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Introdução •Dentre as diversas doenças que acometem o parênquima renal, observa-se que algumas como o choque séptico e o choque hipovolêmico, evoluem mais rapidamente que outras que tem o seu curso de forma lenta, porém, progressiva. • Algumas morbidades, como: • Hipertensão arterial; • Diabetes mellitus; • Trazem um resultado sempre maléfico e devastador, ocasionando a insuficiência renal crônica. • Sendo que seu último estágio, quando a insuficiência renal crônica é denominada como terminal e somente 10% dos néfrons estão em perfeito funcionamento. • Quando a taxa de filtração glomerular é menor que 10 ml/min. • A partir desse momento, faz-se necessária a introdução de uma terapia renal substitutiva, como o transplante renal ou a diálise Introdução • A diálise peritoneal pode ser o tratamento de escolha para pacientes com insuficiência renal que não são capazes ou que não desejam submeter-se à hemodiálise ou transplante renal. • A escolha de uma das formas de tratamento irá depender de fatores relacionados às condições clínicas e à qualidade de vida do paciente. Principal complicação • Apesar das evidencias, quanto ao dialise peritoneal podemos dizer que a principal complicação para o paciente que realiza tratamento é a evolução para uma quadro de peritonite Dialise Peritoneal O que é Dialise peritoneal? Estamos falando de ........ • É um de tratamento através no qual o processo ocorre dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro natural como substituindo a função renal. • Esse filtro é denominado peritônio. • É uma membrana porosa e semipermeável, que reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses órgãos denominamos cavidade peritoneal. • Um líquido de dialítico é inserido na cavidade peritoneal e drenado, através de um cateter (tubo flexível biocompatível). O Cateter de Tenckhoff. • O cateter é permanente e indolor. • É implantado por meio de uma pequena cirurgia no abdômen. • A solução dialítica é infundida e deve permanece por um determinado tempo na cavidade peritoneal, sendo drenada posteriormente. • Esta solução entra em contato com o sangue e permitindo que as substâncias que estão acumuladas no sangue como ureia, creatinina e potássio sejam removidas, assim como o excesso de líquido que não está sendo eliminado pelo rim. Indicações A diálise peritoneal é indicada para pacientes com o quadros de insuficiência renal aguda ou crônica. A indicação da diálise peritoneal é feita pelo nefrologista, que avalia o seu organismo através de: • consulta médica, investigando os sintomas e examinando o corpo; • dosagem de ureia e creatinina; • dosagem de potássio; • dosagem de ácidos; • Mensurando a urina produzida durante um dia e uma noite (urina de 24 horas); • Calcula se a porcentagem de funcionamento dos rins (clearance de creatinina e ureia); • Avaliação de Bioquímica (hemograma, dosagem de ferro, saturação de ferro e ferritina). Oque é melhor hemodiálise ou diálise peritoneal • Os resultados dos tratamentos por diálise peritoneal e hemodiálise são iguais, ocorrendo vantagens e desvantagens entre eles • A conduta de escolha entre hemodiálise e diálise peritoneal depende das condições clínicas e da escolha do próprio paciente, porém nada impede que de inicio o paciente faça diálise peritoneal e depois passe para a hemodiálise, ou ao contrário, faça um tempo hemodiálise e depois passe para diálise peritoneal. • São decisões tomadas em conjunto, entre o médico nefrologista e o paciente. Após tomar conhecimento do procedimento, o paciente juntamente com seu nefrologista e familiares estarão prontos para tomar uma decisão que seja a melhor possível para cada caso. Esclarecendo..... • O paciente passa por uma pequena cirurgia onde realiza se o processo de implantação de um cateter de diálise peritoneal no abdome do paciente, próximo ao umbigo, recebendo alta no mesmo dia. • Este cateter, ou acesso peritoneal, deve ser colocado alguns dias ou semanas antes da primeira diálise. Esse cateter é flexível, pouco incomoda e fica instalado por tempo indefinido. É necessário ir ao hospital ou à clínica para fazer a diálise peritoneal? • Essa diálise permite realizar tratamento em domicílio. • Após treinamento do paciente e de um familiar a dialise peritoneal pode ser realizada em casa totalmente independente, sendo a grande vantagem deste método, quando necessário o mesmo recebe ajuda de seu familiar que também recebeu treinamento. Quais modalidades existem? • Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC): realizada diariamente e de forma manual pelo paciente e/ou familiar. Geralmente 4 trocas ao dia (manhã, almoço, tarde, noite), sendo que o tempo de troca leva aproximadamente 30 minutos. No período entre as trocas, o paciente fica livre das bolsas. • Diálise Peritoneal Automatizada (DPA): realizada todos os dias, normalmente à noite, em casa, utilizando uma pequena máquina cicladora, que infunde e drena o líquido, fazendo as trocas do líquido. • Antes de dormir, o paciente conecta se à máquina, que faz as trocas automaticamente de acordo com a prescrição médica. A drenagem é realizada conectando a linha de saída a um ralo sanitário e/ou recipiente rígido para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, podem ser programadas “trocas manuais”. Duração do tratamento de diálise peritoneal • O tratamento de diálise peritoneal é realizado até o momento em que o paciente manifeste o desejo de realizar o transplante de rim, sendo esta a única forma de interromper o tratamento de diálise peritoneal, na Insuficiência renal crônica. • Caso a insuficiência renal seja aguda ou seja temporária. Depende da patologia que ocasionou a perda da função renal e se foi de uma forma aguda ou crônica. • Se foi aguda (por exemplo na infecção grave, queda importante da pressão arterial, obstrução aguda por problema prostático) e o fator de risco identificado precocemente, existe a chance de retornar a função renal e não necessitar de tratamento dialítico permanentemente Porem...... • Porém, nos pacientes diabéticos, hipertensos, portadores de glomerulonefrites crônicas, a perda da função renal ocorre de maneira progressiva, lenta e insidiosa levando à necessidade de tratamento dialítico por tempo indefinido. Desconfortos e Dor • A diálise peritoneal é um tratamento indolor, sendo inicialmente a maior queixa dos paciente a presença do líquido dentro da cavidade abdominal, oque é minimizado após um tempo de adaptação e desaparecendo com o tempo. • No caso de dor persistente durante a realização da diálise peritoneal devemos cientificar o nefrologista para checagem de posicionamento do cateter ou processo infecioso do cateter. Restrições alimentares • O paciente deve seguir a orientação da equipe multiprofissional quanto a cuidados, alimentação, ingesta hídrica. • sendo fundamental para o sucesso do tratamento, pois tudo depende da avalição nutricional , qualidade da urina produzida, doenças de base. • Os pacientes conseguem ter uma vida social organizada,(trabalho, Viagens , Passeios) em especial os que realizam o procedimento durante o período noturno. • Auxilio Governamental • O governo, através de lei Federal, auxilia financeiramente pacientes portadores de doença renal crônica avançada em tratamento de diálise. • As equipes multidisciplinares são compostas por Médicos , Enfermeiros, Assistentes Sociais para orientar os pacientes os pacientes para obtenção deste benefícios. Progressão • À medida que a Insuficiência renal crônica progride, alguns sintomas são desencadeados, como fadiga, cansaço fácil, anorexia, emagrecimento, prurido, náuseas, insônia e comprometimento do estado mental. • O maior problema para pacientes em diálise peritoneal sempre foi a ocorrência de peritonite. Complicações • A indicação da diálise ocorre quando o tratamento conservador é incapaz de manter a qualidade de vida do paciente. • Nestes casos, a diálise peritoneal é uma alternativa terapêutica que preserva a função residual do rim, controla níveis pressóricos e hematológicos e proporciona estabilidade hemodinâmica. • Entretanto, embora a diálise peritoneal seja boa alternativa de tratamento, ela pode trazer complicações graves como a peritonite (inflamação do peritônio), sendo importante a atuação efetiva do enfermeiro em sua prevenção. Peritonite • A peritonite em diálise é definida como a presença de dialisato turvo, acompanhado de dor abdominal e/ou hipertermia. • Nos casos em que um desses sinais ocorre isoladamente, o diagnóstico poderá ser firmado pela presença concomitante de hipercelularidade no líquido peritoneal, com mais de 100 leucócitos por metros cúbicos sendo, pelo menos, 50% polimorfonucleares. • Pela detecção de microorganismos ao exame microbiológico direto ou na cultura. Bactérias mais comuns • O Staphylococcus aureus e o Staphylococcus epidermides permanecem como os organismos gram-positivos mais comuns responsáveis pela peritonite, porém as taxas de cada um deles tenham diminuído. Pseudômonas aeruginosa, Escherichia coli e espécies de Klebsiella são as causas mais comuns de peritonite por gram-positivos. Nosso papel...... • Diante dos danos causados pela peritonite ao paciente, tendo como conseqüência a perda dessa via para a terapia dialítica, • Dada a importância do fato torna-se fundamental a participação efetiva do enfermeiro em relação à prevenção dessa infecção. • O trabalho envolve não só com o paciente, mas também com a família e o cuidador, sendo que estes são corresponsáveis pelo sucesso do tratamento. • A educação em saúde é um dos principais componentes da promoção da saúde. • Para tal fato é impressindivel que os enfermeiros de nefrologia aproveitem o tempo durante o cuidado, por mais curto que seja, para criar envolvimento com a educação em saúde, facilitando a criação interativa entre o profissional e o paciente. • Nenhum relacionamento é mais essencial para o sucesso da terapia do que entre o enfermeiro e o paciente. • A educação em saúde é um dos principais componentes da promoção da saúde. • Para tal fato é impressindivel que os enfermeiros de nefrologia aproveitem o tempo durante o cuidado, por mais curto que seja, para criar envolvimento com a educação em saúde, facilitando a criação interativa entre o profissional e o paciente. • Nenhum relacionamento é mais essencial para o sucesso da terapia do que entre o enfermeiro e o paciente. • O enfermeiro, entre os profissionais de saúde, é o que atua mais próximo e constante com os pacientes. • A interação entre o enfermeiro e um paciente em diálise peritoneal vai durar por muitos anos e, por vezes, ser bastante intensa criando vínculos . • Estes vínculos facilitam as praticas educativas, o enfermeiro deve ter, além de boa fundamentação científica e da competência técnica. • Conhecimentos dos aspectos que levam em consideração os sentimentos, necessidades e desejos do paciente sob sua orientação. • Nesse sentido, não basta um material didático flexível que não promova questionamentos e não origine motivação interna para mudar. • As ideias a seguir fazem compreender a importância de esse compartilhar, pois ninguém chega a parte alguma sozinho. • As ações do enfermeiro são responsáveis por todo o processo que norteia a terapia dialítica. • Cabe a ele, também, solucionar as dúvidas vividas pelo paciente e cuidador envolvido no processo, principalmente em relação à prevenção da peritonite, que geralmente é a causa da descontinuidade do tratamento, sendo necessária a busca de outra forma de terapia, o que muitas vezes agride o seu estado geral, desencadeando angústia, sofrimento e prejuízo ao seu estado de saúde. • Considerando a importância da prevenção da peritonite, o enfermeiro deve ser capaz de propiciar ao paciente total entendimento sobre a execução da técnica correta, utilizando-se de linguagem adequada levando-se em consideração o seu nível cultural e de entendimento, a fim de que todo o processo seja realizado de forma eficaz. • Assim, torna-se importante o papel do enfermeiro na atuação dos cuidados diretos • Cabe ao enfermeiro avaliar as condições do paciente e seu aprendizado, pois é ele quem vai explicar a técnica das trocas de bolsas, fornecer orientações e acompanhar o funcionamento do método dialítico. • Sendo que na maioria dos casos, ele é quem acompanha e auxilia o paciente durante o implante do cateter no centro cirúrgico; realiza acompanhamento no período, sempre atento ao aspecto do curativo, extravasamento de líquidos, edema, sintomas urêmicos e principalmente às queixas do paciente (dor na drenagem e infusão). •O enfermeiro também participa da evolução do paciente, coleta informações para o banco de dados e faz os registros e providencia os materiais necessários. •Do ponto de vista domiciliar, ele pode realizar visitas periódicas para acompanhamento do paciente, esclarecendo suas dúvidas e reforçando os cuidados a serem desenvolvidos. •Assim, o papel do enfermeiro também pode ser visto como um constante educador, pois além do treinamento dos pacientes e familiares, realiza reciclagens periódicas e participa das avaliações junto ao médico. •De acordo com essas funções, é importante que o enfermeiro avalie o grau de entendimento de cada paciente. •O enfermeiro também participa da evolução do paciente, coleta informações para o banco de dados e faz os registros e providencia os materiais necessários. •Do ponto de vista domiciliar, ele pode realizar visitas periódicas para acompanhamento do paciente, esclarecendo suas dúvidas e reforçando os cuidados a serem desenvolvidos. Competências do Profissional Nefro • O enfermeiro que trabalha com diálise peritoneal, deve possuir : • Competências de habilidade técnica; • Também deve conhecer fielmente todas as modalidades substitutivas renais; • Ter boa capacidade didática e de comunicação, ser paciente, ter bom senso, consistência; • Flexibilidade e bom humor para cuidar desses pacientes, efetivamente e com qualidade. Concluindo • O sucesso da diálise peritoneal esta diretamente ligado ao envolvimento tanto por parte do paciente, bem como do seu cuidador e de toda a equipe de saúde empenhada na terapia. • Destacamos o enfermeiro, como responsável por nortear todas as ações do processo em prevenir a incidência de peritonite em pacientes portadores de insuficiência renal em tratamentos de dialise peritoneal, favorecendo consequentemente a redução dos índices de peritonite. Composição do liquido dialítico Glicose (DCB 04485) 1,5g (1,5%) Lactato de Sódio (DCB 00278) 0,5g (0,5%) Cloreto de Sódio (DCB 02421) 0,56g (0,56%) Cloreto de Cálcio (2H20) (DCB 02370) 0,026g (0,026%) Cloreto de Magnésio (6H2O) (DCB 02400) 0,015g (0,015%) Água para Injetáveis (WFI) q.s.p (DCB 09320) 100mL Qual a composição do Solução Diálise Peritoneal com Glicose Cada 100mL da solução para Diálise Peritoneal 1,5% contém: Sódio 140,4mEq/L Cálcio 3,5mEq/L Magnésio 1,5mEq/L Cloreto 100,8mEq/L Lactato 44,6mEq/L Osmolaridade 374,2mOsm/L Conteúdo eletrolítrico: https://consultaremedios.com.br/cloreto-de-sodio/bula https://consultaremedios.com.br/cloreto-de-magnesio/bula https://consultaremedios.com.br/produtos-hospitalares/agua-para-injetaveis-diluentes/c Quais as contraindicações do Solução Diálise Peritoneal com Glicose • A solução para diálise peritoneal é contraindicada em casos de: • Cirurgias abdominais recentes; • Obstrução Intestinal (impedimento do trânsito normal dos produtos da digestão); • Peritonites (Inflamação do peritônio, membrana que recobre os órgãos abdominais abaixo do diafragma); • Insuficiência respiratória severa; • Ruptura (rompimento) da parede intestinal. 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