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License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Implicações práticas da atuação do gestor Aprendemos, nas unidades de aprendizagens anteriores, sobre a organização, o administrador e as funções da administração. Vimos também o que é um administrador, as habilidades necessárias para um administrador e os papéis de um gerente. Agora, vamos estudar as implicações práticas da atuação do gestor, ou seja, vamos estudar mais sobre a tomada de decisão. Siga em frente! Tomada de decisão Você sabe explicar o que é, exatamente, tomada de decisão? Chiavenato afirma que é “ identificar e selecionar um curso de ação para lidar com um problema específico ou extrair vantagens em uma oportunidade”. Ou seja, a tomada de decisão é o processo de escolher um curso de ação entre várias alternativas para lidar com um problema ou uma oportunidade. Maximiano aponta que “decisão é uma escolha entre alternativas ou possibilidades”. Nesse sentido, o processo de tomar decisões é uma sequência de etapas que vai da identificação de uma situação, que oferece um problema ou oportunidade, à escolha e ao ato de colocar em prática uma ação ou solução. De uma forma geral, podemos concluir que a tomada de decisão lida com oportunidades e problemas. Mas, afinal, o que são problemas? Podemos entender como “tudo aquilo que está fora do estabelecido e que bloqueia o alcance dos resultados esperados”. Ou seja, um problema surge quando um estado atual de assuntos difere do estado desejado, ou quando ocorre algum desvio entre o que percebemos e nossa expectativa. E o que são oportunidades? São possiblidades de geração de negócios e, consequentemente, lucratividade para a empresa. License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Fonte: Lightspring, Shutterstock, 2017. Nesse sentido, é importante que você tenha em mente que a eficiência e o acerto na tomada de decisão são fundamentais nas empresas contemporâneas, passando a ser um dos principais quesitos para a contratação de gestores. Sobre isso, Maximiano afirma que, “na seleção de futuros gerentes, muitas organizações procuram avaliar a aptidão dos candidatos para analisar e resolver problemas, individualmente e em grupos”. Quer entender melhor? Clique na animação a seguir! License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Clique na figura para assistir ao vídeo Lacombe e Heilborn alertam para o fato de que “as decisões são tomadas em função de seu custo e benefício. Na maioria dos casos, não os quantificamos, nem seria fácil fazê-lo”. Essas decisões tomadas baseadas em lógicas de decisões e esquemas analíticos mais sofisticados são as que podem ser caracterizadas como decisões de cunho racional. Em função dessa dificuldade, muitas vezes as decisões são tomadas de forma intuitiva, isto é, são influenciadas pela vivência histórica e social dos profissionais envolvidos na situação. Tipos de decisões Quando estudamos a tomada de decisão é possível termos a impressão de que as decisões são sempre parecidas e com a mesma estrutura. No entanto, temos, basicamente, dois tipos de decisão. Será que você imagina como elas são denominadas? Programadas e não programadas. Mas, preste atenção: os tipos de decisão não devem ser considerados dois tipos totalmente distintos, ok? (LACOMBE; HEILBORN, 2006). License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Vamos entender melhor as decisões programadas? Segundo Maximiano, são aquelas que “fazem parte do acervo de soluções da organização. Resolvem problemas que já foram enfrentados antes e que se comportam sempre da mesma maneira”. Nesses casos, não são necessários diagnósticos aprofundados para a tomada de decisão. Fonte: Timothy Epp, Shutterstock, 2017. Complementando esse conceito de decisões programadas, Lacombe e Heilborn afirmam que elas são “fáceis de serem tomadas, uma vez que tendem a ser repetitivas, mas, por outro lado, tendem a ser numerosas”. Podemos exemplificar com aquelas relacionadas às questões operacionais, como o pagamento de uma fatura. Ainda cabe ressaltar que as decisões programadas são facilitadas por meio de regras que orientam as decisões com políticas, normas de procedimento, práticas e rotinas. Isto permite que as decisões sejam tomadas não só mais depressa, mas incorporando experiências de situações semelhantes ocorridas. License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Já as decisões não programadas são aquelas que são “preparadas, uma a uma, para atacar problemas que as soluções padronizadas não conseguem resolver. São as situações novas que a organização está enfrentando pela primeira vez e que admitem diferentes formas de serem resolvidas”. Elas podem ser representadas por meio de situações novas que ocorrem na empresa, que não têm histórico de como as coisas foram resolvidas no passado, tal como uma inesperada interrupção no fornecimento de matéria-prima de um fornecedor confiável. Fonte: Martin Dworschak, Shutterstock, 2017. Para Chiavenato, as decisões não programadas são aquelas “baseadas em julgamentos, novas e 'titivas, tomadas para solucionar problemas não rotineiros ou excepcionais. Certas situações de crise ou de emergência requerem decisões não programadas”. Além disso, as decisões não programadas são as “decisões mais complexas e necessárias quando as respostas padronizadas não funcionam e são requeridas soluções criativas e inovadoras de problemas. São decisões especificamente definidas para cada situação” . Agora, vamos a mais uma classificação! License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Além dos tipos que você acabou de estudar, existem ainda as decisões satisfatórias, otimizadas e maximizadas. Bem, você deve entender que a decisão satisfatória pode ser motivada por falta de tempo, informação ou outros recursos, também podendo ser resultado da preguiça de procurar uma melhor solução. Isso mesmo! É o que acontece quando se compra um produto com base no preço sem considerar a qualidade ou, inversamente, quando se dá preferência à qualidade, não importando quanto custa. A decisão otimizada é aquela que ocorre quando se procura comprar um produto que tenha certo equilíbrio entre espe- cificações de qualidade desejadas. O tomador das decisões procura uma solução média, que atenda a um número de critérios e objetivos. Por fim, a decisão maximizada procura o melhor resultado pelo custo mais baixo, exigindo, assim, a identificação e a análise criteriosa de todas as alternativas. Sendo que a melhor opção é a que produz as maiores consequências positivas e reduz, ao mínimo, as consequências negativas. Processo decisório Você está se perguntando o que é o processo decisório, certo? Mas você também já deve estar imaginando como ocorre esse processo nas organizações, não é mesmo? Para responder a essas questões, veja o que Chiavenato afirma sobre o processo decisório: “é o caminho mental que o administrador utiliza para chegar a uma decisão. Em todas as decisões, existem certos elementos que sempre estão presentes”. Mas quais são esses elementos? Tomando por base as principais teorias da administração, podemos dizer que os elementos comuns ao processo de decisão são: identificação, criação de alternativas e implementação da decisão. License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Fonte: Alphaspirit, Shutterstock, 2017. É importante você se atentar ao fato de que a identificação do sintoma ou da situação é o início do processo de tomada de decisão. Lacombe e Heilborn afirmam que “os sintomas podem ser enganadores e é preciso saber analisá-los para chegar às verdadeiras causas dos problemas, que podem ser diferentes das indicadas à primeira vista pelos sintomas”. Maximiano indica que essa parte inicial “consiste em procurar entender o problema ou a oportunidade e identificar suas causas e consequências”. A criação de alternativas é, segundo Chiavenato, a etapa na qual o administrador deve “desenvolver alternativas de solução sem, contudo, avaliá-las ou verificar suas viabilidades.Quando as decisões são programadas, torna-se fácil criar alternativas”. Além disso, quando nos deparamos com decisões não programadas, esse evento é “bastante complicado, especialmente quando existem restrições e limitações a determinadas escolhas”. Ainda sobre a etapa de criação de alternativas, é importante ressaltar que se trata da pesquisa das possibilidades ou das dificuldades, que elimina as causas do problema, de modo a aproveitar as oportunidades existentes. License-327060-28466-0-7 GESTÃO EMPRESARIAL Fique atento! As soluções devem estar de acordo com os objetivos da organização. Com relação à implementação da decisão, Chiavenato alerta que essa etapa envolve mais do que simplesmente dar ordens. Ou seja, os recursos devem ser adquiridos e alocados; o administrador deve montar seu orçamento de despesas e programar as ações que decidiu, bem como preparar os meios para medir o progresso e tomar as medidas corretivas, se novos problemas surgirem. Nesse sentido, Lacombe e Heilborn afirmam que é importante para a tomada de decisão “a implementação de instrumentos de informação para prover esse acompanhamento e para dar feedback aos responsáveis pela decisão”. Em outras palavras, se necessário, você deve fazer um acompanhamento efetivo dos resultados e tomada de ações corretivas.