províncias, em Estados Unidos do Brasil”.
O ilustre doutrinador Montesquieu dispõe em um de seus livros que 
“a forma de governo é uma convenção segundo a qual vários corpos políticos consentem em se tornar cidadãos de um Estado maior. É uma sociedade de sociedades, que formam uma nova sociedade, que pode crescer com novos associados a se unirem a ela.”, entendendo que a federação é uma forma de constituição que carrega inúmeras vantagens internas do governo republicano, juntamente com a força e poder monárquicos.
Por fim, mediante a análise de diversos autores e doutrinadores, em regra geral e majoritária, entende-se federação como o nome dado a um Estado subdividido em diversas unidades territoriais autônomas e detentoras de governo próprio, sendo estes chamados de Estados Federados, que, ao se unirem, formam a federação, ou seja, o Estado Federal.
Embora os Estados em questão sejam autônomos, estes são guiados e submissos à Constituição Federal, mas também são amparados por esta, que garante que tais estados não podem ser abolidos ou alterados por decisão monocrática governamental.
Apesar da grande autonomia exercida pelos Estados Federados, apenas o Estado Federal possui soberania.
 
1.2 Federalismo
Após explicitado o conceito de Federação, é necessário que entendamos sua diferença em relação ao conceito de federalismo.
Federalismo se dá pelo sistema político no qual diversos estados se unem, formando um Estado Federal, mas mantendo, cada um, sua autonomia. O Federalismo é uma forma de governo que une vários estados em apenas um, todos possuindo autonomia interna, mas sendo obedientes à Constituição Federal, seguindo o modelo da pirâmide hierárquica de Hans Kelsen, mas garantindo a descentralização do poder, permitindo a autonomia legislativa e administrativa, podendo, em muitos casos, abranger até mesmo a esfera jurisdicional. Veremos, mais a frente, que muitas vezes a descentralização se desvia de sua intenção de facilitação da governança e se torna complexa e defeituosa.
Portanto, enquanto federação se dá por um modelo de descentralização política, o federalismo é um fenômeno da divisão de poder.
 
1.3 A diferenciação de federação e confederação
Adiantando um dos pontos a ser tratado, ao se formarem as formas de divisão e organização políticas-estatais, o poder foi organizado, geograficamente, de diversas maneiras, em alguns, estruturando em apenas um núcleo geográfico de poder, enquanto em outros, nota-se a descentralização geográfica, havendo diversos polos de poder espalhados em um mesmo território. Portanto, foram assim que nasceram as “formas de estado”.
Atualmente, entende-se e percebe-se três formas distintas de organização, sendo elas a unitária, a federação e a confederação, no qual daremos enfoque nas últimas citadas, tendo em vista que a forma unitária de poder não é objeto da presente pesquisa.
Classifica-se como federação aquela organização que possui, separadamente, poder legislativo, executivo e judiciário, não havendo, porém, possibilidade dos Estados Federados se separarem ou se dissociarem do Estado Federal. Ou seja, no federalismo os Estados Federados são autônomos, mas não podem ser soberanos.
Enquanto isso, a confederação também é classificada por sua descentralização de poder, a tripartição de seus poderes, mas possui algumas características próprias. No regime de confederação, além da fragmentação, os Estados Membros possuem plenos poderes, podendo ser soberanos, garantindo que podem se desassociar do Estado Federal de acordo com sua vontade própria. A Confederação se dá pela união de estados independentes, em um movimento centrípeto, enquanto a federação se dá pela divisão de um único Estado, caracterizado por um movimento centrífugo.
 
2. OS ENTES DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA
São entes da federação brasileira os Estados-membros, o Distrito Federal, o Município, as regiões metropolitanas e as regiões de desenvolvimento.
Como já exposto, percebe-se que a organização brasileira de poder se caracteriza pelo federalismo assimétrico, dando, portanto, grande valor aos seus entes integrantes, que serão expostos a seguir.
2.1 União
A União se dá como pessoa jurídica de direito público interno, entidade federativa autônoma em relação aos Estados-membros, municípios e Distrito Federal, possuindo competências administrativas e legislativas determinadas constitucionalmente.
Sua existência e insolubilidade estão previstas no artigo 1º da Constituição da República Federativa do Brasil:
“Art. 1º: “A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito […]”
O território da União abrange todo o território estatal e possui a mesma população do Estado Brasileiro, fatores que são, por muitas vezes, motivo de confusão para distinguir União de Estado Federal, mas a primeira é apenas uma constituinte abrangente da segunda.
2.2 Estados-membros
No ano de 1889, ao ser assinado o Decreto nº 1, o Brasil deixa de ser um Império unitário e se torna um Estado Federal. Tal decisão fez com que as antigas províncias se tornassem Estados, os quais adotariam, por si só, cada qual uma Constituição independente.
Atualmente, tais Estados possuem autonomia, ou seja, tem a capacidade de auto-organização, desde que estes sigam firmemente a Constituição Federal, pois esta não dá pleno poder aos Estados, apenas permitem que decidam, por si só, questões internas, desde que não firam as decisões do Estado Federal.
Tais Estados são a estrutura básica para que haja a descentralização do poder e, consequentemente, o federalismo. Sem eles, não seria possível que houvesse tal organização, resultando em um modelo unitário, como anterior ao ano de 1889.
 
2.3 Distrito federal
Embora existente há tempos, o Distrito Federal ainda é razão de debates e confusões acerca de sua classificação, tendo em vista que este se caracteriza por um “ente-misto” – de acordo com a visão popular, sendo chamado, durante décadas, de “quase-estado” e “semiestado”. Porém, após inúmeras mudanças de sua classificação e aproximação do Estado Federal, atualmente, entende-se que o Distrito Federal é uma das 27 unidades federativas do Brasil, tal como os outros Estados-membros, se diferenciandopelo fato de abrigar a capital do país e se dividir em 31 microrregiões que não são denominadas municípios, mas sim cidades satélites.
Ademais, também possui competência legislativa conferida aos Estados e Municípios (daí o entendimento de um ente misto), bem como competências concorrentes com a própria União, recebendo os tributos atribuídos aos Estados e municípios.
 
2.4 Municípios
Assim como a União, a presença e indissolubilidade dos municípios estão previstas no art. 1º da Constituição da República Federativa do Brasil, sendo reforçada firmemente em seu art. 18º:
“Art. 18: “A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, dentro desta Constituição.”
Diante da presente análise, nota-se que os municípios são uma entidade política constitucionalmente e rigidamente prevista, possuindo renda própria e poder de autodeterminação, assim como os entes citados anteriormente.
Assim como os Estados-membros, os municípios escolhem seus representantes executivos e legislativos, sendo os últimos os vereadores, que ocupam a câmara municipal, sendo elemento básico para a atividade da autonomia plena do município.
Regiões metropolitanas e regiões de desenvolvimento
Cabe aqui diferenciar estes dois tipos de entidades administrativas, para que não sejam confundidos.
A região metropolitana é entidade administrativa superposta ao Município como comunidade socioeconômica, visando integrar funções públicas de interesse comum a todas as unidades componentes. São criadas pelos Estados-membro e devem ser contidas neste, sem abranger Municípios alheios.
Já as regiões de desenvolvimento visam definir áreas especiais, menos favorecidas, a serem favorecidas por políticas de estímulo e planos regionais de desenvolvimento, como juros reduzidos e isenções tributárias. Sendo complexos geoeconômicos e sociais, sua abrangência pode se estender a diferentes Municípios ou até mesmo Estados-membros, ao contrário da metropolitana, que é por estes últimos delimitada.
Considerações finais
São entes da federação brasileira os Estados-membros, Distrito Federal e Municípios, autônomos, sendo a autonomia dos Municípios sujeita não apenas ao poder soberano, mas também à intervenção estadual, e as regiões metropolitanas e de desenvolvimento, entidades administrativas de cunho socioeconômico e distintas em seu objetivo e delimitações geográficas.
Referências:
CESPEDE, L. et al. Vade Mecum Saraiva: Vade Mecum Saraiva. 29. ed. Brasil: Saraiva, 2020.
1.LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado. 18. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2014.
[16] LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. 13ª ed. São Paulo: Saraiva, 2009. p. 291.
ÂMBITO JURÍDICO. Entes Políticos. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/federalismo-brasileiro-origem-e-evolucao-historica-de-seus-reflexos-na-atualidade/. Acesso em: 22 abr. 2020. 
ANOTAÇÕES DE DIREITO. Entes políticos. Disponível em: https://medium.com/anota%C3%A7%C3%B5es-de-direito/entes-da-federa%C3%A7%C3%A3o-brasileira-no-direito-constitucional-6f347c6012fb. Acesso em: 26 abr. 2020.

Continue navegando