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DIREITO ADMINISTRATIVO - 2ºB - Prof. Chalu

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DIREITO ADMINISTRATIVO – 2º B
Bens públicos:
Domínio público: conjunto de tudo que a administração pública tem:
-patrimônio
-bens que servem ao público em geral
Quanto a titularidade:
Bens da união: art. 20 – decreto n 9760 (“ Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.)
Bens dos estados: art. 25 – ilhas sob o domínio do estado, terras devolutas não compreendidas entre as da união 
Bens dos municípios:
-terras de matinha: banhados pelas águas do mar ou dos rios navegáveis
Linha de jundu: inibição da vegetação nas proximidades da praia
Utilização privada dos terrenos de marinha: aforamento ou enfiteuse
Domínio útil: particular sob pagamento do foro anual e do laudêmio em caso de alienação do domínio útil
Domínio direto: união – direito de preferência
-terras devolutas: terras devolvidas, desocupadas – capitanias hereditárias
São delimitadas de forma residual (por exclusão)
Art. 20, ii
Lei 9383
Art. 183, ss3 (“Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”) e art. 191 (“Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. P.ú. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”) – não podem ser usucapidas (áreas urbanas e rurais)
-terras ocupadas pelos índios: tem direito originários pelas terras que ocupam
Chefe do executivo através de decreto demarca as áreas
Art. 231 (“São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.”)
Quanto a destinação: art. 99, cc (“São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. P.ú. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.”)
Domínio público do estado:
-bens de uso comum: de uso do povo, como rios, mares, ruas e praças
-bens de uso especial: edifícios ou terrenos destinados a serviços ou estabelecimentos da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias.
Domínio privado do estado:
-bens dominicais: patrimônio disponível. Constituem patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades
Afetação e desafetação dos bens públicos:
Afetar: ato ou fato pelo qual se consagra um bem a produção efetiva de utilidade (destinação) pública
-bens afetados (patrimônio indisponível): bens de uso comum e bens de uso especial. Tem destinação específica
-bens desafetados (patrimônio disponível): bens dominicais. Bens sem destinação. Os bens podem mudar de categoria
Como se afeta ou desafeta um bem:
-por lei
-por ato administrativo
-por evento natural, caso fortuito ou força maior
-pela destinação natural
Como se vende um bem público: para poder vender, deve estar na categoria de bem dominical
-desafetação
-autorização legislativa: lei que autorize a venda, com decisão entre o chefe do executivo e legislativo
-avaliação: avalia e verifica qual o valor dele no mercado. Faz 3 avaliações com corretores diferentes e independentes, fazendo a média do valor
-licitação: jeito de assegurar a imparcialidade e isonomia
Leilão é uma das modalidades de venda dos bens, ganhando direito de comprar este bem
Regime jurídico dos bens públicos:
-inalienáveis: bens de uso comum e especial
-impenhoráveis: art. 100, cf (“Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.”)
-imprescritíveis: art. 183, ss3 (“Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.”) e art. 191, cf (“Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.”)
Pessoa jurídica de direito privado tem regime jurídico privado, exceção das que prestam serviços públicos, sendo regime jurídico de bens públicos
Formas de uso dos bens públicos:
-uso comum ordinário: 
--gratuito, indiscriminado, fins normais a que se destina. Não exige manifestação prévia da administração pública
--generalidade, gratuidade e igual liberdade sobre o uso
-uso comum extraordinário:
--exclusividade no uso (remuneração ou consentimento)
--as restrições impostas ao uso o regulam (poder de polícia)
-uso privativo: autoriza o uso de bens públicos de forma privativa:
--faculdade de ocupação de um bem público (banca de revista)
--poder de transformação (chuveiros na praia)
--poder de disposição de parte dos bens (extração de areia, uso da água)
Características:
1- Privatividade no uso: exclusivo
2- Instrumentalidade formal: título jurídico. Ato que vai autorizar a utilizar o bem público
3- Precariedade: não tem prazo definido. Relação precária que pode parar de acontecer a qualquer momento
4- Regime jurídico de direito publico
Título jurídico para outorga de uso exclusivo (privativo) de bem público:
-título público: regime jurídico de direito público
--autorização: forma que a administração pública vai autorizar que um particular use um bem público para finalidade privada. Ato discricionário, pois, depende do interesse da administração. Autoriza ou desautoriza
Características: ato administrativo unilateral; discrionário; precário (pode desautorizar a qualquer momento); gratuito ou oneroso; não exige licitação; o particular solicita por interesse próprio; não há consequências pela não utilização do bem na forma autorizada; pode ser simples (sem prazo) ou qualificada (com prazo)
Ex: circo, cadeiras de bar.
--permissão: ex: espaços nas feiras públicas, deve ser permissionário do espaço, autorizando que use este nos dias de feita; banca de jornal; espaço no mercado municipal
Lei federal 13.311
Características: ato administrativo unilateral; discricionário; precário (mas pode ter prazo); gratuitoou oneroso; utilização do bem público para fins de interesse público; uso obrigatório; licitação.
Pode transferir a outorga a terceiros, em caso de falecimento, para cônjuge, companheiro, ascendente ou descendentes
Extingue a outorga: pelo advento do termo; descumprimento das obrigações assumidas; revogação do ato pelo poder público municipal, desde que demonstrado o interesse público de forma motivada.
--concessão: contrato. Ex: pedágios, uso de água, cemitério, extração de riqueza natural
Características: contrato com prazo determinado; personalíssimo; intransferível sem prévio consentimento da administração pública; necessariamente precedido de licitação; exige maiores investimentos do concessionário
-título privado: regime jurídico de direito privado
--locação
--arrendamento
--cessão de uso (reforma agrária, administração cede o uso sobre as terras, por um número x de anos)
--relações reguladas pelo código civil
Agentes públicos: conjunto de todas as pessoas encontradas dentro da administração.
EC 19/98: princípio da eficiência, flexibilização da estabilidade, ampliação do regime celetista e tentativa de extinção do regime jurídico único dos servidores
Categorias:
Agentes políticos: pessoas eleitas/mandatários
Celso A. Bandeira: diz que são os chefes do poder executivo e os membros do poder legislativo. Não é pelo vínculo com a CF e sim aqueles que direcionam fins mediante fixação de metas, diretrizes ou planos que pressupõe decisões governamentais.
Hely Lopes: diz que são os chefes do executivo e primeiro escalão, membros do legislativo, poder judiciário, MP, tribunais de contas e representantes diplomáticos. Basta que a CF cuide destas tarefas para que sejam agente políticos
Características do vínculo do agente político:
-forma de investidura: eleição – mandatários (exceto ministros e secretários)
-vínculo jurídico: natureza política (transitória)
-recebem subsídio: parcela única. Art. 39, ss4 (”O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.”)
Servidores públicos: 
Estatutários: título de cargo público. Vínculo jurídico é o estatuto (lei que cada estado usa para regulamentar a relação com os estatutários). 
Remuneração é feita pelos vencimentos.
Empregados públicos: titulares de emprego público. Vínculo jurídico é a CLT (se sujeita aos adicionais previstos na CLT – celetistas). 
Remuneração por meio de salário. 
Pode ser demitido sem justa causa
Temporários: desempenham atividade/função administrativa por tempo determinado em contrato temporário, regido por lei específica, trazendo servidores que exercer função pública por período certo e limitado. 
Usa como forma de não ficar sem pessoas naquela função
Lei 9.745
Militares: não são mais servidores, sendo agora categoria separada
Terceiros em colaboração com o estado: pessoas que não fazem concurso, não tem vínculo jurídico vindo de lei com estado. são terceiros que por algum motivo colaboram com o estado, remuneradas ou não
Tradutor juramentado: conhece língua estrangeira, se candidata em concurso para demonstrar que domina a língua. Quando aprovado, ganha título e com este cadastro está apto a trabalhar. O valor é pago pelo recorrente e o estado da a fé publica
Regime jurídico do servidor público:
Em 1988 exigia o RJU – regime jurídico único: pessoa jurídica de direito público contratam no regime estatutário e pessoa jurídica de direito privado contratam no regime celetista de empregado publico
EC 19/98: suspendeu o RJU
De 1988 a 2007, se contratavam em qualquer regime
Em 2007 o STF suspende o art. 39, reestabelecendo o RJU
Provimento: servidor estatutário. É o meio através do qual estabelece vínculo jurídico entre o servidor estatutário e seu cargo
Tipos de provimento:
-originário: da inicia em uma carreira ou em cargo isolado
Forma: 
--nomeação, sendo efetivo ou em comissão
-derivado: preenchimento de cargo por alguém que já tenha vínculo estatutário anterior
Forma:
--promoção: ascensão na carreira
--aproveitamento: servidor posto em disponibilidade e retorna
--reintegração: ato administrativo ou sentença que anula a demissão
--recondução: do cargo atual por reintegração do anterior ocupante, ou por inabilidade em estágio probatório
--reversão: insubsistência da invalidez (aposentadoria) ou no interessa da administração
--readaptação: limitação de capacidade (física ou mental)
Nomeação (provimento) até 30 dias – posse (investidura) 15 dias – exercício (desempenho)
Prazos de acordo com a lei 8.112
Cargo: conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser comediras a um servidor (art. 3, lei 8.112: “Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. P.ú.  Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.”)
Classe: agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimento
Carreira: agrupamento de classes da mesma profissão ou atividade, escalonadas segundo a hierarquia do serviço, para acesso privilegiado dos titulares dos cargos que integram, mediante provimento originário
Quadro: conjunto de carreiras e cargos isolados
((((quadro ((( carreira ((classe (cargo) classe)) carreira))) quadro))))
Todos que integram a carreira tem as mesmas competências. São garantias apenas dos servidores
Poder de direção, chefia ou assessorias:
Função de confiança: acrescenta as atribuições dela a direção, chefia ou assessoria, ganhando mais, chamada de função gratifica. Só pode ser exercida por servidor que está na carreira. Quando ganha a função, vai ter nos vencimento discricionada a função gratificada
Art. 37, V: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: V- as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.”
Cargo em comissão pode ser titularizado por qualquer pessoa sem vínculo com a administração pública ou por servidor. Congela onde está na carreira, devendo deixar o cargo, assumindo o cargo em comissão até que seja exonerada e volta para a carreira onde estava antes
Concurso público:
É o modo de acesso que o servidor público tem para titularizar um cargo público ou emprego publico
Art. 37, cf
Os cargos, empregos e funções devem ser acessíveis aos brasileiros e estrangeiros, com exceção dos cargos que devem ter brasileiros natos
Cargo (estatutários) e emprego (empregados públicos)
Titular de cargo: administração pública direta e direito publico
Emprego: administração pública de direito privado
Temporário: se der tempo, passa por processo seletivo, se não, por forma direta
Servidor que passa no concurso é investido (art. 37, ii: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: II- a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.“)
Concursopode ser de provas ou de provas e títulos. Títulos não podem ser a única forma de fazer concurso
Art. 41 (“São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.”) – estabilidade do servidor. Servidor estatutário
Perdera o cargo em: art. 41, ss1, i, ii e III (“§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.”)
(“§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.”)
(“§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.”)
(“§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.”)
Diferença entre demissão (por culpa do titular de cargo) e exoneração
Reintegração, recondução e aproveitamento ss2
Fundamento do concurso:
Mérito: pois atingiram estes critérios. Princípio igualdade, moralidade e competição
Estagiário não pode substituir pessoas do quadro
Sumula 43, stf: inconstitucional toda moralidade de provimento que propicie sobre servidor investir-se em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carteira na qual anteriormente foi investido
Não fazem concurso:
-quinto constitucional
-conselheiros e ministros do tribunal de contas
-ministros do STJ e STF
-ex combatentes que tenham participado de operações bélicas durante a 2ª guerra
-cargos em comissão
Inscrição e aprovação:
Manifestação de vontade: não gera direito a realização do concurso
Revogação do concurso: devolução da inscrição
Documentação: apenas na posse, nunca como condição de inscrição
Edital do concurso:
Número de vagas – vinculação. Direito subjetivo a nomeação
Vagas criadas durante a validade do concurso – classificado tem direito a nomeação
Cadastro de reserva
Validade do concurso:
Art. 37, III – validade de até 2 anos prorrogáveis por igual período. Candidato deve pleitear judicialmente sua nomeação
Procedência na convocação: art. 37, IV: “IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira”
Resultado do concurso: 
Recurso: não é sobre os critérios de avaliação, é sobre a legalidade do concurso
Questões fora do programa
Prova de aptidão: nova data em caso de gravidez
Cotas:
-para deficientes: art. 37, VII: “o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.”
-para negros: art. 3, ss2, lei 12.990 (“§ 2º Em caso de desistência de candidato negro aprovado em vaga reservada, a vaga será preenchida pelo candidato negro posteriormente classificado”). Pode se autodeclarar, desde que tenha descendência
20% são destinados para negros, mínimo de 3 vagas validas. Se tiver 4 vagas, 1 é para cotista
Competição de cotista: quem tira a maior nota primeiro, devendo atingir os mínimos níveis estabelecidos pelo concurso 
Servidor público:
Arts. 37 a 41
Agentes políticos: mandatários
Servidores: estatutários, celetista/emprego público e temporários
Proibição de acumulação remunerada de cargos, empregos e funções: 
XVI- é vedada a acumulação remunerada de cargos, públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários
Se aplica a administração direta e indireta, e todo tipo de vínculo jurídico
O servidor só pode ser titular de dois cargos, empregos e funções se estiver dentro da regra constitucional
Cargos que podem se cumulados:
-dois cargos de professor
-um cargo de professor com outro técnico ou científico
-dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas
XVII- a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder publico
Membros do poder judiciário e ministério público:
Art. 95, p.ú, I, cf: “Aos juízes é vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério.”
Art. 128, ss5, d, cf: “§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: II - as seguintes vedações: d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério.”
Ambos podem acumular suas funções com uma de magistério (deve ser magistério público. Na instituição privada não diz respeito a CF)
Servidores aposentados: caso o servidor se aposente, ele só pode acumular proventos com remuneração da ativa nos seguintes casos:
-cargos acumuláveis. Se quiser acumular cargos que não são acumuláveis, deve abrir mão de um cargo para receber por outra fonte
-cargos eletivos
-cargo em comissão
Mandato eletivo: servidor pode participar das eleições. Art. 38, cf
Juízes e promotores: vedação a atividade político partidária – por ordem expressa da cf, tem vedação a participar
Art. 95, p.ú, ii: “Aos juízes é vedado: II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo.”
Art. 128, ss5, iii, e): “§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: II - as seguintes vedações: e) exercer atividade político-partidária.”
Para se candidatar, precisa se afastar definitivamente
Sistema remuneratório: 
-subsídio: art. 39, ss4 (”§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI”). Agentes políticos, membros do poder legislativo, chefe do executivo e ministros, membros do poder judiciário, membros do MP, conselheiros e ministros do tribunal de contas, membros da advocacia geral da união, defensores públicos, policiais civis e militares, e qualquer outro cargo organizado em carreira (art. 39, ss8: “§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.”). Recebe parcela única
-vencimento
-salario
Irredutibilidade de vencimentos: subsídios, vencimento e salários. Art. 37, XV (“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.”) Não podem ser reduzidos. São fixados por lei e sua redução afrontaria a constituição
Teto remuneratório: art. 37, XI (“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: XI - a remuneraçãoe o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos.”). Teto máximo é o do ministro do STF
CF estabelece subteto que o máximo não é o mesmo para todos do poder judiciário. Supremo reconheceu que há inconstitucionalidade neste 90,25%, pois viola isonomia. 
Poder judiciário é uno, não fazendo sentido de juiz federal se submetesse ao teto do ministro e o juiz estadual se submetesse a um teto menor
Nepotismo: sumula vinculante n 13. Para assumir cargo de confiança ou função gratificada, dentro da mesma pessoa jurídica não pode contratar parente em linha reta, colateral, por afinidade ou até 3º grau
Pode contratar parente em: STF decidiu que pode contratar parentes para cargos políticos (ministro, secretário de estado, município), pois para nomear cargo político deve ter extrema confiança na pessoa
Estabilidade: condição de servidor titular de cargo público/estatutário
Estáveis depois de 3 anos
Perdera o cargo em 4 situações:
-demissão: art. 41, ss1, cf (“§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.”). 1- processo administrativo disciplinar. 2- decisão judicial transitada em julgado. 3- avaliação periódica de desempenho
-exoneração: art. 169, ss4, cf (“§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal.”) . 4- excesso de despesas com pessoal (lei de responsabilidade fiscal)
Sindicalização: art. 37, vi (“VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical.”). Todos os servidores podem ser sindicalizados, exceto os militares
Direito à greve: art. 37, vii: “VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.”
Militares das forças armadas, estados e DF não tem direito à greve
STF estendeu a proibição a todos os servidores que atuem na área de segurança em decisão no ARE 654.432
Demais servidores: MI 708. Aplicação a lei geral de greve
Servidores públicos em estágio probatório: inassiduidade em decorrência de greve não pode implicar em demissão (STF)
Aposentadoria: art. 40, cf: “O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial.”
Aposentados recebem proventos
Regimes previdenciários:
-regime geral de previdência social: se submete o empregado público (celetista) e igual a todo o setor privado
-regime de previdência próprio: aplicado ao servidor estatutário
No regime de previdência próprio da união:
-aposentadoria por incapacidade permanente para o trabalho (lei 8.112)
-aposentadoria compulsória ou obrigatória: se dá com 75 anos de idade (art. 40, ss1, ii, cf: “§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência social será aposentado:  II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar.”, EC 88/15 e LC 152/15)
-aposentadoria por idade: M: 62 e H: 65 + 20 anos de contribuição. Professores: - 5 anos de idade (M: 57 e H: 60)
Vitaliciedade: garantia atribuída a algumas pessoas. Garantia maior que a estabilidade. não impede a aposentadoria compulsória
A vitaliciedade é adquirida para cargos que acessam por concurso após 2 anos do exercício (exceto para membros do 5º constitucional e ministros e conselheiros do TC)
Magistrados: art. 95, i: “ Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado.”
Membros do MP: art. 128, ss5: “Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros: I - as seguintes garantias: a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado; b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; II - as seguintes vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.”
Ministros e conselheiros dos tribunais de contas: art. 73, ss3 (“§ 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da União terão as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes, quanto à aposentadoria e pensão, as normas constantes do art. 40.”)
Responsabilidade do servidor:
-responsabilidade administrativa (disciplinar): estatuto
-responsabilidade civil:
--art. 927, cc: aquele que causar dano a outrem é obrigado a repará-lo (é relatado pelo estado quanto ao servidor público). 
--art. 37, ss6, cf (“§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”): dolo ou culpa (estado aciona o direito de regresso quanto ao servidor, em caso de dolo ou culpa.
--art. 28, LINDB: o agente responde pessoalmente por suas decisões e opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. MP 966/2020: agente não será responsabilizado, exceto por erro grosseiro ou dolo
-responsabilidade penal: crimes ou contravenções – dolo ou culpa. Não há uma comunicabilidade com o ilícito administrativo, exceto quando haja absolvição por inexistência do fato ou por inexistência de autoria
Poderes da administração pública:
Poder hierárquico: coordenaçãoe subordinação
Atividades contempladas do poder hierárquico: ordenar atividades, controlar ou fiscalizar, rever decisões dos inferiores, aplicar sanções disciplinares, avocar (superior pegar competência do inferior), delegar, editar atos normativos internos
As funções legislativas e jurisdicionais não apresentam hierarquia
Poder disciplinar: apurar infrações administrativas. Implica em hierarquia de chefe sub subordinado. O dever de apurar é um exercício obrigatório
Lei 8112 – estatuto do servidor público federal, art. 127 – penalidades disciplinares
Poder normativo: competência do chefe do poder executivo, que tem função de regulamentar. Art. 84, vi, cf (“Compete privativamente ao Presidente da República: VI - dispor, mediante decreto, sobre: a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.”)
Não podem inovar no mundo jurídico, criando direitos e obrigações
Art. 5, ii, cf (“II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”) – princípio da legalidade
Poder de polícia: 
Conceito: condiciona, limita, restringe direito individuais, tais como liberdades e propriedades em benefício do interesse público
Art. 145, ii: “ A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.”
Art. 78, CTN: “Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
Exemplos de manifestação de poder de polícia: concessão de alagara de licença, determinação de localização e horário de funcionamento de atividades no município, transito, fiscalização ambiental, etc
-polícia administrativa: busca combater ilícitos administrativos. Incide sobre bens, direitos, atividades. Prevenindo e reprimindo. Ex: vigilância sanitária, polícia dos costumes, polícia da caça, etc
Ex: polícia militar, polícia do transito
-polícia judiciaria: apura e investiga ilícito penal. Incide sobre as pessoas e suas liberdades. Previne e reprime. Ex: polícia civil, polícia militar e polícia federal.
Pode existir polícia com dupla função
Atributos do poder de polícia:
-discricionariedade: liberdade de ação dentro dos limites da lei
-auto executoriedade: previsto em lei ou presente em situação de emergência
Exigibilidade – meios indiretos de coação. Ex: multas
Executoriedade – meios diretos de coação. Ex: fechar estabelecimentos
-coercibilidade: uso da força. Anda perto da discricionariedade
O poder de polícia é indelegável – stf ADI 1717
É possível terceirizar a operacionalização material
Ato administrativo:
Atos da administração X atos administrativos:
-atos da administração: atos de direito privado, atos materiais, atos de opinião, conhecimento, juízo de valor, atos políticos, contratos, atos normativos
-atos administrativos: são os atos administrativos propriamente ditos
Conceito de ato administrativo: declaração do estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo poder judiciário
A produção de efeitos imediatos distingue os atos administrativos de outras manifestações da administração publica
Art. 5, XXXV: a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito
Abrange não só o poder executivo, mas também a manifestação administrativa dos poderes legislativos e judiciário
Tripartição dos poderes: art. 2, cf: “São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.”
Aplicação de prerrogativas e sujeições, tirou os da administração pública. Afasta os atos de direito privado praticados pelo estado
Atributos do ato administrativo:
-presunção de legitimidade e veracidade:
--conformidade do ato com a lei
--presunção de verdade sobre os fatos alegados pela administração publica
-imperatividade: atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. Está presente apenas nos atos que impõem ao administrado obrigações
-auto executoriedade: atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em execução pela própria administração pública, sem necessidade de intervenção do poder judiciário.
Só existe quando: esteja prevista em lei OU se trate de medida urgente
Alguns autores a desdobram em exigibilidade e executoriedade
Maria silva: ressalta que ambas se referem à meios coercitivos próprios de tornar os atos executórios:
--exigibilidade: meios indiretos (multa)
--executoriedade: meios diretos (força, coerção, apreensão)
-tipicidade: atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como pastas a produzir determinados resultados. Ex: licenças, autorizações, etc
Perfeição/existência, validade e eficácia do ato administrativo:
-perfeição/existência: observar se o ato administrativo já cumpriu o ciclo de formação
-validade: ato administrativo está em conformidade com o ordenamento jurídico
-eficácia: ato administrativo está apto a produção de efeito
Combinações possíveis:
Existe – valido – eficaz
Existe – valido – ineficaz
Existe – invalido – eficaz
Inexiste – X – X
Quando: “existe – invalido – eficaz” é um problema, pois a produção de efeitos não depende da validade do ato
Elementos do ato administrativo/requisitos de validade:
Lei 4.717 – lei da ação popular
A doutrina transforma em 5 elementos para o ato administrativo que devem estar de acordo com a legislação:
1- sujeito: agente que deve ter capacidade e competência
-capacidade: maioridade e pleno exercício das faculdades mentais
-competência: são competentes os agentes, as pessoas jurídicas e os órgãos.
As pessoas jurídicas de direito público têm sua competência atribuída pela constituição
Os órgãos e agentes tem sua competência fixada em lei
A lei 9784/99 estabelece que a competência é de: exercício obrigatório, irrenunciável, indisponível, intransferível e imodificável pela vontade do agente
Características da delegação de competência: delegar é quando agente administrativo é superior hierárquico para um agente inferior na hierarquia, recebendo por ato administrativo uma parcela das atribuições do superior. Esta parcela é um empréstimo
Serve para que na ausência, não fique sem alguém exercendo a função
-parcialidade: não é possível transferir/delegar totalmente a competência
-motivação: o ato de delegação deve especificar o objeto e os objetivos da delegação (art. 14, ss1, lei 9784)
-publicidade: o ato deve ser publicado por meios oficiais (art. 14, lei 9784)
-limitação: recai sobre algumas matérias e poderes
-precariedade: duração certa ou dura até que sejam alcançados os objetivos, cessando seus efeitos
-revogabilidade: pode ser revogada a qualquer tempo pela autoridade delegante (art. 14, ss2, lei 9784)
São indesejáveis: art. 13, lei 9784
-edição de atos de caráter normativo
-decisões em recursos administrativos
-matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade
2- forma: modo de exteriorização do ato administrativo e observância das formalidades exigidas. Art. 22, ss1, lei 9784
3- objeto: objeto ou conteúdo do ato correspondente ao efeito jurídico imediato. É a alteração no mundo jurídico que o ato assim se propõe a professar
O objeto deve ser sempre lícito, moral, possível e determinável
4- motivo: pressuposto de fato e de direito do ato administrativo. Elemento que analisana forma
5- finalidade:
-latu sensu: no geral, é o interesse publico 
-stricto sensu: finalidade extraída explicita ou implicitamente da lei por um ato específico
Elementos do ato administrativo: 
Sujeito: quem?
Forma: como?
Objeto: o que?
Motivo: por quê?
Finalidade: para que?
Invalidade nos elementos do ato administrativo: 
Invalidade no sujeito:
-incapacidade civil:
--validade mantida desde que: requisitos preenchidos e boa-fé no administrado
-incompetência: 
--funcionário de fato: aparência de regularidade, boa-fé do administrado, conformidade ao direito
--usurpador de função – ato inexistente: art. 328, cp: “Usurpar o exercício de função pública: Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. P.ú. Se do fato o agente aufere vantagem: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.”
Abuso de poder:
-excesso de poder: há o uso da competência com excesso no emprego dos meios. Há, portanto, vicio de competência. O agente excede com os meios para obter os resultados, excedendo sua competência
-desvio de poder: há desvio de finalidade. Não há problema no elemento sujeito (competência), mas na finalidade que busca
Invalidade na forma: art. 22, lei 9784
-omissão (ausência de forma)
-observância incompleta
Invalidade no objeto:
-ilegal
-impossível
-indeterminável
-imoral
Invalidade no motivo: pressuposto de fato
-motivo inexistente. Existe atos que tem motivo vinculado, previstos na lei
-inadequação ou falsidade no motivo
Teoria dos motivos determinantes: a validade de um ato administrativo motivado depende da existência e veracidade dos motivos de fato alegados
Conceitos jurídicos indeterminados: são uma zona cinzenta comporta discricionariedade.
Ex: idoneidade moral, reputação ilibada, notório saber jurídico. São elementos abertos e subjetivos, dependendo do caso concreto para saber o que significam
Existe zona de certeza positiva (ex: não tem antecedentes, com reputação ilibada) e zona de certeza negativa (ex: passagem na polícia, não tem reputação ilibada). Na parte cinzenta, fica a merca da interpretação de um agente administrativo
Invalidade na finalidade: desvio de poder ou desvio de finalidade
Art. 2, p.ú, e), lei 4717
O desvio de finalidade vem sempre “acobertado” pelo mandato da legalidade
O agente é competente, a forma é válida, o objeto é legal, os motivos são aparentemente verdadeiros e legais, mas a intenção do agente se desvia dos fins que justificam a outorga de competência
Em geral, o desvio de finalidade está relacionado ao logico. Finalidade e motivo estão sempre relacionados
Fique atento a alguns detalhes: atos em contradição com atos posteriores ou anteriores; anteriores; atos com motivação excessiva ou contraditória; motivação insuficiente; alteração dos fatos
Discricionariedade e vinculação nos elementos do ato administrativo:
Discricionariedade é espaço de escolha dentro da lei. Oportunidade e conveniência. Mérito
A discricionariedade é um espaço dentro da legalidade. Nela, não cabe qualquer escolha
Todo ato administrativo tem sujeito, forma e finalidade vinculados
Não existe um ato totalmente discricionário
Todos os atos administrativos apresentam os seguintes elementos vinculados: competência, forma e finalidade
Controle dos atos discricionários: há autorização do legislador a ocupar esse espeço que era da lei, que deixou para ser ocupado pelo ato
Se leva o ato para o judiciário, o judiciário não pode mudar a escolha, pois estaria usurpando a função do executivo
Panorama geral do controle dos atos discricionários pelo poder judiciário:
1ª onda: defensorias públicas e universalização do acesso ao poder judiciário
Criação dos juizados especiais
Crescimento de demandas e universalização do acesso
2ª onda: proteção dos interesses difusos
Ação civil pública, coletivização de ações, improbidade administrativa
Demandas cada vez mais complexas – saúde, agências reguladoras, crescimento de atos regulatórios (portarias, resoluções, decretos), etc
Permanência da lógica binaria nas decisões: tudo está na lei e só cabe ao poder judiciário aplicar a lei diante do conflito de interesses
A lógica binaria: ex: a lei é legal ou ilegal. Herança da teoria dos poderes de Montesquieu.
Atividades muito definidas. Executivo. Legislativo. Judiciário
No entanto, atualmente o executivo normatiza e realiza a função política
Papel do judiciário no controle administrativo:
Conceito de legalidade ampliada – princípios expressos e implícitos
-corrente majoritária: a atividade do juiz, mesmo diante da legalidade ampliada, não permite ao judiciário entrar na oportunidade e conveniência
Ele pode dizer não, mas não pode fazer a escolha – resguarda o mérito
Através desta corrente, embora o judiciário não possa escolher o mérito, pode dizer que a escolha não é valida
-corrente minoritária: defendem a solução ótima
Princípio eficiência, moralidade, boa-fé objetiva, segurança jurídica – sempre vão levar a melhor opção. Sempre haverá uma única e melhor opção
Essa teoria acaba com a discricionariedade
Redução da discricionariedade a zero – o juiz seria capaz de definir a única e melhor opção
Mas a complexidade técnica da administração pública não permite que sempre haja uma única melhor opção
Polícia pública de saúde, segurança, moradia. As vezes há alternativas simultâneas. Não há como dizer que uma única alternativa é a melhor
O controle pelo poder judiciário dos atos discricionários: primeiro analisando seus elementos vinculados
Controle de legalidade nos elementos vinculados: competência, forma e finalidade, do ato administrativo.
Depois vai para a lei.
Convalidação dos atos administrativos:
Convalidar: sanear os vícios do ato com defeitos retroativos (atos anuláveis)
-requisitos:
Ausência de prejuízo ao interesse publico
Ausência de prejuízo a terceiros
Defeitos sanáveis
-elementos convalidáveis:
Forma. Desde que não seja essencial à validade do ato
Sujeito. Desde que não seja: competência exclusiva ou em razão da matéria
-elementos inconvalidáveis:
Objeto
Motivo
Finalidade
-convalidar: faculdade ou dever? Para qualquer vicio o ato deve ser convalidado.
Atos vinculados: a lei dá a cara que o ato deve ter. Se um ato administrativo é realizado com defeito, tem a obrigação de convalidar
Atos discricionários: quando o ato apresenta vicio no sujeito, pode não ser convalidado
Atos inconvalidáveis:
Atos validos
Atos inexistentes
Atos atingidos pela prescrição
Atos que não representam decisões (pareceres, opiniões)
Atos que já geraram direitos subjetivos aos beneficiários
Decisões favoráveis aos funcionários em processo administrativo disciplinar
Atos de efeito instantâneos já produzidos
Causas de extinção do ato administrativo: 
-cumprimento dos seus efeitos:
Esgotamento do conteúdo jurídico
Execução material
Implemento de condição resolutiva ou termo final
-desaparecimento ou perda do sujeito ou objeto
-retirada (revogação, invalidação)
-renúncia
Revogação:
Revogar um ato administrativo exige da administração pública uma reapreciação sobre o mérito do ato. Sobre o que é oportuno e conveniente
Só pode revogar atos discricionários
Quem pode revogar é só a administração publica
Efeitos ex nunc
Atos irrevogáveis: 
Atos que a lei declare irrevogáveis
Atos que já exauridos ou que determinam providência material já executada
Atos vinculados
Atestados, certidões, votos
Atos que precluem com o advento do ato sucessivo
Atos complexos (diferentes órgãos)
Atos que geram direito adquiridos
Anulação:
Atos inválidos – ilegais – nulos
Sumula 473 e 346 STF
Quem pode anular: tanto a administração pública que realizou, quanto o poder judiciário
Efeito ex tunc - retroagem
Limites à anulação:
O ato administrativo ampliativo da esfera jurídica do particular
Destinatário de boa-fé
Prazo prescricional – 5 anos (salvo se houver comprovada má-fé)
Lei 9.784/99, art. 54

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