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Art. 20. O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Conforme esse artigo sempre exclui o dolo ,mas permite a punição por crime culposo previsto em lei ERRO DE TIPO Ocorre quando alguém não conhece ao cometer o fato uma circunstancia que pertence ao tipo legal falta a consciência que pratica uma infração afastando o dolo Erro de tipo invencível (Escusável, justificável, inevitável) Ocorre quando o agente não tinha como invitá-lo mesmo tomando todas cautelas (qualquer pessoa incorreria em erro se estivesse na mesma circunstancia) Exclui dolo + a culpa deixando o fato de ser típico (excludente de tipicidade) Erro de tipo vencível (Inescusável, injustificável, evitável.) Ocorre quando o agente poderia evitar o resultado se tivesse atuado com a diligência exigida Exclui somente o dolo o agente pode responder pelo crime culposo se houver previsão O erro de tipo, afastando a vontade e a consciência do agente, exclui sempre o dolo. Entretanto, há situações em que se permite a punição em virtude de sua conduta culposa, se houver previsão legal. Podemos falar, assim, em erro de tipo invencível (escusável, justificável, inevitável) e erro de tipo vencível (inescusável, injustificável, evitável). Concluindo, o erro de tipo invencível, afastando o dolo e a culpa elimina a própria tipicidade, haja vista a ausência dos elementos de natureza subjetiva, necessários à sua configuração, em face da criação do tipo complexo pela teoria finalista da ação; se for vencível o erro, embora sempre reste afastado o dolo, será possível a punição pela prática de um crime culposo, se previsto em lei. Erro de tipo essencial Recai sobre elementares circunstancias ou qualquer outros dado da figura típica Quando o erro do agente recai sobre elementares, circunstâncias ou qualquer outro dado que se agregue à figura típica. O erro de tipo essencial, se inevitável, afasta o dolo e a culpa; se evitável, permite seja o agente punido por um crime culposo, se previsto em lei . Erro de tipo acidental Engana-se quanto a um elemento não essencial do fato ou erra no movimento da execução (não afasta o dolo ) Descriminar quer dizer transformar o fato em um indiferente penal. Ou seja, para a lei penal, o fato cometido pelo agente não é tido como criminoso, uma vez que o próprio ordenamento jurídico-penal permitiu que o agente atuasse da maneira como agiu. Como qualquer erro, aqueles ocorridos numa situação de putatividade podem ser considerados escusáveis ou inescusáveis. Nos termos do art. 20, § 1º, do Código Penal, o erro plenamente justificável pelas circunstâncias, ou seja, o erro escusável, isenta o agente de pena. Sendo inescusável, embora tenha agido com dolo, será ele responsabilizado como se tivesse praticado um delito culposo Para que se tenha um erro de tipo, nas hipóteses de descriminantes putativas, é preciso que o agente erre, como diz o § 1º do art. 20 do Código Penal, sobre uma situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Muito se tem discutido sobre a natureza jurídica do erro que recai sobre as causas de justificação. Alguns entendem que se trata de erro de tipo; outros afirmam ser erro de proibição. Com a finalidade de resolver essa questão, surgiram duas importantes teorias a respeito do erro incidente sobre as causas de justificação: a teoria extremada ou estrita da culpabilidade e a teoria limitada da culpabilidade. Ocorre o delito putativo por erro de tipo, também conhecido como delito de alucinação, quando o agente supõe praticar uma infração penal que, na verdade, por ausência de um elemento constante do tipo, é um fato considerado como um indiferente penal.
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