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IMAGINOLOGIA
Emiliana Claro Ávila
Introdução à radiologia 
convencional e digital
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer o método de radiologia convencional e suas aplicações.
 � Definir a metodologia utilizada em exames de raio X convencional 
e digital.
 � Identificar as aplicações do contraste nos exames radiológicos.
Introdução
A radiologia convencional foi a primeira fase do radiodiagnóstico. Ela é a 
modalidade que desenvolveu os primeiros exames por imagem realizados 
com pacientes, e desempenhou importante papel no avanço científico, 
especialmente da medicina, pois, antes dela, não havia ferramentas de 
imagem que pudessem auxiliar o diagnóstico médico e a tomada de deci-
sões, inclusive de intervenções cirúrgicas. Atualmente, a radiologia digital 
atua com excelência em definição, contraste e qualidade na imagem, 
além de prover rapidez na elucidação dos mais diversos casos clínicos.
Neste capítulo, você vai estudar as diferenças entre os métodos de 
radiologia convencional e radiologia digital — conhecimento fundamen-
tal para os profissionais da área de imaginologia. 
Radiologia convencional 
A radiologia convencional foi a primeira modalidade de raios X utilizada em 
imaginologia, e, até hoje, muitos serviços de saúde oferecem essa modalidade 
de exame. Ela se diferencia de outros exames por imagem pela maneira como 
os fótons de raios X interagem com os seus receptores de imagem. Esses 
receptores são chamados de chassis; eles têm uma apresentação retangular 
e estão disponíveis nos tamanhos 13 × 18 cm, 18 × 24 cm, 24 × 30 cm, 
30 × 40 cm e 35 × 43 cm, que são exatamente os mesmos tamanhos dos filmes 
radiográficos. 
O chassi apresenta uma parte de alumínio, que pode estar localizada na 
posição superior ou anterior do objeto. Essa parte é destinada a receber os 
fótons de raio X, ou seja, é a parte que fica mais próxima das estruturas 
anatômicas. O chassi é composto por chumbo, que serve como material ab-
sorvente dos fótons de raio X. Em seu interior se encontram os écrans, ou 
telas intensificadoras: um na parte superior, outro na parte inferior. Entre 
os écrans é colocado o filme radiográfico.
A palavra écran significa “tela”. Trata-se de uma folha flexível de plástico 
ou papelão, do tamanho correspondente ao tamanho do chassi/filme. O écran 
forra o chassi e fica em contato com o filme. Os écrans são revestidos de mate-
rial fluorescente, que emite luz quando irradiado. Essa é a luz que sensibiliza 
o filme, o que possibilita uma menor dose de radiação para formar a imagem. 
O écran é composto pelas seguintes partes: 
 � uma base, que é uma camada de suporte feita de plástico ou papelão;
 � uma camada refletora ou absorvente, presente na maioria dos écrans; 
 � uma camada fluorescente, também chamada de camada de fósforo, 
composta por materiais fluorescentes que contêm cristais de fósforo 
aglutinados; 
 � uma camada protetora, que evita desgaste, umidade ou manchas.
Visualize na Figura 1 as camadas do chassi e do écran.
Introdução à radiologia convencional e digital2
Figura 1. Camadas do chassi e do écran. 
Parte de trás do chassi
Folha de chumbo
Camada compressível
Camada re	etora
Camada de fósforo
Camada protetora
Filme radiográ�co
Base
Écran
Chassi
A função dos écrans no sistema de detecção filme–écran é converter os 
raios X em luz e sensibilizar o filme durante a exposição. Os écrans fluorescem 
em quantidade proporcional aos raios X que neles incidem. Como o filme 
é mais sensível à luz do que aos raios X, quando os raios X são emitidos, 
98% da energia que expõe o filme é a energia dos fótons de luz do écran, 
excitado pelos raios x; os fótons de raios X contribuem com, aproximadamente, 
2% do total da exposição. Isso potencializa a ação dos raios X, reduzido o 
tempo de exame. A redução desse tempo não somente reduz a radiação ao 
paciente, mas também prolonga a vida útil do tubo de raios X.
A espessura do écran é fator importante: quanto maior a espessura da 
camada de fósforo, maior sua capacidade de absorver fótons de raios X, sendo 
necessária uma menor quantidade de fótons de raio X para produzir a mesma 
quantidade de luz. Sua composição química é tungstato de cálcio e fluocloreto 
de bário, que continuem os écrans “terras raras”, ou seja, minerais raros na 
natureza com alta capacidade de emissão de luz — por isso são usados para 
reduzir a dose de radiação no paciente e a vida útil da ampola do equipamento. 
O tungstato de cálcio emite luz azul, tem boa absorção de raio X, mas não 
tem uma boa conversão dos raios X em luz. É um material mais comum, 
barato, de coloração amarelada e que se degrada facilmente com a umidade. 
Já o fluocloreto de bário apresenta as mesmas características do tungstato 
de cálcio, porém tem poucas indicações em radiologia.
3Introdução à radiologia convencional e digital
Filmes radiográficos
Os filmes radiográficos são os responsáveis pela formação e pelo armazena-
mento da imagem radiográfica. Eles são os receptores dos fótons de raios X que 
conseguem emergir da tela intensificadora (écran). Esses fótons sensibilizam 
o filme, formando a imagem, que ficará “impressa” no filme radiográfico e, 
após passar por um processo de revelação, será utilizada para o diagnóstico 
e posterior armazenamento. 
O filme radiográfico utilizado em radiologia convencional é constituído 
por duas camadas de emulsão. Cada camada contém cristais de brometo de 
prata suspensos em uma gelatina. Essas camadas são ligadas por um material 
adesivo de espessura fina a ambos os lados de um suporte transparente de 
poliéster tingido de azul — a base —, garantindo uma ligação firme entre 
suporte e emulsão. A emulsão é coberta por uma camada protetora de gelatina, 
chamada de camada de recobrimento, que protege a emulsão de arranhões e 
contaminação durante o manuseio, processamento e armazenamento.
Vejamos mais sobre as partes do filme radiográfico.
A base tem como principal função ser o suporte para a emulsão. Para a base 
exercer sua função de modo que não prejudique a formação ou a visualização 
da imagem, ela deve ter algumas características específicas: 
 � não deve produzir um padrão visível ou absorver muita luz quando a 
radiografia é visualizada;
 � deve ter flexibilidade e espessura suficientes para permitir fácil pro-
cessamento e manuseio, e rigidez adequada para ser colocado no 
negatoscópio;
 � deve ter estabilidade dimensional, ou seja, manter sua forma e tamanho 
durante o processo de revelação e armazenamento. Uma falha neste 
quesito pode ocasionar distorções na imagem. 
O primeiro material utilizado como base foi o vidro. Porém, durante a 
Primeira Guerra Mundial, o vidro de alta qualidade ficou quase indisponí-
vel, devido a sua alta demanda e fragilidade. Em 1914, o nitrato de celulose, 
previamente usado como base de filme fotográfico, foi adaptado para uso 
como filme de raios X. Entretanto, por ser um material inflamável, causou 
diversos incêndios hospitalares na década de 1920. Nessa mesma década, 
filmes com base de triacetato de celulose foram introduzidos. Esse material 
tem propriedades similares às do nitrato de celulose, mas não é inflamável. 
Introdução à radiologia convencional e digital4
No início da década de 1960, a base de poliéster foi introduzida. O poliéster 
é mais resistente à deformação com o tempo e mais forte do que o triacetato 
de celulose, permitindo um transporte mais rápido através das processadoras 
automáticas, equipamentos utilizados na revelação dos filmes. As bases de 
poliéster são mais finas do que as bases de triacetato (aproximadamente 
175 μm).
Os cristais de haleto de prata constituem o material sensível à luz emitida 
pelo écran. Sua composição é de 98% de brometo de prata (AgBr) e o restante 
é usualmente iodeto de prata (AgBI). Os cristais de brometo e iodeto de prata 
são precipitados na gelatina, que tem preciso controle de temperatura, pressão 
e velocidade na qualos componentes são misturados. O método de precipitação 
envolve a dissolução da prata metálica (Ag) em ácido nítrico (HNO3) para 
formar nitrato de prata (AgNO3). A mistura de nitrato de prata com brometo 
de potássio (KBr) forma cristais de brometo de prata (AgBr), sensíveis aos 
fótons de luz, e nitrato de potássio. Com o acréscimo de água, o nitrato de 
potássio se dissolve, sendo lavado, enquanto o brometo de prata se precipita.
A formação da imagem latente ocorre pela interação da prata com os 
átomos do haleto (responsáveis por produzir as imagens). Quando os fótons de 
luz interagem com o filme, reproduzem a imagem latente. A energia absorvida 
de um fóton de luz por um elétron fornece energia suficiente para o elétron 
escapar e viajar por grandes distâncias dentro do cristal. A associação do íon 
de prata com o elétron aprisionado no centro de sensibilidade neutraliza a 
prata e forma o átomo de prata. A quantidade de átomos de prata no centro de 
sensibilização do receptor de imagem aumenta continuamente pelo repetido 
armazenamento dos elétrons, seguido pela atração dos íons de prata livres e 
sua posterior neutralização.
Câmara escura
Assim como nas fotografias reveladas em filme e ampliadas em papel, o filme 
radiológico precisa ser armazenado e processado para revelação. Isso ocorre 
na câmara escura, que se divide em duas partes: seca e úmida. 
A parte seca da câmara escura é o local de armazenagem, e a parte úmida 
é o local onde estão os tanques reservatórios de químicos, processadora, etc.
5Introdução à radiologia convencional e digital
Os utensílios e acessórios da parte seca da câmara escura são os seguintes: 
 � Bancada: local de suma importância, pois é onde se faz o manuseio 
dos filmes radiográficos. Geralmente é revestida de borracha para 
não danificar ou arranhar o filme. Na sua parte anterior há uma série 
de gavetas no sentido vertical, onde estão armazenados os filmes não 
expostos.
 � Termômetro: controla a temperatura na câmara. 
 � Hidroscópico: usado para medir a umidade relativa do ar local. 
 � Exaustor e/ou ventilador: de acordo com as normas de segurança, toda 
câmara escura deverá ter exaustores para dissipar os gases liberados 
pelos químicos. 
 � Box de passagem de filmes: serve para realizar a transição de filmes 
entre a câmara escura e a sala de exames. Esse box tem um sistema 
de abertura para ambos os lados e contém dois compartimentos: um 
para filmes expostos e outro para não expostos. Há um dispositivo de 
segurança, que permite a abertura de um dos lados apenas quando o 
outro estiver travado, para evitar que entre luz na câmara escura.
Os utensílios e acessórios da parte úmida da câmara escura são estes:
 � tanque do revelador;
 � tanque do fixador; 
 � tanque da água; 
 � torneira de água corrente.
Para a revelação do filme, é necessário imergi-lo em substâncias químicas, 
que são preparadas no local. Ao preparar os químicos, devemos ter cuidado 
com sua diluição, pois, se não ficarem diluídos de acordo com a recomendação, 
a concentração será alterada e, consequentemente, ocorrerá perda na qualidade 
das imagens. Deve-se agitar os químicos diariamente, para manter o equilíbrio 
de sua concentração, em sentido horário, suavemente, por um tempo de 15 s.
A temperatura dos químicos é de extrema importância. Normalmente, a 
temperatura do revelador na processadora automática é de 20°C, mas pode 
variar de acordo com o tipo de filme e o tempo no ciclo do processamento. 
De qualquer forma, devemos sempre levar em consideração as especificações 
dadas pelo fabricante da processadora dos filmes. Reaproveitamento dos 
químicos não é aconselhável.
Introdução à radiologia convencional e digital6
Os químicos podem causar algumas reações nos operadores, como alergias, por isso 
alguns cuidados em seu manuseio devem ser tomados. O uso de EPIs, como óculos, 
jaleco e luva de segurança, diminui a ocorrência desses problemas. É recomendável 
seguir estas instruções ao manusear as soluções e evitar seu derramamento: 
 � Ao preparar as soluções, usar avental, luvas e óculos. 
 � Ao adicionar a solução concentrada à água, fazer com cuidado para que não espirre 
e entre em contato com a pele e os olhos. Em caso de contato com os olhos, lavar 
com água abundante. 
 � Após o manuseio, lavar as mãos. 
 � Preparar as soluções em local ventilado, para evitar a inalação dos gases e vapores. 
 � Ao notar algum tipo de reação na pele após o contato com os químicos, procurar 
um médico.
O modo de armazenagem dos químicos também pode influenciar na sua 
qualidade. Em vista disso, as soluções devem sempre ser armazenadas em 
frascos de material neutro, geralmente polipropileno, fechadas com tampas 
apropriadas. O preparo de soluções novas, bem como sua transferência para os 
tanques, deve ser feito com o máximo cuidado, para evitar a mistura excessiva 
com o ar. O local de armazenagem deve ser fresco e ventilado.
A câmara escura deve ser iluminada por luz de segurança, uma lâmpada 
de 15W com filtro de cor âmbar como a que você pode visualizar na Figura 2. 
O número de lâmpadas varia de acordo com o tamanho das lâmpadas. 
A distância entre a lâmpada e a bancada não deve ser menor do que 1,5 m, 
e os filmes não podem ficar expostos aos raios de luz por mais do que 
60 segundos, pois começam um processo de velamento progressivo. 
7Introdução à radiologia convencional e digital
Figura 2. Luz segurança.
Para verificar se há vazamento de luz na câmara escura, você pode fazer o seguinte 
teste: deixe um filme não exposto sobre a bancada, com algum objeto sobre ele, por 
volta de 5 min. Após decorrido o tempo, revele o filme. Se a sombra do objeto aparecer 
sobre a imagem formada, significa que há vazamento de luz dentro da câmara escura. 
As paredes devem ser de cores claras para facilitar a limpeza, pois re-
síduos de químicos ficam impregnados nas paredes e devem ser removidos. 
Não é permitido fazer refeições dentro da câmara escura. A falta de higiene 
pode danificar os écrans e comprometer a qualidade dos exames radiológicos.
Câmara clara
Local exposto a todo tipo de luz, ao lado da câmara escura, a câmara clara 
é o local onde são analisadas as radiografias processadas. É nesse local que 
é observado se as radiografias estão com boa qualidade, bem como se estão 
identificadas corretamente com nome, data, exame realizado, número de 
identificação, etc.
Introdução à radiologia convencional e digital8
Segundo Bontrager (2010), no mínimo dois tipos de marcadores devem ser impressos 
em todas as radiografias: a identificação do paciente, com data, e os marcadores do 
lado anatômico. Os marcadores dos lados anatômicos são identificados com a letra E 
(esquerdo) e a letra D (direito).
O principal acessório da câmara clara é o negatoscópio, uma chapa de aço 
com visor em acrílico branco de aspecto leitoso em sua face anterior, onde são 
colocadas as radiografias para estudo. Tem lâmpadas fluorescentes dentro da 
estrutura e seu tamanho pode variar.
Os negatoscópios para mamografia são diferenciados, pois são exatamente 
do tamanho 18 × 24 cm, e as lâmpadas e os acrílicos são mais claros, para 
facilitar a diferenciação dos diversos tipos de tecido mamário.
Processamento radiográfico
A formação da imagem se dá por duas etapas: a exposição do filme à luz, 
formando a imagem latente, e a conversão da imagem latente em imagem 
visível por meio do processo de revelação. 
O primeiro estágio da formação da imagem latente é a absorção de fótons 
de luz pelos íons de brometo de prata. Antes da revelação, não é possível distin-
guir os grãos modificados pela luz dos não expostos — os grãos expostos são 
muito mais sensíveis à ação do químico revelador. A distribuição desses grãos 
invisíveis no filme que foram ativados pela luz é que forma a imagem latente.
Quatro processos são necessários para a obtenção da imagem: revelação, 
fixação, lavagem e secagem. Nas processadoras automáticas, o sistema de 
revelação pode ser feito por fotodocumentação,varredura a laser ou revelação 
térmica, pois os filmes são termiônicos. A processadora é simples, ela tem 
um formato de caixa retangular; em uma das extremidades há uma bandeja, 
através da qual os filmes são introduzidos, e, na extremidade oposta, a má-
quina está provida de um receptor vertical, onde os filmes processados são 
recolhidos. É, basicamente, constituída por um conjunto de tanques sequenciais 
de processamento, onde os filmes são transportados por meio de um conjunto 
de rolos, acionados eletricamente por engrenagens. 
9Introdução à radiologia convencional e digital
A distribuição dos químicos na processadora segue esta ordem: revelador, 
fixador, água e secagem. Os tanques de processamento têm volume definido: 
7 litros para o revelador, 6 litros para o fixador, 6 litros para a lavagem. 
O último compartimento é o de secagem. 
Você deve saber operar a processadora para utilizá-la — o estudo do manual informa 
como trabalhar corretamente. Você deve ser capaz de detectar possíveis problemas e 
buscar soluções. Deve observar se não há acúmulo de substâncias nos rolos, pois esse 
acúmulo pode afetar o filme, causando arranhões nele. Para evitar que isso ocorra, os 
rolos devem ser lavados periodicamente. 
Os químicos e reveladores acabam por tornar a imagem visível a olho nu. 
A solução reveladora fornece elétrons, que migram para os grãos que foram 
sensibilizados pelos raios X e convertem os íons de prata que não foram ex-
postos em íons metálicos de cor escura. De costume, o processo de revelação 
atualmente acontece pelo processo de revelação automática. Aproximadamente 
20 a 25 segundos é o tempo estimado para que o filme seja revelado. 
Processo de revelação da imagem 
A revelação do filme é, basicamente, uma reação química, sendo assim, é 
regida por três fatores físicos: tempo, temperatura e concentração. 
 � Um tempo longo de revelação produz um aumento de grão revelados.
 � A temperatura alta também produz o aumento de grãos revelados. 
 � A concentração inadequada dos químicos reveladores pode causar 
oxidação do filme. 
Com isso ocorrerá aumento do gradiente médio (aumento do contraste do 
filme); aumento da velocidade do filme (aumento da densidade para uma dada 
exposição); aumento do fog (diminuição da qualidade da imagem).
Vejamos as funções do revelador e seus componentes químicos:
Introdução à radiologia convencional e digital10
 � Redução: a redução dos grãos de brometo de prata expostos à luz 
(invisíveis) é um processo que os converte em prata metálica visível. 
Ela é realizada pelos químicos fenidona, responsável pela produção de 
tons baixos e médios da escala de cinza, e hidroquinona, que produz os 
tons escuros ou de densidade ótica alta nas áreas radiográficas. 
 � Moderação da velocidade de revelação: em geral, o brometo de po-
tássio desempenha esta função. 
 � Ativação: a função do ativador, geralmente carbonato de cálcio, é 
amolecer e expandir a emulsão para que o redutor possa alcançar os 
grãos sensibilizados. 
 � Conservação: o sulfeto de sódio ajuda a proteger os agentes da oxidação, 
que ocorre com o contato com o ar. Também reage com os produtos da 
oxidação, para reduzir sua atividade. 
 � Endurecimento: o glutaraldeído é utilizado para impedir o amole-
cimento excessivo da emulsão. Isto é necessário em processadoras 
automáticas que transportam os filmes através dos rolos. 
Para o controle de qualidade do revelador, as condições químicas do re-
velador devem ser verificadas:
 � pH: mede a acidez da solução, que deve estar básico/alcalino (10 a 11).
 � Densidade: utiliza-se um densímetro para verificar a densidade do 
revelador. 
 � Temperatura e tempo de tratamento: seu controle é importante para 
a estabilidade dos resultados e manutenção dos altos níveis de resposta 
do filme. 
Após passar pelo revelador, o filme é transportado para um segundo tan-
que, que contém uma solução fixadora que fará a fixação. O fixador é uma 
mistura de várias soluções químicas que desempenham as seguintes funções: 
 � Neutralização: quando o filme sai do revelador, ele ainda está mo-
lhado pela solução reveladora, então, é necessário que se estanque o 
processo para evitar uma revelação excessiva e o aumento do fog do 
filme. Utiliza-se ácido acético para esse fim. 
 � Clareamento: a solução fixadora também clareia os grãos de haletos de 
prata não revelados. Utiliza-se amônia ou tiossulfato de sódio. Os grãos 
não expostos são retirados do filme e se dissolvem na solução fixadora. 
11Introdução à radiologia convencional e digital
 � Conservação: o sulfato de sódio é usado para proteger o fixador de 
reações que o deterioram. 
A prata que se acumula no fixador durante o processo de clareamento pode ser 
recuperada.
Para o controle de qualidade do fixador, é recomendado medir o pH, que 
deve ser ácido — entre 3 e 6.
O próximo estágio é fazer a lavagem do filme, passando-o por um banho de 
água para retirar dele a solução fixadora em contato com a emulsão. É muito 
importante que se remova todo o tiossulfato proveniente do fixador, pois, se 
ele não for retirado, pode reagir com o nitrato de prata e o ar e formar o sulfato 
de prata, dando à radiografia uma coloração marrom-amarelada. A quantidade 
de tiossulfato retirada na emulsão é que determina a vida útil do filme. 
A última etapa do processamento do filme é a secagem. Em uma proces-
sadora automática, o filme passa em uma câmara por onde circula ar quente.
Processo de revelação manual
No processo de revelação manual, os químicos estão na seguinte ordem: 
revelador, água, fixador, água e secagem. 
A temperatura ideal para revelação manual é de 22°C. O revelador perde 
sua capacidade de revelação por oxidação, acúmulo de brometo e diminuição 
de redutores. Quando o revelador começa a adquirir um aspecto leitoso, a 
imagem irá perder contraste. Para compensar, deve-se aumentar o tempo de 
revelação e trocar o químico imediatamente. A rapidez do processamento está 
ligada à temperatura, à validade dos químicos e à qualidade de uso. 
Acessórios para revelação manual
As colgaduras, que você pode ver na Figura 3, são arcos retangulares de aço 
inoxidável com quatro presilhas, para prender os filmes para posterior banho 
de químicos e secagem. Variam de acordo com o tamanho do filme. 
Introdução à radiologia convencional e digital12
O relógio timer avisa o tempo que o filme está exposto à ação do químico, 
e também pode ter um alarme programado para quando o tempo terminar. 
O secador radiográfico serve para fazer a secagem, que tem a função de 
trazer a emulsão ao estado normal, de modo uniforme. Após a última lavagem, 
as colgaduras vão diretamente para o secador com temperatura entre 35° e 40°C.
Figura 3. Colgaduras.
Qualidade da imagem em filme–écran 
As imagens radiográficas em filme são avaliadas por quatro fatores de quali-
dade: densidade, contraste, resolução e distorção. 
A densidade é definida como a quantidade de “enegrecimento” na imagem 
do filme radiográfico processado. Ao observarmos menor luminosidade através 
do filme, significa que ele apresenta alta densidade. Esse controle ocorre com 
o ajuste do mAs (controle de quantidade de raios X emitidos).
O contraste é definido como a diferença de densidade em áreas adjacentes 
de uma imagem radiográfica. Se analisarmos grandes diferenças, essa imagem 
possui alto-contraste. Quanto menor diferença entre as densidades, menor é 
o contraste. O controle do contraste é mantido através do kV. 
A resolução é definida como a nitidez das estruturas registradas na imagem. 
A clareza ou nitidez das linhas estruturais mais delicadas e das bordas dos 
13Introdução à radiologia convencional e digital
tecidos ou estruturas na imagem são os aspectos observados pela resolução, 
também chamada de detalhe, registro de detalhe, nitidez ou definição da 
imagem. Fatores que controlam a definição são os fatores geométricos, pelo 
sistema filme–écran e pelo movimento. Fatores geométricos são o tamanho da 
área focal, a distânciafoco–receptor da imagem (DFRI) e a distância objeto 
receptor da imagem.
A velocidade do filme–écran utilizado no exame afeta o detalhamento visto no filme. 
O maior impedimento para a definição da imagem, relacionado com o posicionamento, 
é a movimentação, sendo ela voluntária ou involuntária.
A distorção é definida como a deformação do tamanho ou forma do objeto 
projetado sobre o meio de registro radiográfico. Existem dois tipos: distorção 
do tamanho (amplificação) e a distorção da forma. O controle da distorção 
pode ser considerado com os seguintes itens:
 � distância entre a fonte e o receptor da imagem; 
 � distância entre o objeto e o receptor da imagem; 
 � alinhamento entre o objeto e o receptor da imagem; 
 � alinhamento/centralização de raio central.
Radiografia digital
Sistema CR
A radiografia computadorizada (CR, do inglês, computer radiography) é 
um método de aquisição de imagem para a radiografia geral. Os principais 
componentes de um sistema CR são as placas de imagem (PI, ou, em inglês, 
IP, imaging plate) e a estação de trabalho. 
Os receptores de imagem por sistema de radiografia computadorizada 
foram introduzidos pela Fuji em 1981, sofrendo muitas melhorias na década 
de 1990. Hoje, o sistema CR é aceito em grande escala na aplicação médica. 
As principais características do sistema receptor CR são:
Introdução à radiologia convencional e digital14
 � Utilização de chassis de sistema eletrônico em substituição ao conjunto 
filme écran convencionais. 
 � Geração de imagens com características digitais (eletrônicas), permi-
tindo seu manuseio por software e melhor resolução, aumentando, de 
forma significativa, a qualidade da imagem gerada para diagnóstico.
 � Eliminação da câmara escura, permitindo a redução da área física. 
 � Exclusão do sistema automático de processamento com uso de produtos 
químicos, substituído por scanner de alta definição. 
 � Não necessita de substituição dos equipamentos de alta resolução, 
porém é necessário realizar uma calibração adequada da nova interface 
equipamento–chassis eletrônico–scanner. 
 � Redução do espaço físico para arquivamento dos exames, que são 
digitalizados e arquivados em CD ou DVD, utilizando a linguagem 
DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine). 
O sistema CR utiliza um chassi eletrônico semelhante ao convencional, 
no qual o conjunto filme–écran é substituído por um sistema de fósforos com 
características de luminescência fotoestimulável. O fósforo utilizado é o flúor 
brometo de bário, com número atômico elevado — característica necessária à 
boa interação dos raios X. No chassi, esses fósforos são denominados placas 
de fósforo fotoestimulável, ou PI (placas de imagem). Esse fósforo é dopado 
com európio em pequenas quantidades, funcionando como um ativador, se-
melhante ao sulfito de prata nos cristais de haleto do filme. Após excitados 
pelos raios X, esses fósforos armazenam elétrons em estado metaestável de 
alta energia, de forma diretamente proporcional à absorção diferenciada dos 
tecidos expostos. No final desse processo a imagem latente é formada.
O sistema de leitura desses chassis tem as seguintes características:
 � Um sistema mecânico que irá conduzir o chassis de forma automática em 
todo o seu trajeto, mantendo sua velocidade de deslocamento constante. 
O chassis irá parar na posição de leitura, onde será aberto e sofrerá a 
interação do laser de infravermelho. Nesse processo a velocidade de 
deslocamento do chassis deve ser muito lenta, diminuindo a probabi-
lidade de artefatos, enquanto o laser faz uma varredura rápida em um 
único sentido longitudinal da placa.
 � Um conjunto composto por canhão de laser, espelhos de deflexão, 
sistemas fotorreceptores e decodificadores, que realizam: 
 ■ varredura do laser, cujo diâmetro é de, aproximadamente, 100 µm, 
sobre o eixo longitudinal da placa; 
15Introdução à radiologia convencional e digital
 ■ estímulo do fósforo e consequente liberação da carga de elétrons em 
forma de luz, com variação proporcional ao seu estado metaestável.
O sistema de leitura óptica de CR será avaliado de acordo com sua efici-
ência em precisar e quantificar cada elétron metaestável do fósforo. É feita 
captura dessa luz por fotomultiplicadoras, que irão transformar a luz em 
sinais elétricos e direcioná-los a sistemas decodificadores. Decodificadores 
transformam esses sinais elétricos (analógicos) em sinais digitais com o uso 
de sistemas computadorizados, gerando as imagens visíveis.
A imagem visível, agora armazenada em HD ou mídias removíveis (CD/
DVD, etc.), pode ser aplicada a diversas modalidades de sistemas de leitura 
DICOM e de acordo com a versatilidade do software. Também podem ser 
trabalhadas para melhorar a qualidade do diagnóstico. 
O principal fator de baixa resolução das imagens geradas é o ruído de interferências no 
sinal, que pode acontecer em qualquer momento do processo de geração da imagem. 
Sistema DR
A radiografia digital (DR, digital radiography) é um método de conversão 
direta, na qual um detector digital detecta as intensidades de radiação trans-
mitidas através do paciente, que são convertidas em formato digital. Os dados 
são então processados, e a imagem, exibida. Esse detector digital substitui o 
PI/chassi e o leitor de imagens utilizados na CR.
Vantagens da DR:
 � elimina o manuseio de chassis, o que resulta em economia de tempo;
 � aumentam a eficiência, porque o tempo de processamento de imagem 
é menor;
 � diminui os fatores de exposição, devido a maior eficiência dos detectores 
de radiação;
 � tanto a CR quanto a DR possibilitam o pós-processamento das imagens, 
diminuindo repetições e, consequentemente, a exposição repetida do 
paciente à radiação.
Introdução à radiologia convencional e digital16
Os receptores de imagem do sistema DR são uma evolução do sistema CR 
e foram introduzidos no final da década de 1990. Têm como fator principal 
a substituição do chassi eletrônico por um detector capaz de transmitir a 
variação da intensidade diferenciada de radiação, resultante da interação com 
o tecido, diretamente a um sistema digitalizador gráfico (CPU), gerando uma 
imagem para diagnóstico. 
Para melhor compreendermos o sistema DR, vamos descrevê-lo em três 
seções: 
 � Elemento de captura: é o receptor utilizado, podendo ser caracterizado 
pelo sistema aplicado. Em sistemas de imagem digital, é denominado 
de dispositivo de carga acoplada (DCA).
 � Elemento de acoplamento: faz a interface entre o sistema de captura 
e o de detecção, transmitindo todo o sinal gerado. No CR é o conjunto 
interno de laser/fotomultiplicador do scanner. No DR é realizado pelo 
próprio detector acoplado a sistemas de transmissão de dados integrados. 
 � Elemento de detecção: sistema digital de leitura das informações 
coletadas pelo elemento de captura (DCA) e transmitidos pelo elemento 
de acoplamento.
Veja a seguir as características do elemento de captura (DCA).
 � Sensibilidade: capacidade de detectar baixas variações de ondas ele-
tromagnéticas, podendo responder a baixa energia de estímulo. 
 � Tamanho: tem dimensões muito pequenas, sendo altamente adaptável 
às várias modalidades de DR, podendo ser constituído por pixels de 
dimensões de 100 × 100µm. 
 � Faixa dinâmica: é a capacidade do DCA de responder a uma grande 
faixa de energia, podendo ser comparada a estímulos muito baixos 
(imagens claras) e a estímulos muito altos (imagens escuras). Com 
essa característica o contraste da imagem, responde de maneira linear 
à radiação, permitindo seu maior controle e obtendo maior resposta 
de resolução.
17Introdução à radiologia convencional e digital
Iodeto de césio (CsI) e silício amorfo (a-Si) 
O silício amorfo (a-Si) é um semicondutor que, quando identificado como 
amorfo (sem forma), apresenta-se como um fluído, que pode ser pintado em 
uma superfície de apoio com o iodeto de césio (CsI). O CsI tem alta captura 
fotoelétrica (Cs z = 55 e I z = 53), proporcionando uma alta interação comos raios X.
O DCA é montado com pixels individuais e uma base composta de semi-
condutores; seu conteúdo é o CsI revestido por a-Si. A superfície de interação 
do pixel que interage com a radiação é denominada fator de preenchimento, 
e deve sempre estar em torno de 80%. O fator de preenchimento de cada sis-
tema de DCA aplicado é o que determina a necessidade de calibração a cada 
equipamento instalado, evitando o excesso de radiação no procedimento e o 
aumento de dose de radiação ao paciente.
Selênio amorfo (a-Se) 
A introdução do selênio amorfo (a-Se) no sistema de DCA elimina o sistema de 
cintilação do fósforo, funcionando como elemento de captura e acoplamento. 
Agora o feixe de raios X interage diretamente com o cristal, aumentando a 
resolução do sistema e diminuindo os fatores de ruído. 
O a-Se tem, aproximadamente, 200 µm de espessura, intercalado por dois 
eletrodos carregados. Esse processo permite que o sinal gerado seja de maior 
eficiência, possibilitando a inserção de novos softwares para manipulação 
da imagem.
Fatores de qualidade da imagem digital
Os fatores utilizados para avaliar a qualidade de imagem digital incluem:
 � Brilho: é definido como a intensidade de luz que representa os pixels 
individuais na imagem do monitor. Na imagem digital, o termo “brilho” 
substitui o termo “densidade” da imagem baseada em filme. 
 ■ Fatores de controle do brilho: o brilho está sob controle do programa 
de processamento e pode ser ajustado após a exposição — lembrando 
que uma imagem em filme não pode mais ser alterada, uma vez que 
o filme tenha sido exposto e quimicamente processado.
Introdução à radiologia convencional e digital18
 � Contraste: é definido como a diferença de brilho entre as áreas mais 
claras e mais escuras de uma imagem. 
 ■ Fatores de controle do contraste: o kV é o fator de controle para o 
contraste da imagem. 
 � Resolução: em imagem digital, a resolução é definida como a nitidez 
ou o detalhamento das estruturas registradas na imagem. Ela é a com-
binação dos fatores tradicionais da imagem filme–écran (tamanho, 
ponto focal, fatores geométricos e movimentação) com o tamanho do 
pixel de aquisição. 
 ■ Fatores de controle da resolução: tamanho do pixel e matriz.
 � Distorção: é a representação inadequada do tamanho ou da forma do 
objeto, projetados sobre o meio de registro radiográfico. 
 ■ Fatores que afetam a distorção são: distância foco–receptor de ima-
gem, distância objeto–receptor de imagem, alinhamento do raio 
central.
 � Índice de exposição: em imagem digital é um valor numérico que 
representa a exposição da imagem captada pelo receptor. É calculado 
a partir do efeito do mAs, kV, área total irradiada do detector e dos 
objetos expostos. 
 � Ruído: é uma alteração aleatória que obscurece ou reduz a claridade. 
Em uma imagem radiográfica, isso é traduzido por uma aparência 
granulada ou malhada da imagem.
A tecnologia digital permite o pós-processamento da imagem. Assim, 
podemos modificar ou até mesmo realçar o pós-processamento, melhorando 
a qualidade do diagnóstico.
Existem fatores interferentes mecânicos, ópticos e computacionais que podem ocasio-
nar ruído na imagem e proporcionar perda da qualidade da imagem. Interferências 
mecânicas podem ser mudanças no mecanismo de varredura (lento ou rápido). 
Interferências ópticas compreendem o controle de intensidade do laser e seu es-
palhamento, a quantidade de luz emitida pela placa e a quantidade de luz absorvida. 
As interferências de origem computacional são ruído eletrônico, amostragem 
inadequada e quantização inadequada. 
19Introdução à radiologia convencional e digital
Acompanhe na Figura 4 imagens comparativas dos sistemas que acabamos 
de estudar.
Figura 4. Imagens comparativas do sistema de radiologia convencional, sistema CR e 
sistema DR.
BONTRAGER, K. L. Tratado de técnica radiológica e base anatômica. 7. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010.
Leituras recomendadas
BUSHONG, S. C. Ciência radiológica para tecnólogos: física, biologia e proteção. 9. ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
COSTA, D. H. (org.). Radiologia. São Paulo: Martinari, 2009.
MORAES, A. F.; JARDIM, V. Manual de física radiológica. Mesquita, RJ: Broonell, 2011.
Referência
Introdução à radiologia convencional e digital20

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