Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sinalização celular Bioquímica endócrina Prof. Dra. Ingrid thais beltrame botelho O corpo humano é composto por 10 trilhões de células As células podem estar separadas por µm a metros de distância Cooperam na busca pela homeostase apesar das mudanças constantes no ambiente interno e externo em um organismo multicelular, cada célula depende de outras e, por sua vez, cada uma influencia as outras. Estas inter-relações celulares são produzidas tanto durante o desenvolvimento embrionário como na vida pós-natal. 2 Como ocorre a comunicação celular??? As células de um organismo pluricelular respondem a um conjunto específico de sinais extracelulares produzidos por outras células. Estes sinais atuam em várias combinações regulando o comportamento celular Coordenação das funções corpóreas Sistema Nervoso mediar reflexos e ações motoras em situações de luta ou fuga, na manutenção do funcionamento básico para sobrevivência respostas em frações de segundo Neurotransmissores e neuromoduladores Transmissão neurônio neurônio neurônio músculos/glândulas Sistema Endócrino regular funções menos agudas (crescimento, desenvolvimento, reprodução, muitos aspectos da homeostase e a resposta a estímulos externos e estresses mais crônicos) Repostas levam de segundos, horas, dias ou semanas Hormônios Transmissão célula sangue célula Sistemas integrados, precisos e altamente sofisticados 4 Lehninger – Princípios da Bioquímica, 2014 Sinalização pelo sistema neuroendócrino Hormônios - conceitos Deriva do termo grego hormon que significa : surgir para ativar, excitar ou colocar em movimento Substâncias químicas secretadas por células especializadas, liberadas na circulação e que regulam funções metabólicas de outras células Onde se encontram as células produtoras de hormônios? Associadas em órgãos ou glândulas Sistema endócrino Onde se encontram as células produtoras de hormônios? Células esparsas nos tecidos/mucosas Ø Coração - ANP Ø Cérebro - CCK, ANP, BNP Ø Rins - 1,25 Di-hidroxicolecalciferol, Eritropoietina Ø Timo - Timulina Ø Tecido Adiposo - Leptina, Adiponectina, Angiotensina Ø Trato Gastrointestinal - Gastrina, Secretina, CCK, Motilina, GIP, GRP, Grelina, GLP-1 Ø Tecido Muscular - Miocinas 8 Classificação dos hormônios 2. Composição química 1. Distância que percorrem até a(s) célula(s) alvo(s) Como e onde são produzidos na célula Meia-vida Tipo de receptor Mecanismo de ação Como são transportados até as células alvo Classificação dos hormônios Em relação A distância do trajeto que fazem até a célula alvo Células tumorais Linfócitos T Autocrina Particularmente comum em célls. tumorais, muitas das quais superproduzem e liberam fatores de crescimento que estimulam uma proliferação inapropriada e desregrada de si mesmas. Linfócitos T respondem a estimulação antigênica sintetizando fatores de crescimento para ampliar o numero deles e favorecer resposta imune 10 Fonte: http://lab-siviero.icb.usp.br/biocel/modulos/MCC/ Hormônios são diferentes quimicamente Derivados de aminoácidos: Tirosina: Catecolaminas T3 e T4 Arginina: + Oxigênio = óxido nítrico Gás Derivados peptídicos (3 a 200 aa) Insulina, glucagon Calcitonina PTH H. hipotalâmicos H. hipofisários Derivados lipídicos Do colesterol ou Esteróides H. sexuais (testosterona, progesterona e estrógeno) 1 α,25 Di-hidroxivitamina D3 Derivado de ácido graxo Eicosanóide (PGE 1) (araquidonato (20:4)) Prostoglandinas Leucotrienos Como são produzidos? Hormônios derivados do aminoácido tirosina – catecolaminas Tirosina chega as células da Adrenal por transporte ativo secundário São produzidos e armazenados e excretados em vesículas/grânulos citoplasmáticos São hidrossolúveis Liberados no interior de vasos Possuem receptores na membrana das células alvo Meia vida muito curta (< 1 minuto) Fenilalanina Células cromafins SN simpático Tirosina hidroxilase Cofator Piridoxal fosfato (vitamina B6) Cofator ascorbato (vitamina C) Quando produzidas no cérebro atuam como neurotransmissores -> em Parkinson, deficiência de síntese de dopamina As hidroxilases introduzem grupos Hidroxilas (-OH) A descarboxilação é uma reação química na qual um grupo carboxilo é eliminado de um composto na forma de dióxido de carbono (CO2). Retoralimentação inibitória pelas catecolaminas que competem com o cofator pteridina Metil – CH3 13 Hormônios derivados do aminoácido tirosina – hormônios da tireóide – T3 e T4 Sintetizados e armazenados nos folículos tireoidianos São a Triiodotironina (T3/)e a tiroxina (T4): razão de 1:7 Uso de até 20 resíduos de tirosina que serão iodinados enzimaticamente Transportados por proteínas no sangue: Globulina ligante de tiroxina (TBG) -70-75% Pré-albumina ligante de tiroxina (TBPA) -15 -20% Albumina -10% T4 livre -< 0,1 a 1% Convertidos em forma ativa na célula alvo(desionidase) Possuem receptores no núcleo da célula alvo Meia vida longa (~ 1 semana) iodeto Iodo sobre a foram de iodeto Tireoglobulina possui 115 resíduos de tirosina cada um representando sítios potencial de iodação Podem se transformar em MIT – monoiodotirosina DIT – diiodotirosina T3 ou T4 14 Hormônio derivado arginina – Óxido nítrico (NO) Ação parácrina Radical livre relativamente estável Sintetizado a partir do oxigênio molecular e nitrogênio guanidínico da arginina Receptor citosólico Relaxa musculatura de vasos (ação vasodilatadora fisiológica) também faz parte do arsenal de primeira defesa do organismo com poder microbicida. Meia vida menor que 10 segundos em solução NO sintase Encontrada em muitos tecidos Neurônios, macrófagos, hepatócitos, miócitos, céls endoteliais dos vasos sanguíneos e rins Aa semi essencial ON uma das menores e mais versáteis moléculas do seu organismo: funções do NO até hoje descobertas são complexas e antagônicas O óxido nítrico é um importante neurotransmissor com capacidade potencializadora, atuando na memória e no aprendizado A l- arginina também é utilizada na formação da creatinina e da ornitina (ciclo da uréia) uma neo-síntese da L-arginina nos túbulos proximais renais a partir da citrulina. família citocromo P450-like, chamadas de NO síntases (NOS) 15 Hormônios peptídicos /proteicos Possuem de 3 a 200 aminoácidos São hidrossolúveis Sintetizados como pró-hormônios e armazenados em vesículas citoplasmáticas Secretados em vesículas onde antes ocorre clivagem proteolítica e formação dos peptídeos ativos Liberados no interior de vasos fenestrados sob estímulo Possuem receptores na membrana das células alvo Meia vida curta (10 a 30 minutos) A insulina madura é formada por processamento proteolítico de seu precursor mais longo, a pré-pró-insulina Em alguns casos, as proteínas pró-hormonais não produzem somente um, mas vários hormônios ativos. Hormônio estimulador de melanócitos, ou melanocortina Peptídeo intermediário semelhante à corticotropina Mais exemplos: Ocitocina e vasopressina, PTH, angioensina II 285 aa Lobo anterior e intermédio hipófise Ação analgésica O gene da POMC codifica um polipeptídeo grande que é progressivamente dividido em pelo menos nove peptídeos biologicamente ativos A b endorfinas atuam em receptores opioides sendo potentes analgésicos Processada de forma diferente nos lobos e em adultos e fetos e em gestantes tardias Mutações nesse gene tem sido associado com obesidade,insuficiência adrenal e pigmentação alterada do cabelo. Sítios de clivagem no gene são pares de aminoácidos básicos (ex.Arg-Arg; Arg-Lys; Lys-Lys) reconhecidas por enzimas prohormonio convertase. 17 Hormônios lipídicos – derivados do colesterol Hormônios esteróides Sintetizados no córtex da adrenal (mais de 50 hormônios corticoestróides) , gônadas e tecido adiposo Colesterol vem do plasma e acetil coA Hidroxilações sequenciais, Remoçãoda cadeia lateral do anel D do colesterol e introdução de oxigênio formando grupos cetona e hidroxila Clivagem de cadeia lateral – P450 Mitocôndrias Estrógeno DHT 5α redutase estrona estriol estradiol Ação de hidroxilases são as responsáveis por introduz um grupo hidroxila (-OH) 18 Hormônios esteróides Hidrofóbicos Lipossolúveis Sintetizados sob a forma final e imediatamente secretados Necessitam ser transportados por proteínas no sangue Cortisol - Proteína ligante de corticosteróides (CBG) Estradiol -Albumina e Proteína ligante dos hormônios sexuais (SHBG*) Progesterona - Proteína ligante de corticosteróides (CBG) Testosterona – Albumina* e Proteína ligante dos hormônios sexuais (SHBG) Receptores nas células alvo encontram-se no núcleo, principalmente Meia vida de 30 a 100 minutos No homem a maior parte da testosterona é transportada pela albumina (54%) e na mulher pela SHBG (78%) 19 Hormônio Vitamina D / calcitriol Produzido nos rins e fígado Meia vida longa (horas a dias) Receptores nucleares ativa a síntese de uma proteína intestinal ligadora de Ca2+ essencial para a captação de Ca2+ da dieta (Colecalciferol) Na pele na cama da de Malpigui da epiderme 20 Hormônios lipídicos – derivado do ácido graxo Araquidonato - Eicosanóides Ácido graxo poliinsaturado de 20 carbonos Produzidos apenas quando necessários e em pequenas quantidades Não são armazenados nas células produtoras São as prostaglandinas, tromboxanos e leucotrienos Apresentam receptores de membrana Meia vida extremamente curta Hormônios parácrinos ou autócrinos Produzidos pela maioria das células, menos hemácias mediadores celulares locais inflamação, febre, dor e agregação plaquetária Fosfatidilinositol 4,5 bifosfato vascular inibidores da inflamação Cox 1 e 2* patogenia da dor e febre no processo inflamatório. mediação da dor ed a inflamação em todos os tecidos Os metabólitos do ácido araquidônico, também chamados de eicosanoides, podem mediar, praticamente, cada etapa do processo inflamatório agudo Leucotrienos - broncoespasmo, vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. As lipoxinas funcionam basicamente como inibidores da inflamação, ou seja, atuando como antagonistas endógenos dos leucotrienos, uma vez que inibem a adesão leucocitária no endotélio vascular e, consequentemente, a migração dessas células ao sítio inflamatório. anafilaxia, resposta imune exagerada que pode incluir constrição das vias aéreas, frequência cardíaca alterada, choque e, às vezes, a morte 22 Hormônio retinóide Regulam crescimento, sobrevivência e diferenciação das células Nos adultos, os alvos mais significativos são as córneas, a pele, o epitélio dos pulmões e da traqueia e o sistema imune, em todos os tecidos nos quais existe reposição contínua de células Receptores nucleares em todas as células Meia vida longa (horas a dias) Principalmente no fígado Dioxigenase Desidrogenase hormônios potentes Todos os tecidos são alvo dos retinoides, pois todos os tipos celulares têm pelo menos uma forma de receptor retinoide nuclear. Nos adultos, os alvos mais significativos são as córneas, a pele, o epitélio dos pulmões e da traqueia e o sistema imune, em todos os tecidos nos quais existe reposição contínua de células 23 Lehninger, 2014 Resumo da constituição química dos diferentes hormônios humanos e relação com Modo de Ação Determinantes da concentração de um hormônio que chega as células alvo Taxa de síntese e secreção dos hormônios A proximidade da célula alvo da origem do hormônio (efeito dilucional) As constantes de dissociação do hormônio com proteínas transportadoras (se houver) A conversão de formas inativas ou sub-ótimas para a forma ativa do hormônio A taxa de depuração plasmática por outros tecidos ou pela digestão, metabolismo ou excreção Harper: Bioquímica ilustrada Sinalização celular Bioquímica endócrina Prof. Dra. Ingrid thais beltrame botelho Modo de ação dos hormônios Hormônio X Célula X Hormônio Y Célula Y Célula W Célula Z Hormônio B Hormônio C Hormônio D Célula A O que são células alvo? Toda célula que possuir um receptor para hormônios é chamada de alvo Combinação de receptores hormonais definem o espectro da capacidade de resposta da célula aos hormônios. ? Proteínas Seletividade, afinidade e especificidade Os hormônios sempre estão em doses muito pequenas no FEC ~ 10-15 a 10-9 mol/L Antes de falar de modo de ação... 28 Células alvo/ receptores e Sinalização celular Fonte: http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/scorm/Texto_Base_Unidade_EB8_Sinalizacao_Celular.pdf Ligante 1º mensageiro Hormônios Inicio da atividade quando os hormônios se ligam Ao se dissociarem término da ação Todos os receptores são proteínas, as quais se unem ao hormônio correspondente com alta especificidade e afinidade, provocando mudanças conformacionais que desencadeiam reações modificadoras do metabolismo da célula-alvo 29 A velocidade da resposta celular depende de características do receptor e de sua relação com o hormônio Número na membrana Localização na célula Presença de substâncias agonistas e antagonistas Receptor de insulina: 40 receptores nos eritrócitos circulantes até mais de 200.000 nas células adiposas e hepáticas. 30 As caraterísticas químicas do ligando/hormônio influenciam as características do receptor Características gerais dos receptores de hormônios São proteínas que apresentam pelo menos 2 domínios funcionais Reconhecimento Acoplamento (transdução de sinal) Liga o hormônio (ligando) 2ª região gera sinal para função intracelular Indireta Direta Receptor membrana Receptor núcleo Tipos de receptores celulares Hormônios com receptores intracelulares Modo de ação de hormônios esteróides (sexuais - menos estrógeno e de córtex de adrenal – menos glicorticóides), tireoidianos e retinóides Livre trânsito pela membrana plasmática pequenos e hidrofóbicos Ativação da transcrição de genes específicos Presença de sequências HRE: elementos de resposta a hormônios específicos/ receptores de hormônios esteróides* 34 Os receptores de estrógeno e glicocorticóides, são incapazes de ligar-se ao DNA na ausência de tal hormônio. A ligação de hormônio induz uma mudança conformacional no receptor, permitindo que ele se ligue a sequências reguladoras do DNA e ative a transcrição de genes-alvo Tipos de receptores celulares Receptores da insulina Hormônios lipídicos Receptores acoplados a canais iônicos Convertem sinais QUÍMICOS em sinais ELÉTRICOS Funcionam de maneira simples e direta Responsáveis pela transmissão rápida de sinais (sinapses do sistema nervoso) Responsáveis pela contração muscular, secreção hormonal, processos sensoriais, memória, etc. Funcionamento do canal iônico de Na+, K+ e Ca+ ativado por acetilcolina Receptor nicotínico de acetilcolina – Presente em Sinapses e junções neuromuscular Outros neurotransmissores com receptores similares: Serotonina, glutamato e glicina Receptores acoplados a Proteínas G G protein-coupled receptors (GPCR) ~1/2 dos fármacos atuam sobre GPCR ~1000 genes em humanos ~150 órfãos (sem ligantes descritos) ~350 para hormônios e outras moléculas endógenas Alta conservação estrutural e funcional Receptor de membrana plasmática com 7 segmentos transmembrana A proteína G também denominada proteína trimérica reguladora ligadora de GTP pois pode conter GDP ou GTP Composta por 3 subunidades: alfa, beta e gama Subunidade α é a mais características de cada proteína G interage com o receptor, liga-se a GTP e regula os sistemas efetores. Aproximadamente 20 tipos diferentes – mas subdividos em Gs, Gq e Gi a Proteína G GDP – difosfaro de guanosina 41 Fonte: http://publicacoes.cardiol.br/abc/1999/7202/72020009.pdf Transdução de Sinal Via receptor β acoplado a proteína Gs ACTH ADH Calcitonina* CRH FSH Glucagon* hCG LH* PTH* TSH* Acetilcolina Angiotensina II Somatostatina Quinases são proteínas que adicionam fosfatos as enzimas emresíduos de serina e treonina 43 Alguns hormônios que utilizam o cAMP como segundo mensageiro Via proteína Gi G inibidora (Gi), homóloga estruturalmente a Gs A insulina, glucagon, somatostatina e as prostaglandinas PGE1 e PG2, agentes opiáceos, LH, FSH, TSH, hCG, GnRH, PTH, calcitonina, utilizam este mecanismo. Toxinas da cólera e Pertussis (coqueluche) destroem a atividade intrínseca GTPase, portanto a subunidade α não consegue mais se associar com as subunidade βγ, ficando assim irreversivelmente ativada A isoforma Gi é sensível à toxina produzida pela bactéria gram-negativa Bordetella pertussis. O resultado da interação dessa toxina com a proteína Gi é a inibição desta última por ADP-ribosilação, levando ao aumento excessivo de AMPc, o que na mucosa brônquica resulta na produção aumentada de muco que é característica da coqueluche. O resultado dessa interação com a toxina colérica é o aumento em 100 vezes ou mais na concentração de AMPc intracelular, o que acontece porque parte da toxina é uma enzima que entra na célula intestinal e catalisa a formação de uma ligação covalente do grupo adenosina difosfato ribosil (um processo denominado ribosilação) na arginina da porção α da proteína Gs, o que impede a auto-catálise, provocando a passagem maciça de água para a luz intestinal e levando à rápida e intensa desidratação 47 Transdução de Sinal Via receptor α acoplado a proteína Gq Fosfatidilinositol 4,5 bifosfato 1,4,5 trifosfato de inositol Receptores Guanilil-ciclases Podem ser membranares ou citosólicos cGMP transmite diferentes mensagens para diferentes tecidos - Rins e intestino retenção de água - Relaxamento do músculo cardíaco Usam estes receptores: Fator natriurético atrial (ANF) Óxido Nítrico Pacientes com angina são tratados com trinitrato de gliceril (nitroglicerina) que se transforma em NO resultando no relaxamento dos vasos sanguineos. 49 Receptores associados a enzimas – tirosina quinase (TK) A maioria é de proteínas que atravessam a membrana uma única vez, com seu sítio de ligação no exterior da célula e sítio catalítico no interior da mesma. São associados com proteínas que participam da cadeia de fosforilação, ou seja, fosforilam grupos de proteínas específicas na célula-alvo (1) Recetor tirosina cinase inativo (com dois monómeros do recetor separados na membrana plasmática) ↓ (2) Ligação da molécula sinalizadora ao receptor ↓ (3) Dimerização (duas subunidades do receptor se aproximam) ↓ (4) Autofosforilação (resíduos específicos do aminoácido tirosina são fosforilados ↓ (5) Ligação (e ativação) de proteínas citoplasmáticas Os receptores ativos disparam uma série de eventos (pulados aqui porque eles não envolvem fosforilação). Esses eventos ativam a quinase Raf. Raf ativa fosforila e ativa MEK, MEK fosforila e ativa as ERKs. As ERKs fosforilam e ativam uma variedade de moléculas-alvo (fatores de transcrição, como c-Myc, assim como os alvos citoplasmáticos) divisão e crescimento celular. Proteína quinase ativada por mitógeno (MAPK) proto-oncogene Como os genes que codificam o receptor do fator de crescimento, Raf e c-Myc , desempenham um papel central na promoção da divisão celular, eles são proto-oncogenes, significando que formas hiperativas dessas proteínas são associadas ao câncer 52 Receptores associados a enzimas – tirosina quinase (TK) PI3K – quinases de lipídios PIP 2 – Fosfatidilinositol 4,5 bifosfato 53 A família dos receptores de tirosina quinase (RTK) inclui, entre outros: o receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR); os receptores do fator de crescimento derivados de plaquetas; os receptores do fator de crescimento de fibroblastos (FGFRs); os receptores de fator de crescimento endotelial vascular; o receptor do fator de crescimento de hepatócito (HGF) ou Met; o receptor Eph (erythropoietin-producing human hepatocellular); o receptor de insulina. Caminho geral de sinalização intracelular ativada por uma molécula extracelular Liberação de 2º mensageiro no Citoplasma modificações covalente reversíveis de proteínas alvo - Ativação/inativação de enzimas efetoras Ser, Thr ou Tyr, Descoberta do mecanismo de fosforilação resultou em 1992 -- premio Nobel Edmond Henri Fischer e Edwin Gerhard Krebs 55 Game 1 - Game 1I - AMPc, GMPc, Ca2+ IP3 moléculas pequenas, que se difundem rapidamente dentro da célula, e, portanto, muito efetivas na propagação do sinal. Algumas se localizam na própria membrana plasmática, próxima ao receptor. Devido a fluidez da membrana tais moléculas não estão imobilizadas em um ponto fixo e movem-se em todas as direções no plano da bicamada lipídica, o que permite que interajam com mais de uma molécula alternadamente 60 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1202774/mod_resource/content/1/Aula14BioqAvan_Sinaliza%C3%A7%C3%A3oMolecular.pdf determinantes da resposta da célula alvo O número, atividade e estado de ocupação dos receptores específicos O metabolismo de ativação ou inativação do hormônio na célula alvo A presença de outros fatores no interior da célula que são necessários à resposta hormonal Estimulação ou inibição do receptor em consequência com a interação (especificidade) com o ligando Dessensibilização pós-receptor, incluindo a inibição do mesmo A sinalização intracelular não é linear! Como tudo isso é regulado? Como é controlado? A liberação de hormônios é regulada por uma hierarquia de sinais neuronais e hormonais Hormônios são forma de... Portanto, toda mensagem que se envia precisa de uma.... Regulação tipo feedback ou retroalimentação Simples Complexa Relacionadas com equilíbrio homeostático dos metabólitos, eletrólitos, fluídos biológicos Ex: PTH e calcitonina, insulina, e glucagon Pth e calcitonina no metabolismo de cálcio Insulina e glucagon no metabolismo energético Regulação tipo feedback ou retroalimentação Simples Complexa Relacionadas com equilíbrio homeostático dos metabólitos, eletrólitos, fluídos biológicos Ex: PTH e calcitonina, insulina, e glucagon Resposta está associada com hormônios produzidos e liberados Hormônios associados ao eixo hipotálomo-hipófise Artérias hipofisárias Superior e inferior Neurônios dos núcleos supraóptico e paraventricutar Neurônios dos núcleos dorsomediano, dorsoventral e infundibular Eixo hipotálamo-hipófise-glândula alvo perigo, fome, alimento ingerido, composição e pressão sanguínea Em cada nível na cascata, um sinal pequeno provoca uma resposta maior nanogramas microgramas miligramas . Por exemplo, o sinal elétrico inicial para o hipotálamo resulta na liberação de poucos nanogramas de hormônio liberador de corticotropina, o qual provoca a liberação de uns poucos microgramas de corticotropina. A corticotropina atua sobre o córtex suprarrenal, causando a liberação de miligramas de cortisol, uma amplificação total de pelo menos um milhão de vezes. 74 Em cada nível da cascata hormonal, é possível uma retroalimentação negativa das etapas prévias; um nível desnecessariamente elevado do último hormônio ou de um intermediário inibe a liberação dos hormônios anteriores na cascata. Esses mecanismos de retroalimentação cumprem a mesma finalidade daqueles que limitam o produto de uma via biossintética: um produto é sintetizado (ou liberado) somente até que seja alcançada a concentração necessária. Sempre dá certo? E quando dá errado? Etiologia dos Distúrbios Endócrinos Caminho geral de sinalização intracelular ativada por uma molécula extracelular Liberação de 2º mensageiro no Citoplasma modificações covalente reversíveis de proteínas alvo - Ativação/inativação de enzimas efetoras Ser, Thr ou Tyr, Considerar... Descoberta do mecanismo de fosforilaçãoresultou em 1992 -- premio Nobel Edmond Henri Fischer e Edwin Gerhard Krebs 78 Pré-receptor Receptor Pós- Receptor Produção ectópica de um hormônio específico (ex. tumores neuroendócrino: ACTH pelos túbulos digestivos) Testes laboratoriais para detecção de distúrbios Tem como objetivos determinar se o sistema está funcionando anormalmente e localizar o defeito funcional os níveis do hormônio que induzem a resposta fisiológica relevante nos tecidos-alvo são determinados, geralmente, por imunoensaio, juntamente com a medição de um ou mais hormônios tróficos anteriores, onde eles existem. Deve ser feita a avaliação de pelo menos dois pontos da alça de retroalimentação para permitir a focalização do diagnóstico posterior por imagem na glândula envolvida. Levar em conta: estabilidade do hormônio (h. peptídicos pequenos são instáveis amostras sanguíneas devem ser colhidas em tubos no gelo contendo inibidores de proteases) se ele for produzido em um ritmo circadiano ou outro tipo de ritmo meia vida se a sua secreção é ou não pulsátil Solicitação de dosagens múltiplas para construir um perfil dos níveis hormonais em vários pontos do dia modo efetivo de detectar perturbações sutis no ritmo circadiano e também pode diminuir o impacto da secreção oscilatória do hormônio Na maioria dos casos isso significa simplesmente que é necessário repetir o teste, no caso de anormalidades leves, enquanto para alguns hormônios, como o hormônio do crescimento, que tem meia-vida curta e picos de secreção muito evidentes, as medições únicas são frequentemente sem sentido. 80 Teste laboratorial - provocativo Os níveis hormonais são medidos não somente no estado de repouso, mas também após um estímulo significativo ter sido aplicado, em uma tentativa de avaliar a capacidade máxima de resposta da glândula ou do sistema endócrino que está sendo testado A prova de Synacthen(tetracosactido), que consiste na administração endovenosa de 250 ug de um análogo sintético dos primeiros 24 aminoácidos Do segmento N-terminal da adrenocorticotrofina (ACTH), 82 Valores de referência dos hormônios podem variar Idade Gravidez Menstruação sexo ReferÊncias https://slideplayer.com.br/slide/2883451/ http://nead.uesc.br/arquivos/Biologia/scorm/Texto_Base_Unidade_EB8_Sinalizacao_Celular.pdf https://www.youtube.com/watch?v=Tt4T9GcOJu4 https://docplayer.com.br/13891649-Comunicacao-celular-bioquimica-basica-ciencias-biologicas-3o-periodo-catia-capeletto.html https://slideplayer.com.br/slide/12841025/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1202774/mod_resource/content/1/Aula14BioqAvan_Sinaliza%C3%A7%C3%A3oMolecular.pdf https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/hormonios_brigoni.pdf http://imunidadecrescimento.blogspot.com/2012/11/gh-hormonio-do-crescimento.html Games - https://ats.doit.wisc.edu/biology/ap/st/t1_a1.htm https://slideplayer.com.br/slide/12841025/ 84
Compartilhar