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CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES PENAL I

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6.1 Crime instantâneo
“Crime instantâneo é aquele que se consuma em momento determinado (consumação imediata), sem qualquer prolongação. Não significa que ocorre rapidamente, mas que, uma vez reunidos seus elementos, a consumação ocorre peremptoriamente. O conceito de crime instantâneo não se confunde com a obtenção do proveito pelo sujeito ativo. O fato, por exemplo, de o agente roubar um veículo e com ele permanecer não torna o crime permanente, já que a consumação ocorreu no momento em que, empregada a violência, a grave ameaça ou outro meio capaz de reduzir a vítima à impossibilidade de resistência, deu-se a subtração.
Crime permanente
Crime permanente é aquele em que a execução se protrai no tempo por determinação do sujeito ativo. Ou seja, é a modalidade de crime em que a ofensa ao bem jurídico se dá de maneira constante e cessa de acordo com a vontade do agente. Por exemplo, a extorsão mediante sequestro. A relevância prática de se constatar a permanência é estabelecer o início da contagem do prazo prescricional, que só ocorre após a cessação da ofensa ao bem jurídico (artigo 111, inciso III, do Código Penal), além da possibilidade, em qualquer momento, da prisão em flagrante.
Crime instantâneo de efeitos permanentes
Nos crimes instantâneos de efeitos permanentes, a consumação também ocorre em momento determinado, mas os efeitos dela decorrentes são indeléveis, como no homicídio consumado, por exemplo”.
6.2 CRIMES COMISSIVOS E OMISSIVOS
 Crimes comissivos são os praticados mediante ação; omissivos, mediante inação. Nos primeiros, o sujeito faz alguma coisa; nos segundos, deixa de fazê-la. O critério divisor se baseia no comportamento do sujeito. A mata B ministrando veneno em sua alimentação. Temos um crime comissivo, pois o meio de execução se constituiu de ação, de um comportamento positivo. A deixa de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada. Comete o crime de omissão de socorro (art. 135). É um crime omissivo
6.2 Crimes omissivos próprios ou de pura omissão
 se denominam os que se perfazem com a simples abstenção da realização de um ato, independentemente de um resultado posterior. O resultado é imputado ao sujeito pela simples omissão normativa. Ex.: omissão de socorro (art. 135), que se consuma com a abstenção de prestação de assistência ao necessitado, não se condicionando a forma simples a qualquer evento posterior. 
Crimes comissivos são os praticados mediante ação; omissivos, mediante inação. Nos primeiros, o sujeito faz alguma coisa; nos segundos, deixa de fazê-la. O critério divisor se baseia no comportamento do sujeito. A mata B ministrando veneno em sua alimentação. Temos um crime comissivo, pois o meio de execução se constituiu de ação, de um comportamento positivo. A deixa de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, a criança abandonada. Comete o crime de omissão de socorro (art. 135). É um crime omissivo. A mãe pode suprimir a vida do filho com instrumento ou mediante privação de alimentos. No primeiro caso há um crime comissivo; no segundo, comissivo por omissão. Daí os crimes, sob o aspecto da ação, dividirem-se em: a) comissivos propriamente ditos; b) comissivos por omissão. Os crimes omissivos possuem as seguintes categorias: a) crimes omissivos próprios; b) crimes omissivos impróprios ou comissivos por omissão; c) crimes de conduta mista. 
6.3 Os crimes unissubjetivos  são aqueles que podem ser praticados por apenas um sujeito, entretanto, admite-se a co-autoria e a participação.
Os crimes plurissubjetivos são aqueles que exigem dois ou mais agentes para a prática do delito em virtude de sua conceituação típica. Eles subdividem-se em três espécies de acordo com o modus operandi:
- crimes de condutas paralelas: quando há colaboração nas ações dos sujeitos,
- crimes de condutas convergentes: onde as condutas encontram-se somente após o início da execução do delito pois partem de pontos opostos e
- crimes de condutas contrapostas: onde as condutas desenvolvem-se umas contra as outras.
Crimes Simples é o tipo básico, fundamental, que contém os elementos mínimos e determina seu conteúdo subjetivo sem qualquer circunstancia que aumente ou diminua sua gradatividade. Há homicídio simples (art. 121, caput), furto simples (art. 155, caput) etc.
6.4 Crime qualificado
 é aquele em que ao tipo básico a lei acrescenta circunstância que agrava a sua natureza, elevando os limites da pena. Não surge a formação de um novo tipo penal, mas apenas uma forma mais grave de ilícito. Chama-se homicídio qualificado, por exemplo, aquele praticado ‘’mediante paga ou promessa de recompensa ou por outro motivo torpe’’ (art. 121, § 2º, I); denomina-se furto qualificado o praticado ‘’com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa’’ (art. 155, § 4º, I); considera-se qualificado o delito de injúria consistente em violência ou vias de fato (art. 140, § 2º, primeira parte) etc. Os crimes qualificados pelo resultado serão objeto de estudo à parte).
Crime privilegiado quando ao tipo básico a lei acrescentada circunstância que o torna menos grave, diminuindo, em consequência, suas sanções. São crimes privilegiados, por exemplo, o homicídio praticado por relevante valor moral (eutanásia, por exemplo), previsto no artigo 121, § 1º, o furto de pequeno valor praticado por agente primário (art. 155, § 2º); o estelionato que causa pequeno prejuízo, desde que primário o autor (art.171, § 1º) etc. Nessas hipóteses, as circunstancias que envolvem o fato típico fazem com que o crime seja menos severamente apenado. Os tipos qualificados e privilegiados são, em contraposição aos tipos básicos, tipos derivados.
6.5 PROGRESSÃO CRIMINOSA
Ocorre quando o agente deseja praticar uma conduta criminosa e a pratica. Logo em seguida, deseja prosseguir na conduta criminosa objetivando uma lesão maior ao bem jurídico já atingido. Por exemplo, o agente quer apenas agredir a vítima e o faz. Logo em seguida, deseja matá-la e prossegue com intento criminoso para atingir o segundo resultado. Embora as condutas sejam distintas, o agente responde apenas pelo último resultado (no caso, homicídio), ficando as condutas anteriores absorvidas pela mais grave
6.6 CRIME HABITUAL E PROFISSIONAL 
Crime habitual é a reiteração da mesma conduta reprovável, de forma a constituir um estilo ou hábito de vida. Ex.: curandeirismo (art. 284). Quando o agente pratica as ações com intenção de lucro, fala-se em crime profissio nal. Ex.: rufianismo (art. 230). O crime habitual difere do continuado. Neste, as ações que o compõem, por 
si mesmas, constituem crimes. Ex.: furto com nexo de continuidade (as várias condutas, tomadas isoladamente, constituem furtos). No crime habitual, ao contrário, as ações que o integram, consideradas em separado, não são delitos. O delito habitual também se distingue da habitualidade no crime. Naquele, o delito é único, constituindo a habitualidade uma elementar do tipo. Na habitualidade no crime, ao contrário, há pluralidade de crimes, sendo a habitualidade uma qualidade do autor, não da infração penal. O crime habitual possui duas espécies: a) crime habitual próprio; b) crime habitual impróprio. O curandeirismo (art. 284) é habitual próprio (ou necessariamente habitual), uma vez que somente a reiteração da conduta faz surgir o crime. Os crimes descritos no art. 23 da Lei de Segurança Nacional (Lei n. 7.170, de 14-12-1983)38 são habituais impróprios (ou acidentalmente habituais), visto que basta um ato de incitação, tendente aos fins previstos no tipo, para integrá-los; entretanto, se for reiterado, haverá um só delito
6.7 CRIME EXAURIDO
 Ensinava Carrara que, para o crime se exaurir, é preciso que tenha causado todas as consequências danosas visadas pelo agente. Assim, no falso testemunho, o crime se perfaz com o simples depoimento falso. Mas não estará “esgotado” enquanto o caso não estiver encerrado e julgado conforme os fins do perjúrio. O crime de incêndio não se exaure enquanto a casa, p. ex., não estiver inteiramente devorada pelo fogo.Na moeda falsa, o delito não se esgota enquanto não seja posta em circulação26. Assim, crime exaurido é aquele que depois de consumado atinge suas últimas consequências. Estas podem constituir um indiferente penal (ex.: o inocente é condenado em face do falso testemunho) ou condição de maior punibilidade (ex.: art. 333, parágrafo único).
 6.8 CRIMES DE AÇÃO MÚLTIPLA OU DE CONTEÚDO VARIADO São crimes em que o tipo faz referência a várias modalidades da ação. Ex.: art. 122, em que os verbos são “induzir”, “instigar” ou “prestar” auxílio ao suicídio. Neste caso, mesmo que sejam praticadas as três formas de ação, elas são consideradas fases de um só crime. Podem ser citados outros exemplos, como os dos arts. 234, 289, § 1.º etc.
6.9 CRIMES UNISSUBSISTENTES E PLURISSUBSISTENTES
 Esta distinção se assenta na circunstância de que o crime, podendo, às vezes, realizar-se com um só ato, em geral exige uma série de atos. Crime unissubsistente é o que se realiza com um só ato. Ex.: injúria verbal (art. 140). Crime plurissubsistente é o que se perfaz com vários atos. Ex.: estelionato (art. 171), que não se consuma com o simples emprego da fraude, exigindo que o agente obtenha vantagem ilícita em prejuízo alheio. Essa noção deve ser completada com uma observação. A distinção não se faz tendo em vista o crime abstrato, mas sim em face do caso concreto. Assim, enquanto a injúria verbal é crime unissubsistente, a injúria por escrito é plurissubsistente, uma vez que a atividade pode ser cindida em fases. O crime unissubsistente não admite tentativa, ao contrário do que aconte ce com o plurissubsistente.
6.10 CRIMES MATERIAIS, FORMAIS E DE MERA CONDUTA
Em face do exposto, há crimes: a) de mera conduta (sem resultado naturalístico b) formais (de evento naturalístico cortado ou de consumação antecipada); c) materiais (de resultado). Distinguem-se os crimes formais dos de mera conduta. Estes são sem resultado; aqueles possuem resultado, mas o legislador antecipa a consumação à sua produção. No crime de mera conduta o legislador só descreve o comportamento do agente. Exs.: violação de domicílio (art. 150), desobediência (art. 330) e reingresso de estrangeiro expulso (art. 338). No crime formal o tipo menciona o comportamento e o resultado, mas não exige a sua produção para a consumação. Exs.: crimes contra a honra, ameaça, divulgação de segredo, violação de segredo profissional etc. No crime material o tipo menciona a conduta e o evento, exigindo a sua produção para a consumação. Exs.: homicídio, infanticídio, aborto, participação em suicídio, lesão corporal, furto, roubo etc.
O crime de extorsão é formal ou material? O tipo menciona a conduta do sujeito e o resultado pretendido (o constrangimento e a obtenção de indevida vantagem econômica — art. 158). Não exige que o agente obtenha a indevida vantagem econômica, pois emprega a expressão “com o intuito de obter”. Trata-se, pois, de crime formal, con sumando- -se com o ato anterior ao evento pretendido (ação ou omissão da vítima). E o estelionato (art. 171)? É o crime material. Descreve a conduta (induzir ou manter alguém em erro, mediante ardil, artifício ou qualquer outro meio fraudulento) e o resultado (vantagem ilícita em prejuízo alheio). Enquanto na extorsão o tipo menciona a expressão “com o intuito de obter”, no estelionato o núcleo é o verbo “obter”. Logo, não basta o intuito, exigindo-se que o sujeito “obtenha” a vantagem ilícita. Daí a qualidade de crime material.
6.11 CRIMES DE DANO E DE PERIGO
Crimes de dano são os que só se consumam com a efetiva lesão do bem jurídico. Exs.: homicídio, lesões corporais etc. Crimes de perigo são os que se consumam tão só com a possibilidade do dano. Exs.: perigo de contágio venéreo (art. 130, caput); rixa (art. 137); incêndio (art. 250) etc. O perigo pode ser: a) presumido ou concreto; b) individual ou comum (coletivo). Perigo presumido (ou abstrato) é o considerado pela lei em face de determinado comportamento positivo ou negativo. É a lei que o presume juris et de jure. Não precisa ser provado. Resulta da própria ação ou omissão. Ex.: o fato de “deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida”, que se encontra ao desamparo, constitui crime de omissão de socorro (art. 135). O perigo é presumido. Decorre da simples inércia do sujeito. Perigo concreto é o que precisa ser provado. Ex.: no art. 134 há a definição legal do crime de exposição ou abandono de recém-nascido. O perigo, no caso, não é presumido, mas, ao contrário, precisa ser investigado e comprovado. Perigo individual é o que expõe ao risco de dano o interesse de uma só pessoa ou de um limitado número de pessoas. É o resultado dos crimes contra a incolumidade individual. Ex.: perigo de contágio venéreo (art. 130). Perigo comum (ou coletivo) é o que expõe ao risco de dano interesses jurídicos de um número indeterminado de pessoas. Constitui o resultado dos crimes contra a incolumidade pública. Ex.: incêndio (art. 250). Perigo atual é o que está ocorrendo, como no estado de necessidade (“Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual...” — art. 24). Perigo iminente é o que está prestes a desencadear-se (o art. 132 do CP emprega a expressão “perigo iminente”). Perigo futuro (ou mediato) é o que, embora não existindo no presente, pode advir em ocasião posterior
6.12- O delito complexo em sentido estrito (ou composto) 
é formado da reunião de dois ou mais tipos penais. O legislador apanha a definição legal de crimes e as reúne, formando uma terceira unidade delituosa (subsidiariedade implícita). Hoje, re melius perpensa, não aceitamos o crime complexo em sentido amplo. Para nós, só há delito complexo na reunião de dois ou mais tipos penais incriminadores, apresentando-se sob duas formas: 1.ª) dois ou mais delitos constituem outro, funcionando como elementares; 2.ª) um delito integra outro como circunstância qualificadora. No primeiro caso, o legislador reúne dois ou mais crimes e os transforma em elementos de outro. Exs.: extorsão mediante sequestro (CP, art. 159), de que fazem parte a extorsão (CP, art. 158) e o sequestro (CP, art. 148); roubo próprio (CP, art. 157, caput), constituído do furto (CP, art. 155), da violência corporal (vias de fato e lesão corporal) e do constrangimento ilegal (CP, art. 146).
6.13- CRIMES COMUNS, PROPRIOS E DE MÃO PROPRIA
CRIMES COMUNS E PRÓPRIOS Crime comum é o que pode ser praticado por qualquer pessoa. Exs.: homicídio, furto, estelionato etc. Crime próprio é o que só pode ser cometido por determinada categoria de pessoas, pois pressupõe no agente uma particular condição ou qualidade pessoal, questão que já estudamos no capítulo da “capacidade especial do sujeito ativo”. O crime próprio pode exigir do sujeito uma particular condição jurídica (acionista, funcionário público); profissional (comerciante, empregador, empregado, médico, advogado); de parentesco (pai, mãe, filho); ou natural (gestante, homem). 5. CRIMES DE MÃO PRÓPRIA OU DE ATUAÇÃO PESSOAL São os que só podem ser cometidos pelo sujeito em pessoa. Exs.: falso testemunho e prevaricação. Estão descritos em figuras típicas que, diante de seu injusto, são necessariamente formuladas de tal maneira que o autor só pode ser quem esteja em situação de realizar imediata e corporalmente a conduta punível. Assim, a testemunha notificada não pode pedir a terceiro que deponha falsamente em seu lugar. O funcionário público não pode pedir a terceiro que deixe de realizar ato de ofício em seu lugar, a fim de atender sentimento pessoal (prevaricação). O soldado não pode solicitar a terceiro que fuja em seu lugar (crime de deserção). Os estranhos, nos crimes de mão própria ou de conduta infungível, podem intervir como partícipes, mas não como autores2 . Assim, nada obsta que responda por deserção a pessoa não qualificada que induza soldado a fugir. A diferença entre crimes próprios e de mão própria já foi estudada no item da “capacidade penal especial do sujeitoativo”.
6.14- CRIMES PRINCIPAIS E ACESSÓRIOS
 Há crimes que existem independentemente de outros. São denominados principais. Ex.: homicídio. Existem alguns, porém, que pressupõem outros. São chamados acessórios. Ex.: receptação e favorecimento. Maurach denomina o favorecimento pessoal e o favorecimento real “crimes de fusão”. Assim, no furto e posterior receptação, o primeiro é principal, o segundo, acessório (ou de fusão).
6.15- CRIMES VAGOS
 Crimes vagos são os que têm por sujeito passivo entidades sem personalidade jurídica, como a família, o público ou a sociedade. Ex.: ato obsceno (CP, art. 233).
6.16- CRIMES COMUNS E CRIMES POLITICOS
Crimes comuns são os que lesam bens jurídicos do cidadão, da família ou da sociedade, enquanto os políticos atacam à segurança interna ou externa do Estado, ou a sua própria personalidade35. A doutrina apresenta dois critérios de distinção entre crimes políticos e comuns: a) objetivo — leva em conta a natureza do interesse jurídico lesado ou exposto a perigo de dano pela conduta do sujeito; b) subjetivo — a diversificação depende da intenção do sujeito. De acordo com o primeiro critério, há delito político quando o comportamento lesa ou ameaça o ordenamento político do país (objeto jurídico). Para os subjetivistas, o que importa é o motivo que leva o agente a cometer o fato. Se há motivo de natureza política, existe crime político. Em caso contrário, o crime é comum. Modernamente, aceita-se um critério misto (objetivo-subjetivo) ao diferenciar delitos objetivamente políticos de crimes subjetivamente polít i cos. Exemplo disso é o CP italiano, que em seu art. 8.º conceitua o delito político da seguinte forma: “Agli effetti della legge penale, è delitto politico ogni delitto, che offende un interesse politico dello Stato, ovvero un diritto politico del cittadino” (crime objetivamente político). “E altresi considerato delitto politico il delitto comune determinato, in tutto o in parte, da motivi politici” (crime subjetivamente político).
6.17- CRIMES MILITARES
È definido no Código Penal Militar, pode ser próprio ou improprio. O primeiro é o tipificado apenas no código penal militar, por exemplo, dormir em serviço. O segundo também está descrito na legislação penal comum, por exemplo, homicídio, furto, roubo e estubro.
6.18 CRIMES HEDIONDOS 
São delitos repugnantes, sórdidos, decorrentes de condutas que, pela forma de execução ou pela gravidade objetiva dos resultados, causam intensa repulsa. A Lei n. 8.072, de 25-7-1990, dispôs sobre esses crimes, indicando como tais, em seu art. 1.º, o homicídio simples, desde que cometido em ação típica de grupo de extermínio, o homicídio doloso qualificado, o latrocínio, a extorsão qualificada pela morte, a extorsão mediante sequestro, o estupro, o estupro de vulnerável, a falsificação, a corrupção, a adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais, a epidemia com resultado morte e o genocídio, tentados ou consumados. São insuscetíveis de clemência soberana e fiança (art. 2.º, I e II), devendo a pena ser cumprida inicialmente em regime fechado (§ 1.º com redação dada pela Lei n. 11.464, de 28-3-2007).
6.19- CRIME ORGANIZADO
Crime organizado ou organização criminosa são termos que caracterizam grupos transnacionais, nacionais ou locais altamente centralizados e geridos por criminosos, que pretendem se envolver em atividades ilegais, geralmente com o objetivo de lucro monetário. Algumas organizações criminosas, tais como organizações terroristas, são motivadas politicamente. Às vezes, essas organizações forçam as pessoas a estabelecer negócios com elas, como quando uma quadrilha extorque dinheiro de comerciantes por "proteção".
6.20- INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO

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