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ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA EDUCAÇÃO

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1. RESUMO 
O Serviço Social desempenha uma educação inclusiva, garantindo os direitos e 
deveres, cumprindo as regras da normatização da assistência social em prol da 
população. O assistente social é o responsável por orientar os diretores, 
coordenadores, professores, pais e alunos a seguirem e cumprirem um papel 
social importante para a escola, respeitando e entendendo os direitos que cada um 
possui e suas responsabilidades no meio educacional, tornando a família e a 
escola mais próximas, para que juntos possam contribuir na formação de novos 
cidadãos. O surgimento da escola no Brasil e no mundo é uma questão social, na 
educação veremos também a política educacional brasileira e por fim, a educação 
como estratégia de inclusão e mudança. Através dessa pesquisa será visto a 
importância do serviço social e da educação juntas e suas contribuições à 
sociedade, uma vez que é fundamental que os assistentes sociais estejam sempre 
em parceria com a família e escola para desenvolver a vida escolar e social dos 
alunos a fim de torná-los cidadãos e conhecedores dos seus direitos. A introdução 
do serviço social na educação e sua contribuição é um tema com ampla 
importância na administração educativa.. 
Palavras-chave: Questão social. Educação. Inclusão. Serviço social. 
ABSTRACT 
The Social Service carries out an inclusive education, guaranteeing the rights and 
duties, fulfilling the norms of the normalization of the social assistance in favor 
of the population. The social worker is responsible for guiding principals, 
coordinators, teachers, parents and students to follow and fulfill an important 
social role for the school, respecting and understanding the rights that each one 
has and their responsibilities in the educational environment, making the family 
and the school, so that together they can contribute to the formation of new 
citizens. The emergence of the school in Brazil and in the world is a social issue, 
in education we will also see the Brazilian educational policy and, finally, 
education as a strategy of inclusion and change. Through this research will be 
seen the importance of social service and education together and their 
contributions to society, since it is fundamental that social workers are always in 
partnership with the family and school to develop students' school and social life 
in order to citizens and knowledge of their rights. The introduction of social 
service in education and its contribution is a topic of great importance in 
educational administration. 
Keywords: Social issue. Education. Inclusion. Social service. 
2. INTRODUÇÃO 
A introdução dos profissionais de Serviço Social na educação marcou o ano de 
1930, porém foi apenas no ano de 1990 que houve a implantação das políticas 
sociais, sendo responsável pela conquista do Serviço Social na educação e a 
ampliação da demanda de exigência desses profissionais (ROSSA, 2011). 
Abordarei com essa pesquisa em primeiro lugar, a introdução do Serviço Social 
no âmbito escolar e sua contribuição, falarei também sobre a trajetória da escola, 
as questões sociais nas escolas e as politicas sociais, logo após apresentarei a 
educação inclusiva e sua relevância para a sociedade como um todo, 
principalmente para esse publico alvo, em seguida apresentarei a ludicidade e sua 
importância para a educação, falarei também sobre a família e a sua participação 
no contexto social. 
Segundo Campos e David (2010) o Serviço Social surgiu no Brasil na década de 
1930 e desde então vem ganhando espaço na sua atuação em diversas áreas e em 
parcerias com as políticas públicas. 
De tal modo foi levantado questões pertinentes as necessidades básicas para se 
ter uma vida digna, onde de acordo com a Constituição Federal de 1988, o art. 6° 
menciona que são direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, 
a moradia, o transporte, a segurança, a previdência social, a proteção à 
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados na forma desta 
Constituição. 
Devemos dar ênfase aos projetos de lei e a política educacional e a atuação do 
Assistente Social no campo educacional. 
O aumento no conhecimento dos Assistentes Sociais no contexto escolar em 
consonância com a equipe interdisciplinar proporciona direito de educação a dos 
os cidadãos. Segundo Rossa (2011) a interação com demais profissionais 
(psicólogos, pedagogos) apoiam para precaver as “questões sociais” como o 
alcoolismo, drogas, violência, evasão escolar, dentre outras. 
A assistência das equipes interdisciplinares compostas por professores, diretores, 
orientadores, coordenadores, pedagogos e assistentes sociais colaboram 
positivamente para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do processo 
educacional (SANTOS 2012). Porém, a sociedade se tornou palco das questões 
sociais e essas expressões tem se introduzido nas escolas atingindo todos os 
envolvidos no ambiente educacional. 
Conforme Campos e David (2010) o apoio da família é imprescindível para o 
sucesso do desempenho profissional dos assistentes sociais, pois aproxima os 
alunos a vida escolar e social. 
No entanto é interessante falar sobre o grande valor do Assistente Social na área 
escolar, bem como seus métodos de intervenção em relação com a realidade 
escolar atual, que em parceria com a comunidade escolar garante compromisso 
de uma formação cidadã. 
Segundo a lei Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Art. 1º A educação 
abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na 
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos 
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações 
culturais. 
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve, 
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias. 
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática 
social. 
Em um país extremante desigual e capitalista, muito cedo crianças e/ou 
adolescentes vindas de família de baixa renda, são obrigadas a trabalhar e abrem 
mão ao direito a infância e juventude em situações sub-humanas, com a intenção 
e obrigação de auxiliar a renda domiciliar. No entanto tem vários direitos 
violados de acordo com o ECA, prejudicando a educação, lazer e cultura, 
perdendo assim a dignidade. 
Porém, espera-se que com esta pesquisa, a busca por respostas sobre este assunto 
não pare por aqui, e resgate uma reflexão pertinente acerca do universo 
educacional e a atuação do Assistente Social. 
Pretende-se através deste estudo, falar um pouco sobre a influência do Serviço 
Social na Educação. A pesquisa partiu do pressuposto diante as questões sociais, 
indagando-se como o assistente social pode fazer para contribuir com 
crescimento do ser humano? 
2.1. OBJETIVO GERAL 
Objetivo geral é apresentar as políticas educacionais diante e a atuação do 
assistente social em frente das funções e desempenho do mesmo na área 
educacional. 
2.2. METODOLOGIA 
A metodologia utilizada nesta pesquisa foi através de um estudo bibliográfico 
com coleta de dados em livros, leis e artigos científicos. Pretende-se com esta 
pesquisa apresentar a contribuição do Assistente social e um conhecimento mais 
amplo na educação: Alunos, pais, professores, diretores, funcionários e toda a 
sociedade escolar, a importância deste profissional. 
A problemática da pesquisa busca responder as seguintes questões: Quais as 
contribuições do assistente social no âmbito educacional e a sociedade, qual a 
importância da família nesta instituição, qual a contribuição do assistente social 
na área educacional. 
A Fundamentação teórica está embasada em autores que abordam temas nesta 
área de atuação do Assistente Social na educação. 
2.3. JUSTIFICATIVA 
Assim sendo, justifica-se com esse Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
encontrar resposta acerca da amplitude do tema tão vasto, todavia não cessar por 
aqui tão importante assunto para a sociedade, que de uma forma geral que tende a 
ganhar (crescer) com essa junção:Educação e Serviço Social. 
O tema deste trabalho apresenta a importância do Assistente Social no contexto 
educacional. O fato do tema deve-se ao campo de estágio, o qual foi 
desenvolvido no Centro de Referencia de Assistência Social - CRAS, onde se 
teve vivencia e oportunidade de interação com o grupo de crianças e, na 
oportunidade foi desenvolvido um projeto com o tema - à importância do Lúdico 
na Educação. 
3. A INTRODUÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NA 
EDUCAÇÃO E SUA CONTRIBUIÇÃO 
3.1. A ESCOLA ATRAVÉS DOS TEMPOS 
A educação primitiva era informal e pregava orientação das coisas coletivas e 
práticas do dia a dia. Através dos gregos surgiu uma revolução no ensino, 
passando a ser mais racional, aonde o termo escola vem do grego scholé 
significando “lazer, tempo livre”, o qual era usado esse termo pelo fato de 
nomear os estabelecimentos de ensino e porque os gregos não valorizavam o 
trabalho manual. 
Foi na idade média que o conhecimento surgiu nos mosteiros, então, a educação 
ambienta-se nas escolas e os religiosos fazem a orientação do saber. O ensino era 
apenas para os nobres, sem distinção de idade. A burguesia acreditava no ensino 
para os interesses das classes emergentes. Adam Smith, um dos grandes teóricos 
do Capitalismo, inclusive defendia que a educação era necessária e deveria ser 
dada em pequenas doses às massas. 
Portanto, a elite buscou na educação um poderoso instrumento para orientar os 
trabalhadores, surge aí uma escola com funções ideológicas, mostrar às massas 
os valores das classes dominantes, e as funções de cada um de acordo com sua 
classe de origem, mas isso não é bem visto pela massa, pois a escola é entendida 
como uma instituição que trata a todos igualmente. Desde os tempos primitivos a 
escola serve a classe que controla a sociedade. 
Quando chegaram ao Brasil, em 1549, os jesuítas fundaram as primeiras escolas 
com a intenção de catequizar os índios, e também pela educação da elite 
brasileira, surge inicialmente na Alemanha e na França a educação pública 
estatal, no entanto não atendia filhos da classe trabalhadora. 
Este modelo de ensino é inaugurada no Brasil no final do século XIX quando se 
iniciou o processo industrial do país. Deve-se entender que o método educacional 
brasileiro é neutro, pois está introduzido no momento econômico, histórico, 
social e político, no qual está inserido. 
No Brasil, no século XX institui-se um ideal social orientado no mundo 
consumista, surgem também os movimentos das minorias: feministas, estudantis, 
dos direitos humanos e etc.; movimentos contracultura: hippies, punks e etc. e 
surgem também as ONGs, com todas essas mudanças surge um novo tipo de 
escola, todavia uma escola pública, obrigatória e gratuita devido à vultosa 
industrialização. 
A educação, no Brasil só passou a ser discutida através de diálogos com os 
intelectuais brasileiros, que começaram a olhar a educação de forma mais 
atenciosa, a parti deste olhar surge o movimento ecolanovista, na década de 20, 
que vem como uma crítica à educação tradicional, buscando a universalização da 
educação no Brasil. Priorizava ainda uma nova escola, uma escola que formasse 
um novo homem. 
“Após a primeira Guerra Mundial, com a industrialização e a urbanização, 
forma-se a nova burguesia, e estratos emergentes de uma pequena burguesia 
exigem o acesso à educação. [...], estes segmentos aspiram à educação acadêmica 
e elitista [...]” (ARANHA, 1996, p. 198). 
Para Aranha (1996), a educação no país passou a despertar maior atenção a partir 
da década de 30, podendo ter uma série de motivos, tais como: movimentos dos 
educadores; iniciativas governamentais ou resultados concretos alcançados. 
Nessa década é criado o Ministério da Educação e Saúde, responsável pelas 
reformas educacionais no âmbito nacional e pela estruturação da universidade. 
Ocorre maior autonomia didática e administrativa, bem como o interesse pela 
pesquisa e difusão da cultura, com a finalidade de beneficiar a comunidade. 
A partir desse movimento surge o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova 
(1932), documento assinado e liderado por Fernando de Azevedo e com apoio de 
Aluízio de Azevedo, Anísio Teixeira, Cecília Meireles e várias outras 
personalidades. Esse manifesto surgiu dando uma forma mais racional à 
educação, porque ainda não havia um sistema educacional adequado ao Brasil, 
Nos ano 60, a escola passa a ser vista sob o olhar de reprodutora das 
desigualdades sociais, surgem movimentos contra a educação e uma nova 
concepção. 
Dermeval Saviani, um dos grandes teóricos da educação, classifica as teorias 
educacionais em teorias críticas e não críticas. As teorias não críticas entendem a 
educação como uma ferramenta de equalização social, de superação da 
desigualdade social, vista de forma autônoma em sua atuação, e ao tentar 
entendê-la partem dela mesma. Como exemplos de teorias não críticas temos a 
pedagogia tradicional (preconiza o professor como centro do processo de ensino 
e ao aluno cabe aprender o que lhe é transmitido, sem ter o direito de questionar, 
preconiza o “aprender”), a pedagogia nova (defende a escola como um meio de 
equalização social, enfatiza o “aprender a aprender”). 
Maria Montessori, representante da Pedagogia Nova, a partir de experiências 
com o ensino de crianças, conclui que o espaço ideal para ser uma escola é uma 
casa com um jardim cultivado pelas crianças, com liberdade onde as crianças 
aprendem e se desenvolvem sem a ajuda dos adultos. Já que para Montessori, o 
ambiente adulto se torna um obstáculo para o desenvolvimento das crianças. 
Assim, preparando-se um ambiente adequado aos movimentos das crianças, 
ocorrerá a manifestação psíquica natural e, portanto um aprendizado saudável. 
Comenius (Jean Amos Komenisky – 1592 – 1670), considerado o pai da didática, 
considerou a escola como o espaço fundamental da educação do homem, 
estruturando seu pensamento na máxima: Ensinar tudo a todos. Para ele, essa 
educação concebida em um ambiente adequado, com diálogo e através da 
experiência é que formaria cidadãos capazes e atuantes no mundo. E Comenius 
acredita na escola como uma aliada nesse modelo de construção do saber 
Para Paulo Freire, grande expoente da educação brasileira, a escola é o espaço 
onde se dá o diálogo entre os homens, mediatizados pelo mundo ao redor, 
surgindo daí a necessidade de transformação do mundo. Não devemos chamar o 
povo à escola para receber instrução, postulados, receitas, ameaças, repreensões e 
punições, mas para participar coletivamente da construção de um saber, que vai 
além do saber de pura experiência feita, que leve em conta as suas necessidades e 
o torne instrumento de luta, possibilitando-lhe transformar-se em sujeito de sua 
própria história (...). Freire, 1980. Freire considera a escola como um espaço 
político para a organização popular. 
Numa perspectiva realmente progressista, democrática e não arbitrária, não se 
muda a “cara” da escola por portaria. Não se decreta que, de hoje em diante, a 
escola será competente, séria e alegre. Não se democratiza a escola 
autoritariamente. A administração precisa testemunhar ao corpo docente que o 
respeita que não teme revelar seus limites a ele, corpo docente. A administração 
precisa deixar claro que pode errar. Só não pode é mentir. (Freire, 1980). 
Com o avanço tecnológico vem a questão: Seguir formação profissional ou 
intelectual? Atualmente a escola enfrenta esse dilema. As promessas que foram 
feitas no séc. XIX, para a implantação de uma escola pública e universal não se 
cumpriram de fato. O modelo da escola tradicional sofreu inúmeras críticas nos 
últimos tempos. Como enfrentar tais desafios na atual estrutura da escola? 
Antonia de Jesus Sales - Professora e Tradutora. 
Segundo Meksenas (2002), a educação nasce quando se transmite e se assegura 
as outras pessoas o conhecimento de crenças, técnicas e hábitos que um grupo 
social já desenvolveu, a partir de suas experiências de sobrevivência. Neste 
sentido, pode-se afirmar queo nascimento da educação surge quando o ser 
humano sente a necessidade de converter as suas práticas cotidianas ao seu 
semelhante. 
A instituição escolar é importante no crescimento do ser humano, pois, em busca 
da civilização, existe a necessidade de passar o conhecimento aos semelhantes. 
Assim, entende-se que a escola surge, para garantir aos outros aquilo que certo 
povo aprendeu. 
Meksenas (2002), ainda afirma que, em uma visão funcionalista, a educação nas 
sociedades tem a tarefa de mostrar que os interesses individuais só se realizam 
plenamente através dos interesses sociais. Sendo assim, a educação ao socializar 
o indivíduo, mostra a este que sozinho, o ser humano não sobrevive, e que ele só 
pode desenvolver as suas potencialidades estando em contato com o meio social, 
ou seja, com as outras pessoas. 
O ser humano, através da educação se orienta social, cultural e espiritualmente, 
sendo capaz de transformar o mundo ao seu redor, ela serviu de base para a 
sociedade desde tempos remotos. E daqui em diante ela será extremante 
importante para as próximas gerações. 
A educação reproduz a sociedade, pois a contradição e o conflito não são tão 
manifestos na sociedade, porque a reprodução é dominante, observando-se que a 
educação acaba por fazer o que a classe dominante lhes pede. Como a sociedade, 
a educação é um campo de luta entre várias tendências e grupos. Ela não pode 
fazer sozinha a transformação social, pois ela não se consolida e efetiva-se sem a 
participação da própria sociedade (GADOTTI, 1995). 
Segundo Pinto (1986), a educação acaba transmitindo e reproduzindo os 
mecanismos de dominação impostos pelo capitalismo. Por outro lado, o setor 
educacional deve estar em busca da conscientização e da libertação, através da 
qual se resgatam caminhos para uma ação transformadora. 
“A educação é imprescindível para que todos os indivíduos tenham acesso à 
cultura e possam fazer parte do mundo, compreendendo a realidade que se 
inserem e transformando sua própria historia de vida” (SANTOS, 2012, p. 124). 
Para Piana (2009b) a educação é uma área nova de atuação do Serviço Social, 
porém podemos perceber que esses profissionais estão interessados em ingressar 
na equipe de profissionais da educação nas escolas a fim de por em prática seus 
conhecimentos teórico-metodológicos. 
Assim, a educação libertadora ou transformadora, é aquela que trabalha com uma 
visão de sujeitos potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, 
instruindo-se de forma a promover a auto-reflexão. Neste sentido, a educação é 
entendida como uma prática de libertação, que desperta no sujeito a sua 
capacidade de promover a humanização, esforçando-se em uma perspectiva 
conjunta para mudar o sistema escolar, social e político (GERHARDT, 2001). 
3.2. A EDUCAÇÃO E AS QUESTÕES SOCIAIS 
A escola, como uma das principais instituições sociais, é desafiada 
continuamente em apresentar o conhecimento que é trabalhado no contexto 
educacional com o contexto social do aluno, ou seja, as questões sociais. No 
entanto é imprescindível que a escola conheça a realidade social dos alunos, 
encurtando a distância que a separa do âmbito familiar. 
O âmbito escolar, é a instituição que se deve resgatar os valores sociais do 
indivíduo, e ela deve ter capacidade de orientar bem o indivíduo para a 
sociedade, através dela enfatizar o trabalho de inserção do grupo familiar no 
contexto educacional, com o objetivo de fortalecer os vínculos sociais e 
familiares de um modo geral. 
A escola só poderá desempenhar um papel político, se ela desenvolver o senso 
crítico do aluno, de acordo com a realidade que ele se encontra inserido na 
sociedade, entendendo a realidade cultura, social e econômica do aluno e 
propiciar a interação familiar no processo sócio pedagógico educacional. 
No entanto, introduzir o Serviço Social na educação, contribuirá com ações que 
transformem a educação com práticas de formação da cidadania, emancipação 
dos sujeitos sociais e inclusão social, com oportunidade de orientar o indivíduo 
que se torne consciente de empoderamento da sua própria história. 
Amaro (1997) reflete que Educadores e Assistentes Sociais compartilham 
desafios semelhantes, e tem na escola como ponto de encontro para enfrentá-los. 
Tem-se a necessidade de fazer algo em torno dos problemas sociais que 
repercutem e implicam de forma negativa no desempenho do aluno e leva o 
educador pedagógico a recorrer ao Assistente Social. 
É extremamente importante frisar, que a inserção do Serviço social na educação 
por si só não resolve conflitos existentes e nem substitui profissionais da 
educação. Sua participação é útil no sentido interdisciplinar, e serve para 
subsidiar os demais autores escolares no enfrentamento de questões sociais sobre 
as quais, geralmente a escola não sabe de que maneira agir e intervir. 
O Serviço Social é uma profissão que trabalha no sentido educativo de 
revolucionar consciências, de proporcionar novas discussões, de trabalhar as 
relações interpessoais e grupais. Assim, a intervenção do assistente social é uma 
atividade veiculadora de informações, trabalhando em consciências, com a 
linguagem que é a relação social (MARTINELLI, 1998), que estando frente às 
mudanças sociais, pode desenvolver um trabalho de articulação e 
operacionalização, de interação de equipe, de busca de estratégias de proposição 
e intervenção, resgatando-se a visão de integralidade e coletividade humana e o 
real sentido da apreensão e participação do saber, do conhecimento. Desta forma, 
pode-se afirmar: 
O campo educacional torna-se para o assistente social hoje não apenas um futuro 
campo de trabalho, mas sim um componente concreto do seu trabalho em 
diferentes áreas de atuação que precisa ser desvelado, visto que encerra a 
possibilidade de uma ampliação teórica, política, instrumental da sua própria 
atuação profissional e de sua vinculação às lutas sociais que expressam na esfera 
da cultura e do trabalho, centrais nesta passagem de milênio (ALMEIDA, 2000, 
p.74). 
No entanto, a contribuição do Assistente Social se dá também atuando em 
equipes interdisciplinares, nas áreas das quais, os diferentes saberes aliado a 
diferentes formações profissionais possibilitam cooperação e uma visão ampla 
em volta das questões sociais. Então, o Assistente Social pode propor ideias 
efetivas e resgatar a integridade do indivíduo. 
Para Amaro (1997), a interdisciplinaridade, no contexto escolar, representa 
estágios de superação do pensar fragmentado e disciplinar, resultando-se na ideia 
de complementaridade recíproca entre as áreas e seus respectivos saberes. 
Entende-se que é na escola, no dia-a-dia dos alunos e familiares, que se originam 
as expressões das questões sociais, como fome, desemprego, problemas de saúde, 
habitação inadequada, trabalho-infantil, drogas, pedofilia, baixa-renda, 
desnutrição, extrema pobreza, abandono, violência doméstica, negligencia, 
problemas familiares, desigualdade e exclusão social, etc. 
O que justifica a inserção do Assistente Social na educação são as demandas 
emergentes das questões sociais, que entra nessa área com a intenção de atender 
tais demandas. 
Neste sentido, Iamamoto (1998) afirma: O desafio é redescobrir alternativas e 
possibilidades para o trabalho profissional no cenário atual; traçar horizontes 
para a formulação de propostas que façam frente à questão social e que sejam 
solidárias com o modo de vida daqueles que a vivenciam, não só como vítimas, 
mas como sujeitos que lutam pela preservação e conquista da sua vida, da sua 
humanidade. Essa discussão é parte dos rumos perseguidos pelo trabalho 
profissional contemporâneo (IAMAMOTO, 1998, p.75). 
Segundo a autora, o Assistente Social exerce funções educativo-organizativas 
sobre as classes trabalhadoras. E, não poderia ser diferente, na escola, pois seu 
trabalho se insere sobre o modo de viver da comunidade educacional, a partir de 
situações vivenciadas em seu cotidiano, justamente pelo seutrabalho diretamente 
com ideologia. 
No livro “O Serviço Social na Educação”, elaborado pelo Conselho Federal de 
Serviço Social, o CFESS (2001), encontram-se dados estatísticos, os quais 
revelam que cerca de 36 milhões de pessoas vivem nas cidades abaixo da linha 
de pobreza absoluta, e que o nosso país ocupa o último lugar nos relatórios da 
ONU, o qual enfoca a questão social. Tudo isso, consequentemente, se reflete em 
uma quantia de aproximadamente 60% de alunos, que em determinadas regiões 
do Brasil, iniciam seus estudos e não chegam a concluir a 8ª série do ensino 
fundamental (CFESS, 2001, p.11). 
Com o intuito de incluir aqueles que se encontram em exclusão social, a escola 
incentiva aos alunos a participarem da sociedade em que vivem. A escola, sendo 
instituição social, deve estar atenta para as manifestações da exclusão social 
incluindo violência, discriminações, de gêneros, etnia, sexo, classe social, física e 
mental, reprovações, evasão escolar e etc. É nessa questão que e origina a falha 
escolar, pois ela deve estar atenta a realidade social do aluno. 
Segundo Almeida (2000), as demandas provenientes do setor educacional, no 
que se refere a sua ação ou ao fazer profissional do Serviço Social, recaem em 
diversas situações. Tem-se assim necessidade do trabalho com crianças e 
adolescentes, através de projetos como o Apoio Sócio-Educativo em Meio 
Aberto (ASEMA), como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 
1990). 
Inclui-se, também neste contexto a importância na participação das famílias, por 
meio do desenvolvimento de ações, como trabalho de grupo e, muitas vezes, com 
os próprios professores da Unidade de Ensino, podendo ainda promover reuniões 
interdisciplinares para decisões e conhecimento a respeito de determinadas 
problemáticas enfrentadas pela comunidade escolar. Isso tudo, sem deixar de 
lado a ação junto ao campo educacional, mediada pelos programas e ações 
assistenciais que tem marcado o trabalho dos profissionais do Serviço Social. 
... as novas feições da família estão intrínseca e dialeticamente 
condicionadas às transformações societárias contemporâneas, ou 
seja, às transformações econômicas e sociais, de hábitos e 
costumes e ao avanço da ciência e da tecnologia. O novo cenário 
tem remetido à discussão do que seja a família, uma vez que as 
três dimensões clássicas de sua definição (sexualidade, 
procriação e convivência) já não têm o mesmo grau de 
imbricamento que se acreditava outrora. Nesta perspectiva, 
podemos dizer que estamos diante de uma família quando 
encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por 
laços consanguíneos, afetivos e, ou, de solidariedade. Como 
resultado das modificações acima mencionadas, superou-se a 
referência de tempo e de lugar para a compreensão do conceito 
de família (PNAS, 2004:25). 
Ainda, conforme o CFESS (2001), os problemas sociais a serem combatidos pelo 
assistente social na área da educação são: 
- Evasão escolar; 
- Desinteresse pelo aprendizado; 
- Problemas com disciplina; 
- Insubordinação a qualquer limite ou regra escolar; 
- Vulnerabilidade às drogas; 
- Atitudes e comportamentos agressivos e violentos (CFESS, 
2001, p.23). 
Para Martins, os objetivos da prática profissional do Serviço Social no setor 
educacional são: 
- Contribuir para o ingresso, regresso, permanência e sucesso da 
criança e adolescente na escola; 
- Favorecer a relação família-escola-comunidade ampliando o 
espaço de participação destas na escola, incluindo a mesma no 
processo educativo; 
- Ampliar a visão social dos sujeitos envolvidos com a 
educação, decodificando as questões sociais; 
- Proporcionar articulação entre educação e as demais políticas 
sociais e organizações do terceiro setor, estabelecendo parcerias, 
facilitando o acesso da comunidade escolar aos seus direitos 
(MARTINS, 1999, p.60). 
É importante que o Assistente Social introduzido na educação saiba introduzir 
programas visando a prevenção dos conflitos sociais. Na educação, o Assistente 
Social deve ser o profissional que promove o encontro da realidade social do 
aluno, da escola, da família e da sociedade, a qual o aluno esteja introduzido. 
Entende-se, que uma das grandes vantagens que o Assistente Social pode fazer 
no contexto escolar é a união dos laços familiares. É interagindo através de ações 
com os pais, que se destaca a relação escola-aluno-família. Este profissional 
poderá perceber os fatores que determinam as questões sociais na área 
educacional, e preventivamente trabalhar na intenção de evitar que se repita 
novamente. 
O Assistente Social na educação deverá também propor ações e não somente 
atentar em solucionar problema, deverá prever os problemas e se antecipar a eles, 
compreendendo que a política social de educação necessariamente deve garantir 
os direitos sociais, podendo aumentar o conceito educacional na sociedade 
atualmente. No entanto, a contribuição do Serviço social no âmbito educacional 
se dá nas seguintes atribuições: 
-Melhorar a convivência entre escola, família e aluno; 
-Beneficiar a abertura de canais nos processos decisórios da 
escola; 
-Favorecer o aprendizado do processo democrático; 
-Incentivar as ações coletivas; 
-Efetuar pesquisas para analisar a realidade social dos alunos; 
-Contribuir com a formação profissional de novos assistentes 
sociais, disponibilizando campo de estágio adequado às novas 
exigências do perfil profissional (MARTINS, 1999, p.70). 
Mais um exemplo de questão social deve ser destacado aqui, segundo pesquisas 
do G1, “Brasil gasta com presos quase o triplo do custo com aluno” Enquanto o 
país investe mais de R$ 40 mil por ano em cada preso em um presídio federal, 
gasta uma média de R$ 15 mil anualmente com cada aluno do ensino superior — 
cerca de um terço do valor gasto com os detentos. Já na comparação entre 
detentos de presídios estaduais, onde está a maior parte da população carcerária, 
e alunos do ensino médio (nível de ensino a cargo dos governos estaduais), a 
distância é ainda maior: são gastos, em média, R$ 21 mil por ano com cada preso 
— nove vezes mais do que o gasto por aluno no ensino médio por ano, R$ 2,3 
mil. Para pesquisadores tanto de segurança pública quanto de educação, o 
contraste de investimentos explicita dois problemas centrais na condução desses 
setores no país: o baixo valor investido na educação e a ineficiência do gasto com 
o sistema prisional. 
Então o que esperar dos governantes? Se os políticos querem mudar a situação do 
país, a qualidade na educação deve ser prioridade e deve vir da base, seriam 
sanados vários problemas e sairia mais barato. 
Outro tópico polêmico para a educação é o bullying, que de acordo o com site: 
Psicologias do Brasil: Diego, um menino de apenas 11 anos, decidiu tirar a sua 
própria vida no dia 14 de outubro de 2015. A razão? O bullying que ele sofria na 
escola. A OMS, Organização Mundial da Saúde, publicou um informativo há 
pouco tempo no qual revelou que todos os anos cerca de 600 mil jovens se 
suicidam em todo o mundo com idades compreendidas entre os 14 e os 28 anos. 
Dentro desta cifra, o bullying é a causa de pelo menos metade dos casos. Isso é 
muito sério, É quando se chega ao extremo, e o desespero bate, a equipe 
interdisciplinar deve evitar isso e ficar atenta aos detalhes e sinais dados por 
alunos que sofrem bullying. 
O Assistente Social na educação se mostra com o poder de contribuir com as 
questões sociais que são vivenciadas no dia-a-dia da instituição escolar – 
professores, pais e alunos. Sejam com orientações, projetos, visitas domiciliares, 
encaminhamentos e informações de cunho educativo, que possibilitem cidadania 
e ações voltadas para a sociedade. Entretanto, compreende-se que para alcançar o 
aluno de forma eficiente, é importante participar do âmbito familiar com ações 
sócio-educativas e de cidadania. 
4. POLITICA EDUCACIONAL 
Apresentarei nesse capitulo sobre as Leis Educacionais, no entanto é importante 
contextualizar sobre amesma. 
A educação é uma das mais importantes instituições sociais, compreender a 
importância da educação é muito importante nos dias atuais. A história da 
educação é marcada, entre as áreas publica e privada. 
Costa (2006) apud Piana (2009a, p. 53-54) afirma que as políticas sociais são 
como “mecanismos eficientes para a democratização do acesso a bens e serviços 
para a população, as quais atuam como condições necessárias ao progresso 
econômico e social”. 
Sabe-se que no Brasil, as Políticas Educacionais são unidas com as políticas 
sociais, e que são percebidas como força e resistência dos cidadãos, e que se 
destacam de maneira fundamental na economia e política. A política educacional 
é marcada elas questões sociais que representam as lutas de classes, no âmbito da 
educação como direito. 
A educação hoje, se enxerga marcada por uma serie de conflitos, que, no entanto, 
lhe sendo familiar no contexto escolar, se destaca atualmente de uma maneira 
extensa. 
No campo do papel social, as políticas sociais atendem os recursos sociais por 
meio de serviços sociais e assistenciais, para um benefício salarial às partes 
carentes da sociedade. Ainda que, tal objetivo não contemplem as reais funções 
de reduzir as desigualdades sociais no intuito de originar mais serviços sociais à 
população menos beneficiada (PASTORINI, 1997 apud PIANA, 2009a, p. 35). 
Devemos buscar as transformações sociais, ficando para os assistentes sociais, a 
responsabilidade de lutar com o Estado, para finalmente haver políticas sociais 
garantidas a todos, deve ser garantida a sociedade, educação sem medir a classe 
social. No entanto, para compreendermos as políticas sociais, devemos entender 
o contexto das políticas publicas. 
“As políticas públicas são decisivas para a concretização de 
direitos humanos, pois elas atuam na estrutura básica do sistema 
capitalista contribuindo para a construção do bem comum, 
visando à redução das desigualdades sociais”... (FRANÇA e 
FERREIRA, 2012, p. 186). 
De tal modo, as autoras afirmam ainda que: 
Quando se trata da efetivação de direitos legitimados em uma 
ordem jurídico-legal de um Estado democrático de direitos 
como o Brasil, as políticas públicas assumem papel importante 
na redução da pobreza e das desigualdades sociais, elementos 
importantes para o bem estar social com equidade, dignidade e 
autonomia (FRANÇA e FERREIRA, 2012, p. 187). 
As políticas públicas são fundamentais para que os direitos sejam cumpridos e 
que devem ser tomadas medidas para o combate da violência, discriminação e 
desigualdade social, que geralmente se apresenta de forma discreta. 
Assim, as políticas públicas no comando de sua função têm por obrigação 
avalizar os direitos de cada cidadão. Portanto, tal dinâmica precisa que o Estado e 
a sociedade civil tenham uma “afinidade de complementaridade” (FRANÇA e 
FERREIRA, 2012). 
A educação é um direito social garantido pela Constituição Federal de 1988, Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) e Estatuto da Criança e do 
Adolescente (ECA), sendo obrigação do Estado garanti-la a todos (AREQUE e 
SOUZA, 2009). 
A escola apresenta importância no desenvolvimento do cidadão, devendo 
resolver, no entanto, as questões escolares, a educação rompe o âmbito escolar, 
se aprende muito também nas instituições sociais: igreja, família, escola, 
vizinhança, clube, etc. 
De acordo com Piana (2009) a presença do Serviço Social na política 
educacional confere tarefas que ultrapassam o ambiente escolar, levando em 
conta a evasão escolar, a ausência dos pais na vida escolar dos filhos, 
inadequação da escola, falta de estrutura educacional que respeite a igualdade de 
acesso aos educandos. 
Assim, Almeida (2004) afirma que. 
É de fundamental importância um amplo processo de 
mobilização da categoria profissional em torno deste tema, não 
só com o intuito de transformar expectativas em adesão, mas 
com o de instrumentalizar os assistentes sociais quanto ao 
significado político desta aproximação. Entendendo que o 
referido processo não diz respeito apenas ao âmbito do mercado 
de trabalho, mas ao conhecimento necessário sobre a educação, 
a política educacional e as possibilidades e demandas para a 
atuação dos assistentes sociais. Pode compor uma importante 
estratégia a organização de comissões de assistentes sociais que 
atuam, ou tenham proximidade e interesse nesta área, junto aos 
Conselhos Regionais de Serviço Social, conforme já ocorre em 
Minas Gerais e no Rio de Janeiro (2004, p. 51). 
Não é de hoje, a discussão da importância do Serviço Social na luta do direito da 
educação, que vai além da política, economia e social, uma vez que depende da 
Política Educacional. 
França; Ferreira (2012, p. 187) menciona que a Constituição Federal de 1988, 
ECA e LDBEN têm por obrigação zelar pelos direitos humanos diante os 
conjuntos de políticas públicas associadas “formando um sistema de proteção 
que tenha a capacidade de originar o bem estar das crianças, adolescentes e suas 
famílias”. 
A participação do Serviço Social na Política Educacional determina atividades 
que vão além da área escolar, destacando, a falta da família na vida educacional 
do aluno, evasão escolar, etc. 
Segundo Lopes et al. (2007) o debate do apoio do Serviço Social na efetivação 
do direito da educação perpassa a realidade social, política, econômica e cultural, 
haja vista que ficam a serviço das políticas educacionais. 
As questões sociais são destaque na Politica Educacional, as quais sugerem 
desafios a quem contribui com a educação surgindo demandas ao Serviço 
Sociais. O profissional de Serviço Social é mediador nas relações sociais, 
destacando entre elas, trabalhadores, Estado e burguês. 
Destacados tais parâmetros, podemos o lugar do Serviço Social e a sua 
contribuição na Política Educacional, podendo-se então, apresentar a história da 
Assistente Social e sua importância na educação. 
A política educacional, assim como as demais políticas sociais, não pode ser 
refletida de maneira independente ou desconectada de uma totalidade histórica 
que abrange as bases materiais de produção e reprodução da vida dos sujeitos, 
contudo, precisa ser compreendida a partir da contradição e articulação com os 
aspectos sociais, políticos e econômicos de determinada conjuntura sócio 
histórico (MARONEZE e LARA, 2009, p. 3284). 
Temos que entender que o contexto escolar está ligado inteiramente à sociedade. 
De tal modo, Neto (1995) afirma que é possível avaliar e debater a Política 
Educacional Brasileira por meio de um fio condutor como as diretrizes da 
legislação educacional. 
“A análise da política educacional no Brasil vem se constituindo 
gradativamente, numa preocupação e numa tarefa dos 
educadores comprometidos com os rumos da educação no País” 
(NETO, 1995, p. 725). 
O Serviço Social em conjunto com a educação tem como objetivo garantir o 
direito a todos, em cumprimentos com as leis da Constituição Federal e do 
Estatuto da Criança e dos Adolescentes (ECA), bem como atender suas 
necessidades sociais como saúde, habitação, alimentação e educação 
proporcionando sua inclusão social na comunidade (CAMPOS e DAVID, 2010). 
Atribui-se ao Assistente Social a garantia de direitos à saúde, educação, 
habitação, lazer, trabalho, etc. ações para garantir a sociedade organizada. É 
importante destacar que a educação é decisiva para o crescimento do país. 
De acordo com o Estatuto da Criança do Adolescente (ECA) de 1990, no seu 
artigo 4° retrata que “é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e 
do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos 
referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária”. 
O país protagonizou movimentos sociais que contribuíram para a criação da 
legislação brasileira nas atribuições dos direitos sociais, como a Constituição 
Federal promulgadaem 1988 e as leis complementares como a Lei n° 8069/90 – 
ECA e a Lei n° 8742/93 – Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) (PIANA, 
2009a). 
Nessa perspectiva, França e Ferreira (2012) afirmam que a política assistencial 
tem como pontos fundamentais os mecanismos de concretização dos direitos à 
convivência familiar e comunitária. Para tanto, é necessário à criação de medidas 
públicas a fim de fortalecer o âmbito familiar. 
Abre-se, portanto, vasta oportunidade de inserção do Assistente Social no âmbito 
escolar em diversos níveis educacionais. A presença do Serviço Social na 
educação garante direitos, através do estudo de caso até dinâmicas em grupo, 
desenvolvendo a convivência familiar e a sociedade. 
O trabalho desenvolvido pelos assistentes sociais não se confunde ao dos 
educadores. Em que pese a dimensão sócio-educativa de suas ações, sua inserção 
tem se dado no sentido de fortalecer as redes de sociabilidade e de acesso aos 
serviços sociais e dos processos sócio institucionais (ALMEIDA, 2000). 
A atual LDBEN (Lei n° 9.364/96) admite que “compreendem a educação como 
uma política social que tem o compromisso de garantir direitos sociais”, ou seja, 
indicando um conceito de educação que precisa ser praticada quanto a sua 
produção social e o papel da escola frente à sociedade. 
No entanto, o artigo opcional da presença do Assistente Social de acordo com 
nova ordem, na educação ou não, devemos destacar sua atuação no âmbito 
escolar. 
Para Piana (2009a, p. 218) considerando o universo educacional como ambiente 
de trabalho principal para os profissionais do Serviço Social, com o intuito de 
abordar suas contribuições, competências, conhecimentos, compromissos, 
habilidades e atitudes a cerca da efetivação da educação em um direito social tão 
sonhado por todos. 
É importante destacar a Emenda Constitucional que propõe a inserção do Serviço 
Social na Educação. Nesse sentido: 
O Serviço Social brasileiro ousa dizer não à forma como vem sendo 
implementado o acesso da população brasileira ao ensino, que, em larga medida, 
extravia seu caráter público, presencial, laico e de qualidade, em um contexto 
neoliberal, no qual o Estado empenha-se para atender às exigências dos 
organismos internacionais, criando as condições para a institucionalização de um 
padrão educacional que dissemina uma educação que contribui para a 
manutenção da desigualdade social e de relações sociais que alienam, 
desumanizam e conferem adesão passiva ao modo de ser burguês (CFESS, 
2012). 
Através do que foi falado, quais os desafios ético-politico da interação do 
Assistente social na área de Política Educacional? O que devemos enfatizar? Essa 
participação destaca a referencia escolar com o compromisso com o projeto ético 
político da profissão, espera-se fazer ações concretas para fortalecer a sociedade 
em prol de uma educação que possibilite a sociedade crescimento humano. 
Através do que foi exposto, destacamos a importância do Assistente Social na 
educação. 
5. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Deve existir na educação, de maneira universalizada a inclusão, compreendendo-
se como um meio de garantir que todos os alunos tenham direitos, essa é de fato, 
uma das instituições mais corretas para ensinar de forma efetivas seus direitos e 
apresentar a inclusão, somete perdendo para a família, para que os alunos 
aprendam juntos, sem discriminação. 
A educação inclusiva atenta às diferenças de alunos que tem dificuldades de 
aprendizagem, as dificuldades podem ser: temporárias ou permanentes. 
Através da integração a dignidade humana é valorizada e pelo respeito aos 
direitos humanos, no compromisso com a sociedade e com a igualdade. Temos 
que ter orientação para se construir a inclusão, orientados por acolher as 
necessidades de todos, através da superação das igualdades. 
Devemos citar grupos que até hoje sofrem a exclusão simbólica, na trajetória da 
humanidade: Pessoas com deficiências, com necessidades especiais, povos 
indígenas, população do campo e ribeirinhos, negros, homossexuais, adultos e 
jovens fora da idade escolar e etc. 
Segundo o site Info Escola, na história da educação especial, cada fase foi 
construída com atitudes, concepções, valores e visões denominados no contexto 
cultural, político e social na qual se encontra inserida a pessoa com deficiência. 
1 - Idade Antiga - 3.500 a. C. à 476 d. C.: 
Etapa do Extermínio. Na Roma e Grécia Antiga, a pessoa com deficiência era 
exterminada ou abandonada, não representando problema de natureza ética ou 
moral. Visava à disciplina militar, não se admitindo indivíduos com poucas 
habilidades. 
2 - Idade Média - 476 D.C. a 1.453 D.C.: 
Etapa Filantrópica: o Cristianismo se deu com o fortalecimento da Igreja 
Católica. Pelos ideais cristãos pessoas doentes, defeituosas ou mentalmente 
afetadas não podiam mais ser exterminadas. A educação era religiosa com 
formação para artes. As pessoas com deficiência deixam ser consideradas coisas 
para serem filhos de Deus, sendo abrigadas em asilos e conventos. 
3 - Idade Moderna - 1.453 d.C. à 1.789 d.C.: 
Etapa Científica: Ações de tratamentos médicos eram desenvolvidas para pessoas 
com deficiência. 
4 - Idade Contemporânea - 1.789 d.C. aos dias de hoje: 
Etapa da normalidade. Evolui da ideia de pessoa limitada para com 
potencialidades, capaz e com possibilidades de aprender, desenvolveram-se 
meios para os estudantes, que em razão das suas necessidades não podem se 
adaptar no sistema regular de ensino. 
- Anos 60 a 80: Etapa da Integração – princípios normatizadores: 
individualização, normalização e a integração. 
- Anos 70 a 80: Consolidação da integração. Trabalha-se com o aluno com 
deficiência fora do contexto social, para depois de ‘pronto’ buscar integrá-lo na 
sociedade. 
- Anos 90: Etapa da Inclusão: a estrutura educacional existente deve ser eficiente 
para atender a todos, nos seus diferentes níveis de ensino. A Escola e Educação 
buscam apoio para trabalhar a diferença, sem tirá-la do contexto social. Site Info 
Escola. 
5.1. DOCUMENTOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO 
ESPECIAL: 
5.1.1. EM ÂMBITO INTERNACIONAL: 
a) Declaração Universal dos Direitos Humanos – ONU/1948. 
b) Declaração de Salamanca – ONU/1994 na Espanha. 
c) Convenção da Guatemala – Definição de discriminação. 
5.1.2. EM ÂMBITO NACIONAL: 
a) Constituição Federal de 1988: Art.208, III, VII; Art. 227, II. 
b) Lei n. 8.069/90 – ECA 
c) Decreto n. 3.298/99 – Política Nacional para a Integração da Pessoa com 
Deficiência. 
d) Portaria MEC n. 1679/99 
e) Lei n. 10.098/00 – Critérios para a promoção de acessibilidade. 
f) Lei n. 10.721/01 – Plano Nacional de Educação. 
g) Decreto n. 2.956/01 – Convenção Internacional para a Eliminação de todas as 
formas de Discriminação contra a Pessoa com Deficiência. 
h) Resolução n. 02/01 – CNE – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na 
Educação Básica. 
i) Portaria n. 555/2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE 
j) Decreto n. 6.094/07 – Compromisso de Todos pela Educação. 
5.2. METODOLOGIA E ADAPTAÇÕES CURRICULARES 
Encontrar meios educacionais em que o agente modificador seja o currículo 
escolar, com um olhar voltado para a realidade do aluno, na espera de uma 
política pública escolar inclusiva para todos. 
Apresentar-se através de um estudo da trajetória da educação inclusiva, ações e 
estratégias dos alunos com necessidade especiais, sabendo que se necessita do 
preparo escolar. 
O projeto curricular é o que norteia os objetivos e espera uma ação correta para 
pôr em prática os objetivos. Sugere-se buscar tudo aquilo que é necessário 
ensinar em um espaço educacional. 
O currículo orienta como, o que e quando ensinar e avaliar. O entendimento de 
currículo abarca desde os aspectos básicos até os técnicos. Refere-se também, a 
todo o aprendizado que será oferecido ao aluno em certo curso. 
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Em relação ao currículo inclusivo, é baseado em técnicas voltadas para a 
transmissão do aprendizadodo aluno. Os conteúdos devem ser selecionados de 
maneira crítica, contextualizando diretamente com a realidade. 
É apresentado no embasamento histórico e cultural, em que professor e aluno são 
seres participativos, norteados por metas, voltados para a área do aprender, os 
conteúdos tem função educativa e social. 
O professor é o mediador dessa relação, e a intervenção norteia o avanço do 
aluno no processo do conhecimento, garantindo conhecimento amplo. 
Currículos inclusivos são baseados em uma visão de aprendizagem como algo 
que acontece quando os alunos estão envolvidos ativamente em compreender 
suas experiências. São constituídos de forma flexível para permitir não somente 
adaptações, mas também modificações para atender às necessidades individuais 
dos alunos e aos estilos de trabalho próprios de cada professor. Site Info Escola. 
As adaptações curriculares são as mudanças que devem ser realizadas para 
atender as necessidades de cada aluno, visando às condições necessárias para o 
conhecimento. Devem ser levadas em consideração, as características únicas de 
cada um, as prioridades a serem abordadas, o apoio efetivo às necessidades do 
aluno, quais os profissionais que participarão e as funções de cada um. 
As Adaptações de Grande Porte são relevantes, através das seguintes 
modalidades: Objetivo de ensino, avaliação, conteúdo. A escola regular deve 
fazer as modificações importantes para atender as necessidades dos alunos: 
acesso ao currículo, participação integral e sucedida, atendimento as suas 
peculiaridades. 
As Adaptações de Pequeno Porte, não são tão relevantes, mas podem ser 
efetivadas, porém são de responsabilidade direta do professor, tem uma ligação 
direta sob a responsabilidade do mesmo, nas atividades desenvolvida em sala de 
aula e fazem parte da competência do professor, sem ser necessária intervenção 
superior. Refere-se aos meios que o professor deverá utiliza de maneira a adequá-
lo as condições especiais dos alunos. 
Devem ser feitas adaptações dos conteúdos, acompanhado as necessidades 
efetiva para cumpri o currículo educacional, encontrar estratégias que melhor 
atendam as necessidades de cada indivíduo faz parte da aprendizagem, também 
devem ser feitas adaptações no processo de avaliação e cabe ao professor mediar 
o tempo das atividades de acordo com a necessidade de cada aluno. 
Modalidades de apoio: 
São recursos e estratégias que promovem o interesse e as capacidades das 
pessoas, bem como oportunidades de acesso a bens e serviços, informações e 
relações no ambiente em que vive. 
Classificam-se em: 
a) Serviços especializados: de natureza pedagógica e/ ou terapêuticos ofertados 
fora do contexto regular de ensino, substituindo os serviços educacionais 
comuns. Incluem-se, neste caso, as iniciativas das organizações governamentais e 
não governamentais. Compõem esses serviços: classe especial, escola especial, 
classes hospitalares, atendimento pedagógico domiciliar. 
b) Serviços de apoio pedagógico especializado: de natureza pedagógica ofertados 
no contexto da escola regular para atender às necessidades educacionais especiais 
dos alunos. Destacam-se: sala de recurso, centro de atendimento especializado, 
profissional interprete, interprete de surdo, professor de apoio permanente – área 
da deficiência neuromotora, classe comum, itinerância. 
Acreditar em Políticas Públicas Educacionais é acreditar em uma educação 
efetivamente inclusiva, tendo a instituição escolar como ator principal na 
importância fundamental da cidadania. No âmbito escolar, a cidadania é 
garantida por meio, de currículos flexíveis, que não servem apenas a 
determinados grupos, pois todas as práticas curriculares devem favorecer e 
pregar a diversidade. 
O currículo é uma junção social, unido ao contexto histórico. A sua interação 
com a área política que esteja ligada a cultura, que existe na realidade 
educacional, exige um olhar renovado do currículo tendo união cultural e o 
aprendizado, sendo enfático do significado para alunos com necessidades 
especiais. 
Deve oportunizar aos alunos seus direitos efetivos, igualdade e equidade, a 
adaptação curricular deve ser exigida para a pratica das diferenças entre os 
alunos, diferenciando do olhar tradicional de que toso aprendem no mesmo ritmo 
e da mesma forma. 
6. A LUDICIDADE E SUA IMPORTÂNCIA PARA A 
INFÂNCIA 
Abordarei nesse capítulo, sobre a ludicidade por acreditar que na infância o 
brincar é intrínseco à constituição do ser criança. Através do brincar os pequenos 
são capazes de criar e vencer seus próprios limites e construir suas próprias 
aprendizagens. 
Os jogos e brincadeiras auxiliam a criança no processo de pensar, imaginar, criar 
e se relacionar com os demais. “A brincadeira é atividade física ou mental que se 
faz de maneira espontânea e que proporciona prazer a quem a executa” 
(QUEIROZ, 2003, pg.158). 
O brincar é a atividade principal do dia a dia para as crianças. Pois neste 
momento a criança toma decisões, expressa sentimentos, valores, conhece a si, os 
outros e o mundo, repete ações prazerosas, partilhar brincadeiras com o outro, 
expressa sua individualidade e identidade, explora o mundo dos objetos, das 
pessoas, da natureza e da cultura para compreendê-lo, usar o corpo, os sentidos, 
os movimentos, as várias linguagens para experimentar situações que lhe 
chamam a atenção, solucionar problemas e criar. 
Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos 
significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância que 
coloca a brincadeira como a ferramenta para a criança se expressar, aprender e se 
desenvolver (KISHIMOTO, 2010 pág.1). 
Sabe-se que os jogos e brincadeiras estão presentes no cotidiano das crianças, 
sendo atividades livres e espontâneas, onde o aprendizado acontece por meio das 
interações com as demais crianças e com os objetos a sua volta. 
Deste modo, a prática de jogos e brincadeiras no cotidiano escolar da Educação 
infantil torna-se fundamental uma vez que, por meio do brincar, as crianças, além 
de desenvolverem suas próprias aprendizagens, aprendem a respeitar regras e 
normas de convivência. Além disso, brincadeiras e jogos, são capazes de elevar a 
autoestima da criança proporcionando a ela bem estar e prazer. 
Através das interações que acontecem entre as crianças, nas brincadeiras e jogos, 
desenvolve-se o respeito e a construção do conhecimento social, físico e 
cognitivo, estruturando sua inteligência e interação com o meio em que está 
inserida. 
Acredita-se que, se o professor organizar seus planejamentos voltados para a 
realização de jogos e brincadeiras, as crianças podem ser estimuladas diariamente 
sem ter necessidade de aliar algum conteúdo para aplicar os jogos. Entende-se 
que esse trabalho servirá como embasamento para mostrar a importância do 
lúdico na educação infantil, bem como na construção do processo de imaginação, 
criatividade, desenvolvimento motor, interação social e no aprendizado de regras. 
A brincadeira por si só pode oferecer à criança aprendizagens que são intrínsecas 
a ela independentemente de outros conteúdos que vem a associar-se. 
Desse modo, entende-se que a vivência lúdica no contexto escolar abre caminhos 
para a integração de vários aspectos do ser humano, bem como na esfera 
emocional, corporal, cognitiva, espiritual, e possibilita cada sujeito participativo 
(aluno e professor) a se perceber enquanto um ser único e relacionar-se melhor 
consigo mesmo e com o mundo, o que implica um enfrentamento mais autêntico 
frente ás suas dificuldades. 
Assim, é fundamental que a família, a escola e a criança formem um tripé que 
sustente essa etapa essencial na vida da criança. 
Encontram-se atualmente muitos materiais abordando sobre a importância do 
lúdico e o quanto traz benefícios, porém não se devem cessar as pesquisas sobre 
esse tema, deve-se enfatizar o quanto o lúdico é importante para o 
desenvolvimento infantil e educacional e não um simples passatempo. 
As brincadeirassão importantes para a aprendizagem, pois estimula a 
autoconfiança, é benéfico também, para o desenvolvimento do pensamento, da 
concentração e da linguagem. 
Segundo o site Info Escola, esse assunto é pesquisado desde tempos remotos, que 
estudiosos defendiam já naquela época, o quanto o lúdico estimula no 
desenvolvimento psicomotor e no processo escolar, podendo ajudar no processo 
ensino-aprendizagem onde o lúdico não se refere a joguinhos, mas entender a 
aprendizagem através dela conseguindo apresentar atividades prazerosas aos 
alunos. “Se a vida é um jogo e o jogo pode se transformar em brincadeira, por 
que não viver brincando e aprender com a brincadeira”? (MARTINS, 2002). 
Brincar é algo espontâneo da criança e só faz bem e dar prazer e serve para 
liberar energias negativas, brincando ela aprende a se expressar com o mundo. É 
considerada por especialistas como um privilégio e deve ocupar seu lugar, porém 
muitas vezes dá lugar às atividade escolares cotidianamente, o aluno se se sente 
atraído em aprender. Cada vez mais cedo as crianças buscam a tecnologia, 
sabemos que é um bom recurso, mas deve-se mostra o quanto brincar é 
importante. 
Atualmente vemos muitas crianças com dificuldade de aprendizagem, não 
brincam e não conseguem se concentrar nas aulas, nesse momento surge a 
ludicidade, que deve contribuir consideravelmente para o desenvolvimento do 
aluno, ajudando na comunicação, socialização e aprendizagem. 
Os alunos hoje buscam uma educação prazerosa, defendem uma aprendizagem 
dinâmica, a melhor maneira é através das atividades lúdicas. Winnicott (2008) 
enfatiza a importância de brincar e de criar para a criança, principalmente nos 
primeiros anos de vida na construção da identidade pessoal. Para ele a escola tem 
por obrigação ajudar a criança completar a transição do modo mais agradável 
possível, respeitando o direito de devanear, imaginar, brincar. 
O brincar não dever ser tido como passatempo, mas como algo fundamental para 
o conhecimento. É inerente a criança e sua presença na escola é importante desde 
a educação infantil, auxilia no processo de interação, criatividade, capacidade 
motora e raciocínio. 
Segundo Chateau não é possível que se pense em infância sem pensar em 
brincadeiras e o prazer que as acompanham. Uma criança que em sua infância é 
privada do brincar futuramente poderá se tornar um adulto com dificuldades para 
pensar (CHATEAU, 1987). 
Se a criança gosta de brincar, as brincadeiras devem ser apresentadas como 
importante ferramenta educacional. É equivocado pensar que o lúdico somente 
resolverá os problemas educacionais e menos ainda formula mágica, mas mostra-
lo como meio para transmitir os conteúdos de forma mais fácil. 
De acordo com Zacharias (2007), Froebel foi o primeiro educador a enfatizar o 
brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o significado da família nas relações 
humanas. Idealizou recursos sistematizados para as crianças se expressarem: 
blocos de construção que eram utilizados pelas crianças em suas atividades 
criadoras, papel, papelão, argila e serragem. 
O desenho e as atividades que envolvem o movimento e os ritmos eram muito 
importantes. Para a criança se conhecer, o primeiro passo seria chamar a atenção 
para os membros de seu próprio corpo, para depois chegar aos movimentos das 
partes do corpo. Valorizava também a utilização de histórias, mitos, lendas, 
contos de fadas e fábulas, assim como as excursões e o contato com a natureza. 
Para Froebel "o jogo é o espelho da vida e o suporte da aprendizagem", tendo 
sido um dos primeiros educadores a utilizá-lo na educação de crianças, criou 
materiais diversos, que conferiram ao jogo uma dimensão educativa. Para ele é 
pelo meio do brinquedo que a criança adquire a primeira representação do 
mundo. 
Sendo que a educação mais eficiente é aquela que proporciona atividades, auto 
expressão e participação social às crianças. Ele afirma que a escola deve 
considerar a criança como atividade criadora e despertar, mediante estímulos, as 
suas faculdades próprias para a criação produtiva. Sendo assim, o educador deve 
fazer do lúdico uma arte, um instrumento para promover a facilitar a educação da 
criança. A melhor forma de conduzir a criança à atividade, à auto expressão e à 
socialização seria através do método lúdico. 
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade 
e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo poder se comunicar por 
meio de gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, 
faz com que ela desenvolva a sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças 
podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como, a atenção, a 
imitação, a memória e a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades 
de socialização por meio da interação, da utilização e da experimentação de 
regras e papéis sociais (LOPES, 2006, p. 110). 
Segundo Rousseau (1968), as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar que 
lhe são próprias e só aprendem através da conquista ativa, ou seja, quando elas 
participam de um processo que corresponde à sua alegria natural. 
Já Dewey (1952), pensador norte-americano, afirma que o jogo faz o ambiente 
natural da criança, ao passo que as referências abstratas e remotas não 
correspondem ao interesse da criança. Em suas palavras: somente no ambiente 
natural da criança é que ela poderá ter um desenvolvimento seguro. 
Vygostsky atribui importante papel do ato de brincar na constituição do 
pensamento infantil. Segundo ele, através da brincadeira o educando reproduz o 
discurso externo e o internaliza, construindo seu pensamento. “A brincadeira e a 
aprendizagem não podem ser consideradas como ações com objetivos distintos”. 
O jogo e a brincadeira é por si só, uma situação de aprendizagem. As regras e a 
imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais. Nos jogos e 
brincadeiras a criança age como se fosse maior que a realidade, é isto 
inegavelmente contribui de forma intensa e especial para o seu desenvolvimento. 
(VYGOSTSKY apud QUEIROS, MARTINS, 2002, p.6.). 
Conforme Macedo, Petty e Passos (2005 p. 13-14): 
O brincar é fundamental para o desenvolvimento humano. É a 
principal atividade das crianças quando não estão dedicadas às 
suas necessidades de sobrevivência (repouso, alimentação, etc.). 
Todas as crianças brincam se não estão cansadas, doentes ou impedidas. Brincar 
é envolvente, interessante e informativo. Envolvente porque coloca a criança em 
um contexto de interação em que suas atividades físicas e fantasiosas, bem como 
os objetos que servem de projeção ou suporte delas, fazem parte de um mesmo 
contínuo topológico. 
Interessante porque canaliza, orienta, organiza as energias da criança, dando-lhes 
forma de atividade ou ocupação. Informativo porque, nesse contexto, ela pode 
aprender sobre as características dos objetos, os conteúdos pensados ou 
imaginados. 
Tudo isso contextualiza o quanto o lúdico é importante para o conhecimento. No 
entanto, sabe-se que o verdadeiro conhecimento não é apenas, copiando do 
quadro ou prestando atenção ao professor, mas também com as brincadeiras e dá 
a oportunidade da criança construir a aprendizagem, a criança tem a oportunidade 
para se desenvolver plenamente. 
No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) no seu artigo segundo é 
considerado criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade 
incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. Sendo 
assim, no artigo dezesseis a criança tem direito à liberdade, onde compreende 
alguns aspectos, entre eles o inciso quarto, que é o de brincar, praticar esportes e 
divertir-se. E no artigo cinquenta e nove cabe aos municípios, juntamente com 
apoio dos estados e da União, estimular e facilitar a destinação de recursos e 
espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a 
infância e a juventude. 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação afirma que: 
Brincar é um dasatividades fundamentais para o 
desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança, desde 
muito cedo, pode se comunicar por meio de gestos, sons e mais 
tarde ter determinado papel na brincadeira faz com que ela 
desenvolva sua imaginação... A fantasia e a imaginação são 
elementos fundamentais para que a criança aprenda mais sobre a 
relação entre pessoas (REFERENCIAL CURRICULAR 
NACIONAL PARA A EDUCAÇAO INFANTIL, vol. 2, p. 22). 
Sabe-se que através do brincar o aluno aprende, explora, descobre, mas com a 
brincadeira orientada, ela vê possibilidades daquele âmbito. De acordo com 
Brougère (2010) "sob o olhar de um educador atencioso, as brincadeiras infantis 
revelam um conteúdo riquíssimo, que pode ser usado para estimular o 
aprendizado. Segundo o filosofo “ninguém nasce sabendo brincar”. É preciso 
aprender". E o professor pode enriquecer essa experiência. 
Mas esta não é a questão: o que se deseja é que a aprendizagem seja englobada 
ao lúdico e vice-versa. Que esta interação entre a atividade lúdica e a prática 
educativa resgate o interesse, o prazer, o entusiasmo pelo ato de aprender. 
Na escola, o aluno tem a orientação de fazer tudo organizado, no entanto o 
professor na interação lúdica é importante, pois é quem orienta a criança, 
atualmente surgem novos desafios e o professor deve ser competente. 
Segundo Freire (2002) "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as 
possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção." Assim o 
professor pode ter um meio através do lúdico de proporcionar essa construção e a 
produção do conhecimento pelas crianças. 
É observando, olhando, conhecendo, tocando, manipulando e experimentando 
que se vai construindo conhecimento. Neste jogo o da busca do conhecimento, 
onde se pode brincar, jogar e estabelecer um espaço e tempo mágico, onde tudo é 
possível, um espaço confiável, onde a imaginação pode desenvolver-se de forma 
sadia, onde se pode viver entre o real e o imaginário, este é o lugar e tempo 
propício para crescer e produzir conhecimento. "O saber se constrói fazendo 
próprio o conhecimento do outro, e a operação de fazer próprio o conhecimento 
do outro só se pode fazer jogando." (FERNANDEZ,1990, p. 165). 
Através da valorização do brincar na educação neste contexto como meio de 
desenvolvimento infantil, determina o crescimento do aluno, como ser social que 
abordei este tema, podemos perceber através deste capitulo a importância do 
lúdico na aprendizagem para crianças em idade escolar. 
As brincadeiras em área escolar não devem ser vista como algo que ira resolver 
os conflitos escolares, no entanto é uma alternativa lançar mão como mediador, 
diante destas possibilidades, as brincadeiras são muito benéficas para 
desenvolver a criatividade, socialização, regras e inteligência. Devemos constatar 
que a criança tem o direito de ver o mundo usando recursos que o divertem. 
7. A FAMILIA E SUA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL 
Desde tempos remotos sabemos o destaque que a família tem com a sociedade, e 
as atividades do Assistente social e a área educacional, o entusiasmo do aluno 
com a escola pode ser observada como ponte para a democracia. Não se deve 
esquecer a força transformadora da família no processo escolar. 
De acordo com Sarti (2004) apud Santos (2012) a família é o alicerce primordial 
para as crianças e adolescentes, pois tem o papel de instruí-las no mundo e 
ensinar as noções básicas da vida em sociedade. 
A família é considerada importante na fase escola, porém, não participa do 
projeto pedagógico educacional. 
Dentre os princípios da Política de Assistência Social podemos destacar a 
matricialidade sócio familiar como medida de resolução nos atendimentos com 
seguridade dos trabalhos de suporte à família (TEIXEIRA, 2010). 
Campos e David (2010) ressaltam que a Política Nacional de Assistência Social 
(PNAS) e o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) assegura a fundamental 
importância do trabalho do assistente social em conjunto com a família. 
Vale ressaltar que a PNAS e SUAS ao adotarem o princípio da matricialidade 
sócio familiar não conseguem superar a tendência familista da política social 
brasileira, em especial da assistência social, pois, se por um lado o termo 
significa que a família é a matriz para concepção e implementação dos 
benefícios, programas e projetos, que em hipótese pode romper a fragmentação 
do atendimento, por outro, toma a família como instância primeira ou núcleo 
básico da proteção social aos seus membros, devendo ser apoiada para exercer 
em seu próprio domínio interno as funções de proteção social, portanto, continua-
se a responsabilizar a família, em especial às mulheres, pelos cuidados e outras 
tarefas de reprodução social (TEIXEIRA, 2010, p. 5-6). 
Devemos entender o papel importante que a família tem, em destaque no artigo 
16 na Declaração de Direitos Humanos, no Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Segundo Jesus et al. (2004) a atuação dos assistentes sociais em parceria com as 
famílias vem ocorrendo paralelamente com a história da profissão, o que os 
remete na adoção de novas formas de prestação de serviços mais eficazes e 
efetivos. 
Vale ressaltar que o profissional de Serviço Social somente age em atenção com 
a família em conflito, quando esta não sabe resolver e por em pratica sua função 
social. É responsabilidade da família e função principal proteger todos os seus 
membros. 
Silva (2008) compreende que os laços familiares criados socialmente resultam 
em funções sociais, e estas podem ser construídas e estabelecidas ou não, devido 
à exclusão social. A família pode sofrer dois tipos de exclusão social, tanto 
causado pela sociedade como a exclusão intrafamiliar. 
Segundo Oliveira (2013) a pobreza e a falta de oportunidade de vida digna faz 
com que as famílias fiquem presas a uma determinada situação e não atinge seu 
espaço na sociedade. Sendo assim, protagoniza uma situação de exclusão que se 
perdeu toda vida na ausência de solução. 
No entanto, se a família não cumpre sua função sócia, ela dependerá do 
Profissional de Serviço Social. 
Quando a família não consegue cumprir sua função social aparecem as demandas 
para o Serviço Social, porém devemos ressaltar que nem todas as demandas são 
criadas pela família, às vezes elas estão na sociedade e impõe seu reflexo na 
família (SILVA, 2008, p. 6). 
Atualmente, a família vem sofrendo mudanças visíveis, no entanto o Assistente 
Social vem buscado fundamentações metodológicas e teóricas para compreender 
a família. O contexto familiar é uma das áreas mais atuantes pelo Assistente 
Social principalmente pelos conflitos nos últimos tempos. 
De acordo com Rivani (2005) atuar na família é sempre polêmico, pois envolve 
valores, crenças, segredos e comportamentos previamente já existentes. 
A família é considerada, de acordo com Santos (2012), como uma das áreas 
prioritárias de atuação dos assistentes sociais, uma vez que o ambiente familiar 
apresenta uma fonte de complexidade e um campo repleto de intervenções. 
A complexidade das famílias, hoje é um instrumento do Assistente Social, em 
busca da recuperação dessa instituição. E importante à aproximação da família na 
área educacional através do profissional de Serviço Social. 
Segundo Quintão (2013): 
Envolver a família na educação, abrir o espaço escolar à 
comunidade, realizar trabalhos preventivos contra a evasão, a 
violência, as drogas e o alcoolismo, identificar e buscar formas 
de atendimento às demandas socioeconômicas das crianças e 
familiares (QUINTÃO, 2013, p. 2). 
O trabalho do Assistente Social na família se depara com questões sociais como 
violência, desemprego, alcoolismo, etc. que atingem a família. 
Estas demandas para o Serviço Social são resultantes em meios familiares com 
situação de vulnerabilidade e risco social como desestabilidade dos vínculos 
afetivos e sociais, fatores econômicos, violência, dificuldades em aceitar filhos 
com necessidades especiais, violência contra mulher, jovens fora da lei,dentre 
outras situações que requer atendimento assistencial social (SILVA, 2008). 
“A atuação do assistente social junto às famílias pode ser decisiva na resolução 
de problemáticas, auxiliando também no seu vínculo com a família” e com a 
educação a fim de potencializar as oportunidades do desenvolvimento educativo 
(SANTOS, 2012, p. 127). 
Devemos saber que é importante a participação familiar na vida escolar do aluno, 
para fortalecer os vínculos afetivos e sociais, e é benéfico no desenvolvimento 
educacional de forma efetiva, é importante destacar a postura do Assistente 
Social no âmbito familiar, o quanto é importante, por que devera haver 
oportunidade trocas, dando sempre espaço para a realidade familiar e social 
como um todo. 
Segundo Campos e David (2010) o apoio da família no trabalho do Serviço 
Social: 
Visa sensibilizar as famílias sobre sua importância e 
responsabilidade com a educação e formação de seus filhos. São 
realizados atendimentos individualizados, visitas domiciliares 
periódicas, reuniões educativas, estudos, orientações, 
informação e discussões, palestras com temas informativos e 
atendimento psicológico tudo com o apoio e participação das 
famílias (CAMPOS e DAVID, 2010, p. 277). 
A participação e a acompanhamento familiar garantem ao estudante crescimento 
e aprendizagem intelectual, assim como ética para crescimento socioeducativo 
como cidadão. Essa participação familiar garante respeito. 
A atuação do Serviço Social tem por finalidade desmitificar todas as formas de 
discriminação, bem como promover a garantia dos direitos dos cidadãos a fim de 
obter sua autonomia como designado em seu projeto ético-político profissional 
(SILVA, 2008). 
O profissional de Serviço Social deve ser criativo, contribuir e orientar as 
famílias sobre os seus direitos, pois somente com informação os direitos de todos 
estarão garantidos. O papel do Assistente Social é orienta-los, intervir e 
apresentar mudanças para que problemas sejam resolvidos. 
De acordo com Mioto (2004) os assistentes sociais desenvolvem ações 
específicas para cada particularidade dos casos familiares como ações 
socioeducativas, sócio terapêutico, ações periciais, sócio assistenciais, ações de 
recolhimento e apoio sócio institucional. Sendo que todas essas ações partem de 
serviços com o propósito de atender os problemas familiares. 
Moreira (2009) enfatiza que: 
Frente à atualidade de situações problemáticas, deve-se num 
primeiro momento atender às necessidades emergenciais das 
famílias, e em outro, planejar ações conjuntas que enfatizam 
aspectos preventivos, educativos e redistributivos visando à 
superação da situação de vulnerabilidade social que atinge as 
famílias (MOREIRA, 2009, p. 179). 
O trabalho do Assistente Social é determinado no atendimento as demandas das 
seguintes questões sociais exploração sexual infantil, abandono entre outros, e 
são questões como essas que diferenciam uma família das outras. No entanto, a 
politica de assistência social atual se destaca atendendo os diversos seguimentos 
de forma isolada, direcionando-se as necessidades da família. 
A família sempre esteve inserida no contexto do Serviço Social. Todavia, os 
serviços sociais tem contemplado a família de maneira fragmentada, isto é, “cada 
integrante da unidade familiar é visto de forma individualizada, 
descontextualizada e portador de um problema”. Dessa forma, os profissionais 
têm como meta buscar métodos de trabalho para com as famílias como um grupo 
com problemas próprios e únicos (OLIVEIRA, 2013). 
De acordo com Jesus et al. (2004) a família têm sido foco de atuação do Serviço 
Social há muito tempo, porém é tratada como problema fragmentado onde cada 
unidade familiar é atendida individualmente. Diante disso, um dos desafios a 
serem superados por esses profissionais é a busca em práticas de trabalho que 
contextualizam as famílias como um grupo com próprias necessidades. 
O Assistente Social deve dispensar atenção a família na área de sua respectiva 
demanda, este profissional deve ter um olhar do contexto, deve se preocupar na 
solução de conflitos, porém, tem que pensar na solução dos problemas e seus 
benefícios para toda a família e não somete o individuo, pensar no bem da 
coletividade e não individualmente. 
Oliveira (2013) destaca que é necessário que o profissional utilize uma 
linguagem clara, criando um espaço aberto e informal para que os usuários se 
sintam a vontade para fazerem perguntas e esclarecer dúvidas. 
Ainda, o mesmo autor reafirma que o diálogo na discussão de alternativas com as 
famílias estará contribuindo para desenvolver mecanismos de reflexão e 
assumindo um papel mais de ajuda a refletir e pensar nela, mais de questionar do 
que discursar. 
É importante frisar que o imenso obstáculo para o Assistente Social é estimular a 
discussão, ou seja, a troca entre escola e família, a participação entre escola e 
sociedade nas reuniões, eventos, etc., favorece a vida sócio educacional. 
Rivani (2005) afirma que o “Serviço Social trabalha com ações de caráter 
preventivo, educativo e assistencial, sendo amparada pelas bases teórico-
metodológica, ético política e técnico-operativa, possibilitando sua atuação para 
modificar a realidade existente na família”. 
Desse modo, o profissional de Serviço Social deve estar orientado de acordo com 
compromisso e ser agente de transformação social na luta pela qualidade de vida 
da família, por direitos e orientações que beneficiam a família, fortalecendo a 
sociedade. É importante para a percepção da família, que as mudanças dependem 
da busca por qualidade e condições de vida melhores. 
Para Silva (2008) o assistente social deve atuar nessas demandas a fim de obter 
meios para conseguir almejar seus objetivos, sejam por intermédio de bens, 
serviços, benefícios, programas ou projetos. Assim, esse profissional deve 
articular uma maneira para que a família possa efetivar a sua função social. 
Vejamos uma das funções familiares: 
“[...] prover a proteção e a socialização dos seus membros, 
constituir-se como referenciais morais, de vínculos afetivos e 
sociais, de identidade grupal, além de ser mediadora das 
relações de seus membros com outras instituições sociais e com 
o Estado” (PNAS, 2004, p.36). 
A instituição familiar tem como uma de suas funções a mediação entre o 
indivíduo e a sociedade, seja qual for sua estrutura, por vezes marcada por 
dilemas sociais. 
Desse modo, é de fundamental importância que o atendimento social se dê de 
forma continuada com as famílias, a fim de construir uma relação direta com os 
fatores culturais, afetivos, sociais, psicológicos, econômicos que abrangem o 
ambiente familiar, o que por sua vez atrapalha a prática profissional e sés 
desdobramentos com a resolução desses fatores críticos (MOREIRA, 2009). 
De acordo com Jesus et al. (2004) os assistentes sociais, no exercício de sua 
função de atendimento às famílias, desenvolve um processo de quatro etapas com 
as seguintes atividades: entrada do grupo familiar no serviço, identificação, 
acompanhamento e seu desligamento. 
A família é parte do problema, mas, está nela mesma a solução em busca de 
fortalecer a paz. 
O trabalho com famílias torna-se realmente um desafio, uma vez que são 
inúmeros os obstáculos, mas pode-se perceber que através de uma prática 
profissional pautada no Código de Ética, no projeto ético político e munidos de 
um referencial teórico metodológico que norteará todas as ações, é possível 
visualizar as demandas, e de forma estratégica e articuladora oferecer as 
respostas necessárias objetivando as emancipações dos usuários (OLIVEIRA, 
2013). 
Cabe ao Assistente Social entender e intervir preventivamente com finalidade de 
concluir o trabalho. 
No que concerne aos resultados esperados pelos assistentes sociais, Jesus et al. 
(2004) declaram que podem ser citados a busca da valorização pessoal e a 
garantia dos direitos da família, por ora são guiados pela satisfação dos 
profissionais envolvidos

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