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Direito Administrativo

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Prévia do material em texto

⚫ PODERES E DEVERES ADMINISTRATIVOS
⚫ 
⚫ Poder Administrativo: o poder é conferido aos agentes públicos pelo 
ordenamento jurídico, através de prerrogativas indispensáveis à consecução 
dos fins públicos.
⚫ 
⚫ Dever Administrativo:são os que impedem o descumprimento da prática 
de atos administrativos, observando os limites impostos no ordenamento 
jurídico, sob pena de ser configurado o abuso de poder ou desvio de 
finalidade, passíveis de punição.
⚫ 
⚫ 
⚫ Regime Jurídico Administrativo: tem como fundamento dois princípios 
básicos e implícitos, a saber, o princípio da supremacia do interesse público, 
devendo ser exercido pelos servidores públicos em respeito aos direitos e 
garantias fundamentais, tais como, o devido processo legal, a garantia do 
contraditório e da ampla defesa e garantia da inafastabilidade da tutela 
judicial
⚫ Uso de Poder:cada agente público tem em caso do cargo que ocupa 
execuções de atos inerentes a sua função, voltados para beneficiar a 
coletividade, dentro dos limites legais, quando exercem portanto o poder 
administrativo.
⚫ 
⚫ Características do Poder Administrativo (Poder-Dever):
⚫ 
⚫ a) são irrenunciáveis: impõe o ser exercício e lhe vedam a inércia, 
porque o reflexo deste atinge, em última instância, a coletividade, que é a 
real destinatária de tais poderes “se para o particular o poder de agir é uma 
faculdade, para o administrador público é uma obrigação de atuar”. Sua 
inércia pode configurar improbidade administrativa, salvo nas hipóteses de 
impossibilidade de execução.
⚫ 
⚫ b) ser exercido pelos titulares: quando se observa a questão da 
competência para a prática do ato administrativo, sob pena de nulidade 
quando se tratar de competência exclusive, exceto as hipóteses de 
convalidação.
⚫ ABUSO DE PODER
⚫ 
⚫ Conceito: é a conduta ilegítima do administrador , quando atua fora dos 
objetivos expresso ou implicitamente traçados na lei. 
⚫ Pode decorrer de duas causas:
⚫ excesso de poder: quando o agente atua fora dos limites de sua 
competência, invadindo atribuições específicas de outro agente ou prática 
ato cujo exercício a lei não lhe confere
⚫ 
⚫ desvio de poder: o agente alcança fim diverso daquele que a lei lhe 
permitiu, uma vez que a finalidade da lei está sempre voltada para o 
interesse público, e ele agindo em descompasso com esse fim, desvia-se de 
seu poder e pratica, assim, conduta ilegítima, configurando-se o desvio de 
finalidade. É mais visível nos atos discricionários, onde a dificuldade na 
obtenção da prova efetiva do desvio, sobretudo porque a ilegitimidade vem 
dissimulada sob a aparência da perfeita legalidade.
⚫ Efeitos do abuso de poder: a conduta abusiva fica submetida a 
revisão, judicial ou administrativa (autotutela), havendo o dever de 
repará-lo. A ação abusiva pode configurar ilícito penal previsto na 
Lei 4.898/65, que prevê sanções.
⚫ 
⚫ ESPÉCIES DE PODER ADMINISTRATIVO
⚫ 
⚫ Poder Vinculado: é aquele de que dispõe a administração 
para a prática de atos administrativos em que é mínima ou inexistente 
sua liberdade de atuação. Não cabe a Administração tecer 
considerações de oportunidade e conveniência, nem escolher seu 
conteúdo. 
⚫ Apenas possibilita a Administração executar o ato vinculado nas 
estritas hipóteses legais, observando o conteúdo rigidamente 
estabelecido na lei.
⚫ Podemos afirmar que é um poder-dever, uma vez que a 
Administração verifica estarem presentes os pressupostos para a sua 
prática, ela é obrigada a praticá-lo.
⚫ Poder Discricionário: tem como núcleo a autorização legal para que o agente público decida, 
nos limites da lei, acerca da conveniência e oportunidade da prática de um ato discricionário e 
escolha seu conteúdo, mérito administrativo. Trata-se efetivamente de um poder, uma 
prerrogativa conferida pela lei à Administração: diante de um caso concreto, a administração, 
nos termos e limite da lei, decidirá, segundo critérios de oportunidade e conveniência 
administrativas, a conduta, entre as previstas em lei, mais condizentes com a satisfação do 
interesse público.
⚫ Estão presentes os princípios da razoabilidade e proporcionalidade.
⚫ O excesso praticado configura a arbitrariedade.
⚫ 
⚫ Controle Judicial do poder discricionário: todos os atos administrativos podem 
submeter-se à apreciação judicial de sua legalidade, aliá é o corolário do princípio da 
legalidade, nos atos vinculados terá muito mais efetividade, todavia nos discricionários o juiz 
deve observar os limites de sua atuação, não podendo invadir a esfera do administrador a 
ponto de substituí-lo , ou seja, não pode entrar no terreno que a lei reservou aos agentes da 
administração, perquirindo os critérios de conveniência e oportunidade inerentes a este ato, ou 
seja, examinando a própria valoração administrativa, o que poderá configurar o “ativismo 
judicial”.
⚫ Ex. O STJ respeitou a decisão do poder público municipal, quando julgou uma ação que 
discutia as mudanças de paradas e itinerários de algumas linhas de ônibus, decidindo que se 
tratava de ato discricionário dentro dos limites de conveniência e oportunidade, uma vez em 
que nos aspectos formais não apresentava nenhum defeito, negando o pedido.
⚫ Poder Regulamentar
⚫ 
⚫ É o poder atribuído ao Chefe do Poder Executivo para 
editar atos gerais e abstratos destinados a dar fiel cumprimento às leis 
(“secundum legem” e não “contra legem”), através de decretos e 
regulamentos. 
⚫ A ênfase reside no fato de o regulamento (decreto 
regulamentar) não inovar o direito, não criar direitos ou obrigações que já 
não estejam previstos na lei, ele apenas detalha ou explicita aquilo que já 
está na lei, sem ir além das suas disposições, muito menos contrariá-las.
⚫ O regulamento deve uniformizar procedimentos (pois 
deve ser observado por toda a Administração) a fim de que o agente 
público, na prática de atos concretos de aplicação da lei, assegure o 
tratamento isonômico a todos os administrados que se encontrem em igual 
situação. Daí o caráter de natureza derivada, diferentemente da lei que tem 
natureza originária.
⚫ Controle dos Atos de Regulamentação:
⚫ controle político: é de competência exclusiva do Congresso Nacional, conforme 
dispõe o art. 49, V, da CF, visando coibir a indevida extensão do poder regulamentar 
“sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”., com o objetivo de preservar a 
função legislativa para o Poder constitucionalmente competente para exercê-la.
⚫ 
⚫ controle judicial: quando for verificado que o ato regulamentar extrapolou os 
limites da lei (“contra-legem”), a análise será apenas de ilegalidade e não 
inconstitucionalidade, e segundo novo entendimento do STF, permite-se atacar esta 
hipótese através da Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 
(ADEPF), porque aqui o controle de constitucionalidade é mais amplo, abrangendo a 
inconstitucionalidade direta e indireta (ato não autônomo)
⚫ 
⚫ Todavia, se o ato regulamentar ofender diretamente a CF, 
sem que haja lei a que deva subordinar-se, terá a qualificação de ato autônomo e, 
nesta hipótese, poderá sofrer controle de constitucionalidade pela via direta, ou seja, 
através de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI)
⚫ 
⚫
⚫ Há também a possibilidade em relação a ausência de ato regulamentar a impetração de 
Mandado de Injunção, quando então o Poder Judiciário pode estabelecer um prazo 
para prática do ato omisso.
⚫ Poder Hierárquico: caracteriza-se pela existência de 
níveis de subordinação entre os órgãos e agentes públicos, 
sempre no âmbito de uma pessoa jurídica. Subordinação 
só existe no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, é 
estabelecida entre agentes e órgãos de uma mesma 
entidade, verticalmente escalonados.
⚫ Observa-se que a doutrina usa o vocábulo vinculação para 
referir-sea relação entre a administração direta e a 
indireta e não subordinação.
⚫ Poderes resultantes da hierarquia: 
⚫ poder de comando de agentes superiores sobre outros 
hierarquicamente inferiores, está implícito o dever de obediência, 
cabendo-lhes executar as tarefas em conformidade com as 
determinações superiores, não os obrigando na hipótese de ordens 
manifestamente ilegais
⚫ 
⚫ poder de fiscalizar as atividades desempenhadas por agentes 
subordinados para verificação de suas condutas não somente em 
relação às normas legais e regulamentares, como ainda no que disser 
respeito às diretrizes fixadas pelos superiores.
⚫ 
⚫ poder de revisão dos atos praticados pelos subordinados, se contiver 
vício de legalidade, ou não coadunar com a orientação administrativa, 
o ato poderá ser revisto pelo superior hierárquico para ajustamento.
⚫ poder de delegação que é a transferência de atribuições de 
um órgão a outro aparelho administrativo, porém abrange 
somente funções genéricas e não específicas
⚫ 
⚫ poder de avocar quando o superior poderá chamar para si 
questões afetas a subordinado, é tida como uma exceção 
em determinadas situações.
⚫ 
⚫ Poder Disciplinar: trata-se também de um poder-dever que 
possibilita à Administração Pública de punir internamente as 
infrações funcionais de seus servidores e punir também 
infrações administrativas praticadas por particulares a ela 
ligados mediante um vínculo jurídico. Ex. particular que tenha 
celebrado contrato administrativo e descumpra as obrigações 
contratuais assumidas. 
⚫ os ilícitos administrativos 
permitem os denominados tipos abertos e inclusive a 
possibilidade na esfera administrativa de escolhas de sanções a 
serem aplicadas de acordo com a gravidade da conduta, de 
acordo com a avaliação dos elementos que provocaram a 
infração, obedecendo ao princípio da adequação punitiva ou 
princípio da proporcionalidade, devendo ser analisado caso a 
caso.
⚫ Procedimento de Apuração: deve ser feita de forma 
regular, com as formalidades que rendam ensejo à precisa 
comprovação dos fatos, e se admitindo sempre a ampla 
defesa e contraditório pelo servidor acusado.
⚫ Como regra geral, instaura-se quando 
necessário uma sindicância administrativa e 
posteriormente um processo administrativo, cuja 
tramitação deve seguir o disposto no legislação.
⚫ 
⚫ Obs: não se deve confundir o poder disciplinar com o 
poder punitivo do Estado, que só é exercido pelo 
judiciário.
⚫ As decisões tomadas devem sempre ser motivadas
⚫ Poder de Polícia: o poder de que dispõe a administração pública para 
condicionar ou restringir o uso de bens e o exercício de direitos e atividades pelo 
particular, em prol do bem-estar da coletividade. 
⚫ Conceito dado pelo CTN em seu art. 78:
⚫ Considera-se poder de polícia atividade da 
Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse 
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina 
da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes 
de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao 
respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”
⚫ É inerente a atividade administrativa, pois exerce o poder de polícia sobre todas as 
condutas ou situações particulares que possam, direta ou indiretamente, afetar os 
interesses da coletividade e é desempenhado por vários órgãos e entidades 
administrativas, sob o manto do princípio da supremacia do interesse público
⚫ Resulta do Poder de Império que tem a Administração (Coercibilidade) em relação 
aos administrados e Autoexecutoriedade.
⚫ Diferença entre polícia função e polícia-corporação: a 
primeira trata-se de uma função estatal e deve ser 
interpretada sob o aspecto material, indicando a atividade 
administrativa.
⚫ Polícia corporação corresponde a ideia de um órgão 
administrativo, integrado no sistema de segurança pública e 
incumbido de prevenir os delitos e as condutas ofensivas à 
ordem pública e de repressão quanto a apuração da infração 
penal e respectiva autoria.
⚫
⚫ Atributos do Poder de Polícia: discricionariedade, 
autoexecutoriedade e coercibilidade. 
⚫ Poder de Polícia como ato normativo e ato concreto:
⚫ 
⚫ ato normativo: tem conteúdo genérico, abstrato e 
impessoal, dotados de amplo círculo de abrangência, quando as 
restrições são fixadas por meio de decretos, regulamentos, 
portarias, resoluções e outros de idêntico conteúdo.
⚫ 
⚫ ato concreto: são dirigidos a determinados indivíduos 
plenamente identificados, como os veiculados por atos 
sancionatórios, como a multa, consentimentos de licenças e 
autorizações. Ex. licença para edificações, interdição de 
estabelecimentos, concessão de autorização de porte de arma, 
etc...
⚫ Atos de Fiscalização: de nada adiantaria o poder de 
impor restrições aos indivíduos se não dispusesse dos 
mecanismos de fiscalização que apresenta duplo aspecto: 
⚫ preventivo: impedir o dano social
⚫ 
⚫ repressivo: em face da transgressão da norma de polícia, 
aplica-se uma sanção. 
⚫ Ex. verificada uma construção em 
logradouro público, fica sujeito a demolição, não tendo o 
invasor de má-fé direito à retenção, nem à indenização pelo 
poder público de eventuais benfeitorias
Sanções
 As sanções de polícia são atos administrativos decorrentes 
do cometimento, pelos particulares em geral, de infrações administrativas. 
As sanções devem sempre ser criadas por lei, não podendo ser instituídas 
por decreto ou outro ato de natureza infralegal. Essencialmente, são 
exemplos de atos punitivos:
a) multa;
b) interdição; 
c) demolição;
d) destruição; 
e) embargo de obra.
Nos termos do art. 5.º, LV , da CF/1988, a aplicação das penalidades 
dependerá do amplo direito de defesa e de contraditório. Obviamente, a 
observância dos aludidos princípios não precisa ser , em todos os casos, 
prévia.
⚫ Transformando o quadro-resumo em letras:
⚫ a) O poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício 
dos direitos individuais em prol da sociedade e da segurança do próprio Estado. 
Essa prerrogativa que o Estado exerce pode incidir em duas áreas de atuação 
estatal: na administrativa e na judiciária, as quais são inconfundíveis entre si quanto 
à incidência, à competência, e à natureza. 
⚫ b) Quanto à incidência, enquanto a polícia administrativa é regida pelo Direito 
Administrativo, incidindo sobre bens, direitos ou atividades, atuante na área dos 
ilícitos administrativos, a judiciária, comandada pelo Direito Processual Penal, 
recai sobre as pessoas, atuando na área do ilícito penal. 
⚫ c) Relativamente à competência, enquanto a administrativa é espalhada por toda a 
Administração Pública de Direito Público, haja vista a indelegabilidade a 
particulares, a judiciária é privativa de corporações especializadas: na União, 
Polícia Federal; nos Estados, a Polícia Civil, por exemplo.
⚫ d) Por fim, no que concerne à natureza, enquanto a polícia administrativa é 
eminentemente preventiva, atividade negativa, com aplicações de repressão, 
exemplo da interdição de estabelecimentos comerciais insalubres, a judiciária é 
predominantemente repressiva, com sinais de prevenção ao inibir a prática de novo 
ilícito penal pelo infrator
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
 
É a estruturação do Estado, o conhecimento acerca das pessoas, entidades e órgãos 
que irão desempenhar a função administrativa da máquina pública, executando, 
servindo, gerindo interesses coletivos, na prossecução dos fins desejados pelo Estado, 
atingindo órgãos com função política e administrativa.
Função Política: o estabelecimento de diretrizes e programas de ação 
governamental, dos planos de atuação do governo, a fixação das denominadas políticas 
públicas.Função Administrativa: a execução das políticas públicas formuladas no exercício da 
atividade política.
 A demanda se tornou tão grande, tornando-se inevitável a descentralização destes 
serviços” e através do Decreto 200/67, que foi recepcionado pela CF como lei ordinária, 
fixou-se a divisão da Administração Direta e Indireta.
Descentralização pode ocorrer de 2 formas:
a) Para própria administração (pessoas criadas para este fim): entes da administração 
direta e indireta
b) Para particulares: mediante contratos administrativos de concessão e permissão.
 
PRINCÍPIOS INERENTES À ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1) Princípio do planejamento: toda a atividade administrativa estatal obedecerá a 
planejamento que vise promover o desenvolvimento econômico-social do País e a 
segurança nacional, compreendendo a elaboração de planos de governo, bem como a 
previsão de gastos em orçamentos.
2) Princípio da Coordenação:está ligada diretamente à hierarquia, por meio da 
estruturação da atividade administrativa, evitando-se a ocorrência de divergências na 
atividade estatal e desperdícios de recursos, visando garantir uma maior eficiência da 
execução das atividades públicas.
3) Princípio da descentralização administrativa: busca a eficiência, por meio de 
especialização na execução das atividades do Estado, consistindo na transferência da 
prestação de serviços do ente federativo para outras pessoas jurídicas especializadas, 
que atuarão mediante o controle do Estado.
4) Princípio do controle: o controle das atividades da Administração Pública será 
exercido em todos os níveis e em todos os órgãos de governo, que regulam o exercício 
das atividades auxiliares e o controle da aplicação e utilização do dinheiro público e da 
guarda dos bens da União pelos órgãos próprios do sistema de contabilidade e auditoria.
Administração Pública Direta: a atividade administrativa é exercida pelo 
próprio governo que atua diretamente por meio de seus órgãos através das 
repartições públicas. Não possuem personalidade jurídica e são representados 
pelos agentes públicos, atuando de forma vinculada a cada uma das esferas de 
governo. Ao mesmo tempo a Administração é titular e executor do serviço 
público. Ex. Ministérios, Secretarias, etc…
 
Administração Pública Indireta: dada à extensão territorial, foi necessário o 
Estado outorgar poderes para outras estruturas. A chamada descentralização, 
criando entidades com personalidade jurídica para gerir áreas da Adm. Pública e 
prestar o serviço público. Não há vínculo hierárquico, o que existe é um 
CONTROLE com atribuições de fiscalização. Essas entidades possuem vontade e 
capacidade de exercer direitos e contrair obrigações por si próprias. Ex. 
Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista e Fundações 
Públicas.
DIFERENÇA ENTRE CENTRALIZAÇÃO, DESCONCENTRAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO 
Centralização Administrativa:é o próprio ente federativo quem executa as 
atividades administrativas, sem transferência a terceiros.
Desconcentração Administrativa: quando ocorre distribuição interna de 
competência entre órgãos públicos, pertencentes as entidades federativas, 
estando fundado na hierarquia, que permite a possibilidade que a Administração 
Pública tem de distribuir e escalonar as competências, internamente, a exemplo 
do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde, os Hospitais Públicos entre 
outros.
Descentralização Administrativa: é a transferência na prestação de serviços 
púbicos à pessoas jurídicas criadas pela própria Administração Pública, 
especializadas na execução daquela atividade, os quais se dividem Autarquias, 
Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista e Fundações Públicas.
ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO
Poderá ser feita através de Outorga ou Delegação de serviços
Outorga: é transferência a pessoa jurídica de direito público, diversa do 
Estado, tais como Autarquia ou Fundações Públicas de direito público, da 
titularidade e execução do serviço público, sem, contudo, excluir o controle dos 
entes federativos. É realizada por lei específica que cria essas entidades. 
Importante frisar que mesmo quando o Estado transfere a titularidade do serviço, 
ele se mantém responsável pelos danos decorrentes da atividade, de forma 
subsidiária.
Delegação: é feita a particulares, mediante a celebração de contratos 
administrativos ou aos entes da Administração Indireta regidos pelo direito 
privado, tais como as Empresas Públicas e as Sociedades de Economia Mista, que 
se tornam executoras do serviço, mantendo-se a titularidade de tais atividades nas 
mão do ente delegante. 
Característica da Administração Pública Indireta
1) Personalidade Jurídica própria: respondem pelos seus atos, tem 
patrimônio e receitas próprias que servem para arcar com sua responsabilidade.
2) Autonomia Administrativa: goza de autonomia técnica, administrativa e 
financeira, mas não política e não tem aptidão para legislar
3) Finalidade: não tem fins lucrativos, mas não impede que o lucro aconteça
4) Princípio da Especialidade: somente pode ser alterada por lei (que cria ou 
autoriza). Lei específica cria Autarquias e Fundações Públicas
 Lei autoriza Sociedade de Economia Mista, Empresas Públicas
I - AUTARQUIAS
Entidades integrantes da Administração Pública Indireta, criada pelo próprio governo, através 
de lei específica para exercer uma função típica, exclusiva do Estado, independem de registro e são 
organizadas por Decreto. Tem fim específico voltado para a coletividade. Ex. INSS, Banco Central, INCRA 
– Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis), UNIVERSIDADES FEDERAIS, etc…
Características:
a) é criada e extinta por lei específica,
b) tem controle interno (autotutela) e externo (feito pela Admin. Direta que foi responsável pela sua 
criação, com base no poder da tutela,
c) seus bens são públicos, portanto são impenhoráveis, imprescritíveis e relativamente inalienáveis, pois 
se preencherem certos requisitos pode ser alienado, na forma da lei.
d) Débitos judiciais: são pagos através de precatórios
e) Imunidade Tributária:
f) Responsabilidade Civil: é objetiva (art. 37, parag. 6º CF), já a responsabilidade do órgão que o criou 
é subsidiária.
g) Privilégios Processuais: prazos diferenciados para contestar e em dobro para recorrer
h) Reexame Necessário: duplo grau de jurisdição obrigatório
 
II - EMPRESAS PÚBLICAS
São empresas com personalidade jurídica de Direito Privado, integrantes da Adm. Pública 
Indireta que exercem funções atípicas. São autorizadas por lei específica para funcionar como prestadoras 
de serviços públicos, ou exploradores de atividade econômica, sendo obrigatório o registro de seu estatuto 
social em cartório público competente. Exercem atividades essenciais para a coletividade. O capital 
social é integralizado exclusivamente com recursos públicos.
 Ex. correio, Caixa Econ.Federal.
III - SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
São empresas com personalidade jurídica de Direito Privado. Seu capital social é constituído 
por recursos públicos e privado, sendo a maioria das ações de propriedade do Estado, mantendo o governo 
sempre o controle destes entes. Autorizadas por lei a funcionar como prestadoras de serviços públicos, 
devendo seu estatuto estar registrado em cartório e tem patrimônio próprio e não do ente político. 
Finalidade: explorar atividade econômica
 Ex. Petrobrás, Sabesp, Empresas de Energia, Banco do Brasil.
 
IV - FUNDAÇÕES PÚBLICAS
Integrantes da Adm. Pública Indireta formada por um patrimônio personalizado, destacado por 
um fundador com finalidade especifica. Divide-se em Fundação Pública ou Privada. Não visa lucro, se 
houver não poderá ser dividido entre seus dirigentes, devendo ser aplicado na função específica para qual 
a entidade foi criada.
► ENTIDADES PARAESTATAIS
►  
► “São pessoas jurídicas de Direito Privado que não fazem parte da AdministraçãoPública Direta nem Indireta. Estão justapostas à Administração, mas, não as 
pertencem. São chamadas de Entes de Cooperação ou do Terceiro Setor. Também 
conhecidos como Sistema “S”
►  
► Finalidade: surgiram para suprir as necessidades sociais quanto à disposição, 
efetividade e celeridade dos serviços públicos, na área da educação, cultura, 
pesquisa, meio ambiente.
►  
► Característica: não podem receber verbas públicas para implementarem suas 
atividades e estão submetidas à fiscalização do Tribunal de Contas competente.
►  
► Ex. SESI O Serviço Social da Indústria (SESI) é uma rede de instituições 
privadas brasileiras e de atuação em âmbito nacional. Foi criado em 1 de julho de 
1946[1] com a finalidade de promover o bem-estar social, o desenvolvimento cultural 
e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador que atua nas indústrias, de sua 
família e da comunidade na qual estão inseridos, em geral.
► SESC- Serviço Social do Comércio (SESC) é uma instituição brasileira 
privada, sem fins lucrativos, mantida pelos empresários do comércio de bens, 
serviços e turismo, com atuação em todo âmbito nacional, voltada 
prioritariamente para o bem-estar social dos seus empregados e familiares, 
mas aberto à comunidade em geral. Atua nas áreas da Educação, Saúde, Lazer, 
Cultura e Assistência.
► SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) é uma 
instituição privada brasileira de interesse público, sem fins lucrativos, com 
personalidade jurídica de direito privado, está fora da administração pública. 
Compõe o chamado Terceiro Setor. Seu principal objetivo é apoiar 28 áreas 
industriais por meio da formação de recursos humanos e da prestação de 
serviços técnicos e tecnológicos. Os programas de capacitação profissional são 
viabilizados por meio das modalidades de aprendizagem, habilitação, 
qualificação, aperfeiçoamento, técnico, superior e pós-graduação
►  
► SEBRAE O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas), é um serviço social autônomo brasileiro, parte integrante do 
Sistema S que objetiva auxiliar o desenvolvimento de micro e pequenas 
empresas, estimulando o empreendedorismo no país.
► Agências da Administração Pública: ao contrário das Paraestatais fazem parte da 
Administração Pública e são compostas por Entidades da Administração Pública Indireta.
►  
► Subdividem-se em: Agências Reguladoras e Agências Executivas
►  
► Agências Reguladoras: são Autarquias Especiais, que controlam, disciplinam e gerenciam 
as atividades públicas e algumas atividades privadas, normatizando de forma supletiva a 
previsão legal, porque não tem poderes de criar leis (autonomia política). 
► Ex. ANATEL (telecomunicações), ANEEL (Energia), ANAC (aviação civil), a ANVISA 
(vigilância sanitária).
►  
► Agências Executivas: são formadas por Autarquias ou Fundações Públicas que celebram com 
o Poder Público um Contrato de Gestão e executam um plano estratégico de modernização. A 
finalidade é prestar um serviço público de forma mais eficiente e de baixo custo, recebendo 
para tanto, mais recursos e mais autonomia. 
► Ex. INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia No âmbito de sua ampla missão 
institucional, o Inmetro objetiva fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua 
produtividade por meio da adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade de 
produtos e serviços, bem como através do apoio ao desenvolvimento de inovações 
tecnológicas. Desta forma, adota como sua missão a promoção da qualidade de vida do 
cidadão e a competitividade da economia brasileira por meio da Metrologia e da Avaliação da 
conformidade.
Autarquia Fund.Pública Empresas
Públicas
Soc. De Econ.
Mista
Atividade Típica 
Adm.Púbica
Atípica – 
Interesse social
Átípica – 
prestadoras de 
serv. público
Atípica 
Prestadoras de 
estímulo social 
e mercado
Exemplos INSS, IBAMA, 
UNIVERSIDADES 
FEDERAIS, 
CONSELHOS 
REGIONAIS
FUNAI, IBGE Caixa 
Econômica 
Federal, 
Correios
Banco do 
Brasil, Sabesp, 
Empresa de 
Energia
Pessoa Juríd. 
de Direito
Público Público e 
Privado
Público e 
Privado
Público e 
Privado
Regime 
Juríd.de 
Pessoal
Estatutário Estatutário CLT CLT
Juízo 
Competente
Just.Federal
Just. Estadual
Just.Federal e 
Just. Estadual
Just. Federal e
Trabalhista
Just. Estadual
Privilégios 
Processuais
Sim Sim Não Não
Licitação Sim Sim Em regra sim Em regra sim
Organização da AdministraçãoPública
Conceito: A organização administrativa consiste na estruturação das entidades e órgãos que exercem a
função administrativa, por meio de seus agentes.
Órgãos públicos : os órgãos públicospodem serdefinidos como centro especializados de competência
instituídos parao desempenho de funções estatais. São parte da pessoa jurídica e não possuem personalidade 
jurídica. 
Teorias sobre as relações do estado com os agentes públicos
Teoria do mandato: o agente público, como pessoa física, é considerado um mandatário da pessoa jurídica
pública. Essa teoria nãoprosperou, pois não conseguiu explicar quem outorgaria esse mandato. 
Teoria da representação: considera o agente público como representante do Estado, semelhantemente ao
tutor e curadorde incapazes. Essa teoria nãoconseguiu explicar como o incapaz, nesse caso o Estado, outorga 
validamente a sua própria representação.
Teoria do órgão: também chamada deteoria da imputação, determinaque a pessoa jurídica pública 
manifesta a sua vontade por meio de órgãos, titularizados pelos agentes públicos (pessoas físicas) de
acordo com a organização interna. A relaçãoestabelecida entre o Estado e oagente público é de imputação,
na medida em que a atuação doagente é atribuída ao Estado. Essa teoria, desenvolvida por Otto Gierke,
sustenta que o órgão é parte de um corpo que é a entidade, e assim todas as suas manifestações de vontade 
são consideradas como da própria entidade. Essa é a teoria mais aceita na doutrina moderna 
administrativista. 
CARACTERÍSTICAS DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
a) integram a estrutura de uma pessoa jurídica; 
b) Não possuem personalidade jurídica; 
c) são resultado de desconcentração; 
d) não possuem patrimônio próprio. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Quanto à estrutura: classificam-se em simples e compostos
 órgãos simples: são aqueles constituídos por um só centro de competência 
Ex. Chefia do Gabinete do Ministério
órgãos composto: reúnem em sua estrutura diversos órgãos.
 Ex. secretarias de saúde, formadas, entre outros, por hospitais e postos de saúde
Quanto à atuação funcional: em singulares ou colegiados. 
 órgãos singulares: são aqueles em que as decisões são atribuição de um único
agente. Ex. a Presidência da República.
órgãoscolegiados: as decisões constituem manifestação conjunta de seus membros, tais como as corporações 
legislativas e os tribunais. 
Quanto à posição estatal: independentes, autônomos, superiores e
 subalternos. 
órgãos independentes: sãoaqueles que não possuem qualquer
subordinaçãohierárquica,
Ex. Tribunal de Contas. 
órgãos autônomos: são os que se situam na cúpula da Administração,
hierarquicamente abaixo dos órgãos independentes. Possuem
autonomia administrativa e financeira. 
Ex. Ministérios, Advocacia-Geral da União, Secretarias de Estado e de
Município.
órgãos superiores: são os que possuem atribuições de direção, controle e
decisão. Não têm autonomia administrativa e financeira.
Ex. Gabinetes, Procuradorias, Departamentos,Divisões e
Coordenadorias.
órgãos subalternos: são aqueles que exercem atribuições de mera
execução, Ex. Seções de expedientes. 
Formas de prestação da atividade administrativa 
três formas: centralizada ou diretamente, descentralizada ou indiretamente,
ou desconcentrada.
centralizada ou direta: ocorre quando a função administrativa é
exercida pelopróprio Estado, por meio das pessoas políticas: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios. 
descentralizada ou indireta: é o exercício de atividade
administrativapor meio de pessoas jurídicas distintas da pessoa
política. Nessa hipótese, há a transferênciada titularidade do
serviço para umanova pessoa jurídica ou paraempresas particulares.
desconcentraçãoadministrativa: decorre do poder hierárquico e
consiste na distribuição de competências entre os diversos órgãos da
Administração Pública. 
Função Pública : é a atribuição, encargo ou competência para o exercício de 
determinada função, assim também como o fim a que se destina o exercício da 
atividade, sendo que seu não é desimpedido, livre, mas vinculado ao atendimento 
do interesse público, da coletividade (interesse público primário) ou da 
Administração (interesse público secundário).
Limites da função: pela competência que são os limites impostos ao exercício da 
função. 
Emprego público: corresponde à possibilidade de exercício da função pública por 
contrato de trabalho regido pela Consolidação das Leis do Trabalho tais como na 
sociedade de economia mista, empresa pública e mesmo a Administração Direta, 
quando não adotado o regime estatutário.
Cargo Público: é a unidade de atribuições e responsabilidades cometidas a um 
agente público. É identificável na Administração direta e indireta de qualquer dos 
Poderes. É criado por ato normativo (lei ou resolução, quando tange à organização 
do Legislativo), com denominação própria e inconfundível com relação a outro, 
para ser titularizado por um único agente
Os cargos públicos devem ser organizados em: classes e carreiras que compõem 
o quadro. 
Classe: corresponde à junção de cargos de idêntica natureza, com competência, 
responsabilidade e vencimentos idênticos.
Carreira: corresponde à organização dos cargos, sendo obrigatória a sua 
existência na Administração direta e indireta, sugerindo vinculação hierárquica 
entre uns e outros e formas isonômicas de acesso, por promoção, remoção, 
permuta etc. 
Quadro: corresponde ao conjunto de cargos e funções e tanto pode ser 
permanente como provisório. O ocupante de cargo de uma carreira, porém, não 
pode ser transposto para outra carreira, ainda que ambas integrem o mesmo 
quadro de pessoal.
REGIME CONSTITUCIONAL DO AGENTE PÚBLICO
 
Agente Público: são todas as pessoas físicas que prestam serviço público em 
nome da Administração Pública de forma definitiva ou transitoriamente, com ou 
sem remuneração. É o elo de ligação entre a Administração e o Administrado
 
Subdivisão dos Agentes Públicos: agentes políticos (mandato político e 
assessores diretos), honoríficos (jurados, mesários eleitorais), delegados 
(concessionários, permissionários, autorizatários), credenciados (representam o 
Estado), administrativos (estatutários, celetistas e temporários), administrativos 
especiais (magistrados, membros do MP e TC) e militares (federais e estaduais).
 
Agentes Políticos: são os formadores da vontade superior do Estado, que 
ocupam lugares estratégicos na Administração Pública. Presentes no Executivo e no 
Legislativo. Ex. Presidente da República, Governadores, Prefeitos, Assessores 
Diretos (Ministros e Secretários), Deputados Federais, Estaduais e Distritais, 
Senadores e Vereadores.
Agentes Públicos Honoríficos: são cidadãos que por merecimento, reputação 
ilibada e conhecimentos técnicos são convocados, designados ou nomeados para 
desempenharem transitoriamente uma função pública, sem possuir vínculo 
empregatício ou estatutário com o Estado. Trabalham sem remuneração. Ex.. 
mesários eleitorais, jurados, 
  
Agentes Públicos Delegados: são particulares que recebem incumbência da 
execução de determinada atividade, obra ou serviço público e o realizam em nome 
próprio, por sua conta e risco, sob a permanente fiscalização do delegante. Não 
são servidores públicos, nem honoríficos, nem representam o Estado, são 
considerados colaboradores do Poder Público. Ex. concessionários, 
permissionários, autorizatários, serventuários de ofícios ou cartórios não 
estatizados, leiloeiros, etc…
Agentes Públicos Credenciados: aqueles que representam a Administração 
Pública na prestação de determinados serviços, mediante remuneração do próprio 
Poder Público. Ex. Hospitais particulares credenciados para atenderem pelo SUS 
(Sistema Único de Saúde)
Agentes Públicos Administrativos: é o conceito de servidor público em sentido amplo (lato 
sensu). É qualquer pessoa física vinculada a um regime jurídico que presta serviço ao Estado e a 
Administração Indireta mediante remuneração paga com recursos públicos. 
 
Estatutários (servidor público no sentido estrito) - são os que ocupam cargos públicos mediante 
concurso público e estão sujeitas ao Regime Jurídico Estatutário estabelecido pela lei de cada 
uma das unidades federativas.
 
Celetistas (empregado público) - são contratadas para prestar serviço público, são 
chamados de empregados públicos, ocupam emprego público e são regidos pelas leis trabalhistas 
(CLT), 
Temporários (contratados) - pessoas físicas contratadas temporariamente pela 
Administração para prestarem serviços de caráter emergencial e de excepcional interesse 
público. (Regime Administrativo Especial) de cada federação.
 
Agentes Públicos Administrativos Especiais (Políticos) - ocupam cargos vitalícios, ou seja, 
só poderão ser destituídos por sentença judicial transitada em julgado. Ex. Magistrados, MP, TC, 
distinguem-se dos políticos, porque este tem vínculo transitório.
 
Militares: prestam serviços às Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica), policiais 
militares e o Corpo de Bombeiros. 
SERVIDORES PÚBLICOS 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS
Concurso Público:a regra é a realização prévia de concurso público para o acesso a cargos efetivos ou 
empregados permanentes da Administração direta e indireta do Estado
II do art. 37 da CF/1988:
“II – a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” 
Empregos Públicos: para o provimento de cargos públicos efetivos há idêntica obrigatoriedade do 
concurso púbico
Provas ou Provas e títulos: o concurso público deverá ser realizado através da prova de 
conhecimentos sobre as matérias indicadas no edital e o título são qualificativos.
O STF julgou inconstitucional a atribuição supervalorizada de pontos, na prova de títulos em 
concurso público. Também é pacífico na jurisprudência do STF que os títulos não podem ostentar 
natureza eliminatória, e sim classificatória, no entanto pode se ensejar pontuação que, conjugada com a 
das provas objetivas, leve a reprovação do candidato. Ex. A prova é constituída do total de 150 pontos, 
sendo 50 deles atribuídos aos títulos. A nota de corte para a participação da 2ª etapa e de 80 pontos. 
Neste caso, se o candidato lograr 70 pontos na parte objetiva, e tiver zero em títulos, será eliminado do 
concurso.. 
As provas orais, na esfera federal, por força do Decreto 6.944/2009 exige que as provas orais sejam 
públicas e gravadas.
Direito à realização das provas: o concurso é um procedimento administrativo composto de 
várias etapas.
Inscrição: não gera ao candidato o direito à realização das provas.
Obs. O STF decidiu que não é permitido admitir a remarcação de prova de aptidão física para data 
diversa da estabelecida no edital do concurso público em razão de circunstâncias pessoais de candidato, 
ainda que de caráter fisiológico, como doença temporária devidamente comprovada por atestado 
médico, salva ser estiver previsto no edital. O STJ abre exceção a gestante, sendo legítima segunda 
chamada, sem que implique ofensa ao princípio da isonomia.
Direito à nomeação: vigora a orientação jurisprudencial de que um candidato aprovado 
nas vagas previstas em um edital tem o direito subjetivo de ser nomeado STJ “Aprovação de 
candidato dentro do número de vagasprevistas em edital, tem direito líquido e certo à 
nomeação e à posse no cargo”
O STF fixou orientação de que, dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá 
escolher o momento no qual se realizará a nomeação, porém não poderá dispor sobre a própria 
nomeação, a qual é direito do concursado aprovado, eis que o edital prevê o número de vagas e 
deverá ser preenchido pelos aprovados. 
Obs. STF anotou não haver a obrigatoriedade de a adm púbica nomear candidato aprovado 
fora do número de vagas previstas, simplesmente pelo surgimento de nova vaga, seja por nova 
lei, seja decorrente de vacância.
A nomeação tardia a cargo público em decorrência de decisão judicial não gera direito à 
indenização (valor equivalente à remuneração sem o exercício efetivo do cargo) ainda que a 
título de indenização STJ e STF
Concurso com reserva de vagas: previsão no edital de um número x de vagas, acrescidos dos 
cargos que vagarem durante o período de validade do concurso garante a nomeação de candidatos 
aprovados na subsequência das vagas.
Exceção a regra da nomeação de candidatos aprovados em concurso.
 para justificar tal conduta é necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes características:
a) Superveniência : os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser 
necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; 
b) Imprevisibilidade : a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da 
publicação do edital; 
c) Gravidade : os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando 
onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; 
d) Necessidade : a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente 
necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não existirem outros 
meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. 
Vigência do Concurso Público: inicia-se com a homologação do ato, em que se reconhece a legitimidade do 
procedimento e vai até a data final estipulada.
Validade do concurso e prorrogação: é de até 2 anos, prorrogável por igual período (art. 37, III da CF). A prorrogação 
da validade do concurso é ato discricionário do Poder Público, sendo vedado ao Poder Judiciário reexaminar critérios de 
conveniência e oportunidade adotados.
Nomeações fora do período de validade: são nulas
Portadores de deficiência: o art. 37, VIII da CF prevê: a lei reservará percentual dos cargos e 
empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão”
Obs. Na esfera federal, por força do Decreto 3.298/99 que regulamentou a Lei 7.853/89 fixou limite 
mínimo de 5%.
Obs. Nem todo concurso público reservará vagas para deficientes. 
Cotas raciais: por força da Lei 12.990/2014 a previsão de sistema de cotas para negros em concursos 
públicos federais.
Prazo: a lei de cotas raciais tem prazo de 10 anos.
Publicidade do edital: a lei 8.112/90 determina que a publicação do edital deverá ser publicado no 
Diário Oficial a União e em jornal diário de grande circulação. Há entendimento firmado no STJ em 
mandado de segurança impetrado que quando houver decurso de tempo razoável entre a homologação 
do resultado e a data da nomeação, o candidato deve ser intimado pessoalmente, em atendimento aos 
princípios constitucionais da publicidade e da razoabilidade.
Valor da inscrição: na visão do STF, é inconstitucional atrelar o valor da inscrição ao salário 
mínimo ADI 1568/ES 
Controle judicial das questões do concurso: é indevido, porém o STF já decidiu que haverá a 
intervenção judicial quando restar configurado o erro grosseiro no gabarito apresentado pela 
Administração
Exceções ao concurso público: a regra não é absoluta, uma vez que comporta exceções, tais como:
a) Cargos em comissão que são de livre nomeação
b) Ocupação de mandatos eletivos
c) Autoridades expressamente mencionadas pela CF- Ministros STF, TCU, CNJ,CNNP
d) Contratados por tempo determinado, mais conhecidos como agentes temporários, por se 
submeterem a simples processo seletivo, como agentes recenseadores do IBGE.
e) Ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial
Conforme o art. 103-B da Constituição Federal de 1988, o Conselho Nacional de Justiça 
compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) 
recondução, sendo: 
• o Presidente do Supremo Tribunal Federal;
• um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, indicado pelo respectivo tribunal;
• um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;
• um desembargador de Tribunal de Justiça, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
• um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;
• um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
• um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justiça;
• um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
• um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
• um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
• um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República 
dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual;
• dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
• dois cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara 
dos Deputados e outro pelo Senado Federal.
Novo concurso dentro do prazo de validade: o art. 37, IV da CF determina que, durante o 
prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas 
e títulos será convocado com prioridade para assumir sobre novos concursados para assumir cargo ou 
emprego público, na carreira. 
Não observância do princípio do concurso público: implica em nulidade do ato e a punição da 
autoridade responsável, nos termos da lei. 
Cláusula de barreira: o STF considerou constitucional sua existência em concursos públicos, 
eis que é possível, por exemplo, que seja estipulado no edital critérios para restringir a convocação de 
candidatos de uma fase para outra, dividindo-se essas regras entre as eliminatórias, por nota de corte ou 
por testes de aptidão física, limitando-se o número de candidatos para outra fase. 
Impossibilidade de reserva de vaga futura: o STJ fixou orientação de não haver ilegalidade em 
edital de concurso público que prevê a alocação de candidato ao final da fila de aprovados, em caso de 
recusa a vaga disponível em cidade não desejada.
Acessibilidade: reza o art. 37, I da CF que “os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis 
aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros na forma 
da lei”
 Quanto aos estrangeiros, trata-se de norma constitucional de eficácia limitada , pois se a existência 
de lei regulamentadora, não há possibilidade de acesso de estrangeiros a cargos ou emprego públicos
 Lei 8.112/1990 admite o acesso às funções públicas de estrangeiros nas universidades e 
instituições federais de pesquisa científica e tecnológica.
 Lei 9.515/1997, que disciplina que as universidade e instituições de pesquisa científica e 
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros 
de acordo com as normas e os procedimentos especificados na própria norma.
Restrição de acesso fixando exigência de altura mínima, , idade (prevista em lei), condição física, 
desde que motivada, sob pena de inconstitucionalidade.
Cargos só de brasileiros natos: art. 12, parag. 3 da CF
A) Presidente e vice-presidente da república
B) Ministros do STF, Oficiais das Forças Armadas e Ministros de Estado, integrantes do Conselho da República, presidência e vicedo TSE e a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão e sons e imagens.
Restrição de acesso fixando exigência de altura mínima, , idade (prevista em lei), condição física, desde que motivada, sob pena de 
inconstitucionalidade.
CARGOS PRIVATIVOS DE BRASIEIRO NATO
 A Constituição considera privativos dos brasileiros natos os cargos previstos no art. 12, § 3.º, quais sejam:
 1) Presidente e Vice-Presidente da República,
 2) Presidente do Senado Federal,
 3) Presidente da Câmara dos Deputados,
 4) Ministro do Supremo Tribunal Federal, MP3.COM
 5) Carreira diplomática,
 6) Oficial das Forças Armadas,
 7) Ministro de Estado de Defesa 
 Obs. importante notar que brasileiro naturalizado pode ser Ministro do Tribunal de Contas, Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ministro da Justiça, Deputado Federal, Senador e assim por 
diante.
Momento da exigência de requisitos - para o exercício das atribuições do cargo, dispõe a Súmula 
266 do STJ que devem ser cumpridas quando do ato de posse, e não no momento de inscrição no 
certame público. Aplica-se esta súmula às carreiras públicas em geral
Quanto ao ingresso na magistratura, o STF afastou a aplicação da Súmula 266 do STJ, para autorizar 
que o edital exija 3 (três) anos de atividade jurídica no ato de inscrição do concurso público.
Quanto ao ingresso na carreira do Ministério Público, a Resolução 87/2012 do CNMP é parelha a 
Súmula 266 do STJ, exigindo-se a comprovação de 3 (três) anos de atividade jurídica no ato de posse do 
candidato aprovado em todas as fases do concurso público.
Idade mínima e máxima: o STF, na Súmula 683, permite a limitação de acesso a cargos 
públicos em razão da idade, desde que a natureza das atribuições do cargo assim imponha, devendo 
estar pautado na razoabilidade e proporcionalidade. Pode ser exigido a idade no ato da inscrição (STF)
Exame Psicotécnico - Súmula Vinculante 44 reza “só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a 
habilitação de candidato a cargo público” 
Acumulação de cargos, empregos e funções
 Nos termos do inc. XVI do art. 37 da CF/1988, é vedada a acumulação remunerada de 
funções, cargos e empregos públicos, seja na Administração direta ou indireta do Estado:
 “XVI – é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, 
observado em qualquer caso o disposto no inciso XI:
 a) a de dois cargos de professor;
 b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
 c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;”
Contratação temporária
 Dispõe o inc. IX do art. 37 da CF/1988: “IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;”
 Para a contratação temporária, há a exigência de lei. E, apesar de à União competir legislar 
privativamente sobre Direito do Trabalho, tais leis devem ser editadas por cada um dos entes da 
Federação. 
O regime especial de contratação temporária deve atender a três pressupostos 
inafastáveis:
a) Determinabilidade temporal da contratação: os contratos firmados com esses servidores devem 
ter prazo determinado.
b) Temporariedade da função: a necessidade desses serviços deve ser sempre temporária. 
c) Excepcionalidade do interesse público: situações administrativas comuns não podem ensejar o 
chamamento desses servidores 
Sobre o tema, o STF acrescenta dois outros pressupostos (ADI 2987/SC):
 1º) especificação das atividades de excepcional interesse público; 
 2º) motivação quanto a real necessidade temporária das funções a serem exercidas
A lei exigida pela CF/1988 é, na esfera federal, a Lei 8.745/1993, que assim estabelece: 
 “Art. 3.º O recrutamento do pessoal a ser contratado, nos termos desta Lei, será feito 
mediante processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através do Diário Oficial 
da União, prescindindo de concurso público.”
PROIBIÇÃO DE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA CONTÍNUA
 
 O inc. III do art. 9.º proíbe a nova contratação temporária do servidor antes de 
decorridos 24 meses do encerramento do contrato anterior celebrado com fundamento na Lei 
8.745/1993.
Finalidade: impedir a continuidade do servidor temporário no exercício de funções públicas 
permanentes, em ofensa ao princípio do concurso público. 
 No entanto, esclareça-se que essa vedação deve ser interpretada de forma restritiva. 
Sobre o tema, o STJ entendeu pela possibilidade de nova contratação temporária para outra função 
pública e para órgão sem relação de dependência com aquele para o qual fora contratado 
anteriormente, ainda que a nova contratação tenha ocorrido em período inferior a 24 meses do 
encerramento do contrato temporário anterior (REsp 1.433.037/DF).
REGIME JURÍDICO DOS TEMPORÁRIOS
 
 Os temporários não são detentores de cargos ou empregos, logo, não são 
estatutários ou celetistas. 
 
 Os agentes temporários são regidos por normas de Direito Público, por um regime 
jurídico administrativo, porém a relação é contratual e temporária, e estabelecida em normas 
próprias. Inclusive, isso implica dizer que os problemas relativos às relações de trabalho dos 
temporários não serão resolvidas pela Justiça do Trabalho, mas sim pela Justiça Comum Federal ou 
Estadual competente para a resolução da avença. Esse é o entendimento fixado pelo STF no RE 
572202/RS.
ESTÁGIO PROBATÓRIO
 
 Estágio probatório: é o período de “testes” e “provações” a que se submete o servidor 
estatutário nomeado para cargo de provimento efetivo. 
Em âmbito federal, os critérios de avaliação do estágio são: 
a) assiduidade,
b) disciplina,
c) capacidade de iniciativa
d) responsabilidade 
e) produtividade.
Obs: a cada cargo exercido, o servidor deve cumprir novo estágio probatório
Exceções na jurisprudência STJ. Por exemplo, no MS 13.649/RS, dispensou-se o servidor estável, 
ocupante do cargo de Oficial de Justiça Avaliadora de Joinville – Seção Judiciária de Santa Catarina 
(TRF/4R), de novo estágio probatório no cargo de Oficial de Justiça Avaliadora de Curitiba – Seção 
Judiciária do Paraná (TRF/4R), por serem cargos com atribuições idênticas no mesmo órgão da 
Administração Federal
 
Prazo do estado probatório: o estágio probatório tem a duração de três anos, conforme disposição 
constitucional.
Exoneração do servidor em estágio probatório: esclareça-se que o fato de o servidor encontrar-se 
em estágio probatório não afasta o dever de a Administração motivar a exoneração do servidor, no 
caso de não atendimento aos requisitos legais. 
 Garante-se ao servidor o direito ao contraditório e à ampla defesa (STF – 
RE 240735/MG), ou seja, será necessário um procedimento administrativo para que se reprove o 
servidor no estágio probatório. E, ainda, no caso de demissão do servidor em estágio probatório, é 
necessário, também, um processo administrativo, mas de natureza disciplinar, em razão de este ser o 
meio apropriado para aplicação de sanções a servidores em geral.
 Direito de greve: a greve é um direito constitucional que pode e deve ser exercido por qualquer 
trabalhador civil que pretenda defender ou buscar novos direitos. Não é diferente para os servidores 
em estágio probatório, desde que a greve seja lícita e, neste caso, as faltas não poderão ser 
consideras imotivadas, pois o servidor terá agido de forma deliberada para lutar por seus direitos.
Direito às licenças: São previstas, no art. 81 da Lei 8.112/90, as seguintes licenças:
∙ por motivo de doença em pessoa da família;
∙ por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
∙ para o serviço militar;
∙ para atividade política;
∙ para capacitação;∙ para tratar de interesses particulares;
∙ para desempenho de mandato classista.
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10997633/artigo-81-da-lei-n-8112-de-11-de-dezembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
Licenças que não poderão ser usufruídas àqueles que estiverem em estágio probatório: 
 
 a) para capacitação,
 b) para tratar de interesses particulares 
 c) para desempenho de mandato classista
 
 A primeira, por uma questão lógica, tendo em vista que, para exercê-la, é necessário que o 
servidor tenha cinco anos de efetivo exercício e, como dito anteriormente, o estágio probatório ocorre nos 
três primeiros anos de exercício do cargo.
 
 A segunda, por encontrar vedação expressa no art. 91 da Lei 8.112/90. 
 
 E a terceira, também, em virtude de vedação expressa no mesmo diploma legal, 
especificamente no art. 20, § 4º.
 
 
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10995709/artigo-91-da-lei-n-8112-de-11-de-dezembro-de-1990
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97937/regime-jur%C3%ADdico-dos-servidores-publicos-civis-da-uni%C3%A3o-lei-8112-90
Remoção para acompanhar cônjuge removido por interesse da Administração
 
 O ato de remoção para acompanhar o cônjuge visa atender a proteção especial que o 
Estado confere à família. Assim, ainda que o servidor esteja em estágio probatório, poderá 
acompanhar seu cônjuge caso este seja removido por interesse da Administração.
 ESTABILIDADE
 Condições necessárias para aquisição da estabilidade:
 1) Aprovação em concurso público. Tal condição exclui a possibilidade de aquisição da 
estabilidade para quaisquer agentes públicos que tenham vínculos empregatícios provisórios 
ou transitórios junto à Administração Pública, tais como os contratados temporariamente por 
excepcional interesse público (inc. IX do art. 37 da CF/1988). No entanto, ressalva-se a 
estabilização constitucional prevista no art. 19 do ADCT. (Atos das Disposições Constitucionais 
Transitórias)
3) Cumprimento de estágio probatório. Enquanto não cumprido o estágio probatório, não 
há que se cogitar de estabilidade. 
 
4) Avaliação especial de desempenho para fins de aquisição de estabilidade (§ 4.º do art. 41 
da CF/1988). Assim, o servidor não adquire estabilidade pelo simples decurso de prazo, mas, de 
outro modo, deve se sujeitar à avaliação específica para tanto. No RMS 19884/DF, o STJ fixou a 
orientação de que o prazo de três anos deve ser prorrogado pelo mesmo período do afastamento ou 
licença, de modo a permitir a avaliação de desempenho.
 
Obs....A questão que se impõe é saber se o servidor será considerado estável, se a Administração, 
decorridos três anos de efetivo exercício, não promover a devida avaliação?
Hipóteses de perda de cargo e da consequente estabilidade previstas na Constituição Federal
 
1) Em virtude de sentença judicial transitada em julgado (inc. I do § 1.º do art. 41 da CF/1988). Essa 
hipótese é autoexplicativa. Sentença judicial irrecorrível “pode” determinar a perda do cargo pelo servidor. O 
termo “pode” deve-se ao fato de que a sentença judicial deve ser expressa; 
 
2) Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa (inc. II do § 1.º do art. 41 
da CF/1988). Hipótese semelhante à anterior, sendo que, nesse caso, a perda ocorre administrativamente; 
fique ligado! STF – MS 24963/DF “O fato de o servidor estar em gozo de licença médica não é óbice para sua 
demissão.”
 
3) Em decorrência de insuficiência de desempenho (inc. III do § 1.º do art. 41 da CF/1988), na forma de lei 
complementar (norma de eficácia limitada), de âmbito nacional. Em todo caso, devem ser assegurados a ampla 
defesa e o contraditório como condição de validade do procedimento. Não constitui medida punitiva, e, por 
isso, o servidor será exonerado, em atendimento ao princípio da eficiência; 
4) Em razão de excesso de despesa de pessoal (§ 3.º do art. 169 da CF/1988), caso 
descumpridos os limites para tal natureza de despesa, estabelecidos na Lei Complementar 
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal). Contudo, para que, nesse → → a) b) c) d) e) caso, a 
exoneração do servidor estável ocorra, o ente federativo deverá, previamente, ter adotado as 
seguintes medidas administrativas: redução, ao menos, em 20% das despesas com cargos em 
comissão ou funções de confiança; exoneração dos servidores não estáveis. De acordo com o art. 33 
da EC 19/1998, os não estáveis são aqueles admitidos na Administração Direta e Indireta de Direito 
Público, sem concurso público de provas ou de provas e títulos depois de 5 de outubro de 1983.
 
Obs : O servidor estável fará jus à indenização, correspondente a um mês de remuneração por 
ano de serviço
NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE ESTADO
 
Estado: é uma sociedade política dotada de algumas características próprias, ou dos elementos essenciais que a distinguem das 
demais: povo, território e soberania. Entidade jurídica criada pela norma jurídico-constitucional que tem que trabalhar para 
atender as necessidades concretas da sociedade (direitos sociais) através de uma máquina pública, denominada Administração 
Pública.
 Povo: é o elemento humano do Estado, o conjunto de pessoas que mantém um vínculo jurídico-político com o 
Estado, pelo qual se tornam parte integrante deste
População: é o conjunto de pessoas que se encontram no território de um determinado Estado, sejam nacionais ou 
estrangeiros, um conceito numérico. Ex. população no rio aumenta no período de carnaval
Nação: é o conjunto de pessoas que formam uma comunidade unida por laços históricos e culturais, uma realidade 
sociológica
Território: é o elemento material do Estado, a base física, espaço sobre o qual o Estado exerce sua supremacia sobre as pessoas e 
bens, abrange além do espaço delimitado entre as fronteiras do Estado, o mar territorial, a plataforma continental (faixa de terra 
submersa existente em todo litoral, começa na orla e se prolonga até o mar até 200 m), o espaço aéreo, navios e aeronaves civis em 
alto-mar ou sobrevoando espaço aéreo internacional e navios e aeronaves militares onde quer que estejam.
Soberania: é o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização 
emanado do povo, através dos órgãos públicos que presidem a vida política do Estado.
Formas de Estado: Confederação e Federação
 Confederação: Uma Confederação é uma associação de Estados independentes e soberanos que, por intermédio de 
um tratado, que pode ser desfeito a qualquer momento e que decidiram delegar o exercício de certas competências a órgãos 
comuns de modo a coordenar um certo número de domínios como o comércio internacional, a defesa e uma moeda única, 
necessitando de um governo comum para a gestão dos mesmos. Ex. Bélgica, União Européia, etc…
Federação: há uma distribuição de vários Estado em que um ente é dotado de soberania e outros entes dotados de 
autonomia.
 Formas de Governo: define o modo de organização política do Estado e pode ser Monarquia e República
 a) monarquia: palavra de origem grega (monarchía, governo de um só, caracteriza-se pela vitaliciedade, 
hereditariedade e irresponsabilidade do Chefe de Estado. O monarca governa enquanto viver. Pode ser:
 absoluta (todo poder é concentrado nas mãos de uma só pessoa, que o exerce sem qualquer controle)
relativa (limitada ou constitucional o poder do soberano é delimitado pela Constituição. Ex. Brasil-Império, Espanha, 
Japão.
 
b) república: “res pública” – coisa pública caracteriza-se pela eletividade, temporariedade dos membros do 
Poder Legislativo e Executivo e um regime de responsabilidade das pessoas que ocupam cargos públicos.
Sistemas de Governo: Presidencialismo, Parlamentarismo e Diretorialismo
 Presidencialismo: Sistema de governoem que os Poderes Executivos e Legislativo são independentes, apresentando as seguintes características básicas:
a) Chefia de Estado e Chefia de Governo atribuídas a mesma pessoa
b) Presidente da República eleito pelo povo de forma direta ou indireta
c) Mandato certo para o exercício do cargo de Presidente
d) Participação do Executivo no processo legislativo
e) só é destituído do cargo se cometer crime de responsabilidade, através de “impeachment”.
 Parlamentarismo: sistema de governo em que o Executivo e o Legislativo são interdependentes, apresentando as seguintes características:
a) Chefia de Estado e Chefia de Governo atribuída a pessoas distintas, sendo que a primeira, função de representação externa e interna, é designada ao 
Presidente da República ou ao Rei, enquanto que a chefia do governo, condução das políticas do Estado, é atribuída ao Primeiro-Ministro (forma dualista de poder)
b) Chefia de governo com responsabilidade política, pois o Primeiro-Ministro não tem mandato, permanece no cargo enquanto mantiver apoio da maioria dos 
parlamentares, podendo ser destituído pela perda da maioria no Parlamento ou pela aprovação de moção de desconfiança
c) Possibilidade de dissolução do parlamento pelo Chefe de Estado, com a convocação de novas eleições gerais
d) Interdependência dos Poderes Legislativo e Executivo, pois compete ao próprio Parlamento a escolha do Primeiro-Ministro, que permanece no cargo 
enquanto gozar da confiança da maioria dos parlamentares.
 Regimes Políticos: Democracia e Não Democrático
Democracia: regime político em que o poder emana da vontade popular, pode ser:
Direta: as decisões são tomadas pelo povo em assembléias, com ocorria na Grécia antiga
indireta: onde as decisões são tomadas pelo representantes livremente escolhido pelo povo
semidireta: é a democracia representativa com alguns instrumentos da participação direta do 
povo nas decisões (plebiscito , referendo)
 Funções do Estado: Típicas Atípicas
Executivo: administrar legislar
 Legislativo legislar/fiscalizar administrar
 Judiciário jurisdicional admin/legislar
(solução dos conflitos)
CONCEITO DIREITO ADMINISTRATIVO 
 “É o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes, as atividades públicas tendentes a 
realizar, concreta, direta e imediatamente os fins desejados do Estado” Hely Lopes Meirelles
 “É o ramo do Direito Público que disciplina o exercício da função administrativa” Maria Sylvia Di Pietro
 CARACTERÍSTICAS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
 1) Pertencer ao Direito Público: está submetido, principalmente, à regra de caráter público, tal qual o Direito 
Constitucional e o Tributário, ou seja, tem que observar normas de caráter público, onde o interesse da coletividade tem 
que prevalecer com finalidade única dos atos administrativos praticados pelo Administrador Público
 Interesse Público primário: corresponde ao cumprimento da lei, interesse público propriamente dito ou finalístico
Interesse Público secundário: a necessidade de a Administração lograr vantagens para si – atividade meio
2) Direito não codificado: não pode ser reunido em uma única lei e sim em várias leis específicas, chamadas 
legislações esparsas. Ex. Lei de Licitações, Lei de Improbidade Administrativa, etc…
3) Não contencioso: não existe a previsão legal de Tribunais de Juízes Administrativos ligados ao Poder Judiciário, em 
face do Princípio da Jurisdição Única.
4) Possuem regras que se traduzem em Princípios Constitucionais (levam esse nome porque estão previstos na CF/88, no art. 
37, caput e
Princípios Infraconstitucionais (previstos nas legislações específicas do tema Direito Administrativo)
 5) Objeto: o estudo da organização e estrutura da Administração Pública
 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
 
1) Lei - em sentido amplo, é a fonte primária do Direito Administrativo, podendo ser considerada como fonte, as várias 
espécies de ato normativo;
2) Doutrina: formada pelo sistema teórico de princípios aplicáveis ao Direito Administrativo;
3) Jurisprudência: representada pela reiteração dos julgados sobre um mesmo tema em um mesmo sentido;
4) Costume: no direito administrativo exerce ainda influência, em razão da deficiência da legislação, podendo ser 
representado pela praxe administrativa (atos rotineiros e repetitivos) 
� REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO
� 1) Pertencer ao Direito Público: está submetido, principalmente, à regra de caráter público, tal qual o Direito Constitucional e 
o Tributário, ou seja, tem que observar normas de caráter público, onde o interesse da coletividade tem que prevalecer com finalidade 
única dos atos administrativos praticados pelo Administrador Público
� Interesse Público primário: corresponde ao cumprimento da lei, interesse público propriamente dito ou finalístico
� Interesse Público secundário: a necessidade de a Administração lograr vantagens para si – atividade meio
� Ligado ao direito público, devendo observar normas de caráter público e o interesse da coletividade
� As normas podem conceder:
� Prerrogativas: quando oferece ao agente público, dentre outras atribuições, o Poder de Polícia, no qual há a utilização do Poder 
de Império (poder de coagir o administrado a aceitar a imposição da vontade do Estado através de uma limitação ao direito subjetivo 
do particular. 
� Supremacia do Interesse Público sobre o interesse Privado, onde a administração se coloca em pé de desigualdade em face do 
particular. 
� Ex. DESAPROPRIAÇÃO.
� Restrições: no que diz respeito à emissão de atos administrativos, que devem estar sempre vinculados à finalidade pública, 
sob pena de serem declarados nulos de pleno direito, em virtude da presença de uma ilegalidade que causa um vício insanável na 
formulação do ato e compromete toda sua estrutura.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
LIMPE
 
 São princípios constitucionais por estarem localizados no texto 
constitucional, e devem ser observadas por toda a Administração Pública, 
todas as esferas de Governo (federal, estadual, distrital ou municipal), segundo 
o “caput” do art. 37 da C.F. – LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, 
MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA.
Art. 37 da CF - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência 
1) Princípio da Legalidade: podemos afirmar que o Estado só faz aquilo que a lei 
determinar, ou seja, um ato legal, legítimo é aquele de acordo com os ditames legais.
O particular vigora o princípio da autonomia da vontade. (casar ou não)
 Art. 5º, II da CF - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei;
 Portanto o agir da Administração Pública necessita estar previsto em lei, quando, como e da 
forma que a lei determinar.
 
Situações de restrições ao princípio da legalidade
 
a) as normas contidas nas medidas provisórias
 
Para Celso Antônio Bandeira de Mello, as medidas provisórias não se confundem com as leis. 
Têm força de leis, mas com estas não se confundem. São espécies normativas efêmeras
 
b) o estado de defesa
c) o estado de sítio
2) Princípio da Moralidade: impõe ao agente público que pratica o ato 
administrativo um comportamento ético, jurídico, adequado, devendo além de ser 
legal, que também seja aceitável do ponto de vista ético-moral, e suas sanções vem 
previstas na Lei de Improbidade Administrativa – Lei nº 8.429/92
 Nepotismo fere a moralidade e a impessoalidade
 
3) Princípio da Impessoalidade: o agir da administração não se confunde 
com a pessoa física de seu agente, e não pode prejudicar ou beneficiar o cidadão 
individualmente, devendo ser dirigido à coletividade, podendo inclusive, segundo Helly 
Lopes, pode ser confundido com o princípio da finalidade,que exige que o ato seja 
praticado sempre com finalidade pública.
Ex. quando um prefeito inaugurar uma escola pública, não poderá colocar o seu nome na 
instituição, nem ficar mencionado que “foi ele que fez”
Nepotismo
 4) Princípio da Publicidade: diz respeito à imposição legal da 
divulgação no Órgão Oficial (Diário Oficial da União, Estado e Município), 
com o intuito de dar conhecimento de seu conteúdo ao administrado e início de 
seus efeitos externos, tornando o ato exequível, ou seja, passível de ser exigida 
pela Administração Pública, a sua observância.
Publicidade geral: requer a publicação dos atos em órgãos oficiais
 Publicação restrita: ocorre no interior da Administração, por meio de 
boletins internos.
 
Exceção nos casos previstos no art. 5º, LX, da CF:
Assuntos de segurança nacional, investigações policiais, propostas de licitações, 
interesse superior da Adm. Pública.
Finalidades da publicidade
a) externar a vontade administrativa (diário oficial)
b) dar transparência
c) dar eficácia aos atos
d) dar início a contagem dos prazos
e) facilitar o controle
Portal da transparência: é um site que menciona o nome do 
servidor, seu cargo e seu vencimento, visa observar o 
princípio da publicidade e o direito fundamental ao acesso a 
informação
 5)Princípio da Eficiência:
 é a procura da produtividade e 
economicidade por meio da exigência de se reduzirem os 
desperdícios de dinheiro público (qualidade dos serviços). Bons 
funcionários sem meios ou com meios, mas que desperdiça o 
tempo. Foi inserido no art. 37 da CF através da E.C. 19/98, 
implantando a Administração Pública Gerencial –
Busca-se a presteza, alto rendimento funcional, qualidade, rapidez 
e redução de desperdícios. A administração traça metas internas 
para que sua atuação externa se torne mais eficiente.
Ex. Estágio probatório exigido ao servidor público antes de 
adquirir a estabilidade.
PRINCÍPIOS INFRACONSTITUCIONAIS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
 
 
 Possuem esta denominação por estarem 
previstos em outras legislações esparsas e específicas, 
como exemplo da Lei de Licitações Públicas, Lei de 
Improbidade Administrativa, etc…
1) Supremacia do Interesse Público - o interesse público deve 
prevalecer sobre o interesse privado ou individual, porque o Estado 
defende o interesse da coletividade quando pratica os atos 
administrativos e não apenas o interesse de um administrado, não 
eximindo o pagamento de indenizações devidas em virtude da lei ao 
particular. Ex. Desapropriação, colocando o particular em pé de 
desigualdade com o Poder Público
 
2) Presunção de legitimidade: embora alguns atos sejam 
legais, às vezes estão em desacordo com os requisitos de formação e 
validade, portanto a presunção de legitimidade é relativa, até que se 
prove o contrário, podendo-se levar à anulação do ato.
 
3) Continuidade do Serviço Público: devem ser prestados a 
coletividade de maneira contínua, sem interrupções, não podendo ser 
suspensos sem a comunicação prévia das autoridades. Limita o 
direito de greve do servidor público.
4) Isonomia ou igualdade: impede que a administração, 
através do ato administrativo, favoreça ou desfavoreça alguém (lei 
das licitações, provimento de cargos públicos, etc…)
 
 
5) Razoabilidade e Proporcionalidade: visa proibir o excesso, 
auferindo-se a compatibilidade entre meios e fins de modo a evitar 
restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração. 
Visível no atos discricionários (poder de escolha: conveniência e 
oportunidade)
 
6) Motivação: exige-se do administrador a indicação dos 
fundamentos de fato e de direito que motivaram suas ações, 
permitindo-se o controle da legalidade dos atos administrativos, 
salvaguardando os administrados do capricho dos governantes
7) Ampla Defesa e Contraditório: o sentido é de oferecer aos administrados a 
garantia de que não serão surpreendidos com restrições à sua liberdade, sem as 
cautelas preestabelecidas para sua defesa. Tal princípio encontra guarita no art. 5º, 
LV da CF “aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele 
inerentes”
 
8) Indisponibilidade ou Poder-Dever: a administração pública não pode 
dispor livremente de um patrimônio que não lhe pertence, pois na verdade, os bens 
públicos pertencem à coletividade.
Poder-Dever – quando o administrador público deixa de praticar um ato 
administrativo previsto em lei, poderá ser punido pela omissão, pois, tinha não só o 
poder, mas o dever da prática do ato.
 
9) Autotutela: o Estado tem o dever de fiscalizar a emissão dos seus atos 
administrativos e pode ser exercido através da anulação (vício insanável), 
revogação (não mais conveniente e oportuno) e convalidação (vício sanável)
10) Segurança Jurídica: é vedada a Adm. Pública a aplicação retroativa 
de nova interpretação de lei no âmbito da Administração. (art. 2º da Lei 
9.784/99), prestigiando o direito adquirido, à coisa julgada e o ato jurídico 
perfeito.
11) Finalidade Pública: toda conduta da Administração deve dirigir-se para 
o interesse público, ou seja, interesse de toda a sociedade.
 
12) Controle Judicial dos atos administrativos: possibilidade do 
judiciário exercer o controle amplo com relação aos atos adm. , incluindo-se 
o uso da discricionariedade, quando aplicada de forma abusiva e arbitrária
13)Responsabilidade civil do Estado: as pessoas 
jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão por danos 
causados a terceiros por seus agentes, independendo da 
existência de dolo ou culpa do agente causador do dano.
 
14)Função cogente: o exercício da atividade 
administrativa é para os administradores um múnus 
público, um encargo, um dever, cabendo-lhes atender às 
necessidades coletivas
ATOS ADMINISTRATIVOS
Ato administrativo: é todo ato lícito que tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, 
modificar ou extinguir direitos com finalidade pública. É toda manifestação unilateral de 
vontade da Administração Pública que, agindo como tal, ou agindo nessa qualidade, tenha por 
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor 
obrigação aos administrados ou a si própria.
 
Poder Executivo: embora sejam atos específicos do executivo, podem ser praticados pelo 
Poder Legislativo e Judiciário, quando editam atos necessários para a gestão interna. 
 
 
 
Fatos Administrativos: qualquer realização material decorrente do exercício da função 
pública (atos materiais). Ex. construção de uma estrada, morte de servidor público, colisão 
entre veículos envolvendo da adm. 
Todavia, em determinados casos, os fatos administrativos não guardam relação com os atos administrativos, tal 
como ocorre na desapropriação indireta por esbulho da Administração Pública. Independentemente dos atos 
administrativos e do devido processo legal, a Administração invade o terreno privado, afetando-o à finalidade 
pública, fato que acarreta o dever de indenizar e a perda da propriedade do particular
 
 
Características dos fatos administrativos: não tem como finalidade a produção de efeitos 
jurídicos; não há manifestação ou declaração de vontade da administração; 
⚫ ATO E PROCESSO ADMINISTRATIVO: Ato e processo administrativo 
não se confundem. De um lado, o ato administrativo é a manifestação unilateral de 
vontade da Administração destinada à produção de efeitos jurídicos. De outro lado, o 
processo administrativo refere-se à sequência encadeada de atos instrumentais para 
obtenção da decisão administrativa.
 Enquanto o ato administrativo é marcado pelo caráter 
estático, o processo é dinâmico, projetando-se no tempo. Apesar de institutos distintos, 
existe uma forte relação entre o ato e o processo administrativo,

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