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DIREITO INTERNACIONAL DION ALIF CRUZ DE SOUZA -MAT: 201510756868 PROFESSOR: EVALDO RESUMO SOBRE O ARTIGO - O LÍMBO DE GUANTANAMO O LÍMBO DE GUANTANAMO, artigo escrito por Judith Butler, Filósofa e professora, diz a respeito de supostos “prisioneiros de guerra” mantidos pelos Estados Unidos na base naval de Guantánamo em Cuba. Com direitos cerceados, embora os mesmos sejam, ao olhar crítico da sociedade, um grupo com status de prisioneiros de Guerra, o que permitiria direitos comuns previstos na Convenção de Genebra. Primeiramente, A Baía de Guantánamo, embora vivamos em um mundo pós guerras mundiais, e não somente duas, quando consideramos fatos como a Guerra Fria, percebemos que ainda um retrocesso aos direitos humanos, haja vista que esta prisão busca um tratamento peculiar a supostos civis que, não revestidos de interesse ou motivação políticas, nem ligados diretamente a um governo, representam “poços de violência incivilizada “, assim definiu Rumsfeld Secretário de defesa em 2002. Daí o motivo pelo termo Limbo, que significa em dicionário a margem da lei. Em segundo, momento, temos que a convenção de Genebra busca dispor sobre normas relativas aos direitos internacionais, que busca apontar direitos fundamentais universalmente, porém, quando fazemos a sua explanação, vemos temos como Civilizados, art. 4 item D, que acaba beneficiando aqueles países civilizados, pois dando margem a reconhecer que existam países incivilizados e que não seriam alcançados pela convenção de Genebra. A convenção busca garantir ‘’regras para guerras”, apesar da história nos mostrar os caminhos que são seguidos na guerra. Em terceiro, vemos a fragilidade da convenção frente a nova realidade, visto que, em se tratando de guerra, buscar ampliar nunca é demais. Vimos que as armas biológicas estavam para primeira guerra assim como as armas nucleares estavam para segunda, e a tecnologia está para os desafios futuros. Portanto é fundamental que haja um alcance maior da convenção. A Baía de Guantánamo, demostra esta fragilidade. Basta descaracterizar um pequeno grupo como agentes particulares, e todo o Direito Humano resta ignorado, pelo status de Prisioneiros peculiares, como foi o caso. E por último, mas não menos importante, percebemos que, tanto o Direito internacional como a conscientização dos Estados ainda precisam muito avançar. A convenção, apesar de todo o seu esforço, ainda é aplicada por Estados, e estes ainda permanecem alinhados com seus interesses particulares, tornando certo que, embora exista meios de coagir a uma reação internacional, ainda sim não é uma tarefa simples. Uma interpretação extensiva certamente daria aos presos da Baía de Guantánamo um acesso aos direitos da convenção de Genebra, dentre os quais um julgamento Justo, acesso a suporte jurídico, Além da vedação a tortura, como se encontra relatos de pessoas que sofreram tais ações no local. Acredito que a Convenção de Genebra deveria ter ainda mais efetividade, mais força coatora em casos de guerra, que deveria haver estudos para alterar a lei, com imparcialidade e harmonia. Entretanto, sabemos que ainda há falta de comoção internacional a este respeito, por motivos diversos e até pela forma que a lei acaba muita das vezes sendo aplicada, beneficiando alguns Estados Internacionalmente falando, a vista de outros. Isso precisa mudar, caso contrário, haverá apenas mais uma desculpa para países Contratantes quando prejudicados, e um argumento para países contratantes quando acusados, como foi o caso descrito, apenas a desqualificação de prisioneiros de guerra, e todo um avanço nos Direitos Humanos restam vencidos pelo “Peculiar” da situação.
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