Buscar

Modelo de contestação cível pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA (número) 
VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX 
 
 
 
 
 
Autos do processo n. XXX 
Autor: XXX 
Réus: XXX e XXX 
 
 
 
 
PRIMEIRO RÉU, profissão XXX, (estado civil), portador da cédula de 
identidade RG n. XXX e inscrito no CPF sob o n. XXX, residente na 
Rua XXX, Bairro XXX, nº XXX, CEP XXX, na comarca de XXX, com 
endereço eletrônico XXX e SEGUNDO RÉU, profissão XXX, (estado 
civil), portador da cédula de identidade RG n. XXX e inscrito no CPF 
sob o n. XXX, residente na Rua XXX, Bairro XXX, nº XXX, CEP XXX, 
na comarca de XXX, com endereço eletrônico XXX vem à presença 
de V. Exa., por seu advogado (procuração anexa), cujo escritório se 
localiza em XXX, endereço que indica para os fins do art. 77, V, 
do CPC, com fundamento na lei, apresentar a presente 
 
CONTESTAÇÃO 
 
à ação condenatória proposta por NOME DO AUTOR, já qualificado, 
com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
 
 
I - DA SÍNTESE DA INICIAL 
Busca o autor o Poder Judiciário pleiteando o recebimento 
dos valores referentes à utilização dos serviços hoteleiros por parte 
do corréu XXX. 
Afirma a exordial que PRIMEIRO RÉU hospedou-se no 
HOTEL (Autor) por nove oportunidades entre dezembro de XXXXX e 
fevereiro de XXXXXX, e que não teria pagado a conta. 
A demanda foi ajuizada em março de XXXXX também em 
face do SEGUNDO RÉU, pedindo o autor a condenação dos réus ao 
pagamento de (i) R$ XXXXXXXXXXXXXXX referentes às diárias e 
(ii) multa de XX% (XXX por cento). 
É a breve síntese do necessário. 
II - PRELIMINARMENTE 
Antes de adentrar no mérito, mister se faz apontar algumas 
defesas em sede preliminar. 
 
a) DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA 
 
É patente a ilegitimidade passiva ad causam da empresa 
para figurar no pólo passivo da presente demanda. 
A melhor definição para legitimidade é a coincidência entre 
as partes que figuram na relação processual e aquelas que figuram 
na relação material; no caso, é cristalina a ausência de 
correspondência entre as partes deste processo e as partes 
contratantes. 
Ora, na própria inicial já se percebe que quem se valeu dos 
serviços hoteleiros foi PRIMEIRO RÉU e não o SEGUNDO RÉU. 
Portanto, há relação jurídica material (prestação de serviços 
hoteleiros) somente entre o SEGUNDO RÉU XXX e o hotel. 
Além disso, é de se apontar que, como consta da exordial, 
PRIMEIRO RÉU é representante comercial autônomo, não havendo 
qualquer liame entre este e o SEGUNDO RÉU. 
Destarte, é indubitável que a empresa (parte na relação 
processual) não é parte da relação jurídica material existente, razão 
pela qual deve ser reconhecida sua ilegitimidade passiva – com a 
consequente extinção do processo sem resolução de mérito, em 
virtude da carência de ação (CPC/2015, arts. 485, VI, e 337, XI). 
Considerando que já existe litisconsórcio passivo com 
PRIMEIRO RÉU, e qu este seria a parte legítima correta, não se faz 
necessária a indicação da correta parte a figurar no polo passivo 
(CPC/2015, art. 339). 
 
b) DO DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO: FALTA DE PROCURAÇÃO 
 
A petição inicial não veio instruída com a procuração 
outorgando poderes ao patrono do HOTEL (Autor). 
Nos termos dos artigos 104 e 287 do CPC/2015, é 
fundamental que o advogado, ao postular em juízo, apresente 
instrumento de mandato. 
Assim, percebe-se defeito de representação (CPC/2015, 
art. 337, IX), devendo o autor corrigir tal vício, em 15 dias, sob pena 
de extinção do processo sem resolução de mérito (CPC/2015, 
arts. 76 e 321). 
 
 
III - DO MÉRITO 
Superadas as preliminares, o que se admite apenas para 
argumentar, tampouco no mérito prosperará a demanda proposta 
pelo autor. 
Outrossim, é de apontar também que, no caso, há questão 
prejudicial a ser analisada (prescrição). 
 
a) DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO DO AUTOR 
 
O crédito referente às estadias já se encontra 
irremediavelmente prescrito. Discute-se nestes autos a cobrança da 
hospedagem por parte dos hospedeiros, matéria especificamente 
tratada no Código Civil (CC, art. 206, § 1.º, I). 
Afirma-se na inicial que o corréu teria se valido dos serviços 
de hospedagem nos meses de dezembro de 2014 e janeiro e 
fevereiro de 2015. 
Nos termos do dispositivo já mencionado da legislação 
civil, o prazo prescricional em hipóteses como a presente é de 1 (um) 
ano – sendo certo que a prescrição do último mês se efetivaria em 
fevereiro de 2016, data anterior à distribuição da petição inicial que 
deu origem a este processo. 
Destarte, como se vê, o pedido encontra óbice na 
prescrição. Assim, nos termos do art. 487, II, do CPC/2015, deve 
haver a extinção do processo com resolução do mérito em virtude 
da prescrição apontada. 
 
b) DO DESCABIMENTO DA MULTA, VISTO QUE NÃO PREVISTA 
PELAS PARTES CONTRATANTES 
 
Acaso afastada a prescrição – o que se admite apenas ad 
argumentandum tantum –, impõe-se o afastamento da multa 
pleiteada pelo autor. 
É certo que houve, entre autor e o PRIMEIRO RÉU, um 
contrato verbal de prestação de serviços hoteleiros. Contudo, não 
houve a formalização de qualquer instrumento contratual com a 
previsão de multa, nem tampouco houve qualquer informação ao 
PRIMEIRO RÉU sobre tal existência. 
Como bem destaca o art. 409 do Código Civil, a cláusula 
penal deve ser estipulada conjuntamente com a obrigação ou em ato 
posterior; tal situação não se configurou na situação sob análise 
porque não foi estipulada consensualmente tal obrigação acessória. 
Portanto, ante a inexistência de qualquer acerto prévio 
entre as partes, impossível alegar a incidência de multa sob pena de 
ensejar considerável insegurança jurídica e violação ao princípio da 
legalidade (CF, art. 5.º, II) e da boa-fé objetiva (CC, art. 422). 
Assim, conclui-se que a multa pleiteada deve ser afastada. 
 
IV - DA CONCLUSÃO 
 
Ante o exposto, requerem os réus a V. Exa.: 
 
a) preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva do 
SEGUNDO RÉU, com a extinção do feito em relação a ela, sem 
resolução de mérito com base no artigo 485, VI, do CPC/2015; 
b) preliminarmente, que o autor traga aos autos procuração 
outorgando poderes a seu patrono, sob pena de indeferimento da 
petição inicial; 
c) se afastadas as preliminares, no mérito, o reconhecimento da 
existência de prescrição, em relação a todo o valor cobrado pelo 
autor; 
d) subsidiariamente, na remota hipótese de procedência do pedido 
principal, seja afastada a multa pleiteada; 
e) a condenação do autor no ônus da sucumbência, em 10% do valor 
da causa, nos termos do art. 85, §§ 2º e 6º, do CPC/2015; 
f) provar o alegado por todos os meios de prova previstos em lei, 
especialmente pelos documentos ora juntados aos autos – e, caso V. 
Exa. entenda necessária a realização de audiência, requerem os réus 
o depoimento pessoal do representante legal do autor. 
 
Termos em que, pede deferimento. 
Cidade, e data. 
 
 
Advogado 
OAB/XXX

Continue navegando