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CASO PRÁTICO ( ELABORAR PEÇA PROCESSUAL) OZZY, representante comercial autônomo, esteve por nove vezes em determinado hotel, entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020 (três vezes em cada mês), a trabalho. Em cada pernoite, OZZY assinava um documento comprovando que havia utilizado os serviços do hotel, onde constavam tão somente a data e o valor da diária (duzentos e cinquenta reais). Não adimplida tal obrigação, ajuizou o hotel, em março de 2021, ação condenatória contra OZZY e a empresa para quem este presta serviços. O hotel pleiteou o valor do débito acrescido de multa de 10% (dez por cento); a petição inicial não trouxe procuração. Considerando EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ______VARA CIVIL DA COMARCA DE TERESINA/PI Processo nº ... OZZY,representante comercial autônomo, (estado civil),e inscrito no CPF sob o n..., residente em rua..., número..., bairro..., CEP..., , e-mail.... e EMPRESAxxxx , com sede em Rua..., número..., bairro..., CEP..., inscrita no CNPJ sob o n.... ,e-mail... vem à presença de V. Exa., por seu advogado (procuração anexa), cujo escritório se localiza em rua..., numero...,cep... com fundamento na lei, apresentar a presente CONTESTAÇÃO Em face da ação proposta por HOTEL xxxx , já qualificado, com base nos fatos e fundamentos a seguir expostos: I-FATOS: Busca o autor o Poder Judiciário pleiteando o recebimento dos valores referentes à utilização dos serviços hoteleiros por parte do Ozzy . Afirma a exordial que o Ozzy hospedou-se no hotel por nove oportunidades entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020, e que não teria pagado a conta. A demanda foi ajuizada em março de 2021 também em face da EMPRESA, pedindo o autor a condenação dos réus ao pagamento de R$xxx referentes às diárias e multa de 10% (dez por cento). II- PRELIMINARMENTE DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA EMPRESA: É patente a ilegitimidade passiva ad causam da empresa para figurar no polo passivo da presente demanda, na própria inicial já se percebe que quem se valeu dos serviços hoteleiros foi Ozzy e não a empresa. Portanto, há relação jurídica material somente entre o Ozzy e o hotel. Além disso, é de se apontar que, como consta da exordial, Ozzy é representante comercial autônomo, não havendo qualquer ligaçao direta entre este e a empresa. Destarte, é indubitável que a empresa não é parte da relação jurídica material existente, razão pela qual deve ser reconhecida sua ilegitimidade passiva – com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito, em virtude da carência de ação (CPC/2015, arts. 485, VI, e 337, XI). Considerando que já existe litisconsórcio passivo com Ozzy, e que este seria a parte legítima correta, não se faz necessária a indicação da correta parte a figurar no polo passivo (CPC/2015, art. 339). III- DA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO DO AUTOR: O crédito referente às estadias já se encontra irremediavelmente prescrito. Discute-se nestes autos a cobrança da hospedagem por parte dos hospedeiros, matéria especificamente tratada no Código Civil (CC, art. 206, § 1.º, I). Afirma-se na inicial que o corréu teria se valido dos serviços de hospedagem nos meses de dezembro de 2019 e janeiro e fevereiro de 2020. Nos termos do dispositivo já mencionado da legislação civil, o prazo prescricional em hipóteses como a presente é de 1 ano, sendo certo que a prescrição do último mês se efetivaria em fevereiro de 2020, data anterior à distribuição da petição inicial que deu origem a este processo. Destarte, como se vê, o pedido encontra óbice na prescrição. Assim, nos termos do art. 487, II, do CPC/2015, deve haver a extinção do processo com resolução do mérito em virtude da prescrição apontada. IV PEDIDOS: Neste momento, deve o advogado sintetizar o que expôs na peça, apontando a consequência específica para cada uma das alegações apontadas na contestação. Ante o exposto, requeremos réus a V. Exa.: a) preliminarmente, seja reconhecida a ilegitimidade passiva da corré Empresa, com a extinção do feito em relação a ela, sem resolução de mérito com base no artigo 485, VI, do CPC/2015; b) preliminarmente, que o autor traga aos autos procuração outorgando poderes a seu patrono, sob pena de indeferimento da petição inicial; c) se afastadas as preliminares, no mérito, o reconhecimento da existência de prescrição, em relação a todo o valor cobrado pelo autor; d) subsidiariamente, na remota hipótese de procedência do pedido principal, seja afastada a multa pleiteada; e) a condenação do autor no ônus da sucumbência, em 10% do valor da causa, nos termos do art. 85, §§ 2º e 6º, do CPC/2015; f) provar o alegado por todos os meios de prova previstos em lei, especialmente pelos documentos ora juntados aos autos – e, caso Exa. entenda necessária a realização de audiência, requerem os réus o depoimento pessoal do representante legal do autor. Termos em que pede deferimento. Xxxxxx,xx/xx/xxxx NOME ADVOGADO OAB/UF
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