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Evolução dos direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil

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5
UNIFAMA-UNIÃO DAS FACULDADES DE MATO GROSSO
FACULDADE DE GUARANTÃ DO NORTE-UNIFAMA
Alexandra Ketellen de Souza Gomes
Adriana Lanci de Araújo 
Francilane Marques da Silva
Jenniff Costa de Siqueira
Lilian da Costa Camargo
Rafaela Barbosa Guimarães
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRATAMENTO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE NO BRASIL
Guarantã do Norte-MT
2020
UNIFAMA-UNIÃO DAS FACULDADES DE MATO GROSSO
FACULDADE DE GUARANTÃ DO NORTE-UNIFAMA
Adriana Lanci de Araújo 
Alexandra Ketellen de Souza Gomes
Francilane Marques da Silva
Jenniff Costa de Siqueira
Lilian da Costa Camargo
Rafaela Barbosa Guimarães
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TRATAMENTO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE NO BRASIL
Trabalho apresentado à disciplina de História do Direito da Faculdade de Guarantã do Norte-UNIFAMA MT. Orientação: Professora: Luis Alexandre Lima Lentisco.
Guarantã do Norte-MT
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. A INFÂNCIA NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS PRÉ-1988	4
3. A EVOLUÇÃO DA PROTEÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES.	6
4. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE COMO DETENTORES DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS.	7
5. A PROTEÇÃO INTEGRAL NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.	9
6. CONCLUSÃO	9
7. REFERÊNCIAS	10
1. INTRODUÇÃO
A infância e a adolescência são fases fundamentais para o desenvolvimento físico, emocional e intelectual de qualquer ser humano. É durante esse período que ocorre a formação do caráter, das crenças e dos sonhos e de cada um, por isso, o sistema normativo brasileiro está cada vez mais revestido de direitos em favor da proteção desses indivíduos. No entanto, é importante lembrar que a história da evolução dos direitos das crianças e adolescentes é marcada por muitos acontecimentos cruéis e desumanos e que até os dias de hoje, muitas ainda sofrem de violências e exploração por parte dos adultos.
Ao longo da história, muitas crianças perderam suas infâncias para o trabalho e para exploração. As Leis da época não asseguravam os direitos fundamentais para esses indivíduos, e nem se quer eram considerados “sujeitos de direito”. Por muito tempo os pais das crianças foram os proprietários de seus filhos, e eles eram obrigados a trabalhar desde cedo, para ajudar na lucratividade da família, crianças e adolescentes eram julgados e castigados pelos seus crimes da mesma forma que uma pessoa adulta.
Atualmente sociedade mudou totalmente o seu conceito sobre criança e adolescente. Esses “pequenos cidadãos” agora são considerados seres vulneráveis, que precisam de acompanhamento e monitoramento por parte dos adultos e as Leis estão cada vez mais eficientes, para garantir o desenvolvimento seguro de cada criança. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, além de ser a mais democrática, também foi um marco na evolução dos direitos das crianças e adolescentes. O Art. 227 da Constituição Federal estabelece como dever da família, da sociedade e do Estado proteger esses pequenos cidadãos em estado desenvolvimento. Hoje, contamos também com o Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n° 8.069 de 1990, que tem o objetivo de proteger integralmente a criança e o adolescente, aplicando medidas para tentar protege-los. No entanto, por mais avançado que o Brasil esteja, se comparado há décadas trás, ainda está impossibilitado de promover e assegurar de forma plena a proteção devida a que lhes são necessárias, como direito à vida, à saúde, ao lazer, a dignidade, à cultura, educação e liberdade. E são sistematicamente ameaçadas, desrespeitadas e violados por aqueles que deveriam os proteger e defender.
2. A INFÂNCIA NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS PRÉ-1988
 A criança em nossa sociedade atual é revestida de direitos, reconhecida como um ser em desenvolvimento e por tanto necessita de atenção. Adquiriram mercado próprio para consumo, lei especifica á elas, espaços próprios e pessoas capacitadas a atendê-las. 
No entanto não foi sempre assim. Ao analisar o contexto histórico vemos que foi percorrido um logo caminho até que a mesma tivesse tal valorização, deixando de ser considerada como um “ser objeto” e passando a “ser sujeito” de direito, tendo suas necessidades atendidas de forma conjunta á família, o Estado e a sociedade, todos encarregados desse dever.
Na época da escravidão as crianças eram vitimas de maus-tratos, abusos sexuais, uma vida de humilhação. O número de crianças abandonadas se elevava junto com a pobreza, crianças eram deixadas nas portas das igrejas, nas ruas e ate em montes de lixo, isso se agravou fazendo necessário uma resolução. As municipalidades junto com as Santas Casas de Misericórdia acolhiam essas crianças, os bebês eram dados a amas de leites pagas, ficavam ate os 7 anos e depois encaminhadas para serem expostas para trabalho escravo. 
A primeira lei brasileira que cuidou efetivamente dos menores teria sido a lei conhecida como: Lei do Ventre Livre, que definia que quando a criança escrava completasse 7 anos de idade, poderia ter duas alternativas: o Estado brasileiro indenizava o dono do escravo e a criança era retirada da mãe e colocada no orfanato, deixando de ser escrava e se tornando uma criança abandonada, ou continuava escravo até os 21 anos de idade, depois sendo alforriado. Essa lei tinha foco apenas em crianças nascidas escravas e não de forma geral, até as crianças filhas dos senhores de engenho sofriam não apenas por doenças, mas a forma de educação era à base de castigos físicos cruéis. Criança não tinha diferenciação a de um adulto tanto em trabalhos braçais quanto as punições.
A constituição de 1824 não trouxe nenhuma proteção à criança se adolescente. Com a edição do Código Penal do Império de 1830, foi introduzido o exame da capacidade de discernimento para a aplicação da pena. Menores de 14 anos eram inimputáveis, mas, se houvesse discernimento para os compreendidos entre 7 a 14 anos, poderiam ser encaminhados para as Casas de Correção, onde permaneceriam até os 17 anos. (WAQUIM; COELHO; GODOY. 2018. p.8).
No final do século XIX, houve uma grande mudança no cenário brasileiro, com o fim da escravidão questões politicas, econômicas e sociais se transformaram de, um modelo de governo monárquico escravista para a era republicana de 15 de novembro de 1889. Com isso era necessário o novo modelo, em que se instalou o capitalismo, nesse processo os mais empobrecidos eram os mais atingidos, saíram da escravidão para jornadas exaustivas e longas de trabalho em fabricas, a custo mínimo. Em que crianças trabalhavam substituindo mão de obra dos escravos, continuando a serem explorados. 
Dos séculos XIX ao XX começou se a entender que a criança tinha um papel importante já que eram o futuro da nação, contudo não se preocupavam exatamente com o bem estar e necessidades das crianças, mas sim em tira-las das ruas, meninos e meninas que vagavam em busca de sobrevivência, “perturbando” a tranquilidade das elites locais, que as consideravam como delinquentes, fazendo ser implantado o código penal. Contudo, tanto o código criminal de 1830, quanto o Código penal da Republica de 1890, aplicam direito penal comum aos menores, trabalhos forçados, castigos corporais, prisão perpétua e pena de morte. 
Para a sociedade da época, essas crianças deveriam ser “corrigidas” antes que fosse tarde. Em 1927 foi aprovado o Código de Menores, que inseriu o Direito do Menor no ordenamento jurídico brasileiro e em 1979 um “novo” Código de Menores, no qual de novo não tinha absolutamente nada, baseado na ideia de situação. Esse código tratava de questões morais, vinha para resolver os “incômodos dos delinquentes”, ignorando a desigualdade e exploração econômica. Não viam a necessidade de amparo ao menor, mas sim de disciplinar, colocando a culpa de essas crianças estarem nas ruas em suas famílias, alegando serem mal estruturadas. 
3. A EVOLUÇÃO DA PROTEÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E DOS ADOLESCENTES. 
Antigamente o tratamento que era servido às crianças era mesmo que o dos adultos, as crianças e adolescentes eram tidos como propriedades de seuspais, avaliados como “coisa”, somente a partir do século XX é que os direitos das crianças e dos adolescentes passaram a receber mais atenção por parte dos legisladores. 
Uma das primeiras mudanças ocorridas na evolução da proteção do direito das crianças foi uma diferenciação da pena dada as crianças mais velhas de sete anos até dezoito anos de idade, além da diminuição de um terço da penalidade que se aplicava nos adultos. 
No ano de 1911 teve a primeira reunião internacional de Menores, assim começou uma elaboração da Doutrina da situação Irregular, pois até então o estado só podia intrometer-se em casos de maus tratos pela família ou em desordem com a lei. E a Sociedade das Nações fez um comitê para a proteção das crianças, junto com varias outras fundações de auxilio que ajudavam as crianças e adolescente, e criaram; a declaração dos direitos das crianças, abraçada pela Sociedade das Nações, chamado de “Declaração de Genebra” em 1919. 
Essa doutrina tirou as crianças e adolescentes de classe de “coisa” para “objeto de direito”. Infelizmente, naquela época o Estado autorizava castigos a todos os menores de classe pobre, não separando as delinquentes que cometiam crime, dos que estava em perigo moral ou material. Como não eram maiores de idade, e era objeto do Estado, dependiam de sua intervenção ou de seus responsáveis para assim desempenharem seus direitos.
Em 1946, a ONU criou um fundo internacional de Emergência das Nações Unidas para a infância, para proteger assim as crianças que sofriam na guerra e em 1953, esse fundo se assumiu e rapidamente se espalhou entre as assembleias gerais. Com isso a Declaração universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas estabeleceu o Artigo 25.2: “A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora de matrimônio gozarão da mesma proteção social”. Para assim ser uma assistência necessária para as crianças.
Em isso em 1830 no Brasil, Promulgaram o Código Criminal do império, que tirava a culpabilidade dos menores de catorze anos, mais ainda, se fosse comprovado que teve apreensão no momento que foi cometido o crime, e eles fossem maiores de nove anos, responderia pela delinquência. Tendo inicio esses direitos da infância no período abolicionista, com a invenção da lei do Ventre Livre, Lei de n. 2040 de 28.09.1871, que determinava aos filhos de escravos que nascia depois da Lei em vigor, podendo ser criados ate os oito anos de idade pelos patrões de suas mães, e a partir desse momento eles escolhiam ganhar uma quantidade de dinheiro para deixar as crianças aos cuidados e poder do governo ou alimentavam como seu escravo, até chegar aos seus vinte e um anos de idade.
Até a década de 1920 crianças eram pressas no Brasil, no entanto, em 1927 foi criado o primeiro código de proteção à infância e a adolescência, que foi anulado em 1979 com a criação do Código de Menores.
É importante ressaltar que com o golpe militar em 1964, houve a criação da FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor) que fazia o atendimento desses menores em nível nacional e em nível Estadual a FEBEM, no entanto, quanto o regime militar diminuiu essas Fundações enfraqueceram e sofrem muitas críticas. Nesse período, os menores transgressores não eram responsabilizados pelos seus atos, mas ficavam internatos em escolas de aprendizagem ou patronatos agrícolas por muito tempo.
Com a CF/88 tivemos a criação da criação integral de proteção da criança e do adolescente, e também o Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como, o sistema de Garantias dos Direitos das Crianças e do Adolescente. Com o tratamento jurídico especial a população infanto-juvenil deixou de sofrer com a desigualdade social. 
Segundo a Constituição Federal de 1988, no seu artigo 227, “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
4. A CRIANÇA E O ADOLESCENTE COMO DETENTORES DE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS. 
A Constituição de 1988, no artigo 227, reconhece crianças e adolescentes como sujeitos de direito, a serem protegidos pelo Estado, pela  sociedade e pela família com prioridade absoluta, ou seja, enquanto pessoas em desenvolvimento, o Estado e a sociedade são responsáveis por buscar atender de suas necessidades. Nesse sentido, a expressão da proteção integral consagrada no texto constitucional. Registra-se que a ação estatal tem de ser permanente, com recursos garantidos no orçamento público para a sua realização. É impossível garantir os direitos inscritos constitucionalmente sem a atenção necessária a proteção integral prevista, com a propriedade requerida.
Criança e adolescente exigem à atenção devida do Estado brasileiro. A iniciar-se pela proteção dos seus direitos, com a garantia do seu cumprimento, conforme previsão constitucional. Isto, considerando-se a realidade de número expressivo de crianças e adolescentes em situação de risco, com o futuro comprometido, por não terem no momento presente o acesso a uma vida digna. Antes do Estatuto, adolescentes com 14 anos podiam trabalhar, pois, não existia Lei que proibisse a exploração, em contra partida, depois da criação do Estatuto, entre 2004 a 2015, o trabalho infantil caiu pela metade no Brasil. 
A discussão sobre a maioridade penal e o papel dos Estados em relação a crianças e adolescentes é um tema de grande controvérsia na sociedade brasileira. Inúmeras são as contestações para manutenção ou redução da idade mínima para que alguém possa ser processado e condenado penalmente. O caso que levou o país a estabelecer a idade mínima, ocorreu em 1927. Uma história comovente de um menino com o nome Bernardino de 12 anos que trabalhava como engraxate. Que após terminar de engraxar os sapatos de um sujeito, o mesmo se recusou a pagar pelo serviço prestado. Revoltado o menino Bernardino jogou tinta nas vestes do caloteiro que logo chamou a polícia que levou o menino direto para a cadeia. Lá Bernardino conviveu com aproximadamente 20 presos adultos por quatro semanas sofrendo vários tipos de violência foi violentado, apanhou e depois de sair da prisão estava numa situação lamentável e acabou indo parar no hospital. Os médicos que o atenderam revoltados e indignados com a situação que o menino se encontrava relatou e denunciou, contudo o jornal do Brasil publicou. 
 No ano seguinte do ocorrido devido ao grande impacto desta notícia, o então atual Presidente da época Washington Luiz, sancionou e escolheu o dia (12 de outubro do ano de 1927) para assinar o código de menores, estabelecendo a distinção entre os que podiam ser punidos como adultos os maiores de 18 anos. Devido a isso o caso do menino Bernardino representou um Marco para a edição de leis específicas voltadas à criança e adolescentes. 
5. A PROTEÇÃO INTEGRAL NO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
O reconhecimento dos direitos da Infância e da condição da criança como sujeito de direitos e fato recente na história brasileira. A história dos direitos da infância assim como a história da Criança é uma construção social no campo dos Direitos da Criança que se encontra vulnerável e necessita de proteção. 
A construção da condição de sujeitos de direitos a partir das constituições brasileiras deve-se ao caso do menino Bernardino como o percursor da própria adoção a doutrina integral no Brasil. Onde a concepção de criança mudou muito ao longo dos tempos passando por várias mudanças até que então chegamos à constituição (1988) que representou um grande marco na conquista dos direitos de crianças e adolescentes brasileiras, garantido a doutrina da Proteção Integral e reconheceucomo sujeitos de direito estabelecendo a necessidade de proteção e cuidados especiais, surgindo assim o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o que contribuiu para a valorização da infância brasileira encerrando capítulos de maus tratos sofridos em épocas anteriores.
Em 1990, quando a Eca foi aprovada, se concretizou um notável avanço no campo democrático ao regulamentar os direitos da criança e do adolescente assegurados no art.227 da Constituição Federal de 1988 e na Convenção Internacional dos direitos da criança aprovada pela assembleia geral das nações unidas em 1989, além de especificar esses direitos gerais, os direitos específicos do universo da infância, e da adolescência, o Eca propôs uma nova forma de gerir esses direitos onde todos possam ser responsáveis pela sua concretização criando de fato um sistema de garantia, e esse sistema ele busca exatamente o cumprimento da legislação através de ações integrais e ações governamentais ou não governamentais e quando estabeleceram os direitos da criança e do adolescente ele estabeleceu também quem e o responsável pela concretização desses direitos e como sabemos, são direitos complexos e precisa ser concretizada de forma complexa e por isso a necessidade de ações articuladas integradas entre a família, o Estado, a sociedade e a comunidade formando de fato uma rede complexa em prol dos direitos da criança e do adolescente formando verdadeiramente um sistema de garantia, e ele passa por um período de grande discursão dentro da sociedade.
6. CONCLUSÃO
A evolução histórica dos direitos das crianças e adolescentes no Brasil foi muito importante para importante para toda sociedade, mas é importante ressaltar que apesar da lei de proteção à Criança e Adolescente ser um marco institucional importante não foi e nem é capaz de garantir sozinho a transformação social, pois segue ainda sendo um desafio a despeito da idade da legislação. Por mais avançado que o Brasil esteja, se comparado á décadas trás, ainda são impossibilitados de promover e assegurar de forma plena a proteção devida que lhes são necessárias, como direito à vida, à saúde, ao lazer, a dignidade, à cultura, educação e liberdade. Que são sistematicamente ameaçadas, desrespeitadas e violados por aqueles que deveriam a proteger e defender.
Devemos continuar lutando juntamente com as políticas públicas o avanço e progresso das leis voltadas a crianças e adolescentes em nosso País.
7. REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. 
BRASIL. Convenção sobre os Direitos da Criança: Versão para crianças e adolescentes. Unicef/BRZ/Raoni Libório.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90, de 13 de julho de 1990.
Constituição (1988). Artigo 227. Brasília: Senado Federal. 1998.
FONTOURA, Bárbara Pamplona. A Aplicação da Doutrina da Proteção Integral da Criança e do Adolescente pelo Judiciário Brasileiro. Centro Universitário De Brasília – Uniceub Faculdade De Ciências Jurídicas E Sociais – Fajs Núcleo De Pesquisa E Monografia, Brasília, 2011.
LIMA, Renata Mantovani de; POLI, Leonardo Macedo; JOSÉ, Fernanda São. A Evolução Histórica dos Direitos da Criança e do Adolescente: da insignificância jurídica e social ao reconhecimento de direitos e garantias fundamentais. Revista brasileira de politicas públicas, UNICEUB, 2017.
OLIVEIRA, Rodrigo Augusto de. O adolescente infrator em face da Doutrina da Proteção Integral. São Paulo: Fiuza Editores, 2005.
WAQUIM, Bruna Barbieri; COELHO, Inocêncio Mártires; GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes. A história constitucional da infância no Brasil à luz do caso do menino Bernardino Revista Brasileira de Direito, Passo Fundo, vol. 14, n. 1, p. 88-110.2018. 
WAQUIM, Bruna Barbieri; COELHO, Inocêncio Mártires; GODOY, Arnaldo Sampaio de Moraes. A história constitucional da infância no Brasil à luz do caso do menino Bernardino. Revista Brasileira de Direito, Passo Fundo, v. 14, n. 1, p. 88-110, abr. 2018. Disponível em: https://seer.imed.edu.br/index.php/revistadedireito/article/view/1680. Acesso em: 09 jun. 2020. doi: https://doi.org/10.18256/2238-0604.2018.v14i1.1680.

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