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Direito Ambiental 3

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Aula 03
Direito Ambiental p/ AGU - Procurador Federal
Professor: Thiago Leite
 
 
 
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DIREITO AMBIENTAL – PROCURADOR FEDERAL 
Teoria, jurisprudência e questões 
Aula 03 – Prof. Thiago Leite 
 
 
AULA 03 
Sistema Nacional do Meio 
Ambiente (SISNAMA) e 
Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA) 
Sumário 
1 – Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA ...................................... 2 
2 – Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA ..................................... 7 
3 – Jurisprudência correlata ..................................................................... 12 
4 - Questões .......................................................................................... 21 
5 - Resumo da Aula ................................................................................ 34 
 
 
 
 
 
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DIREITO AMBIENTAL – PROCURADOR FEDERAL 
Teoria, jurisprudência e questões 
Aula 03 – Prof. Thiago Leite 
 
AULA 03 – SISNAMA E CONAMA 
1 – Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA 
 
A Lei 6.938/81, no bojo da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA, 
instituiu, em seu artigo 6º, o Sistema Nacional do Meio Ambiente – 
SISNAMA. Mas o que é o SISNAMA? Qual a sua função? Quem o compõe? É 
isso que veremos agora! 
O SISNAMA é um conjunto integrado de órgãos e entidades da União, 
dos Estados, do DF, dos Territórios e dos Municípios que atuam, de 
forma articulada, na proteção do meio ambiente. O grande objetivo desse 
Sistema é garantir uma maior proteção do meio ambiente através da atuação 
em conjunto dos diversos entes políticos e seus respectivos órgãos ambientais. 
Essa atuação articulada propicia uma maior eficiência na atuação do Estado e 
da sociedade no que se refere a tutela do meio ambiente. 
O SISNAMA é inspirado na noção do federalismo de cooperação, que consiste 
em um modelo descentralizado de gestão, com o compartilhamento de 
atribuições constitucionais e cooperação entre os diversos entes federativos 
para sua efetiva implementação. 
O SISNAMA é composto por órgãos e entidades da União, dos Estados, do DF e 
dos Municípios, e é estruturado da seguinte forma: 
 
 Órgão Superior 
 
 Órgão Consultivo 
 e deliberativo 
 
 Órgão 
 Central 
 
 Órgãos 
 Executores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO AMBIENTAL – PROCURADOR FEDERAL 
Teoria, jurisprudência e questões 
Aula 03 – Prof. Thiago Leite 
 
O Conselho de Governo (órgão superior do SISNAMA) é presidido pelo 
Presidente da República ou pelo Ministro da Casa Civil, e é composto pelos 
Ministros de Estado e pelo titular do Gabinete Pessoal do Presidente da 
República (art. 7º, I da Lei 10.683/2003). 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (órgão consultivo e 
deliberativo) integra a estrutura do Ministério do Meio Ambiente e será 
estudado mais à frente. 
O Ministério do Meio Ambiente (órgão central do SISNAMA) é a antiga 
Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República. 
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis – IBAMA (órgão executor do SISNAMA) é uma autarquia 
federal em regime especial vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. Detém 
autonomia administrativa e financeira, sede em Brasília e atuação em todo o 
território nacional. Possui um presidente e 5 diretores nomeados pelo 
Presidente da República, que serão preferencialmente servidores de carreira, 
e está estruturado da seguinte maneira: 
 
 
Decreto 6.099/2007, Anexo I 
Art. 3º O IBAMA tem a seguinte estrutura organizacional: 
I - órgão colegiado: Conselho Gestor; 
II - órgão de assistência direta e imediata ao Presidente: Gabinete; 
III - órgãos seccionais: 
a) Procuradoria Federal Especializada; 
b) Auditoria Interna; 
c) Corregedoria; e 
d) Diretoria de Planejamento, Administração e Logística; 
IV - órgãos específicos singulares: 
a) Diretoria de Qualidade Ambiental; 
b) Diretoria de Licenciamento Ambiental; 
c) Diretoria de Proteção Ambiental; e 
d) Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas; 
V - órgãos descentralizados: 
a) Superintendências; 
b) Gerências Executivas; 
c) Centros Especializados; e 
d) Unidades Avançadas - Bases Operativas. 
 
 
 
 
 
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Teoria, jurisprudência e questões 
Aula 03 – Prof. Thiago Leite 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As atribuições do IBAMA são (artigo 2º da Lei 7.735/89): 
 
I – exercer o poder de polícia ambiental. 
 
II - executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, 
referentes às atribuições federais, relativas ao licenciamento 
ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à autorização de uso 
dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle 
ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio 
Ambiente. 
 
III - executar as ações supletivas de competência da União, de 
conformidade com a legislação ambiental vigente. 
 
O Instituo Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIO 
(órgão executor do SISNAMA) é uma autarquia federal vinculada ao 
Ministério do Meio Ambiente e possui como atribuição a conservação ambiental 
mediante a gestão das unidades de conservação federais (antes essa atribuição 
pertencia ao IBAMA). 
 
 
 
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Teoria, jurisprudência e questões 
Aula 03 – Prof. Thiago Leite 
 
Os órgãos seccionais do SISNAMA são definidos pelos Estados e pelo DF, e 
são compostos pelas entidades e órgãos estaduais e distritais responsáveis pela 
tutela do meio ambiente (exercício de poder de polícia, gestão de recursos 
naturais, educação ambiental, políticas públicas, etc.). Vide comentário abaixo 
sobre órgãos e entidades federais. 
Os órgãos locais do SISNAMA são definidos pelos Municípios e são 
compostos pelas entidades e órgãos municipais responsáveis pela tutela do 
meio ambiente (exercício de poder de polícia, gestão de recursos naturais, 
educação ambiental, políticas públicas, etc.). Nem todos os Municípios possuem 
referidos órgãos. 
 
O SISNAMA foi instituído pelo artigo 6º da Lei 6.938/81, in verbis: 
 
Lei 6.938/81 
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder 
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental, 
constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, assim 
estruturado: 
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o 
Presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes 
governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais; 
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de 
Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os 
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e 
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e 
essencial à sadia qualidade de vida; 
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República,com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão 
federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio 
ambiente; 
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade - Instituto Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer 
executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, 
de acordo com as respectivas competências; 
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela 
execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades 
capazes de provocar a degradação ambiental; 
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo 
controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; 
§ 1º - Os Estados, na esfera de suas competências e nas áreas de sua jurisdição, 
elaborarão normas supletivas e complementares e padrões relacionados com o 
meio ambiente, observados os que forem estabelecidos pelo CONAMA. 
§ 2º O s Municípios, observadas as normas e os padrões federais e estaduais, 
também poderão elaborar as normas mencionadas no parágrafo anterior. 
 
 
 
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Teoria, jurisprudência e questões 
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§ 3º Os órgãos central, setoriais, seccionais e locais mencionados neste artigo 
deverão fornecer os resultados das análises efetuadas e sua fundamentação, 
quando solicitados por pessoa legitimamente interessada. 
§ 4º De acordo com a legislação em vigor, é o Poder Executivo autorizado a criar 
uma Fundação de apoio técnico científico às atividades do IBAMA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Lei 6.938/81 conferiu tanta importância ao SISNAMA que determinou, em seu 
artigo 17-L que “as ações de licenciamento, registro, autorizações, 
concessões e permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle 
ambiental são de competência exclusiva dos órgãos integrantes do 
Sistema Nacional do Meio Ambiente”. Portanto, qualquer destas ações 
praticadas por órgãos ou entidades que não pertençam ao SISNAMA será nula 
de pleno direito. 
 
O IBAMA, em mais uma medida que materializa o princípio do federalismo de 
cooperação, foi autorizado pelo artigo 17-Q da Lei 6.938/81 a celebrar 
convênios com os Estados, o DF e os Municípios, a fim de que estes 
desempenhem atividades de fiscalização ambiental, podendo repassar-
lhes parte da receita obtida com a respectiva taxa (Taxa de Controle e 
Fiscalização Ambiental – TCFA). 
 
• Os demais órgãos e entidades 
FEDERAIS relacionados à tutela do 
meio ambiente foram incluídos no 
SISNAMA pelo artigo 3º do Decreto 
99.274/90, na categoria de "órgãos 
seccionais". 
a 
• O Fundo Nacional do Meio Ambiente é 
administrado pela Secretaria do Meio 
Ambiente da Presidência da República, de 
acordo com as diretrizes fixadas pelo 
Conselho de Governo, sem prejuízo das 
competências do Conama (art. 4º da Lei 
7.797/89) 
 
 
 
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2 – Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA 
 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é o órgão consultivo e 
deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, foi instituído 
pela Lei 6.938/81 e regulamentada pelo Decreto 99.274/90 e integra a 
estrutura do Ministério do Meio Ambiente. O CONAMA existe para assessorar, 
estudar e propor ao Governo as linhas de direção que devem tomar as políticas 
governamentais para a exploração e preservação do meio ambiente e dos 
recursos naturais. Além disso, também cabe ao órgão, dentro de sua 
competência, criar normas e determinar padrões compatíveis com o meio 
ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. 
O CONAMA é estruturado da seguinte forma (artigo 4º do Decreto 99.274/90): 
 
Plenário, integrado por: 
 Ministro do Meio Ambiente, que o preside 
 Secretário-Executivo do MMA 
 1 representante do IBAMA 
 1 representante da Agência Nacional de Águas 
 1 representante de cada um dos Ministérios, 
das Secretarias da Presidência da República e 
dos Comandos Militares do Ministério da Defesa, 
indicados pelos respectivos titulares 
 1 representante de cada um dos Estados e do 
DF, indicado pelos respectivos Governadores 
 8 representantes dos Governos Municipais que 
possuam órgão ambiental e Conselho de Meio 
Ambiente, sendo 1 representante de cada 
região geográfica do país, 1 representante da 
Associação Nacional de Municípios e Meio 
Ambiente – ANAMMA e 2 representantes de 
entidades municipalistas de âmbito nacional 
 22 representantes de entidades de 
trabalhadores e da sociedade civil, sendo 2 
representantes de entidades ambientalistas de 
cada uma das Regiões Geográficas do País, 1 
representante de entidade ambientalista de 
âmbito nacional, 3 representantes de 
associações legalmente constituídas para a 
defesa dos recursos naturais e do combate à 
poluição, de livre escolha do Presidente da 
República, 1 representante de entidades 
 
 
 
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profissionais, de âmbito nacional, com atuação 
na área ambiental e de saneamento, indicado 
pela Associação Brasileira de Engenharia 
Sanitária e Ambiental-ABES, 1 representante de 
trabalhadores indicado pelas centrais sindicais e 
confederações de trabalhadores da área urbana 
(Central Única dos Trabalhadores-CUT, Força 
Sindical, Confederação Geral dos 
Trabalhadores-CGT, Confederação Nacional dos 
Trabalhadores na Indústria-CNTI e 
Confederação Nacional dos Trabalhadores no 
Comércio-CNTC), escolhido em processo 
coordenado pela CNTI e CNTC, 1 um 
representante de trabalhadores da área rural, 
indicado pela Confederação Nacional dos 
Trabalhadores na Agricultura-CONTAG, 1 
representante de populações tradicionais, 
escolhido em processo coordenado pelo Centro 
Nacional de Desenvolvimento Sustentável das 
Populações Tradicionais-CNPT/IBAMA, 1 
representante da comunidade indígena indicado 
pelo Conselho de Articulação dos Povos e 
Organizações Indígenas do Brasil-CAPOIB, 1 
representante da comunidade científica, 
indicado pela Sociedade Fundação Brasileira 
para a Conservação da Natureza-FBCN. 
 8 representantes de integram também o 
Plenário do CONAMA, na condição de 
Conselheiros Convidados, sem direito a voto: 
 um representante do Ministério Público Federal; 
 um representante dos Ministérios Públicos 
Estaduais, indicado pelo Conselho Nacional dos 
Procuradores-Gerais de Justiça; e 
 um representante da Comissão de Defesa do 
Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da 
Câmara dos Deputados 
 entidades empresariais 
 1 membro honorário indicado pelo Plenário 
 integram também o Plenário do CONAMA, na 
condição de Conselheiros Convidados, sem 
direito a voto: 1 representante do Ministério 
Público Federal, 1 representante dos Ministérios 
Públicos Estaduais, indicado pelo Conselho 
Nacional dos Procuradores-Gerais de Justiça e 1 
representante da Comissão de Defesa do 
Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da 
 
 
 
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Câmara dos Deputados 
Câmara Especial Recursal 
Comitê de Integração de Políticas Ambientais 
Câmaras Técnicas 
Grupos de Trabalho 
Grupos Assessores 
 
 
 
As atribuições do CONAMA estão elencadas no artigo 8º da Lei 6.938/81c/c 
artigo 7º do Decreto 99.274/90, e são, dentre outras: 
 
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o 
licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser 
concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA (não cabe mais 
ao IBAMA supervisionar o licenciamento ambiental feito pelos Estados, 
pois estes possuem competência própria para tal mister) 
 
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das 
alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos 
públicos ou privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e 
municipais, bem assim a entidades privadas, as informações 
indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e 
respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de significativa 
degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas 
patrimônio nacional (uma interpretação sistêmica da legislação 
ambiental leva à conclusão de que esta competência pertence a cada 
órgão ambiental licenciador, e não ao CONAMA) 
 
III - homologar acordos visando à transformação de penalidades 
pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a 
• A composição do Plenário do CONAMA 
atende ao princípio da Participação 
Comunitária, haja vista que abrange a 
participação de representantes do Poder 
Público de todos os níveis, da sociedade 
civil, dos trabalhadores, dos empresários, 
a 
 
 
 
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Teoria, jurisprudência e questões 
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proteção ambiental (uma interpretação sistêmica da legislação 
ambiental leva à conclusão de que esta competência pertence a cada 
órgão ambiental licenciador, e não ao CONAMA) 
 
IV- determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou 
restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em 
caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação 
em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito 
 
V- estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle 
da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, 
mediante audiência dos Ministérios competentes 
 
VI- estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à 
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional 
dos recursos ambientais, principalmente os hídricos 
 
VII- assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes de 
políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais 
 
VIII- avaliar a implementação e a execução da política ambiental do 
País 
 
IX- recomendar ao órgão ambiental competente a elaboração do 
Relatório de Qualidade Ambiental, previsto no art. 9o inciso X da Lei no 
6.938, de 31 de agosto de 1981 
 
X- deliberar, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e 
moções, visando o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de 
Meio Ambiente 
 
 
 
• Após a entrada em vigor da Lei 
11.941/2009 não cabe mais ao CONAMA 
julgar, em última instância, os recursos 
interpostos contra as multas e demais 
penalidades imposta pelo IBAMA 
a 
 
 
 
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Teoria, jurisprudência e questões 
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No uso de suas atribuições o CONAMA praticará os seguintes atos, como bem 
apontado por Frederico Amado1: 
 
Resoluções, quando se tratar de deliberações vinculada a diretrizes e normas 
técnicas, critérios e padrões relativos à proteção ambiental e ao uso sustentável 
dos recursos ambientais. 
Moções, quando se tratar de manifestação, de qualquer natureza, relacionado 
ao meio ambiente. 
Recomendações, quando a manifestação se referir a implementação de 
políticas, programas e normas com repercussão na seara ambiental. 
Proposições, quando se tratar de matéria ambiental a ser encaminhada ao 
Conselho de Governo ou ao Parlamento. 
 
O tema relacionado ao papel normativo do CONAMA é polêmico, haja vista 
que, em tese, cabe somente à lei criar direitos ou obrigações, não podendo um 
mero decreto ou resolução inovar no ordenamento jurídico (deve haver um 
mínimo de parâmetro legal a ser seguido pelo ato regulamentar). Ocorre que os 
Tribunais têm confirmado a validade destes atos infra legais emanados do 
CONAMA sob o argumento de que há autorização legal para a edição de 
tais atos. Além do mais, o tema é cercado de alta densidade técnica, e 
ninguém melhor que um órgão técnico para normatizar eficazmente a matéria 
ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
1 Amado, Frederico. Legislação Comentada para concurso. Editora Método, São Paulo, 2015. 
• A competência normativa do CONAMA 
decorre do poder regulamentar da 
Administração pública e não pode ser 
confundida como decorrência do poder 
legislativo. Assim, edita normas 
complementares à lei, visando à sua fiel 
execução, não podendo contrariá-la. 
a 
• O STF, no julgamento da ADPF 101, validou 
a Resolução do CONAMA que vedada a 
importação de pneus usados mesmo sem a 
existência de lei proibitiva. 
a 
 
 
 
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Lei 6.938/81 
Art. 8º Compete ao CONAMA: 
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o 
licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser 
concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; 
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das 
alternativas e das possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou 
privados, requisitando aos órgãos federais, estaduais e municipais, bem assim a 
entidades privadas, as informações indispensáveis para apreciação dos estudos 
de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no caso de obras ou atividades de 
significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas consideradas 
patrimônio nacional. 
 III - decidir, como última instância administrativa em grau de recurso, mediante 
depósito prévio, sobre as multas e outras penalidades impostas 
pelo IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989) (Revogado pela Lei nº 
11.941, de 2009) 
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na 
obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; 
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de 
benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, 
e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em 
estabelecimentos oficiais de crédito; 
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da 
poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante 
audiência dos Ministérios competentes; 
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à 
manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos 
recursos ambientais, principalmente os hídricos. 
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, 
o Presidente do Conama. 
 
 
3 - Jurisprudência Correlata 
 
 
 
A Turma, por maioria, deu provimento ao recurso, ao entendimento de que 
a poluição sonora enquadra-se em poluição, sendo extremamente 
gravosa à saúde, especialmente quando impede que as pessoas 
durmam, não se constituindo somente um incômodo. Assim, tendo 
em vista se tratar de poluição, o MP tem legitimidade para a propositura de 
ação, conforme prevê o art. 14, § 1º, da Lei n. 6.938/1981 (Lei da Política 
Nacional do Meio Ambiente). REsp 1.051.306-MG, Rel. originário Min. 
Castro Meira, Rel. para acórdão Min. Herman Benjamin, julgado em 
16/10/2008.Prof. Thiago Leite www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 34 
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PROCESSUAL CIVIL E DIREITO AMBIENTAL. RECURSO ESPECIAL. 
MANDADO DE SEGURANÇA. OBRA EMBARGADA PELO IBAMA, COM 
FUNDAMENTO NA RESOLUÇÃO DO CONAMA N. 303/2002. ÁREA DE 
PRESERVAÇÃO PERMANENTE. EXCESSO REGULAMENTAR. NÃO-
OCORRÊNCIA. ART. 2º, ALÍNEA 'F', DO CÓDIGO FLORESTAL NÃO-
VIOLADO. LOCAL DA ÁREA EMBARGADA. PRETENSÃO DE ANÁLISE DE 
MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7 DO STJ. 
RECURSO ESPECIAL NÃO-CONHECIDO. 
1. O fundamento jurídico da impetração repousa na ilegalidade da 
Resolução do Conama n. 303/2002, a qual não teria legitimidade jurídica 
para prever restrição ao direito de propriedade, como aquele que delimita 
como área de preservação permanente a faixa de 300 metros medidos a 
partir da linha de preamar máxima. 
2. Pelo exame da legislação que regula a matéria (Leis 6.938/81 e 
4.771/65), verifica-se que possui o Conama autorização legal para 
editar resoluções que visem à proteção do meio ambiente e dos 
recurso naturais, inclusive mediante a fixação de parâmetros, 
definições e limites de Áreas de Preservação Permanente, não 
havendo o que se falar em excesso regulamentar... (STJ, REsp 
994.881, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe 09/09/2009) 
 
...No que tange à proteção ao meio ambiente, não se pode dizer que há 
predominância do interesse do Município. Pelo contrário, é escusado 
afirmar que o interesse à proteção ao meio ambiente é de todos e de cada 
um dos habitantes do país e, certamente, de todo o mundo. Possui o 
CONAMA autorização legal para editar resoluções que visem à 
proteção das reservas ecológicas, entendidas como as áreas de 
preservação permanentes existentes às margens dos lagos formados por 
hidrelétricas. Consistem elas normas de caráter geral, às quais 
devem estar vinculadas as normas estaduais e municipais, nos 
termos do artigo 24, inciso VI e §§ 1º e 4º, da Constituição Federal 
e do artigo 6º, incisos IV e V, e § § 1º e 2º, da Lei n. 6.938/81. Uma 
vez concedida a autorização em desobediência às determinações legais, tal 
ato é passível de anulação pelo Judiciário e pela própria Administração 
Pública, porque dele não se originam direitos...(STJ, REsp 194.617, Rel. 
Min. Franciulli Netto, DJ 01/07/2002 p. 278) 
 
ADMINISTRATIVO. MEIO AMBIENTE - OBRA POTENCIALMENTE AGRESSIVA 
- LICENÇA DO SISNAMA - LEI 6.938/81, ART. 10. - EM HAVENDO OBRA 
POTENCIALMENTE OFENSIVA AO MEIO-AMBIENTE, RESERVA-SE 
AOS INTEGRANTES DO SISNAMA, A COMPETENCIA PARA AVALIAR 
O ALEGADO POTENCIAL. - ACORDÃO FINCADO NA ASSERTIVA DE QUE A 
OBRA IMPUGNADA ESTA LIVRE DE AUTORIZAÇÃO DO SISNAMA, PORQUE 
LEVA EM CONTA OS CUIDADOS EXIGIDOS PARA A PRESERVAÇÃO DO 
MEIO-AMBIENTE. TAL ARESTO EFETUOU JUÍZO DE VALOR, PENETRANDO 
 
 
 
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A COMPETENCIA DO SISNAMA E MALTRATANDO O ARTIGO 10, DA 
LEI 6.938/81. (STJ - REsp: 114549 PR 1996/0074694-0, Relator: 
Ministro HUMBERTO GOMES DE BARROS, Data de Julgamento: 
02/10/1997, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJ 24.11.1997) 
 
...9. Inexiste ofensa ao art. 10 da Lei 6.938/1981, quando o julgador se 
utiliza de parecer técnico do IBAMA, para ilidir a regularidade de licença 
ambiental expedido por órgão estadual (FATMA). 10. A competência para 
licenciar não se confunde com o poder fiscalizatório dos demais 
órgãos ambientais integrantes do SISNAMA. Precedente do STJ. 11. 
Recurso especial parcialmente conhecido e não provido. (STJ - REsp: 
1307317 SC 2012/0025869-9, Relator: Ministra ELIANA CALMON, Data de 
Julgamento: 27/08/2013, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 
23/10/2013) 
 
...1. Havendo omissão do órgão estadual na fiscalização, mesmo que 
outorgante da licença ambiental, pode o IBAMA exercer o seu poder de 
polícia administrativa, pois não há confundir competência para 
licenciar com competência para fiscalizar. 2. A contrariedade à norma 
pode ser anterior ou superveniente à outorga da licença, portanto a 
aplicação da sanção não está necessariamente vinculada à esfera do ente 
federal que a outorgou. 3. O pacto federativo atribuiu competência 
aos quatro entes da federação para proteger o meio ambiente 
através da fiscalização. 4. A competência constitucional para 
fiscalizar é comum aos órgãos do meio ambiente das diversas 
esferas da federação, inclusive o art. 76 da Lei Federal n. 9.605/98 
prevê a possibilidade de atuação concomitante dos integrantes do 
SISNAMA. 5. Atividade desenvolvida com risco de dano ambiental a bem 
da União pode ser fiscalizada pelo IBAMA, ainda que a competência para 
licenciar seja de outro ente federado. Agravo regimental provido. (STJ - 
AgRg no REsp: 711405 PR 2004/0179014-0, Relator: Ministro HUMBERTO 
MARTINS, Data de Julgamento: 28/04/2009, T2 - SEGUNDA TURMA, DJe 
15/05/2009) 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. Obrigação de fazer consistente em dar destinação 
adequada às aves apreendidas em razão de auto de infração. A 
competência prevista constitucionalmente para a preservação da 
fauna é concorrente. O Estado é órgão integrante do SISNAMA e a 
autoridade que obteve conhecimento da infração foi a estadual, a 
quem compete dar a destinação adequada aos bens ou animais 
apreendidos... (TJ-SP - APL: 00253651420118260344 SP 0025365-
14.2011.8.26.0344, Relator: Ruy Alberto Leme Cavalheiro, Data de 
Julgamento: 24/04/2014, 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente, Data 
de Publicação: 01/05/2014) 
 
 
 
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... ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AUTO DE INFRAÇÃO. IBAMA. 
ESTOCAGEM DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS. LICENÇA MUNICIPAL RESTRITA 
A PRODUTO MINERAL BRUTO. SISNAMA. ATUAÇÃO EM DEFESA DO 
MEIO AMBIENTE EM REGIME DE COOPERAÇÃO. MULTA MANTIDA. 
... 
3. A Lei 6.938/81, ao criar o Sistema Nacional do Meio Ambiente, 
almejou, em sede de competência administrativa, assegurar a 
preservação e proteção ao meio ambiente em todas as esferas, 
estabelecendo, para tanto, a possibilidade de vários órgãos 
atuarem com vistas a promover tais valores. Nesse sentido é que 
estabeleceu a possibilidade de os órgãos componentes do SISNAMA 
atuarem em regime de cooperação - e não de exclusão - na 
fiscalização de atividades potencialmente lesivas ao meio 
ambiente... (TRF-2 - AC: 201250010036608, Relator: Desembargador 
Federal JOSE ANTONIO LISBOA NEIVA, Data de Julgamento: 13/03/2013, 
SÉTIMA TURMA ESPECIALIZADA, Data de Publicação: 25/03/2013) 
 
AMBIENTAL. EXTRAÇÃO DE AREIA. LICENÇA DE ÓRGÃO ESTADUAL DO 
SISNAMA. FALTA DE LICENÇA DO IBAMA. AUTUAÇÃO. ART. 10 DA LEI N. 
6.938/81, § 2º. EXIGÊNCIA DE LICENÇA DO IBAMA APENAS EM CARÁTER 
SUPLETIVO. 1. O art. 10, caput, da Lei n. 6.938/81 estabelece que "a 
construção, instalação, ampliação e funcionamento de 
estabelecimento e atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os 
capazes, de qualquer forma, de causar degradação ambiental, 
dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente, 
integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente e Recursos 
Naturais Renováveis - SISNAMA, e do Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, em caráter 
supletivo, sem prejuízo de outras licenças exigíveis"... 3. Não teria 
sentido exigir-se licença, concomitantemente, de órgão estadual e 
do IBAMA e, ao mesmo tempo, submeter a licença estadual, em 
certos casos, a homologação do IBAMA. 4. Conclui-se, pois, que a 
licença do IBAMA é exigida apenas em caráter supletivo, ou seja, 
quando não houver previsão delicença estadual... (TRF-1 - AC: 
22475 GO 1999.35.00.022475-4, Relator: JUIZ JOAO BATISTA MOREIRA, 
Data de Julgamento: 15/03/2002, QUINTA TURMA, Data de Publicação: 
09/04/2002 DJ p.244) 
 
...1 - A Lei 6.938/81 criou o Sistema de Meio Ambiente, que tem 
como órgão consultivo e deliberativo, o Conselho Nacional de Meio 
Ambiente - CONAMA, que no âmbito de suas competências, delibera 
sobre normas, critérios e padrões compatíveis com o meio 
 
 
 
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ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade 
de vida. 
2 - O CONAMA editou Resolução n° 01/86, tendo como escopo estabelecer 
definições básicas e diretrizes para o uso e implementação de Estudos de 
Impacto Ambiental - EIA e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental - 
RIMA, sendo que no Anexo I da referida resolução, restam definidas as 
atividades ou empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental. No 
que diz respeito à atividade de transporte, está prevista a obrigatoriedade 
de expedição de licenciamento para transporte de cargas perigosas. (STJ, 
REsp 1.369.492, Min. Herman Benjamin, DP 04/06/2013) 
 
... 1. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal, nos termos do 
art. 24, VI, da CF, legislar concorrentemente sobre a proteção do meio 
ambiente. 
2. A Constituição Federal incumbiu ao Poder Público de, dentre outras 
medidas protetivas, exigir licença ambiental para as atividades e 
serviços potencialmente poluidores, obrigando todas as entidades 
federativas. Desta forma, embora o Decreto 88.351/83 disponha 
competir ao Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA a 
fixação de critérios básicos segundo os quais serão exigidos 
Estudos de Impacto Ambiental - EIA, isto não pode retirar a 
competência dos Estados em legislar supletivamente sobre o Meio 
Ambiente. (STJ, REsp 1.220.619, Relator Min. Hamilton Carvalhido, DP 
26/04/2011) 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Lei Complementar n° 42. de 
14 de dezembro de 2011. Plano Diretor do Município de Caraguatatuba, 
versando sobre as diretrizes e normas relativas ao desenvolvimento urbano 
e à preservação do meio ambiente. Projeto de lei de autoria do Executivo. 
Alteração pela Câmara de Vereadores, mediante introdução de emendas 
supressivas, modificativas, aditivas e corretivas, sem realização de 
estudos técnicos. Ausência, ademais, de participação do Conselho 
Municipal do Meio Ambiente ou da população, por meio de 
audiência pública ou de qualquer outra forma de participação 
comunitária. Violação dos artigos 180, inciso II e 191, "caput” da 
Constituição Estadual. Precedentes do C. Órgão Especial. (TJSP, ADI 
0083103-85.2012.8.26.0000, Relator(a): Antonio Luiz Pires 
Neto; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: Órgão Especial; Data do 
julgamento: 23/01/2013; Data de registro: 04/02/2013) 
 
...ARTS. 170, 196 E 225 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 
CONSTITUCIONALIDADE DE ATOS NORMATIVOS PROIBITIVOS DA 
IMPORTAÇÃO DE PNEUS USADOS. RECICLAGEM DE PNEUS USADOS: 
AUSÊNCIA DE ELIMINAÇÃO TOTAL DE SEUS EFEITOS NOCIVOS À 
 
 
 
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SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE EQUILIBRADO. AFRONTA AOS 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA SAÚDE E DO MEIO AMBIENTE 
ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO. COISA JULGADA COM CONTEÚDO 
EXECUTADO OU EXAURIDO: IMPOSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO. DECISÕES 
JUDICIAIS COM CONTEÚDO INDETERMINADO NO TEMPO: PROIBIÇÃO DE 
NOVOS EFEITOS A PARTIR DO JULGAMENTO. ARGUIÇÃO JULGADA 
PARCIALMENTE PROCEDENTE. 
1. Adequação da arguição pela correta indicação de preceitos fundamentais 
atingidos, a saber, o direito à saúde, direito ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado (arts. 196 e 225 da Constituição Brasileira) e a 
busca de desenvolvimento econômico sustentável: princípios 
constitucionais da livre iniciativa e da liberdade de comércio interpretados 
e aplicados em harmonia com o do desenvolvimento social saudável. 
Multiplicidade de ações judiciais, nos diversos graus de jurisdição, nas 
quais se têm interpretações e decisões divergentes sobre a matéria: 
situação de insegurança jurídica acrescida da ausência de outro meio 
processual hábil para solucionar a polêmica pendente: observância do 
princípio da subsidiariedade. Cabimento da presente ação. 
2. Argüição de descumprimento dos preceitos fundamentais 
constitucionalmente estabelecidos: decisões judiciais nacionais permitindo 
a importação de pneus usados de Países que não compõem o Mercosul: 
objeto de contencioso na Organização Mundial do Comércio – OMC, a partir 
de 20.6.2005, pela Solicitação de Consulta da União Europeia ao Brasil. 
3. Crescente aumento da frota de veículos no mundo a acarretar também 
aumento de pneus novos e, consequentemente, necessidade de sua 
substituição em decorrência do seu desgaste. 
Necessidade de destinação ecologicamente correta dos pneus usados para 
submissão dos procedimentos às normas constitucionais e legais vigentes. 
Ausência de eliminação total dos efeitos nocivos da destinação dos pneus 
usados, com malefícios ao meio ambiente: demonstração pelos dados. 
4. Princípios constitucionais (art. 225) a) do desenvolvimento sustentável e 
b) da equidade e responsabilidade intergeracional. 
Meio ambiente ecologicamente equilibrado: preservação para a geração 
atual e para as gerações futuras. Desenvolvimento sustentável: 
crescimento econômico com garantia paralela e superiormente respeitada 
da saúde da população, cujos direitos devem ser observados em face das 
necessidades atuais e daquelas previsíveis e a serem prevenidas para 
garantia e respeito às gerações futuras. 
Atendimento ao princípio da precaução, acolhido constitucionalmente, 
harmonizado com os demais princípios da ordem social e econômica. 
5. Direito à saúde: o depósito de pneus ao ar livre, inexorável com a falta 
de utilização dos pneus inservíveis, fomentado pela importação é fator de 
disseminação de doenças tropicais. 
 
 
 
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Legitimidade e razoabilidade da atuação estatal preventiva, prudente e 
precavida, na adoção de políticas públicas que evitem causas do aumento 
de doenças graves ou contagiosas. 
Direito à saúde: bem não patrimonial, cuja tutela se impõe de forma 
inibitória, preventiva, impedindo-se atos de importação de pneus usados, 
idêntico procedimento adotado pelos Estados desenvolvidos, que deles se 
livram. 
6. Recurso Extraordinário n. 202.313, Relator o Ministro Carlos Velloso, 
Plenário, DJ 19.12.1996, e Recurso Extraordinário n. 203.954, Relator o 
Ministro Ilmar Galvão, Plenário, DJ 7.2.1997: Portarias emitidas pelo 
Departamento de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior – Decex harmonizadas com o princípio da 
legalidade; fundamento direto no art. 237 da Constituição da República. 
7. Autorização para importação de remoldados provenientes de Estados 
integrantes do Mercosul limitados ao produto final, pneu, e não às 
carcaças: determinação do Tribunal ad hoc, à qual teve de se submeter o 
Brasil em decorrência dos acordos firmados pelo bloco econômico: 
ausência de tratamento discriminatório nas relações comerciais firmadas 
pelo Brasil. 
8. Demonstração de que: a) os elementos que compõem o pneus, dando-
lhe durabilidade, é responsável pela demora na sua decomposição quando 
descartado em aterros; b) a dificuldade de seu armazenamento impele a 
sua queima, o que libera substâncias tóxicas e cancerígenas no ar; c) 
quando compactados inteiros, ospneus tendem a voltar à sua forma 
original e retornam à superfície, ocupando espaços que são escassos e de 
grande valia, em especial nas grandes cidades; d) pneus inservíveis e 
descartados a céu aberto são criadouros de insetos e outros transmissores 
de doenças; e) o alto índice calorífico dos pneus, interessante para as 
indústrias cimenteiras, quando queimados a céu aberto se tornam focos de 
incêndio difíceis de extinguir, podendo durar dias, meses e até anos; f) o 
Brasil produz pneus usados em quantitativo suficiente para abastecer as 
fábricas de remoldagem de pneus, do que decorre não faltar matériaprima 
a impedir a atividade econômica. 
Ponderação dos princípios constitucionais: demonstração de que a 
importação de pneus usados ou remoldados afronta os preceitos 
constitucionais de saúde e do meio ambiente ecologicamente equilibrado 
(arts. 170, inc. I e VI e seu parágrafo único, 196 e 225 da Constituição do 
Brasil). 
9. Decisões judiciais com trânsito em julgado, cujo conteúdo já tenha sido 
executado e exaurido o seu objeto não são desfeitas: efeitos acabados. 
Efeitos cessados de decisões judiciais pretéritas, com indeterminação 
temporal quanto à autorização concedida para importação de pneus: 
proibição a partir deste julgamento por submissão ao que decidido nesta 
arguição. 
 
 
 
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10. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental julgada 
parcialmente procedente. (STF, ADPF 101, em 24/06/2009) 
 
Agravo regimental. Medida liminar indeferida. Ação civil originária. Projeto 
de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do 
Nordeste Setentrional... 2. A Licença de Instalação levou em conta o 
fato de que as condicionantes para a Licença Prévia estão sendo 
cumpridas, tendo o IBAMA apresentado programas e planos 
relevantes para o sucesso da obra, dos quais resultaram novas 
condicionantes para a validade da referida Licença de Instalação. A 
correta execução do projeto depende, primordialmente, da efetiva 
fiscalização e empenho do Estado para proteger o meio ambiente e 
as sociedades próximas. 3. Havendo, tão-somente, a construção de 
canal passando dentro de terra indígena, sem evidência maior de que 
recursos naturais hídricos serão utilizados, não há necessidade da 
autorização do Congresso Nacional. 4. O meio ambiente não é 
incompatível com projetos de desenvolvimento econômico e social 
que cuidem de preservá-lo como patrimônio da humanidade. Com 
isso, pode-se afirmar que o meio ambiente pode ser palco para a 
promoção do homem todo e de todos os homens. 5. Se não é possível 
considerar o projeto como inviável do ponto de vista ambiental, ausente 
nesta fase processual qualquer violação de norma constitucional ou legal, 
potente para o deferimento da cautela pretendida, a opção por esse 
projeto escapa inteiramente do âmbito desta Suprema Corte. Dizer sim ou 
não à transposição não compete ao Juiz, que se limita a examinar os 
aspectos normativos, no caso, para proteger o meio ambiente. 6. Agravos 
regimentais desprovidos. (ACO-MC AgR 876, de 19/12/2007) 
 
APELAÇÃO CÍVEL - Ação cautelar inominada preparatória de ação civil 
pública - Pretendida suspensão das obras e do processo de licenciamento 
ambiental - Ausência do fumus boni juris - Requisito que consubstancia o 
próprio mérito das ações cautelares - Ausência que importa na 
improcedência do pedido - Concessão das licenças pelo órgão 
ambiental competente - Realização de Relatório de Impacto 
Ambiental aprovado em reunião pública pelos membros do 
CONSEMA - Vícios no processo de licenciamento não demonstrados - 
Pareceres do Ministério Público em ambas as instâncias contrários aos 
termos do pedido - Ausência de prova nos autos apta a 
descaracterizar a licença ambiental e demonstrar eventual 
degradação do meio ambiente (TJSP, Apelação 0033972-
45.2013.8.26.0053, Relator(a): Eutálio Porto; Comarca: São Roque; Órgão 
julgador: 2ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente; Data do julgamento: 
21/05/2015; Data de registro: 19/06/2015) 
 
 
 
 
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Ação Cautelar. Tutela de urgência deferida para suspender audiência 
pública para acompanhamento do processo de licenciamento ambiental, 
levada a efeito pela incoante, para implantação de projeto de 
modernização de sua Refinaria Henrique Lage. O ato administrativo prévio 
é discricionário e está amparado nas Resoluções CONAMA 01/86, 9/87, 
237/97, bem como no Decreto n°30.555/89, que traduz as atribuições 
jurídicas do CONSEMA. Assim, o judiciário não pode invadir o mérito do 
ato, sob pena de violentar o princípio da tripartição. Além do mais, não se 
vislumbra, no caso, ilegalidade ou desvio de poder. Acrescente-se, a 
propósito, que a audiência prévia faz parte do procedimento 
administrativo formador do ato de licença que faz parte do referido 
ato a ser expedido pelo EIA. Poderia ser realizada e podem ser 
marcadas, outras audiências públicas, pois dentro da hierarquia 
normativa que regulamenta a sistemática ambiental. Agravo de 
instrumento provido (TJSP, AI 0064751-60.2004.8.26.0000, Relator(a): 
Guerrieri Rezende; Comarca: Comarca nâo informada; Órgão julgador: 7ª 
Câmara de Direito Público; Data de registro: 25/04/2005) 
 
Informativo 390 do STJ. COMPETÊNCIA. POLÍCIA MILITAR 
AMBIENTAL. 
In casu, constatou-se dos autos que foi celebrado convênio entre o 
Ibama e a Polícia Militar Ambiental de estado-membro, tendo por 
objeto estabelecer um regime de mútua cooperação entre 
convenentes a fim de executar ações fiscalizatórias voltadas para a 
preservação e conservação do meio ambiente e dos recursos 
naturais renováveis, conforme prevê o art. 17-Q da Lei n. 
6.938/1981, que trata da Política Nacional do Meio Ambiente. 
Diante disso, a Turma negou provimento ao recurso ao entendimento de 
que, sendo a Polícia Militar Ambiental órgão do Estado, atua em 
nome dele e, assim, é competente para a lavratura de auto de 
infração ambiental. (REsp 1.109.333-SC, Rel. Min. Francisco Falcão, 
julgado em 14/4/2009) 
 
Ação de rito ordinário movida contra a Prefeitura Municipal de São Paulo. 
Licença de funcionamento de heliponto obtida no ano de 2008, com 
validade de cinco anos. Superveniência da LM nº 15.003, regulamentada 
pelo Dec. Mun. nº 50.943, ambos de 23.10.2009. Fixação de novas 
diretrizes e normas para construção, instalação, reforma, 
ampliação e utilização de aeródromos, heliportos e helipontos. 
Hipótese em que não há direito adquirido a se manter licença de 
funcionamento, ou de se a renovar, à margem de legislação 
posterior... (TJSP, Apelação 0038659-36.2011.8.26.0053, Relator(a): 
Aroldo Viotti; Comarca: São Paulo; Órgão julgador: 11ª Câmara de Direito 
Público; Data do julgamento: 28/04/2015; Data de registro: 05/05/2015) 
 
 
 
 
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4 - Questões 
 
 
 
Questão 01 – (FCC – 2016 – Procurador do Município de São 
Luiz/MA) 
A respeito do Sistema Nacional de Meio Ambiente − SISNAMA, é 
INCORRETO afirmar que: 
a) a Agência Nacional de Águas − ANA faz parte do SISNAMA. 
b) os Municípios fazem parte do SISNAMA e podem exercer atividade 
fiscalizatória de empreendimento licenciado pela União, nos casos de 
iminência de degradação da qualidade ambiental. 
c) o Conselho Nacional do Meio Ambiente − CONAMA é um órgão colegiado 
consultivo e deliberativo do SISNAMA. 
d) o Ibama e o Instituto Chico Mendes são órgãos executores do SISNAMA, 
sendo que o primeiro tema atribuição de exercer o licenciamento e a 
fiscalização, e o segundo tem a atribuição de gerenciar o Sistema Nacional 
de Unidades de Conservação − SNUC. 
e) as Secretariais Estaduais de Meio Ambiente são órgãos seccionais do 
SISNAMA. 
 
Comentário: a banca considerou apenas o artigo 6º da Lei 
6.938/81, desconsiderando o artigo 3º, V do Decreto 99.274/90. 
Portanto, considerou que a ANA não faz parte do SISNAMA, o que 
torna a letra “a” errada e, portanto, aquela a ser marcada. 
CUIDADO!!! 
 
Questão 02 – (FCC – 2013 – Analista do Ministério Público 
de Pernambuco) 
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder 
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade 
ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA. Inclui-se nessa estrutura, 
a) o órgão superior composto pela Secretaria do Meio Ambiente da 
Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, 
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as 
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente. 
 
 
 
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b) o órgão consultivo e deliberativo composto pelo Conselho de Governo, 
com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da 
política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e 
os recursos ambientais. 
c) o órgão central composto pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis, com a finalidade de executar e fazer 
executar, como órgão federal, a política e diretrizes governamentais 
fixadas para o meio ambiente. 
d) o órgão executor composto pelos órgãos ou entidades municipais, 
responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas 
respectivas jurisdições. 
e) os órgãos Seccionais compostos pelos órgãos ou entidades estaduais 
responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e 
fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. 
 
Comentário: exegese do artigo 6º da Lei 6.938/81. A letra certa, 
portanto, é a “e”. 
 
Questão 03 – (FCC – 2013 – Juiz de Pernambuco) 
A Lei Federal no 6.938/81 impõe a obrigatoriedade de 
licenciamento ambiental para as atividades consideradas “efetiva 
e potencialmente poluidoras”, assim como as “capazes, sob 
qualquer forma, de causar degradação ambiental”. Nesse 
contexto, as competências do Conselho Nacional do Meio 
Ambiente – CONAMA incluem, dentre outras, 
a) a fixação de critérios e padrões de qualidade do meio ambiente e a 
supervisão da atividade de licenciamento exercida pelos órgãos estaduais e 
municipais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. 
b) homologar o licenciamento ambiental a cargo de órgãos estaduais e 
municipais integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA e 
estabelecer normas e critérios para o licenciamento das atividades efetiva 
ou potencialmente poluidoras. 
c) o estabelecimento de normas e critérios para o licenciamento, 
especificando quais atividades estarão a ele desde logo sujeitas, bem como 
o efetivo exercício do licenciamento ambiental, sempre que este estiver sob 
a alçada da União. 
d) a definição de quais entidades da Federação são competentes para o 
licenciamento ambiental, bem como o procedimento administrativo que 
deverá ser seguido em seus respectivos âmbitos. 
e) relacionar atividades que estão aprioristicamente sujeitas ao estudo de 
impacto ambiental (EIA), bem como disciplinar as espécies de licenças 
 
 
 
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ambientais passíveis de expedição e suas respectivas hipóteses de 
cabimento. 
 
Comentário: Letra A – Incorreta: a supervisão do licenciamento 
cabe ao IBAMA e não ao CONAMA. Letra B – Incorreta: cabe ao 
CONAMA homologar quaisquer acordos visando à transformação 
de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de 
interesse para a proteção ambiental. O CONAMA não homologa 
licenciamentos dos órgãos competentes para licenciamento 
(IBAMA, estaduais e locais). Letra C – Incorreta: o licenciamento 
ambiental que compete à União é feito pelo IBAMA e não pelo 
CONAMA. Letra D – Incorreta: cabe à lei definir quais entidades da 
Federação são competentes para o licenciamento ambiental e seu 
procedimento. Letra E – Correta: uma vez que cabe ao CONAMA 
estabelecer normas e critérios referentes ao licenciamento de 
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, entende-se que 
cabe ao mesmo relacionar as atividades sujeitas ao EIA, bem como 
disciplinar as licenças e suas hipóteses de cabimento (artigo 8º da 
Lei 6.938/81 c/c Resoluções CONAMA 1/86 e 237/97) 
 
Questão 04 – (FCC – 2012 – Analista do Ministério Público 
do Amapá) 
De acordo com a Lei no 6.938/81, o Sistema Nacional do Meio 
Ambiente - SISNAMA possui o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente - CONAMA em sua estrutura como órgão: 
a) superior, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e 
controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes 
governamentais fixadas para o meio ambiente. 
b) consultivo e deliberativo, com a finalidade de assessorar, estudar e 
propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais 
para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua 
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. 
c) central, com a função de assessorar o Presidente da República na 
formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o 
meio ambiente e os recursos ambientais. 
d) executor, com a finalidade de executar e fazer executar, como órgão 
federal, a política e diretrizes governamentais fixadas para o meio 
ambiente. 
e) seccional, com a responsabilidade de divulgar anualmente o Relatório de 
Qualidade do Meio Ambiente, bem como de administrar o Cadastro Técnico 
Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, além do 
 
 
 
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Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou 
Utilizadoras de Recursos Ambientais. 
 
Comentário: transcrição do artigo 6º, II da Lei 6.938/81, o que 
torna a letra “b” correta. 
 
Questão 05 – (FCC – 2011 – Juiz de Pernambuco) 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é órgão 
encarregado de: 
a) reunir em um sistema único os órgãos da administração ambiental 
federal, estadual e municipal, promovendo reuniões trimestrais entre eles 
para tornar efetiva a proteção do meio ambiente. 
b) gerir o Fundo Nacional do Meio Ambiente e a distribuição de recursos 
para projetos ambientais. 
c) estudar e propor diretrizes de políticas governamentais para o meio 
ambiente e executar a política nacional do meio ambiente, podendo agir 
administrativa ou judicialmente. 
d) estudar e propor diretrizes de políticas governamentais para o meio 
ambiente e deliberar, no âmbito de suas competências, sobre normas e 
padrões compatíveis com a proteção do meio ambiente. 
e) expedir Resoluções para a manutenção da qualidade do meio ambiente 
no âmbito federal. 
 
Comentário: transcrição literal do artigo 6º, II da Lei 6.938/81. 
Portanto, a letra correta é a “d”. 
 
Questão 06 – (FCC – 2010 – Procurador da Assembleia 
Legislativa de SP) 
É órgão superior do Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA (Lei no 6.938/81), com a função de assessorar oPresidente da República na formulação da política nacional e nas 
diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos 
ambientais: 
a) a entidade estadual responsável pela execução de programas 
ambientais. 
b) a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República. 
c) o Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. 
d) o Conselho de Governo. 
 
 
 
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e) o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis 
– IBAMA. 
 
Comentário: transcrição literal do art. 6º, I da Lei 6.938/81, o que 
torna a letra “d” aquela a ser marcada. 
 
Questão 07 – (CESPE – 2013 – Analista administrativo do 
IBAMA) 
A respeito do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e 
da Política Nacional do Meio Ambiente, julgue os itens que se 
seguem. 
 
 
As ações de licenciamento, registro, autorizações, concessões e 
permissões relacionadas à fauna, à flora, e ao controle ambiental 
são de competência exclusiva dos órgãos e entidades integrantes 
do SISNAMA 
 
Comentário: Certo. Transcrição literal do artigo 17-L da Lei 
6.938/81. 
 
Questão 08 – (CESPE – 2013 – Analista ambiental do 
IBAMA) 
É cabível a celebração de convênios entre o IBAMA, estados e 
municípios para o desempenho de atividades de fiscalização 
ambiental, podendo o IBAMA repassar a esses entes parcela da 
receita proveniente da taxa de controle e fiscalização ambiental: 
 
Comentário: Certo. Transcrição literal do artigo 17-Q da Lei 
6.938/81. 
 
Questão 09 – (CESPE – 2012 – Promotor de justiça do 
Tocantins) 
A respeito do SISNAMA, assinale a opção correta. 
a) Somente o governo federal possui direito a voto na plenária do 
CONAMA. 
b) Não compõem o SISNAMA as secretarias de meio ambiente dos 
municípios. 
 
 
 
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c) O CONAMA, órgão colegiado do SISNAMA, possui funções consultivas e 
deliberativas. 
d) O IBAMA não é mais o órgão executor do SISNAMA desde a criação do 
ICMBio. 
e) A presidência do CONAMA é exercida pelo ministro chefe da Casa Civil. 
 
Comentário: exegese do artigo 6º, II da Lei 6.938/81, o que torna a 
letra “c” correta. 
 
Questão 10 – (CESPE – 2012 – Juiz do Pará) 
As obras para a construção de uma usina hidrelétrica na região 
amazônica, financiadas por entidades governamentais 
brasileiras, afetarão mais três estados-membros da Federação, 
dado o alagamento de uma área superior a dois mil hectares na 
Amazônia Legal, onde se localizam imóveis rurais particulares. 
 
Considerando a situação hipotética acima e o disposto na Política 
Nacional de Meio Ambiente e nas Resoluções n.º 1, n.º 237 e n.º 
378 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), assinale 
a opção correta. 
a) Conforme determinação do Sistema Nacional de Meio Ambiente 
(SISNAMA) expressa na Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, o 
licenciamento ambiental cabe aos órgãos ambientais competentes dos três 
estados afetados. 
b) O empreendimento não está sujeito a licenciamento ambiental, por 
serem as hidrelétricas fontes de energia renovável, não incluídas, portanto, 
entre as atividades utilizadoras de recursos naturais consideradas 
poluentes. 
c) Compete ao IBAMA o licenciamento ambiental do empreendimento, já 
que o impacto ambiental, nesse caso, é regional. 
d) O licenciamento ambiental deverá ser feito pelo órgão ambiental 
competente de apenas um dos estados-membros afetados pelo 
empreendimento. 
e) Poderá ser dispensado o estudo de impacto ambiental da obra se a 
energia a ser gerada pela usina for indispensável para a economia do país. 
 
Comentário. Licenciamento que envolva mais de um Estado é de 
competência do IBAMA (artigo 7º, XIV, e da LC 140/11 c/c artigo 
4º, II da Resolução 237/97), o que torna a letra “c” correta. 
 
 
 
 
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Questão 11 – (CESPE – 2012 – Juiz do Piauí) 
Com relação à PNMA e à estrutura e funcionamento do SISNAMA, 
conforme a Lei n.º 6.938/1981, assinale a opção correta: 
a) A fiscalização e o controle da aplicação de critérios, normas e padrões 
de qualidade ambiental devem ser exercidos prioritariamente pelo IBAMA 
e, em caráter supletivo, pelos órgãos estaduais e municipais competentes. 
b) Na estrutura do SISNAMA, o CONAMA é o órgão superior, e sua função é 
assistir o presidente da República na formulação de diretrizes da PNMA. 
c) Não se exige das pessoas físicas que se dediquem à consultoria técnica 
de problemas ambientais o registro no IBAMA, mas as pessoas físicas e 
jurídicas que se dediquem a atividades poluidoras ou à extração, produção, 
transporte e comercialização de produtos perigosos, assim como de 
produtos e subprodutos da fauna e flora, devem, obrigatoriamente, 
registrar-se em cadastro técnico federal administrado pelo IBAMA. 
d) Compete ao CONAMA, entre outras atribuições, determinar, mediante 
representação do IBAMA, a perda ou a restrição de benefícios fiscais 
concedidos pelo poder público e a perda ou a suspensão de participação 
em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito. 
e) A construção, instalação, ampliação e o funcionamento de 
estabelecimentos e de atividades que utilizem recursos ambientais 
considerados efetiva e potencialmente poluidores dependem de prévio 
licenciamento do IBAMA, se o impacto ambiental for de âmbito nacional, e 
do órgão estadual do ambiente, caso o impacto seja de âmbito regional. 
 
Comentário: transcrição do artigo 8º, V da Lei 6.938/81, o que 
torna a letra “d” correta. 
 
Questão 12 – (CESPE – 2007 – Promotor de justiça do 
Amazonas) 
Assinale a opção incorreta acerca do SISNAMA, nos termos da Lei 
n.º 6.938/1981: 
a) Compete ao CONAMA estabelecer, privativamente, normas e padrões 
nacionais de controle da poluição causada por veículos automotores, 
aeronaves e embarcações, mediante audiência dos ministérios 
competentes. 
b) O SISNAMA é constituído pelos órgãos e entidades da União, dos 
estados, do DF e dos municípios e pelas fundações instituídas pelo poder 
público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. 
c) O CONAMA pode dividir-se em câmaras técnicas para examinar e relatar 
ao plenário assuntos de sua competência. 
 
 
 
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d) O licenciamento de estabelecimentos destinados a produzir materiais 
nucleares deve ser feito pelos órgãos estaduais, municipais e distritais. 
e) O SISNAMA possui estrutura federativa. 
 
Comentário: a competência para o licenciamento que envolva 
material radioativo ou nuclear é da União, através do IBAMA, o que 
torna a letra “d” aquela a ser marcada como incorreta (artigo 4º, 
IV da Resolução CONAMA 237/97). 
 
 
Questão 13 – (FUNRIO – 2016 – Procurador Municipal de 
Itupeva) 
De acordo com a Lei no. 6.938-81 o Sistema Nacional do Meio 
Ambiente – SISNAMA é organizado com vários órgãos 
distribuídos pelos entes da federação sendo que os entes 
municipais participam dos órgãos: 
a) centrais. 
b) consultivos. 
c) locais. 
d) executivos. 
e) deliberativos. 
 
Comentário: exegese do artigo 6º, VI da Lei 6.938/81, o que torna 
a letra “c” aquela a ser marcada. 
 
Questão 14 – (CESGRANRIO – 2015 – Advogado da 
Petrobrás) 
Nos termos da legislação ambiental federal, existe um órgão 
consultivo e deliberativo,que tem a finalidade de assessorar, 
estudar e propor, ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas 
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais, 
bem como deliberar, no âmbito de sua competência, sobre 
normas e padrões compatíveis com o meio ambiente 
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. 
Esse órgão é o(a): 
 
a) Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis. 
 
 
 
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b) Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
c) Ministério do Meio Ambiente. 
d) Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República. 
e) Comissão de Governo e Meio Ambiente Federal. 
 
Comentário: exegese do artigo 6º, II da Lei 6.938/81, o que torna a 
letra “b” aquela a ser marcada. 
 
Questão 15 – (FUNIVERSA – 2015 – Delegado de Polícia do 
DF) 
Relativamente aos instrumentos da política nacional de meio 
ambiente e ao Sisnama, assinale a alternativa correta. 
a) Compete ao instituto brasileiro de meio ambiente (Ibama) estabelecer, 
privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por 
veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos 
ministérios competentes. 
b) Não apenas os pedidos de licenciamento ambiental, mas também sua 
renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial, bem 
como em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio 
eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente. 
c) As ações de licenciamento relacionadas ao controle ambiental são de 
competência exclusiva dos órgãos integrantes do Sisnama, mas as ações 
relativas a concessões e permissões relacionadas à flora e à fauna podem 
ser executadas por entidades e órgãos governamentais que, mesmo não 
estando inseridos no Sisnama, desenvolvem atividades relacionadas ao 
poder de polícia. 
d) O conselho nacional do meio ambiente é o órgão superior do Sisnama, 
ao qual compete assessorar o presidente da República na formulação da 
política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e 
os recursos ambientais. 
e) A comissão técnica nacional de biossegurança, órgão integrante do 
Sisnama, tem como finalidade prestar apoio técnico-consultivo e 
assessoramento ao governo federal na implementação da política relativa 
aos organismos geneticamente modificados. 
 
Comentário: a letra A está errada, pois a competência ali descrita 
pertence ao CONAMA. A letra C contraria o artigo 17-L da Lei 
6.938/81. A letra D está errada, pois o órgão superior do SISNAMA 
é o Conselho de Governo. A letra E foi considerada errada, pois a 
CTNBio não integra a estrutura do SISNAMA, segundo o artigo 6º 
 
 
 
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da Lei da PNMA. A letra correta, portanto, é a B (artigo 10, §1º da 
Lei 6.938/81). 
 
Questão 16 – (CS-UFG – 2015 – Procurador da Assembléia 
Legislativa de Goiás) 
A Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) foi instituída pela 
Lei n. 6.938/1981, tendo por objetivo a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no país, condições ao desenvolvimento 
socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à 
proteção da dignidade da vida humana. Nesse sentido: 
a) a Política Nacional do meio ambiente visa, entre outros objetivos, 
favorecer o desenvolvimento de novas tecnologias que dispensem o uso de 
recursos naturais, preservando a qualidade do meio ambiente e o equilíbrio 
ecológico. 
b) o CONAMA, o IBAMA e o Instituto Chico Mendes são órgãos executores 
das políticas e diretrizes governamentais fixadas para o Meio Ambiente, de 
acordo com as respectivas competências. 
c) o zoneamento ambiental, na distribuição das atividades econômicas em 
determinado território, poderá impor vedações, restrições e alternativas de 
exploração a certos empreendimentos e atividades incompatíveis com suas 
diretrizes. 
d) a licença ambiental é exigência prévia para a construção, instalação, 
ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores 
de recursos ambientais, desde que potencialmente causadores de 
significativa degradação do meio ambiente. 
 
Comentário: o desenvolvimento de tecnologias que dispensem o 
uso de recursos naturais não está enumerado nos incisos do artigo 
4º da Lei da PNMA. O CONAMA não é órgão executor do SISNAMA. 
O licenciamento ambiental é exigido para empreendimentos que 
efetiva ou potencialmente causem danos ambientais. A letra 
correta é a C (parágrafo único do artigo 3º do Decreto 4.297/02). 
 
Questão 17 – (PGE-GO – 2013 – Procurador do Estado de 
Goiás) 
De acordo com a Lei n. 6.938, de 31 de agosto de 1981, que trata 
da Política Nacional do Meio Ambiente está INCORRETA a 
seguinte proposição: 
a) As atividades empresariais públicas ou privadas serão exercidas em 
consonância com as diretrizes da Política Nacional do Meio Ambiente. 
 
 
 
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b) Os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pelos programas e 
projetos, bem como pelo controle e fiscalização de atividades capazes de 
provocar a degradação ambiental, são órgãos executores do Sistema 
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA. 
c) São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente: o zoneamento 
ambiental; a avaliação de impactos ambientais; o cadastro técnico federal 
de atividades e instrumentos de defesa ambiental; os instrumentos 
econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro 
ambiental e outros. 
d) O proprietário ou possuidor de imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, 
por instrumento público ou particular ou por termo administrativo firmado 
perante órgão integrante do SISNAMA, limitar o uso de toda a sua 
propriedade ou de parte dela para preservar, conservar ou recuperar os 
recursos ambientais existentes, instituindo servidão ambiental. 
e) As entidades e órgãos de financiamento e incentivos governamentais 
condicionarão a aprovação de projetos habilitados a esses benefícios ao 
licenciamento ambiental e ao cumprimento das normas, dos critérios e dos 
padrões expedidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. 
 
Comentário: os órgãos executores do SISNAMA são o IBAMA e o 
ICMBio, motivo pelo qual a letra B está errada e deve, portanto, ser 
marcada. 
 
Questão 18 – (TJ-PR – 2011 – Juiz do Paraná) 
Sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, considere a 
resposta CORRETA: 
I. O objeto do Direito Ambiental é a qualidade do meio ambiente 
propício à vida, o que se evidencia pela perseguição do equilíbrio 
ecológico. 
II. O meio ambiente, conceituado como “o conjunto de condições, 
leis influências e interações de ordem física, química e biológica, 
que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas” pelo 
artigo 3º, I, da Lei 6.938/81, caracteriza-se como macro – bem, 
e, sendo assim, integra um tertium genus oponível ao público e 
ao privado. 
III. O componente do SISNAMA com função deliberativa e 
consultiva é o CONAMA, enquanto que o IBAMA exerce função 
executora da Política Nacional do Meio Ambiente. 
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
 
 
 
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d) Todasas afirmativas são verdadeiras. 
 
Comentário: como visto em aula passada, o objeto do Direito 
Ambiental é o meio ambiente equilibrado (bem ambiental). Parte 
da doutrina classifica o bem ambiental como um bem sui generis 
(nem público nem privado), haja vista que não pertence ao Estado 
ou a alguma pessoa isoladamente, mas a todos de forma difusa, 
podendo ser defendido em face de atos danosos de particular ou do 
próprio poder público. A letra “c” é exegese do artigo 6º da Lei da 
PNMA, o que torna a letra “d” correta. 
 
Questão 19 – (FCC – 2012 – Procurador do Estado de SP) 
No Estado de São Paulo, de acordo com a Lei Estadual 
no 13.507/09 o plenário do Conselho Estadual do Meio Ambiente 
– CONSEMA, 
a) é composto por 36 (trinta e seis) membros, sendo a metade formada 
por representantes de entidades não governamentais, dos quais 6 (seis) 
são eleitos por entidades ambientalistas, com mandato de 1 (um) ano, 
tendo como atribuição, dentre outras, emitir pronunciamento prévio a 
respeito da Política Estadual do Meio Ambiente e acompanhar sua 
execução. 
b) é composto por 33 (trinta e três) membros, sendo um terço composto 
por representantes de entidades não governamentais, um terço por 
representantes de governos municipais e um terço por representantes de 
órgãos e entidades governamentais, todos com mandato de 2 (dois) anos, 
tendo como atribuição, dentre outras, avaliar as políticas públicas com 
relevante impacto ambiental e propor mecanismos de mitigação e 
recuperação do meio ambiente. 
c) é composto por 36 (trinta e seis) membros, sendo a metade formada 
por representantes de entidades não governamentais, dos quais 6 (seis) 
são eleitos por entidades ambientalistas, com mandato de 2 (dois) anos, 
tendo como atribuição, dentre outras, avaliar as políticas públicas com 
relevante impacto ambiental e propor mecanismos de mitigação e 
recuperação do meio ambiente. 
d) é composto por 36 (trinta e seis) membros, sendo a metade formada 
por representantes de entidades não governamentais, dos quais 6 (seis) 
são eleitos por entidades ambientalistas, com mandato de 2 (dois) anos, 
tendo como atribuição, dentre outras, emitir autorizações para queima da 
palha de cana-de-açúcar em áreas superiores a 2.000 (dois mil) hectares. 
e) é composto por 33 (trinta e três) membros, sendo um terço composto 
por representantes de entidades não governamentais, um terço por 
representantes de governos municipais e um terço por representantes de 
órgãos e entidades governamentais, todos com mandato de 2 (dois) anos, 
 
 
 
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tendo como atribuição, dentre outras, apreciar Estudos de Impacto 
Ambiental - EIA e seus respectivos Relatórios de Impacto sobre o Meio 
Ambiente - RIMA, por solicitação do Secretário do Meio Ambiente ou por 
decisão do Plenário, mediante requerimento de um quarto de seus 
membros. 
 
Comentário: exegese do artigo 7º c/c artigo 2º, IV da Lei estadual 
13.507/2009, o que torna a letra “c” correta. 
 
Questão 20 – (FCC – 2009 – Procurador do Estado de SP) 
Com base na Resolução CONAMA n° 237/1997, e na Lei Estadual n° 
9.509/97, que instituiu o SEAQUA - Sistema Estadual de 
Administração da Qualidade Ambiental, Proteção, Controle e 
Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos 
Naturais, o Poder Público, no exercício de sua competência de 
licenciamento, expedirá: 
a) Licença de Ocupação ( LO ), que autoriza a ocupação da área, na fase 
de instalação da atividade, quando se tratar de empreendimento de 
utilidade pública, desde que atendidos os requisitos exigidos na LP. 
b) Licença Prévia ( LP ), que atesta a viabilidade ambiental do 
empreendimento e apresenta as condicionantes para as próximas fases de 
sua implantação. 
c) Licença de Instalação (LI) que autoriza o início dos estudos relativos à 
localização do empreendimento, de acordo com as especificações 
constantes do Projeto Executivo aprovado. 
d) Licença Preliminar ( LP ), na fase inicial do empreendimento, contendo 
requisitos básicos a serem atendidos na fase de localização, instalação e 
operação, para fins de autorizar o início de obras que não acarretem 
desmatamento ou poluição. 
e) Licença de Operação ( LO ), que autoriza o início da implantação do 
empreendimento, em se tratando de empreendimento licenciado por meio 
de Estudo Prévio de Impacto Ambiental, desde que atendidos os requisitos 
exigidos nas licenças anteriores. 
 
Comentário: exegese do artigo 20 da Lei estadual 9.509/97, o que 
torna a letra “b” correta. 
 
 
 
 
 
 
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5 - Resumo da Aula 
 
Para finalizar o estudo da matéria, trazemos um resumo 
dos principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa 
sugestão é a de que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao início da aula seguinte, como forma de 
“refrescar” a memória. Além disso, a cada ciclo de estudos 
é fundamental retomar esses resumos. Caso encontrem 
dificuldade em compreender alguma informação, não 
deixem de retornar à aula. 
Vimos, inicialmente, que o SISNAMA é um conjunto integrado de órgãos e 
entidades da União, dos Estados, do DF, dos Territórios e dos Municípios que 
atuam, de forma articulada, na proteção do meio ambiente. Também vimos 
como ele está estruturado (órgão superior: Conselho de Governo, órgão 
consultivo e deliberativo: CONAMA, órgão central: Ministério do Meio Ambiente, 
órgãos de execução: IBAMA e ICMBio, órgãos seccionais: órgãos e entidades 
estaduais e órgãos locais: órgãos e entidades municipais). 
Prosseguindo no estudo analisamos o CONAMA (órgão normativo e deliberativo 
do SISNAMA): sua estrutura, suas competências e seu importante poder 
normativo; o IBAMA e o ICMBio, que atuam no exercício do poder de polícia 
ambiental. 
 
Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. 
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá! 
 
Thiago Leite