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Implicações práticas da tomada de decisão na gestão empresarial

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GESTÃO 
EMPRESARIAL
Implicações práticas da 
atuação do gestor 
Aprendemos, nas unidades de aprendizagens anteriores, sobre a 
organização, o administrador e as funções da administração. Vimos 
também o que é um administrador, as habilidades necessárias 
para um administrador e os papéis de um gerente. Agora, vamos 
estudar as implicações práticas da atuação do gestor, ou seja, 
vamos estudar mais sobre a tomada de decisão. Siga em frente!
Tomada de decisão
Você sabe explicar o que é, exatamente, tomada de decisão? 
Chiavenato afirma que é “ identificar e selecionar um curso de 
ação para lidar com um problema específico ou extrair vantagens 
em uma oportunidade”. Ou seja, a tomada de decisão é o 
processo de escolher um curso de ação entre várias alternativas 
para lidar com um problema ou uma oportunidade.
Maximiano aponta que “decisão é uma escolha entre alternativas 
ou possibilidades”. Nesse sentido, o processo de tomar decisões 
é uma sequência de etapas que vai da identificação de uma 
situação, que oferece um problema ou oportunidade, à escolha 
e ao ato de colocar em prática uma ação ou solução.
De uma forma geral, podemos concluir 
que a tomada de decisão lida com 
oportunidades e problemas.
Mas, afinal, o que são problemas? Podemos entender como 
“tudo aquilo que está fora do estabelecido e que bloqueia o 
alcance dos resultados esperados”. Ou seja, um problema surge 
quando um estado atual de assuntos difere do estado desejado, 
ou quando ocorre algum desvio entre o que percebemos e nossa 
expectativa. E o que são oportunidades? São possiblidades de 
geração de negócios e, consequentemente, lucratividade para 
a empresa.
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Fonte: Lightspring, Shutterstock, 2017. 
Nesse sentido, é importante que você tenha em mente que a 
eficiência e o acerto na tomada de decisão são fundamentais 
nas empresas contemporâneas, passando a ser um dos 
principais quesitos para a contratação de gestores. Sobre isso, 
Maximiano afirma que, “na seleção de futuros gerentes, muitas 
organizações procuram avaliar a aptidão dos candidatos para 
analisar e resolver problemas, individualmente e em grupos”. 
Quer entender melhor? Clique na animação a seguir!
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Clique na figura para assistir ao vídeo
Lacombe e Heilborn alertam para o fato de que “as decisões 
são tomadas em função de seu custo e benefício. Na maioria 
dos casos, não os quantificamos, nem seria fácil fazê-lo”. Essas 
decisões tomadas baseadas em lógicas de decisões e esquemas 
analíticos mais sofisticados são as que podem ser caracterizadas 
como decisões de cunho racional. Em função dessa dificuldade, 
muitas vezes as decisões são tomadas de forma intuitiva, isto é, 
são influenciadas pela vivência histórica e social dos profissionais 
envolvidos na situação.
Tipos de decisões
Quando estudamos a tomada de decisão é possível termos a 
impressão de que as decisões são sempre parecidas e com a 
mesma estrutura. No entanto, temos, basicamente, dois tipos de 
decisão. Será que você imagina como elas são denominadas? 
Programadas e não programadas. 
Mas, preste atenção: os tipos de 
decisão não devem ser considerados 
dois tipos totalmente distintos, ok? 
(LACOMBE; HEILBORN, 2006).
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Vamos entender melhor as decisões programadas? Segundo 
Maximiano, são aquelas que “fazem parte do acervo de soluções 
da organização. Resolvem problemas que já foram enfrentados 
antes e que se comportam sempre da mesma maneira”. Nesses 
casos, não são necessários diagnósticos aprofundados para a 
tomada de decisão.
Fonte: Timothy Epp, Shutterstock, 2017. 
Complementando esse conceito de decisões programadas, 
Lacombe e Heilborn afirmam que elas são “fáceis de serem 
tomadas, uma vez que tendem a ser repetitivas, mas, por 
outro lado, tendem a ser numerosas”. Podemos exemplificar 
com aquelas relacionadas às questões operacionais, como o 
pagamento de uma fatura. Ainda cabe ressaltar que
as decisões programadas são facilitadas por meio 
de regras que orientam as decisões com políticas, 
normas de procedimento, práticas e rotinas. Isto 
permite que as decisões sejam tomadas não só 
mais depressa, mas incorporando experiências 
de situações semelhantes ocorridas.
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Já as decisões não programadas são aquelas que são “preparadas, 
uma a uma, para atacar problemas que as soluções padronizadas não 
conseguem resolver. São as situações novas que a organização está 
enfrentando pela primeira vez e que admitem diferentes formas de serem 
resolvidas”. Elas podem ser representadas por meio de situações 
novas que ocorrem na empresa, que não têm histórico de 
como as coisas foram resolvidas no passado, tal como uma 
inesperada interrupção no fornecimento de matéria-prima de 
um fornecedor confiável.
Fonte: Martin Dworschak, Shutterstock, 2017.
Para Chiavenato, as decisões não programadas são aquelas 
“baseadas em julgamentos, novas e 'titivas, tomadas para solucionar 
problemas não rotineiros ou excepcionais. Certas situações de crise 
ou de emergência requerem decisões não programadas”. Além 
disso, as decisões não programadas são as “decisões mais 
complexas e necessárias quando as respostas padronizadas não 
funcionam e são requeridas soluções criativas e inovadoras de 
problemas. São decisões especificamente definidas para cada 
situação” .
Agora, vamos a mais uma classificação!
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Além dos tipos que você acabou de estudar, existem ainda as 
decisões satisfatórias, otimizadas e maximizadas. Bem, você 
deve entender que a decisão satisfatória pode ser motivada por 
falta de tempo, informação ou outros recursos, também podendo 
ser resultado da preguiça de procurar uma melhor solução. Isso 
mesmo! É o que acontece quando se compra um produto com base 
no preço sem considerar a qualidade ou, inversamente, quando se 
dá preferência à qualidade, não importando quanto custa. 
A decisão otimizada é aquela que ocorre quando se procura 
comprar um produto que tenha certo equilíbrio entre espe-
cificações de qualidade desejadas. O tomador das decisões 
procura uma solução média, que atenda a um número de 
critérios e objetivos. 
Por fim, a decisão maximizada procura o melhor resultado pelo 
custo mais baixo, exigindo, assim, a identificação e a análise 
criteriosa de todas as alternativas. Sendo que a melhor opção 
é a que produz as maiores consequências positivas e reduz, ao 
mínimo, as consequências negativas.
Processo decisório
Você está se perguntando o que é o processo decisório, certo? 
Mas você também já deve estar imaginando como ocorre esse 
processo nas organizações, não é mesmo? 
Para responder a essas questões, veja o que Chiavenato 
afirma sobre o processo decisório: “é o caminho mental que o 
administrador utiliza para chegar a uma decisão. Em todas as 
decisões, existem certos elementos que sempre estão presentes”. 
Mas quais são esses elementos? Tomando por base as principais 
teorias da administração, podemos dizer que os elementos 
comuns ao processo de decisão são: identificação, criação de 
alternativas e implementação da decisão.
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Fonte: Alphaspirit, Shutterstock, 2017.
É importante você se atentar ao fato de que a identificação do 
sintoma ou da situação é o início do processo de tomada de 
decisão. Lacombe e Heilborn afirmam que “os sintomas podem 
ser enganadores e é preciso saber analisá-los para chegar às 
verdadeiras causas dos problemas, que podem ser diferentes 
das indicadas à primeira vista pelos sintomas”. Maximiano indica 
que essa parte inicial “consiste em procurar entender o problema 
ou a oportunidade e identificar suas causas e consequências”.
A criação de alternativas é, segundo Chiavenato, a etapa na qual 
o administrador deve “desenvolver alternativas de solução sem, 
contudo, avaliá-las ou verificar suas viabilidades.Quando as 
decisões são programadas, torna-se fácil criar alternativas”. Além 
disso, quando nos deparamos com decisões não programadas, 
esse evento é “bastante complicado, especialmente quando 
existem restrições e limitações a determinadas escolhas”.
Ainda sobre a etapa de criação de alternativas, é importante 
ressaltar que se trata da pesquisa das possibilidades ou das 
dificuldades, que elimina as causas do problema, de modo a 
aproveitar as oportunidades existentes. 
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Fique atento! As soluções devem 
estar de acordo com os objetivos da 
organização.
Com relação à implementação da decisão, Chiavenato alerta 
que essa etapa envolve mais do que simplesmente dar ordens. 
Ou seja,
os recursos devem ser adquiridos e alocados; o 
administrador deve montar seu orçamento de 
despesas e programar as ações que decidiu, bem 
como preparar os meios para medir o progresso e 
tomar as medidas corretivas, se novos problemas 
surgirem.
Nesse sentido, Lacombe e Heilborn afirmam que é importante 
para a tomada de decisão “a implementação de instrumentos 
de informação para prover esse acompanhamento e para dar 
feedback aos responsáveis pela decisão”. Em outras palavras, se 
necessário, você deve fazer um acompanhamento efetivo dos 
resultados e tomada de ações corretivas.

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