APS PRIMEIROS SOCORROS - EPILEPSIA

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Curso Educação Física
Turma: 014203B06
Disciplina: Primeiros Socorros
Professor: José Ricardo Auricchio
Aluno: José Fernando da Silva – RA 5331974
Atividade Prática Supervisionada
Manual de Primeiros Socorros
Orientações de Utilidade Pública
São Paulo
2020
Manual de Primeiros Socorros
Orientações sobre Epilepsia
Você sabe o que é Epilepsia ?
Conhece alguém que tem Epilepsia ?
Saberia o que fazer diante de uma crise epiléptica ?
Então, vamos lá !!!
Epilepsia 
✔ Uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Durante
alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem
ficar restritos a esse local (parcial) ou espalhar-se (generalizada). Necessita de tratamento
e acompanhamento médico. 
✔ A parcial atingirá apenas parte do cérebro, enquanto a generalizada tende a
comprometê-lo por inteiro.
✔ Diagnosticada mediante exame eletroencefalograma e controlada através de
medicamentos sempre prescritos por um médico. 
✔ Pode afetar todas as idades, raças e classes sociais. Capaz de causar um peso
grande nas áreas psicológicas, física, social e econômica, devido principalmente ao
desconhecimento da população, muitas crenças, medo e estigma.
✔ Com frequência causa convulsões, mas deve-se considerar que nem todas as
convulsões existentes estão associadas à Epilepsia. 
Sinais e Sintomas 
✔ Pode perder a consciência (crise generalizada) e desligar-se por alguns instantes,
podendo retomar ao que estava fazendo em seguida. 
✔ Pode experimentar sensações estranhas, como distorções de percepção ou
movimentos descontrolados de uma parte do corpo. 
✔ Pode sentir um medo repentino, um desconforto no estômago, ver ou ouvir de
maneira diferente.
✔ Após se recuperar, poderá sentir-se confusa e ter déficits de memória. 
✔ Normalmente a pessoa sente que terá a convulsão; sente que não está bem;
percebe sua visão turva, um horrível mal estar, falta de controle espacial e pressente que
algo vai acontecer. Sente que vai cair e logo vai ao chão. Tudo isto acontece muito rápido.
✔ Sua dentição, maxilares e língua enrijecem; apresenta contração súbita dos
braços, das pernas e do abdômen, ficando enrijecidos durante um tempo, voltando a
relaxar após a crise. 
✔ Tende a produzir grande quantidade de saliva ficando com a boca espumosa.
✔ Aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e da transpiração, com
respiração irregular.
✔ A convulsão tende a durar apenas alguns minutos (de 3 a 5 minutos). 
✔ Poderá ter relaxamento dos esfíncteres da bexiga e da região anal.
✔ Quando elas duram mais de 30 minutos sem que a pessoa recupere a consciência,
são muito perigosas, podendo prejudicar as funções cerebrais.
Causas
Muitas vezes, a causa é desconhecida, mas pode ter origem em:
✔ Ferimentos sofridos na cabeça, recentes ou não. 
✔ Traumas na hora do parto, abusos de álcool e drogas, tumores e/ou outras
doenças neurológicas.
Possíveis desencadeadores
✔ Baixo nível de açúcar no sangue; excesso de calor; intoxicações; febres muito
altas, meningites, encefalites, suspensão abrupta da medicação, uso de drogas e/ou
álcool, diabetes descompensada, AVCs, fadiga física; situações estressantes, emoções
muito intensas, ruídos ou som muito alto, odores ou luzes fortes, alterações do sono. 
Diagnóstico
✔ Histórico do paciente associado a Exames como eletroencefalograma (EEG) e
neuroimagem.
✔ Com que idade começaram as crises.
✔ Circunstância do aparecimento das crises (possíveis fatores precipitantes).
✔ Horário e duração das crises.
✔ Área do corpo mais afetada.
✔ Sinais e Sintomas iniciais e após a ocorrência da crise.
Cura
✔ Em geral, se a pessoa passa anos sem ter crises e sem medicação, pode ser
considerada curada. No entanto, também pode acontecer de ficar dez anos sem ter nada,
e depois voltar a ter crises, devido a algum agente desencadeador.
✔ Pode acontecer também mediante procedimento cirúrgico na região do cérebro que
desencadeia as crises.
✔ Pelo próprio amadurecimento do cérebro em alguns tipos de epilepsias infantis.
✔ Muitas pessoas que têm epilepsia levam vida normal, inclusive destacando-se na
sua carreira profissional.
✔ O principal é procurar auxílio o quanto antes, a fim de receber o tratamento
adequado. 
Tratamentos
✔ Foi-se o tempo que epilepsia era sinônimo de Gardenal, apesar de tal medicação
ainda ser utilizada em certos pacientes. 
✔ Drogas antiepilépticas são eficazes na maioria dos casos, e os efeitos colaterais
têm sido diminuídos. 
✔ Existe uma dieta especial, mais rica em lipídios, com pouca proteína e baixo teor
de carboidrato; utilizada geralmente em crianças e deve ser muito bem orientada por um
profissional competente. 
✔ Em determinados casos, a cirurgia é uma alternativa.
✔ Acompanhamento clínico e uso atento e controlado dos medicamentos prescritos
por um médico.
Recomendações
✔ Não ingerir bebidas alcoólicas e nem fazer uso de estimulantes.
✔ Não passar noites em claro, mas sim procurar manter uma boa rotina de sono.
✔ Ter uma dieta balanceada sem excessos.
✔ Buscar a prática saudável de atividades físicas, as quais importante que sejam
bem orientadas.
✔ Evitar uma vida estressante. Sempre buscar a calma, serenidade e o equilíbrio.
MITOS
➢ Ela é contagiosa. Não!!! (Ninguém pega epilepsia se tocar ou ficar próximo de
alguém com epilepsia).
➢ Deve-se segurar os braços, a boca e a língua da pessoa em crise epiléptica.
Não !!!! (Deve-se apenas colocá-la deitada de lado de modo a facilitar a saída de sua
saliva ou mesmo a possibilidade de vômito).
➢ Toda convulsão é epilepsia. Não !!! (Nem toda crise convulsiva significa epilepsia.
Há convulsões na Epilepsia, mas nem toda convulsão se define como uma crise
epiléptica).
➢ Ela é uma doença mental. Não !!! (É uma doença, um desequilíbrio neurológico).
➢ A pessoa que está em crise epiléptica é louca ou está em surto. Não e Não!!! (Ela
não está surtando, está somente tendo uma crise epiléptica).
➢ Sua língua vai enrolar e será engolida. Não !!! (Poderá se engasgar com a saliva e,
por isto, importante deixá-la deitada de lado; mas ela não vai engolir a língua). 
➢ Colocar os dedos na boca do epiléptico ajudará a protegê-lo. Não!!! Nunca!!!
(Você poderá machucar os seus dedos e também a outra pessoa, ou seja, não contribuirá
em nada). 
➢ Ah…, então, colocar algum objeto em sua boca. Não!!! (Fazendo isto, poderá
causar lesões graves nos dentes, na boca e nas gengivas da pessoa em crise). 
➢ A saliva durante uma convulsão pode transmitir epilepsia. Não !!! (Não é uma
doença contagiosa. Assim, contato com a saliva do paciente não tornará a outra pessoa
também epiléptica). Observação: Porém, deve-se ter cuidado, pois a saliva pode
transmitir algumas doenças infecciosas e, então, não é recomendado o contato
desnecessário com a saliva de um desconhecido sem a devida proteção). 
➢ Deve-se dar dose extra do remédio ao paciente quando ocorre uma crise. Não !!!
(Medicações devem ser mantidas nos horários acertados pelo médico e somente com a
sua orientação). 
➢ Deve-se jogar água fria em seu rosto. Não !!! (Isto apenas colaborará para deixar a
pessoa molhada).
➢ Pacientes com epilepsia têm transtornos e dificuldades mentais. Não!!! (A maioria
dos pacientes com epilepsia tem inteligência absolutamente normal, alguns até acima da
média. Apenas uma pequena parcela apresenta algumas patologias que causam
dificuldade intelectual mais associada às crises).
VERDADES
➢ É possível que a pessoa em crise ainda mantenha sua consciência. Sim !!!
(Dependerá da área do cérebro comprometida. Elas podem ser rápidas ou prolongadas,
com ou sem alteração da consciência, com fenômeno motor, sensitivo ou sensorial,
podendo acontecer seja em vigília ou mesmo durante o sono). 
➢ O estresse pode ser um fator desencadeante de crises. Sim !!! (Por isto,muito
importante evitar situações estressantes e, muitas vezes, desnecessárias).
➢ Existem medicamentos capazes de controlar totalmente a incidência das crises.
Sim!!! (Cerca de 70% dos casos são de fácil controle após o uso do medicamento
adequado, sendo que outros 30% classificam-se como epilepsias refratárias com controle
mais difícil. Muitas medicações para o uso do tratamento de epilepsia são distribuídas
gratuitamente na rede pública). 
➢ Pode acontecer com todas as idades, desde o período neonatal até o idoso, e pode
ter início em qualquer período da vida. Sim!!! (Não está restrita somente a uma faixa
etária).
➢ A pessoa com epilepsia pode ter uma vida normal. Sim!!! (Fazendo um adequado
controle através de medicamentos e acompanhamento clínico, a pessoa com epilepsia
pode – e deve – ter uma vida totalmente normal; deve ser inserida na sociedade,
trabalhar, estudar, namorar, praticar esportes e se divertir como qualquer outra pessoa). 
Não se deve fazer
Colocar rótulos na pessoa: como louca e desequilibrada. 
Identificá-la como aquela que tem convulsão.
Colocar algo em sua boca, nem os seus dedos e nem objetos.
Conter o paciente à força. Mesmo que esteja se debatendo, protegê-lo mas não
segurá-lo.
Jogar água sobre a pessoa.
Se desesperar, entra em pânico !!!!
O que se pode (e deve) fazer 
Procure por identificadores de alerta médico (se usa algum remédio, receita ou
cartão médico, identificação de alguma doença).
Cronometre o tempo da convulsão com um relógio (uma crise convulsiva
geralmente dura de 1 a 2 minutos; passando de 2 a 3 minutos caracteriza uma
crise epiléptica, e estes dados são importantes para depois informar ao médico).
Permanecer junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e recobre a
consciência.
Quando a crise passar, ofereça ajuda à pessoa, até para acompanhá-la em casa, ir
ao hospital (se necessário) ou chamar alguém de sua família. 
Afrouxe suas roupas à volta do pescoço e caso esteja de óculos procure removê-
los.
Procure deitá-la de lado e proteja sua cabeça com um travesseiro, almofada,
jaqueta, etc.
Procure afastar objetos e móveis que estejam próximos a fim de evitar com que a
pessoa, ao se debater, acabe se machucando.
Mantenha-se calmo durante todo o tempo e procure acalmar as pessoas que
estejam próximas.
 Para saber mais, alguns sites /links importantes: 
https://epilepsia.org.br/site/ (Liga Brasileira de Epilepsia)
https://www.epilepsiabrasil.org.br/ (Sociedade Brasileira de Epilepsia)
https://www.vivacomepilepsia.org/ (Viva com Epilepsia)
http://www.aspebrasil.org/ (Assistência à Saúde de pacientes com Epilepsia)
https://www.epilepsiahc.org/ (Grupo de Estudos em Epilepsia do Hospital das
Clínicas/USP)
 Sendo necessário, alguns telefones que serão úteis: 
(11) 3554-6574 
https://www.epilepsiahc.org/
http://www.aspebrasil.org/
https://www.vivacomepilepsia.org/
https://www.epilepsiabrasil.org.br/
https://epilepsia.org.br/site/
	Você sabe o que é Epilepsia ?
	Conhece alguém que tem Epilepsia ?
	Saberia o que fazer diante de uma crise epiléptica ?
	
	Então, vamos lá !!!
	Epilepsia
	Uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro. Durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, que podem ficar restritos a esse local (parcial) ou espalhar-se (generalizada). Necessita de tratamento e acompanhamento médico.
	Sinais e Sintomas
	Causas
	Diagnóstico
	Cura
	Tratamentos
	Recomendações
	A saliva durante uma convulsão pode transmitir epilepsia. Não !!! (Não é uma doença contagiosa. Assim, contato com a saliva do paciente não tornará a outra pessoa também epiléptica). Observação: Porém, deve-se ter cuidado, pois a saliva pode transmitir algumas doenças infecciosas e, então, não é recomendado o contato desnecessário com a saliva de um desconhecido sem a devida proteção).
	Deve-se dar dose extra do remédio ao paciente quando ocorre uma crise. Não !!! (Medicações devem ser mantidas nos horários acertados pelo médico e somente com a sua orientação).
	Deve-se jogar água fria em seu rosto. Não !!! (Isto apenas colaborará para deixar a pessoa molhada).
	Pacientes com epilepsia têm transtornos e dificuldades mentais. Não!!! (A maioria dos pacientes com epilepsia tem inteligência absolutamente normal, alguns até acima da média. Apenas uma pequena parcela apresenta algumas patologias que causam dificuldade intelectual mais associada às crises).
	Existem medicamentos capazes de controlar totalmente a incidência das crises. Sim!!! (Cerca de 70% dos casos são de fácil controle após o uso do medicamento adequado, sendo que outros 30% classificam-se como epilepsias refratárias com controle mais difícil. Muitas medicações para o uso do tratamento de epilepsia são distribuídas gratuitamente na rede pública).
	Pode acontecer com todas as idades, desde o período neonatal até o idoso, e pode ter início em qualquer período da vida. Sim!!! (Não está restrita somente a uma faixa etária).
	A pessoa com epilepsia pode ter uma vida normal. Sim!!! (Fazendo um adequado controle através de medicamentos e acompanhamento clínico, a pessoa com epilepsia pode – e deve – ter uma vida totalmente normal; deve ser inserida na sociedade, trabalhar, estudar, namorar, praticar esportes e se divertir como qualquer outra pessoa).
	Não se deve fazer
	Colocar rótulos na pessoa: como louca e desequilibrada.
	Identificá-la como aquela que tem convulsão.
	Colocar algo em sua boca, nem os seus dedos e nem objetos.
	Conter o paciente à força. Mesmo que esteja se debatendo, protegê-lo mas não segurá-lo.
	Jogar água sobre a pessoa.
	Se desesperar, entra em pânico !!!!
	O que se pode (e deve) fazer
	Procure por identificadores de alerta médico (se usa algum remédio, receita ou cartão médico, identificação de alguma doença).
	Cronometre o tempo da convulsão com um relógio (uma crise convulsiva geralmente dura de 1 a 2 minutos; passando de 2 a 3 minutos caracteriza uma crise epiléptica, e estes dados são importantes para depois informar ao médico).
	Permanecer junto da pessoa até que volte a respirar calmamente e recobre a consciência.
	Quando a crise passar, ofereça ajuda à pessoa, até para acompanhá-la em casa, ir ao hospital (se necessário) ou chamar alguém de sua família.
	Afrouxe suas roupas à volta do pescoço e caso esteja de óculos procure removê-los.
	Procure deitá-la de lado e proteja sua cabeça com um travesseiro, almofada, jaqueta, etc.
	Procure afastar objetos e móveis que estejam próximos a fim de evitar com que a pessoa, ao se debater, acabe se machucando.
	Mantenha-se calmo durante todo o tempo e procure acalmar as pessoas que estejam próximas.