Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Graduação Online | UNISUAM PEDAGOGIA Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem UN ID AD E 4 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 2 Processo Ensino- Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito T1 Vamos, agora, iniciar os estudos da unidade 4 da disciplina Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, mas antes, conheça os tópicos que você estudará nesta unidade: T1 – As Concepções da Aprendizagem T2 – Fatores Motivacionais, Orgânicos, Psicológicos e Socioculturais e Processo de Aprendizagem T3 – As Práticas Pedagógicas no Diferentes Contextos de Aprendizagem T4 – A Família e a Escola como Contexto de Desenvolvimento Humano Ao fi nal desta unidade, você será capaz de: • Reconhecer os fatores motivacionais, orgânicos, psicológicos e socioculturais que contribuem para o processo de aprendizagem; • Reconhecer os diferentes contextos educacionais que sustentam especifi camente o desenvolvimento humano, sabendo aplicá-las e identifi cá- las em suas práticas pedagógicas. Vamos começar? As Concepções da Aprendizagem O conceito de aprendizagem emergiu das investigações empiristas em Psicologia, ou seja, de investigações levadas a termo com base no pressuposto de que todo conhecimento provém da experiência. Isso signifi ca afi rmar o primado absoluto do objeto e considerar o sujeito como uma tabula rasa, uma cera mole, cujas impressões do mundo, fornecidas pelos órgãos dos sentidos, são associadas umas às outras, dando lugar ao conhecimento. O conhecimento é, portanto, uma cadeia de ideias atomisticamente formada a partir do registro dos fatos e se reduz a uma simples cópia do real. Nessa via de interpretação, ganha sentido a defi nição de aprendizagem como mudança de comportamento resultante do treino ou da experiência. Aqui, tem-se uma defi nição em que a dissolução do sujeito do conhecimento é evidente. Ele é realmente aquela “cera mole” de que se falou anteriormente e, por isso, a aprendizagem é identifi cada com o condicionamento. ht tp :// 4d ad d y. co m .b r/ w p -c o nt e n t/ u p lo ad s/ 20 16 / 11 / cr ia n % C 3% A 7a -e st u d an d o .jp g APrendiZAgeM CoMo MudAnçA de CoMPortAMento resuLtAnte do treino ou dA eXPeriÊnCiA Fonte: 4 daddy 3 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito 4 Concepção Behaviorista Entende-se, assim, porque o behaviorismo, corrente cujas primeiras sistematizações foram realizadas por Watson, nasce apoiado nos trabalhos de Pavlov acerca do condicionamento respondente. O condicionamento de tipo pavloviano, também conhecido como condicionamento clássico ou respondente, consistindo no esquema ER, foi, em seus primórdios, considerado como o elemento básico de aprendizagem, ponto de partida para a formação de todos os hábitos. As pesquisas sobre condicionamento iniciaram- se sempre com experimentos com animais e se aplicaram, posteriormente, a sujeitos humanos. Dado o seu grande poder de controle do comportamento, essas pesquisas foram se sofi sticando cada vez mais. Têm sido incessantes os esforços para provar que o comportamento é modelado, razão porque devem as investigações fornecer o maior número possível de dados sobre estímulos reforçadores, estímulos aversivos, tipos de reforços, esquemas de reforço, contracondicionamento etc. Acredita-se que o aprofundamento dessa linha de análise fi ndará por oferecer um modelo de aprendizagem que resolverá todos os problemas. Concepção Gestalt O conceito positivista de aprendizagem que acabamos de expor na página anterior é inteiramente refutado pela gestalt, uma corrente psicológica que nasce na Alemanha, no princípio do século XX (com Wertheier, Kohler e Koff ka) e que encontra terreno fértil nos Estados Unidos, onde passaram a trabalhar três dos seus maiores expoentes: Koff ka, Kohler e Lewin. A gestalt opõe-se ao behaviorismo por ter um fundamento epistemológico de tipo racionalista, ou, mais precisamente, por pressupor que todo conhecimento é anterior à experiência, sendo fruto do exercício de estruturas racionais, pré- formadas no sujeito. Fonte: Gestalt Psicoterapira Fonte: slate.com nA ConCePção BeHAVioristA o CoMPortAMento é ModeLAdo Fonte: slate group Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 4 Se a unilateralidade do positivismo consiste em desprezar a ação do sujeito sobre o objeto, a do racionalismo consiste em desprezar a ação do objeto sobre o sujeito. Ambas as posições, portanto, cindem os dois polos do conhecimento de modo irremediável. Qualifi car a gestalt como uma teoria racionalista não signifi ca, entretanto, afi rmar que ela negue a objetividade do mundo. Signifi ca, isto sim, que ela não postula essa objetividade no sentido de uma interferência na construção das estruturas mentais por meio das quais o sujeito apreende o real. Admite-se que experiência passada possa influir na percepção e no comportamento, mas não a afi rma como uma condição necessária para tal. E, por isso, é às variáveis biológicas e à situação imediata que se deve recorrer para explicar a conduta. As variáveis históricas, por não serem determinantes, apresentam pouco interesse para os gestaltistas. Note-se que não falamos em aprendizagem, e sim em percepção. Na verdade, contrariando o pressuposto epistemológico do behaviorismo, a gestalt rejeita a tese de que o conhecimento seja fruto da aprendizagem. De acordo com seus adeptos, os sujeitos reagem não a estímulos específi cos, mas a confi gurações perceptuais. As gestaltens (confi gurações) são as legítimas unidades mentais, e é para elas que a Psicologia deve voltar-se. Vê-se, pois, que a gestalt lida com o conceito de estruturas mentais, enquanto totalidades, numa extrema oposição ao atomismo behaviorista. É conveniente esclarecer que tais totalidades são organizadas em função de princípios de organização inerentes à razão humana. Logo, a estrutura da gestalt é uma estrutura sem gênese, não comportando, pois, uma formação. Vale ainda a pena dizer que o conceito de totalidade com o qual a Gestalt trabalha é irredutível à soma ou ao produto das partes. Por isso, o todo é apreendido de forma súbita, imediata, por reestruturação do campo perceptual (insight). Essas considerações esclarecem, consequentemente, o fracasso das ações pedagógicas assentadas na concepção positivista de aprendizagem, as quais silenciam os alunos, isolam-nos e os submetem à autoridade do saber dos professores, dos conferencistas, dos textos, dos livros, das instruções programadas, das normas ditatoriais da instituição, e tudo isso para chegar a um único resultado: ao falso conhecimento e à subordinação. nA GESTALT, o suJeito reAge A PerCePçÕes gLoBAis. Fonte: sintratel 5 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito Concepção da Psicologia Genética de Vygotsky e Wallon Após termos apresentado as abordagens sobre as concepções de aprendizagem de teor mecanicista e idealista, cumpre-nos averiguar se são encontradas, na Psicologia, formulações que as superem. Nesse sentido, acreditamos que o que compõe aquilo a que chamamos psicologia genética tenha muito a contribuir. Salientamos as que mais se voltaram para o problema da aprendizagem segundo uma perspectiva que nos parece extremamente promissora: as inauguradas por Piaget, Vygotsky e Wallon. Como já discutimos na unidade 2. Por força de tais limitações, e principalmente pelo fato de Piaget não ter tido uma preocupação incisiva com a totalidade psicológica (já que sua meta era a compreensão do sujeito epistêmico), julgamos necessário que se complete a sua abordagem com outras que lhe sejam compatíveis. É aí que apontamos para as linhas de investigação iniciadas por Wallon e Vygotsky. Abordagem de Wallon Os estudos de Wallon, apesar de pouco divulgados nos últimos tempos, conduzem ao reconhecimento de uma enorme contribuição à Psicologia. Voltadopara a evolução psicológica da criança, o seu legado ultrapassou os limites desse momento da vida, ao fornecer elementos para a compreensão da dinâmica do processo de conhecimento. Wallon vai à gênese desse processo, teorizando sobre a passagem do orgânico ao psíquico e apontando caminhos para a análise dialética de teorias reducionistas que privilegiam ora o orgânico, ora o social, no curso do desenvolvimento humano. Abordagem de Vygotsky Com respeito a Vygotsky (1984), merece realce, inicialmente, o fato de ele ter uma posição que representou um avanço para a psicologia soviética. Sabe-se que, após a Revolução de 1917, as formulações de Pavlov imperaram na Rússia, por sua característica anti-idealista. Em contrapartida, abandona-se o estudo da consciência, implicando isto, segundo Vygotsky, uma limitação da Fo nt e: B io . Fo nt e: Q uo te A dd ic ts Fo nt e: B lo g Ps ic o- M ot ric id ad e JeAn PiAget LeV Vygotsky Henri WALLon Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 6 Psicologia a problemas poucos complexos, além de fazer perdurar o caráter dualista e espiritualista do subjetivismo anterior. Visando, então, a uma coerente psicologia materialista, Vygotsky e seus colaboradores se empenham em recuperar o estudo da consciência, inserindo as contribuições de Pavlov numa perspectiva mais ampla de investigação. Instauram-se, a partir daí, a reação ao comportamentalismo vulgar e a luta pela instituição de um método que tratasse a consciência de maneira objetiva e concreta. Os processos psíquicos mudam no homem do mesmo modo como mudam os processos de sua atividade prática. Vale dizer que também aqueles são mediatizados. É exatamente pelo uso dos meios, pela relação mediata com as condições de existência, que a atividade psíquica do homem se distingue radicalmente da atividade psíquica animal. (LEONTIJEV; LURIA, 1973) Todas as funções psicointelectuais superiores se apoiam em dois modos no curso do desenvolvimento da criança (VYGOTSKY, 1973, p. 160): Fonte: Mc3 Web 1ª nAs AtiVidAdes CoLetiVAs, CoMo AtiVidAdessoCiAis, isto é, CoMo FunçÕes interPsÍQuiCAs 2ª nAs AtiVidAdes indiViduAis, CoMo ProPriedAdes do PensAMento dA CriAnçA, isto é, CoMo FunçÕes intrAPsÍQuiCAs Fonte: Active Kids Nursery 7 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito Resultado das Três Concepções de Aprendizagem Finalizando, a concepção de aprendizagem que resulta do confronto e da colaboração entre essas três últimas abordagens, e das correções a que se pode submetê-las conduz, inevitavelmente, à superação da dicotomia transmissão X produção do saber, porque essa concepção permite resgatar. A unidade do conhecimento, por meio de uma visão da relação sujeito/ objeto, em que se afi rma, ao mesmo tempo, a objetividade do mundo e a subjetividade, (SCHAFF, 1975) considerada como um momento individual de internalização da objetividade. Nesses termos, chega-se à conclusão de que as práticas pedagógicas que respeitem a concepção de aprendizagem em foco devem apoiar-se em duas verdades fundamentais: • A de que todo conhecimento provém da prática social e a ela retorna; • A de que o conhecimento é um empreendimento coletivo, nenhum conhecimento é produzido na solidão do sujeito, mesmo porque essa solidão é impossível. Fatores Motivacionais, Orgânicos, Psicológicos e Socioculturais e Processo de Aprendizagem Quando uma criança entra na escola, traz consigo alguns conceitos espontâneos, fragmentados, relacionados a sua vida cotidiana. Esses conceitos, pela mediação do professor, serão ampliados com a introdução dos conhecimentos formais. Para Vygotsky (1984) existem dois tipos de conceitos: Cotidianos ou Espontâneos Construídos pela observação e vivência da criança. É interessante observar que a criança formula esses conceitos, porém não é capaz de T2 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 8 defi ni-los por meio de palavras, a não ser numa idade mais avançada. Por exemplo, a criança convive em um meio onde é comum o uso de celular. Essa criança sabe o que é um celular (aparelho). Se perguntarmos: O que é celular? Não o defi nirá. Simplesmente relatará sua experiência: “Meu pai tem um celular”. Científi cos Formados por meio das intervenções escolares, das aprendizagens sistematizadas. Estão incluídos nas propostas curriculares como fundamentais na organização de conteúdos que os alunos precisam desenvolver. Assim, a aprendizagem ocorre antes da entrada da criança na escola e difere do aprendizado escolar, que está voltado para a apropriação do sujeito dos conceitos científi cos e que são de responsabilidade da escola. Vygotsky lembra a importância da cultura onde o sujeito está inserido para a formação desses conceitos e o papel da mediação para que o desenvolvimento intelectual ocorra, chegando ao nível intrapessoal. Zona de Desenvolvimento Proximal Você se lembra o que Piaget afirmava sobre a forma como ocorre o desenvolvimento? Na proposta desse teórico, a criança passa por estágios de desenvolvimento intelectual que seguem uma sequência e são universais. Vygotsky, diferentemente de Piaget, não aborda a questão de níveis, mas sim de zona de desenvolvimento proximal (ZDP) na construção do conhecimento. Para ele, a zona de desenvolvimento proximal é o ponto principal para se compreender as relações entre desenvolvimento e aprendizagem. A ZDP envolve dois níveis de desenvolvimento: o real e o potencial. Nível Real O nível de desenvolvimento real é determinado pela capacidade que a criança tem de resolver um problema sem ajuda. Nível Potencial O nível de desenvolvimento potencial baseia-se na resolução de problemas, por parte da criança, com a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro. 9 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito Vejamos como Vygotsky caracteriza a zona de desenvolvimento proximal. Zona de desenvolvimento proximal define aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentes em estado embrionário. Essas funções poderia ser chamadas de ´brotos` do desenvolvimento. O nível de desenvolvimento mental, retrospectivamente, enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento prospectivamente. (VYGOTSKY, 1988, p.113). Podemos afi rmar, então, que Vygotsky conceitua a zona de desenvolvimento proximal como sendo um intervalo entre a resolução de problemas com ajuda (por exemplo, a criança amarrar o cadarço do tênis com a orientação de alguém) e sem ajuda (por exemplo, depois de um intervalo, a criança passa a amarrar o cadarço do tênis sozinha). É o aprendizado que possibilita e movimenta o processo de desenvolvimento e que torna real o que antes era potencial. Logo, o bom ensino é o que vai atuar na zona de desenvolvimento proximal. Por meio da ZDP percebemos como a criança organiza a informação recebida e como seu pensamento opera. Daí, o papel do educador, de mediador, que só poderá agir na ZDP e não apenas transmitir conteúdos ou desenvolver exercícios automatizados. É ele quem irá interferir no processo de conhecimento, provocando avanços nos alunos, sendo a construção de conceitos o objeto principal dessa intervenção. O Papel do Brinquedo na Construção do Conhecimento As brincadeiras e os brinquedos são importantes para aprendermos a conviver em grupo, a compartilhar nossas vidas, e também coisas, com outras pessoas. Além da socialização, é grande a infl uência do brinquedo no desenvolvimento cognitivo e afetivo do sujeito, como mostra a imagem a seguir. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 10 O brinquedo dá possibilidades à criança de atuar com o cognitivo, indo além da simples percepção do objeto. Privilegia a brincadeira do “faz de conta”. A criança é levada a agir nummundo da fantasia. Um simples pedaço de pau vira cavalo, espada, instrumento de música etc. A criança estabelece a relação entre os objetos e o signifi cado que tem para si. De acordo com suas vivências, transforma-os, desenvolve a imaginação. Mesmo quando adultos usamos o brinquedo não só como atividade prazerosa, mas como um caminho para desenvolver o pensamento (jogo de xadrez). Vygotsky considera o brinquedo uma importante fonte de promoção do desenvolvimento. Por dele, a criança se supera, é capaz de apresentar comportamentos e descobrir respostas, que em outra situação não conseguiria fazê-lo. Isso graças à imaginação que leva a criança a dar asas ao seu pensamento, ultrapassando limites impostos pelo meio social. A promoção de atividades, que favoreçam o envolvimento dos alunos em brincadeiras, favorece a construção do conhecimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, propõe situações, descobre suas habilidades. Enfi m, brincar é fundamental para a saúde física, emocional e intelectual de qualquer criança. A Afetividade em Vygotsky A construção de conceitos, o uso da linguagem, a elaboração do pensamento, a organização da consciência são processos eminentemente ativos e criadores, onde a afetividade está presente. O sujeito de Vygotsky, ao interagir com o outro, e interiorizar o que vem de fora, não o faz mecanicamente. O tempo todo está contrastando, contestando, analisando, sentindo o que lhe é dirigido. Cognição e afetividade devem ser tratadas separadamente? Ao se considerar o aspecto afetivo, não se pode deixar de considerar o cognitivo e vice-versa, já que a criança não é ora razão, ora emoção. Vygotsky entende que a cognição está carregada de afetividade. Daí, concluímos como é importante a união dos aspectos intelectuais e afetivos no estudo do funcionamento psicológico. Vygotsky ressALtA A iMPortÂnCiA dA união dos AsPeCtos AFetiVos e CognitiVos no estudo PsiCoLÓgiCo Fonte: timokids Fo nt e : t im o ki d s. co m .b r 11 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito Na perspectiva de Vygotsky, cognição e afeto não se encontram dissociados no ser humano; pelo contrário, inter-relacionam-se e exercem infl uências recíprocas ao longo de toda a história do desenvolvimento do indivíduo. Dessa forma, desejos, necessidades, emoções, motivações, interesses vão dar origem ao pensamento e este vai infl uenciar o aspecto afetivo. A escola, por sua vez, deveria atentar para o fato de que, para o professor intervir e planejar estratégias que permitam avanços, é necessário que possibilite uma relação de diálogo. Criar situações em que alunos possam expressar o que sabem, que se proponha a ouvir, observando como os alunos se relacionam, seus interesses, suas difi culdades, suas emoções e, principalmente, o vínculo afetivo que envolve a aprendizagem. As Práticas Pedagógicas nos Diferentes Contextos de Aprendizagem Depois de ter estudado as teorias de Piaget e Vygotsky você saberia dizer qual foi a grande contribuição de seus estudos para a prática pedagógica? Vamos ver cada uma? Piaget e a Prática Pedagógica Antes de Piaget, tínhamos um modelo comportamentalista de ensino, em que o professor era a fi gura central, exercendo todo o poder sobre o aluno, seja nos aspectos intelectuais, sociais, morais ou afetivos, sendo sua tarefa principal acumular conhecimentos na cabeça do aluno. estrAtégiAs PedAgÓgiCAs de ProMoVAM o diÁLogo e o VÍnCuLo AFetiVo nA APrendiZAgeM Fonte: British Council Fo n te : w w w .b rit is h co u n ci l.c o T3 no ModeLo CoMPortAMentAListA de ensino, o ProFessor é A FigurA CentrAL Fonte: Brasil escola Fo nt e : s lid e p la ye r.c o m .b r Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 12 Piaget nunca se preocupou em escrever para a Pedagogia. Sua teoria é eminentemente psicológica, isto é, estuda o desenvolvimento da inteligência. Porém, como aborda a questão da construção do conhecimento, a Pedagogia se apossou de suas ideias, a fi m de propor novas ações metodológicas em sala de aula. Uma proposta pedagógica fundamentada em Piaget repudia o modelo tradicional de ensino, em que o professor intervém todo o tempo. No modelo tradicional, a criança não tem a possibilidade de criar, construir com seus próprios passos o conhecimento, já que a tarefa é elaborada pelo professor e o fazer do aluno é dirigido, canalizado. O professor explica, repete, questiona, responde às perguntas dos alunos, pergunta e responde imediatamente, sem dar o tempo necessário para o aluno elaborar a sua resposta. Esse é o grande impasse do construtivismo. O professor acredita que perderá tempo, não conseguirá “dar” todo o conteúdo programático se permitir ao aluno ser ativo (a ação do aluno é que vai gerar conhecimento). Dar respostas prontas não permitirá ao sujeito fazer suas próprias descobertas, elaborar suas próprias dúvidas, desenvolver seu próprio conhecimento e é a escola quem deverá adaptar o material escolar em função de o aluno traçar seu próprio caminho intelectual. A escola no Construtivismo É a escola quem vai provocar a construção da autonomia intelectual nos alunos, também impregnada de afetividade, o que significa a conquista de uma autonomia afetiva. Fo nt e : R ev is ta N ov a E sc o la Fonte: Gouveia (2003) 13 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito No plano social, a escola deve desviar o foco do professor e centrá-lo sobre o aluno, buscando uma igualdade na relação entre quem ensina e quem aprende, levando-se em consideração o papel da cooperação sem esquecer a questão da maturação. Já no desenvolvimento moral, a escola deve atentar para o fato de a criança passar de uma fase de total anomia, passando pela heteronomia até chegar à autonomia. Vale lembrar que na fase pré-operatória, a criança é essencialmente egocêntrica, portanto o adulto deverá proporcionar uma relação afetiva bem estruturada; isso acarretará a formação do sentimento de dever e, consequentemente, a importância dos limites à ação da criança. Erros vão ocorrer na caminhada de construção do saber pelo aluno, porém esta é a única forma de “aprender a aprender”. Cabe ao professor criar atividades pedagógicas que provoquem o desequilíbrio, mobilizem o aluno no sentido de reestruturar o equilíbrio por meio da construção de novos esquemas para a solução do confl ito cognitivo. Vygotsky e a Prática Pedagógica A grande contribuição de Vygotsky foi desenvolver uma teoria que tem como base as relações intra e interpessoais. Para ele, o conhecimento não só se dá a partir da ação do sujeito sobre a realidade, mas também na interação com ela. Toda pedagogia derivada da teoria socio-histórica se centraliza na atividade dos sujeitos em interação, sendo o conhecimento visto de forma compartilhada. O conhecimento não se restringe a uma construção individual, mas se realiza no coletivo. Não somente o que a criança faz sozinha é o indicativo do seu conhecimento. o ConHeCiMento se desenVoLVe no CoLetiVo Fonte: Blog debatendo a educação Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 14 Os alunos têm que participar de grupos, o mais heterogêneos possível (Vygotsky não admite turmas homogêneas), pois é na troca que aquele que não sabe terá oportunidade de aprender com o que sabe. Vale lembrar, ainda, que o percurso do desenvolvimento humano ocorre de fora para dentro, aprende-se primeiro com o outro, para depois formular seus conceitos por meio do processo de internalização. Assim, mais uma vez fi ca claro que o processo de aprendizagem é que movimenta o desenvolvimento. E nesse processo, a escola assume o papel de promotora de desenvolvimento psicológico do sujeito. Para Vygotsky, o sujeito jamais aprenderá a ler e escrever se não participar de situações concretas, práticas sociais que possibilitem esse aprendizado. É graças à mediação,à imitação e às experiências compartilhadas socialmente, que a criança aprende a realizar tarefas, solucionar problemas desenvolvendo suas funções psicológicas superiores. Enfim, diferentemente de Piaget, Vygotsky sempre se preocupou com questões pedagógicas, até porque o que o mobilizou para a construção de sua teoria foi sua preocupação com o aluno portador de defi ciência mental. Qual é o Papel do Adulto na Teoria de Vygotsky? Segundo Vygotsky, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ocorrer com a participação de um adulto. Esse adulto (professor ou quem ensina), é aquele que, detendo a experiência, vai intervir e mediar a relação do aluno com o conhecimento. Seu principal papel é o de criar zonas de desenvolvimento proximal, atuando como elemento de ajuda, trabalhando com o aluno numa construção partilhada do conhecimento. Na ZDP, o educador atua como mediador, fornecendo pistas, demonstrando, orientando, exemplifi cando, questionando, até o aluno chegar ao seu nível potencial. A CriAnçA APrende A reALiZAr tAreFAs Por Meio de eXPeriÊnCiAs CoMPArtiLHAdAs Fonte: Psicolorindo 15 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito Segundo Vygotsky, na sala de aula, não há lugar para o ensinar e o aprender de forma isolada. Neste processo, tanto professor quanto os alunos participam igualmente (ensinante-aprendente). Assim, o papel do educador não pode ser o de simples transmissor de conteúdos ou o de apresentador de exercícios automatizados. Ao contrário, ele vai agir sobre essa diferença, entre o nível de desenvolvimento real e o potencial. Se o conteúdo escolar estiver além da capacidade da criança, isto é, se o professor trabalhar no nível potencial, a criança fracassará, porque estará incapacitada para adquirir aquele conhecimento. Se, por outro lado, o conteúdo escolar se limitar a exigir da criança o que já formou em seu desenvolvimento intelectual (trabalhar somente no desenvolvimento real) o ensino vai se tornar inútil, sem sentido, pois a criança já domina aquele conteúdo. A Família e a Escola como Contexto de Desenvolvimento Humano A família, presente em todas as sociedades, é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo, atuando como mediadora principal dos padrões, modelos e infl uências culturais (AMAZONAS et al., 2003). É também considerada a primeira instituição social que, em conjunto com outras, busca assegurar a continuidade e o bem-estar dos seus membros e da coletividade, incluindo a proteção e o bem-estar da criança. Ela tem, portanto, um impacto significativo e uma forte influência no comportamento dos indivíduos, especialmente das crianças, que aprendem as diferentes formas de existir, de ver o mundo e construir as suas relações sociais. Como primeira mediadora entre o homem e a cultura, a família constitui a unidade dinâmica das relações de cunho afetivo, social e cognitivo que estão imersas nas condições materiais, históricas e culturais de um dado grupo social.A FAMÍLiA é A PriMeirA instituição soCiAL Fonte: emaze T4 Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 16 Ela é a matriz da aprendizagem humana, com signifi cados e práticas culturais próprias que geram modelos de relação interpessoal e de construção individual e coletiva. Os acontecimentos e as experiências familiares propiciam a formação de repertórios comportamentais, de ações e resoluções de problemas com signifi cados universais (cuidados com a infância) e particulares (percepção da escola para uma determinada família). Essas vivências integram a experiência coletiva e individual que organiza, interfere e a torna uma unidade dinâmica, estruturando as formas de subjetivação e interação social. E é por meio das interações familiares que se concretizam as transformações nas sociedades que, por sua vez, infl uenciarão as relações familiares futuras, caracterizando-se por um processo de infl uências bidirecionais, entre os membros familiares e os diferentes ambientes que compõem os sistemas sociais, dentre eles a escola, constituem fator preponderante para o desenvolvimento da pessoa. No ambiente familiar, a criança aprende a administrar e resolver os confl itos, a controlar as emoções, a expressar os diferentes sentimentos que constituem as relações interpessoais, a lidar com as diversidades e adversidades da vida (WAGNER et al., 1999). Essas habilidades sociais e sua forma de expressão, inicialmente desenvolvidas no âmbito familiar, têm repercussões em outros ambientes com os quais a criança, o adolescente ou mesmo o adulto interagem, acionando aspectos salutares ou provocando problemas e alterando a saúde mental e física dos indivíduos (DESSEN; POLONIA, 2007, p. 3 apud DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2001). A Família e Suas Confi gurações Os membros de famílias contemporâneas têm se deparado e adaptado às novas formas de coexistência oriundas das mudanças nas sociedades, isto é, do confl ito entre os valores antigos e o estabelecimento de novas relações (CHAVES et al., 2002). Como parte de um sistema social, englobando vários subsistemas, os papéis dos seus membros são estabelecidos em função dos estágios de desenvolvimento do indivíduo e da família vista enquanto grupo (DESSEN, 1997). Vejamos alguns desses subsistemas: Ecossistema No tocante ao ecossistema do grupo familiar, esse engloba os contextos e as redes sociais que asseguram o sentimento de pertencer a um grupo especial, social ou cultural, tais como as relações mantidas por laços de 17 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito consanguinidade ou casamento, vínculos de dependência ou autonomia fi nanceira ou emocional. Macrossistema E o macrossistema refl ete os valores e as crenças compartilhadas por um conjunto de pessoas, por exemplo, relacionadas ao fato de a união ser civil ou não, de a relação ser estável ou temporária, de os cônjuges habitarem ou não o mesmo espaço físico. Cronossistema E, por fi m, o cronossistema diz respeito às transformações da família na sociedade, incluindo as suas diferentes confi gurações ao longo do tempo, dentre as quais a família extensa e a monoparental. O próprio conceito de família e a confi guração dela têm evoluído para retratar as relações que se estabelecem na sociedade atual. Não Existe uma Confi guração Familiar Ideal São inúmeras as combinações e formas de interação entre os indivíduos que constituem os diferentes tipos de famílias contemporâneas (STRATTON, 2003): nuclear tradicional, recasadas, monoparentais, homossexuais, dentre outras combinações. Os padrões familiares vão se transformando e reabsorvendo as mudanças psicológicas, sociais, políticas, econômicas e culturais, o que requer adaptações e acomodações às realidades enfrentadas (WAGNER, HALPERN; BORNHOLDT, 1999). E, os arranjos familiares distintos que vão surgindo, por sua vez, provocam transformações nas relações familiares, nos papéis desempenhados pelos seus membros, nos valores, nas funções intergeracionais, nas expectativas e nos processos de desenvolvimento do indivíduo. A FAMÍLIA FUNCIONA COMO ASPECTOS PROPULSORES OU INIBIDORES DO DESENVOLVIMENTO Fonte: Grouponactie Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 18 A família, ao desempenhar suas funções, dentre as quais a socialização da criança, estabelece uma estrutura mínima de atividades e relações em que os papéis de mãe, pai, filho, irmão, esposa, marido, e outros são evidenciados. Todavia, a formação dos vínculos afetivos não é imutável, pelo contrário, ela vai se diferenciando e progredindo mediante as modificações do próprio desenvolvimento da pessoa, as demandas sociais e as transformações sofridas pelo grupo sociocultural (KREPPNER, 2000). Neste processo contínuo de busca por estabilidade, as famílias contam ou não com o suporte de uma rede social de apoio, que permite a elassuperarem (ou não) as dificuldades decorrentes de transições do desenvolvimento (DESSEN; BRAZ, 2000). Independente das que ocorrem no âmbito familiar, elas são produtoras de mudanças que podem funcionar como aspectos propulsores ou inibidores do desenvolvimento, influenciando, direta ou indiretamente, os modos de criação dos filhos. e a escola, qual o seu Papel neste Contexto? A escola constitui um contexto diversificado de desenvolvimento e aprendizagem, isto é, um local que reúne diversidade de conhecimentos, atividades, regras e valores e que é permeado por conflitos, problemas e diferenças (MAHONEY, 2002). É nesse espaço físico, psicológico, social e cultural que os indivíduos processam o seu desenvolvimento global, mediante as atividades programadas e realizadas em sala de aula e fora dela (REGO, 2003). O sistema escolar, além de envolver uma gama de pessoas, com características diferenciadas, inclui um número significativo de interações contínuas e complexas, em função dos estágios de desenvolvimento do aluno. Trata-se de um ambiente multicultural que abrange também a construção de laços afetivos e preparo para inserção na sociedade (OLIVEIRA, 2000). A esCoLA ABrAnge tAMBéM A Construção de LAços AFetiVos Fonte: Celso Antunes 19 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito A escola e sua Função social A escola emerge, portanto, como uma instituição fundamental para o indivíduo e sua constituição, assim como para a evolução da sociedade e da humanidade (DAVIES; COLS, 1997; REGO, 2003). Como um microssistema da sociedade, ela não apenas reflete as transformações atuais, como também tem que lidar com as diferentes demandas do mundo globalizado. Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as difi culdades em um mundo de mudanças rápidas e de confl itos interpessoais, contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo. Conclusão Piaget, Vygotsky e Wallon são três teóricos que abordam o estudo do conhecimento em sua gênese, contrapondo-se aos demais teóricos do desenvolvimento e da aprendizagem. Vale destacar que algumas teorias contemporâneas do desenvolvimento aceitam que as transformações no processo de desenvolvimento acontecem em todas as fases da vida, mas que são mais marcantes em períodos rápidos de transição. Desse modo, é necessário ampliar o escopo em que se confi gura o desenvolvimento humano. A visão ampliada acerca da concepção da psicologia do desenvolvimento faz esse conhecimento bastante importante para elaboração de programas de intervenção de cunho preventivo e, sobretudo, na promoção da saúde perpassando pela compreensão dos processos de desenvolvimento humano no contexto familiar e escolar. Esperamos que tenha aproveitado esta oportunidade de aprimorar seus conhecimentos! Esperamos também que o conhecimento adquirido aqui se transforme em ações que otimizem a sua prática. Até a próxima! Referências AMAZONAS, Maria Cristina Lopes Almeida; DAMESCO, Prisciany Ramos; TERTO, Luisa de Marilak de Souza; SILVA, Renata Raimundo da. Arranjos Familiares de Crianças de Camadas Populares. Revista Psicologia em Estudo. Maringá, v. 8, p. 11-20, 2003. Disponível em: <http://www.scielo. br/pdf/pe/v8nspe/v8nesa03.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2017. BELLO, José Luiz de Paiva. A Teoria Básica de Jean Piaget. Vitória, 1995. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09. htm>. Acesso em: 30 abr. 2012. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 20 CHAVES, A. M.; CABRAL, A.; Ramos, A. E.; LORDELO, L.; MASCARENHAS, R. Representação Social de Mães Acerca da Família. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 2002. DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das Relações interpessoais: vivência para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2001. DESSEN, Maria Auxiliadora. Desenvolvimento Familiar: transição de um sistema triádico para poliádico. Temas em Psicologia, 1997. DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A Família e a Escola como Contextos de Desenvolvimento Humano. Revista Paideia. 2007. GOUVEIA, Luis Borges. E-learning: oportunidades e desafios para o ensino superior. In: Seminário o E-Learning em Contexto de Ensino Superior. (Apresentação). Universidade Fernando Pessoa, 2003. Disponível em: < https://www.slideshare.net/lmbg/lleraninf- ufp126>. Acesso em: 22 fev. 2017. LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl de. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992. LEFEBVRE, H. Lógica Formal: lógica dialética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. LEONTIJEV, A. N.; LURIA, A. R. Le concezioni psicologiche li L.S.Vygotski. In: VYGOTSKY, L. S. Lo Sviluppo psichico del bambino. Roma: Riuniti, 1973. PIAGET, J. (1973). As operações lógicas e a vida social. Em J. Piaget (Org.). Estudos sociológicos (pp.164-193). Rio: Forense (Original publicado em 1945). ____________. A Equilibração das Estruturas Cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. Prefácio. ____________. Sabedoria e Ilusões da Filosofia. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1969. VYGOTSKY, L. – Pensamento e linguagem. SP, Martins Fontes, 1988. GALVÃO, IZABEL. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento Infantil. 7ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000. (Educação e conhecimento). 134 p. _____________. A formação social da mente. São Paulo: M. Fontes, 1984. 21 Unidade 04 Processo Ensino-Aprendizagem e a Construção Social do Sujeito _____________. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1988. WAGNER, A.; RIBEIRO, L. S.; ARTECHE, A. X.; BORNHOLD, E. A. Configuração Familiar e o Bem-Estar Psicológico dos Adolescentes. Psicologia: Reflexão e Crítica, 1999. ZAZZO, R. Psicologia e Marxismo. Lisboa: Vega, 1978. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Graduação | UNISUAM 22
Compartilhar