Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Centro Universitário Leonardo Da Vinci Curso Bacharelado em Serviço Social Educacional Leonardo Da Vinci IRIS COSTA DA CUNHA SES 0552 LEVANTAMENTO DE DEMANDAS: CONSONULTORIO NA RUA CnaR MANACAPURU – AM 2020 2 IRIS COSTA DA CUNHA LEVANTAMENTO DE DEMANDAS: CONSONULTÓRIO NA RUA CnaR Levantamento de Demandas apresentado à disciplina de Estágio II do curso de Serviços Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como requisito Parcial para avaliação. Thalita Macena Martins - Orientadora Local Orlaney Luciane Lopes - Orientadora MANACAPURU – AM 2020 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................4 1 LEVANTAMENTO DEDEMANAS ......................................................................5 2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO ...........................................................................6 3 DEMANDA A SER TRABALHADA ....................................................................7 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................7 5 REFERENCIA BIBLIOGRAFICAS .....................................................................8 4 INTRODUÇÃO O estudo e a pesquisa que compõem a presente demanda investigam as condições de trabalho do consultório na Rua no Município de Manacapuru, que tem como objetivo o auxílio no acesso a garantia e qualidade à rede de proteção social, sendo assim assegurando a melhoria e qualidade de vida para aqueles que necessitam, no caso em os moradores de Rua. Com equipes em campo, o Consultório na Rua visa ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ofertando, de maneira mais oportuna, atenção integral à saúde para esse grupo que se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados. Segundo Rosana, o objetivo do atendimento é estabelecer um vínculo com o paciente, para que ele confie no profissional e possa fazer um acompanhamento mais completo. No Consultório na Rua, o atendimento é feito por equipes multiprofissionais que contam com enfermeiros, psicólogos, assistentes, técnicos ou auxiliares de enfermagem, técnicos em saúde bucal, cirurgião-dentista, profissionais/professores de educação física ou profissionais com formação em arte e educação. O CnaR visa entre outras coisas, o acompanhamento destes usuários no que se refere a saída daquelas situações de rua, e tenha acesso garantido e de qualidade a rede proteção social, rede esta que se refere a estratégias ou reinserção destes usuários no mercado de trabalho, pois através do trabalho é possível pensar nas possibilidades de reputação da autonomia perdida da vida, bem como na estruturação da identidade. Para atender essa população, foi criada as demandas para poder atender as esses as pessoas mais vulneráveis, a principal demanda conta com médicos, psicólogos, distintas, e assistentes sociais e recolher esses individua-os para abrigos e albergues para pernoite ou moradia provisória. As equipes de Consultório na Rua são formadas pelos chamados agentes sociais, ou seja, profissionais de diversas áreas que desempenham atividades para garantir atenção, defesa e proteção às pessoas em situação de risco pessoal e social. Tais profissionais possuem habilidades e competências para atuar com usuários de álcool, crack e outras drogas. Para tanto, agregam conhecimentos básicos sobre redução de danos, realizam atividades educativas e culturais, fazem a dispensação de insumos de proteção à saúde e encaminhamentos para rede de saúde e intersetorial e acompanham o cuidado das pessoas em situação de rua. 5 1. LEVANTAMENTO DE DEMANDAS Através do acompanhamento durante o estágio, pudemos perceber a perspectiva dos participantes do programa do consultório na Rua – CnaR, identificamos as demandas, as problemáticas dos moradores em situação de rua, a falta de escolaridade, o grande uso de drogas, vinculo rompido da família, falta de documentação e a exclusão da sociedade. Considerando ser a população em situação de rua, um grupo social que tem a maioria de seus direitos negados por um processo de exclusão social, ao qual Castel (1997, p. 28-29) afirma. Denomina de “sobrantes”, indivíduos “que foram inválidos pela conjuntura econômica e social dos últimos vinte anos e que se encontram completamente atomizados, rejeitados de circuitos que uma utilidade social poderia atribuir-lhes”. Os principais motivos pelos quais essas pessoas passaram a viver e morar na rua se referiam aos problemas de alcoolismo e/ou drogas (35,5%); desemprego (29,8%); e desavenças com pai/mãe/irmãos (29,1%); e, dos entrevistados no censo, 71,3% citaram pelo menos um desses três motivos, que a pesquisa destaca que podem estar correlacionados entre si ou um ser consequência do outro. (www.fiocruz.br). Apesar dos rompimentos mencionados, elas são capazes de estabelecer novos contatos e círculos sociais com pessoas próximas a suas regiões de convivência ou mesmo manter antigos vínculos familiares, porém mais fragilizados que os anteriores (Menezes, 2012). No entanto, apesar da realidade citada acima, verificamos que pela convivência grupal – que é necessidade fundamental do ser humano – na rua essa população ressignifica suas relações sociais, constituindo novos grupos que se caracterizam por identidades definidoras de comportamento e da necessidade da sobrevivência. Assim, é comum encontrarmos os indivíduos em situação de rua acompanhados ou próximos das mesmas pessoas, dormindo nos mesmos lugares, reconstruindo vínculos afetivos, que em muitas das vezes reproduzem o contexto familiar, até com denominações peculiares, tais como: família da rua, irmão da rua, mãe/pai da rua, filho da rua. Os serviços do programa CnaR é oferecido a população em situação de rua são garantidos por lei, e o serviços social necessita de acompanhamento um olhar maior e que seja observado individualmente ou familiar, com maior cuidado e agilidade nos acompanhamento e ações realizadas, conforme cada situação exposta e assim garantindo as necessidades básica. 6 2. DESCRIÇÃO DO PROCESSO Demanda Causas Consequências Ações de Enfrentamento e estratégias Atores Envolvidos Rompimento do vínculo familiar O uso de álcool e outras drogas, desemprego, desavença familiares Vivem em extrema pobreza e vulnerabilidade social Palestra com a família uma vez na semana e com equipe do CnaR. Assistente social Psicólogo Dentista Agente social Médico Pontos fontes Pontos francos Recursos necessários Responsáveis Prazos Equipe Multifuncional bem organizada Falta de estrutura da parte da instituição, quebra do vínculo familiar, e a falta de interesse da família Vídeos, folder e slide sobre a realidade dessa população. Orlaney Luciene, Patrícia Dantas, 30 dias Demanda Causas Consequências Ações de Enfrentamento e estratégias Atores Envolvidos Uso de álcool e droga Relacionamento efetivo desemprego e rompimento familiar Auto estima, transtorno mental, problema físico e problemas sociais. Palestra com os profissionais do CnaR, palestra que trabalher com o auto estima. Médicos Psicólogos Agentes de saúde Pontos fontes Pontos francos Recursos necessários Responsáveis Prazos Equipe Multifuncional bem organizada Aceitações do público alvo com respeito a equipe quando acontece as abordagens Falta de apoio da família Falta de apoio da sociedade Folder informativo. Medicações Injetável Orlaney Luciene, Patrícia Dantas, 30dias Demanda Causas Consequências Ações de Enfrentamento e estratégias Atores Envolvidos Desemprego Vinculo familiar interrompido pelo uso de álcool e outras drogas. Diminuição da auto estima, depressão e sentimento de insatisfação com a vida Palestra com folder que trabalhe a auto estima deles e com a família. Cria um projeto onde tivesse parceria com empresário para reinserção dessa população em situação de rua no mercado de trabalho. Enfermeiro Técnico em enfermage m Técnico em Saúde Bucal Pontos fontes Pontos francos Recursos necessários Responsáveis Prazos Independência financeira Auto estima e reinserção social Apresentar a fragilidade a partir das ações propostas. Cria um projeto e encaminha a assistente social do programa e juntamente com ela conseguir parceria para que mesmo seja desenvolvimento na cidade de Manacapuru Orlaney Luciene, Patrícia Dantas, Dependera da resposta das autoridade no prazo de 1 ano 7 3. DEMANDA A SER TRABALHADA A questão do uso abusivo de álcool e droga é um dos graves problemas dos usuários do CnaR e também é um, problema grave de saúde pública, que além de afetar o organismo do indivíduo causando problemas físico, emocional, psíquico e sociais e rompendo os vínculos familiares. E a partir dessa identificação, o trabalho do programa do CnaR, junto com os serviços da rede é de suma importante nas vidas das pessoas que se encontram em situação de rua. O Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Droga – CAPS AD é um dos dispositivos de atenção do serviço social na saúde mental, com objetivo de presta serviços e atendimentos clinico e reinserção na família e na sociedade. Esse moradores de Rua que são atendidos pelo consultório na Rua vivem em situação de vulnerabilidade social, decorrente da pobreza; privatização (ausência de renda, precário ou nulo d e acesso aos serviços públicos...); fragilização dos vínculos afetivos e de pertencimento social (discriminações etárias, éticos, de gênero ou por deficiência, entre outros) além de vivenciarem por conflitos familiares constantemente mesmo na família, fazendo com que este problema se tornasse normal e rotineiro no dia a dia da comunidade, a ponto de abandonar sua família e mora na ruas. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho do CnaR Visa entre garantir direitos a população de rua, trabalho na reinserção familiar, e a equipe trabalho nas alternativas de reverter situações de violação de seus direitos. Tão importante quanto os encaminhamentos, o trabalho dos serviços da rede acompanha os usurários no que se refere a saída da situação de rua, ou menos o acesso garantindo e qualidade a rede de proteção. A população em situação de rua e composto por várias pessoas e realidade diferentes, mas todos vivem em condições de extrema e vulnerabilidade social. Entre tantas demandas e problemáticas que CnaR atende, destacamos também a procura de indivíduos para facilitar a garantia no acesso na documentação pessoal. Os documentos pessoais em muitos casos são roubados ou os mesmos perdem ou destrói. Contudo, no que diz respeito ao levantamento de demandas do Consultório na Rua em Manacapuru, pode-se observar que a demanda é grande, mas o recurso para se trabalhar as demandas é pouco. 8 REFERENCIAS Sotero M. Vulnerabilidade e vulneração: população de rua, uma questão ética. Ver Bioét.2011; 19(3):799-817 Guerra, Yolanda. Instrumental do Serviço Social. 7.Ed. São Paulo: Cortez, 2009, p.34. Manual cuidado população rua. Disponível em: 89.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_cuidado_populalcao_rua.pdf. Acessado em 15.03.2020 Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n0122 de 25 de janeiro de 2011. Define as diretrizes de organização e funcionamento das equipes de Consultório na Rua. Diário Oficial da União;2012. Acessado em 15.03.2020. Menezes FL. Percursos sem abrigo: histórias das ruas de paris, Lisboa e Londres. Lisboa: Ed. Mundos Sociais; 2012. Castel R. As Metamorfoses da questão social: uma Crônica do salário. Petrópolis: vozes; 2010. Fio Cruz. Novas políticas para a população de rua. Disponível em: http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/30991 acessado em 15.03.2020
Compartilhar