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Giovanna Rita Tutoria II / Módulo I 3ª Etapa Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento Descrever mecanismos de crescimento normal e formas de avaliação (antropometria) BVSMS – 2014: Crescimento : Processo biológico de multiplicação e aumento do tamanho celular, com conseqüente aumento do tamanho corporal. Pode sofrer influência de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos, etc) ou extrínsecos (hábitos alimentares, habitação, etc) A estatura é resultado da interação entre carga genética e fatores ambientais que permitirão maior ou menor expressão do potencial genético. Até os 5 anos de idade, fatores ambientais têm maior influência na estatura do que a expressão gênica. Conforme a criança fica mais velha, fatores genéticos ganham maior importância. Vale ressaltar: · Quanto mais jovem a criança, maior sua vulnerabilidade a fatores ambientais (saneamento, moradia, serviços de saúde, alimentação, etc) · O crescimento da criança deve ser registrado no Cartão da Criança, em um gráfico peso x idade – até os 6 anos de idade. O Gráfico Peso/Idade do Cartão da Criança possui um eixo vertical e um eixo horizontal. O eixo vertical corresponde ao peso em quilogramas. Inicia-se com 2 kg e aumenta de 1 em 1 kg. O eixo horizontal corresponde à idade da criança em meses e vai do nascimento (0 meses) até 72 meses. Na primeira medição, deve-se observar a posição do peso em relação aos pontos de corte superior e inferior: acima do percentil 97: sobrepeso Verificar a existência de erros alimentares, orientar a mãe para uma melhor alimentação, vacinação e cuidados gerais. entre os percentis 97 e 3: faixa de normalidade nutricional entre os percentis 10 e 3: risco nutricional Investigar possíveis intercorrências e registrá-las no Cartão. Buscar resolvê-las. entre os percentis 3 e 0,1: classificar como peso baixo Atenção para desmame, dentição, doenças infecciosas, relação mãe x filho. abaixo do percentil 0,1: classificar como peso muito baixo. Investigar e tratar intercorrências, orientar a mãe sobre alimentação especial para ganho de peso, agendar serviço social, realizar nova consulta em 15 dias. Nas medições seguintes, observar a posição e também o sentido do traçado da curva de crescimento da criança: • posição da linha que representa o traçado de crescimento da criança: entre os percentis 97 e 3, corresponde ao caminho da saúde; • sentido do traçado da curva da criança (ascendente, horizontal ou descendente), desenhada em linha contínua a partir da ligação de dois ou mais pontos com intervalos não superiores a dois meses. Intervalos maiores devem ser desenhados com linha pontilhada para chamar a atenção. As consultas para o acompanhamento da criança devem ser tratadas como um momento importante para a coleta de medidas antropométricas e à orientação da mãe sobre os cuidados básicos indispensáveis à saúde de seu filho. · Perímetro cefálico: Normal, situa-se entre os percentis 10 e 90 da tabela abaixo: Nelson Neonatos a termo: · Pesam cerca de 3,4 kg. Os meninos são um pouco mais pesados do que as meninas. · O comprimento cefálico tem em média 50 cm. · O perímetro cefálico no lactente a termo é de cerca de 35 cm. 0-2 meses: · Na primeira semana de vida, o peso do RN tende a diminuir em até 10%, em função da eliminação do excesso de líquido extravascular e da ingestão limitada de alimento. Conforme o colostro é substituído por leite rico em gordura e o bebê aprende a sugar o mamilo de maneira mais eficaz, o peso da criança volta a aumentar. 3-6 meses: · O bebê passa a ganhar menos peso (cerca de 20g/dia). Por volta do quarto mês, o peso de nascimento é duplicado. · Desaparecimento do reflexo primitivo de preensão palmar (“agarrar involuntariamente qualquer objeto colocado em sua mão”). O bebê passa a agarrar e soltar objetos conforme a sua vontade. · Até esse período, a amamentação exclusiva favorece um melhor crescimento. 6-12 meses: · O desenvolvimento físico desacelera. No primeiro aniversário, o peso do bebê será triplicado, o comprimento cefálico aumentado em 50% e o perímetro cefálico, 10 cm; · Entre 6 e 7 meses, o bebê consegue sentar-se sem apoio. Aos 8 meses, é comum que bebês comecem a engatinhar. Ao primeiro ano, é provável que a criança comece a dar os primeiros passos. Essas conquistas se devem principalmente ao aumento a mielinização e crescimento do cerebelo. · Nesse período, começa a ocorrer a erupção dos dentes. 12-18 meses: · A velocidade do crescimento desacelera, e o apetite da criança diminui. · O cérebro tem franco crescimento nesse período, com expansão da mielinização. Isso faz com que o perímetro cefálico cresça 2 cm durante o ano 12-24 meses: · Nesse período, costuma ocorrer ganho de 12,5 cm e 2,5 kg. · Aos 24 meses de idade, as crianças têm cerca da metade da altura final de adulto. · 90% do perímetro cefálico de adulto é alcançado aos 2 anos de idade. Nos anos seguintes, ocorre ganho de aproximadamente 5 cm apenas. · Até os 2 anos de idade, a velocidade de crescimento é elevada. A esse período, segue etapa de crescimento gradual. A partir do quinto ano, cresce-se 5-6 cm/ano. Após isso, ocorre o estirão da puberdade. · Atenção: Até 24 meses de vida é o período mais vulnerável a distúrbios de crescimento, que podem fazer com que o mesmo diminua ou até seja interrompido – fato que pode ser causado por doença infecciosa ou desnutrição, por exemplo. Com detecção até 2 anos, os déficits de crescimento podem ser recuperados, pois se a situação fisiológica e/ou ambiental for corrigida, ocorre crescimento compensatório. Após essa idade, fica mais complexo. · Reconhecer fases do DNPM até os 2 anos Puericultura – Princípios e Práticas / Arnaldo José Godoy Recém Nascido: · Ainda não tem sistema nervoso completamente desenvolvido. As fibras nervosas, em sua maioria, não estão suficientemente mielinizadas para a transmissão de impulsos. A MIELINIZAÇÃO é o PRINCIPAL PASSO DO DNPM! Impulsos sensoriais ao córtex cerebral (bebê ouvir música, ter a visão estimulada por cores, etc) estimulam a mielinização. Até os 2 anos, a mielinização está completa. · Atitude generalizada de flexão, causada por hipertonia flexora dos quatro membros e hipotonia da musculatura cervical paravertebral. Os dedos das mãos geralmente peranecem fletidos. · Extensão e flexão de membros inferiores, em “cruzamentos” e “pedaladas” · Ocorre reflexo cutaneopatelar (extensão do membro inferior ao estimular a planta do pé) · Reflexo de sucção presente, assim como reflexo ocular e cocleopalpebral (ao batemos palma perto do RN, ele pisca kkkkk fofo) · Choro inarticulado (fraco persistente OU excessivamente forte) · RN fecha as pálpebras na luz e abre na escirodão · Períodos de sono de 50 minutos alternados com período de alerta de 10 minutos – em média. 1° mês de vida: · Ao fim do primeiro mês, a face é inexpressiva e o olhar, vago. Em decúbito ventral, a criança gira a cabeça para o lado, mexe a cabeça e arrasta as pernas. · Se puxada para sentar, “cai” para trás. Sentada, cai para frente. · Corpo com postura arqueada · Emissão de sons guturais · Não segura objetos. Fecha a mão sobre eles, mas no momento seguinte os derruba. 2° mês: · Adquire atitude simétrica (mantém a cabeça na linha mediana quando em decúbito dorsal) · Em decúbito ventral, mantém a cabeça no nível do corpo. · Face expressiva, pode sorrir · Responde com sorriso a estímulos sonoros · Início da lalação (balbucias) · Pronúncia de vogais 3° mês: · Mãos abertas ou fechadas, quando em decúbito dorsal. · Atitude simétrica. Não ocorre mais lateralização da cabeça em resposta a flexão de mebrsoa contralaterais a ela (REFLEXO DE MAGNUS KLEIN) · Dirige o olhar ao examinador quando em decúbito ventral · Colocado em pé, sustenta parte do peso · Levanta o pé · Segura objetos firmemente e olha para ele · Murmura, ri e responde a estímulos sociais (desenvolvimento do riso social) 4° mês: · Leva as mãos juntas à boca quando em decúbito dorsal · Fim do reflexo de “olhos de boneca” · · Sentada, a criança mantém a cabeça firme e dirigida àfrente · Leva objetos à boca · Repete movimentos que considera interessantes e observa seus efeitos (início de organização visuomotora) · Deixa de apresentar reflexos de sucção 5° mês: · Tenta sentar-se, mas deixa a cabeça cair · Acompanha estímulos luminosos direcionais · Grita · Sorri ao se ver no espelho · Procura objetos escondidos 6° mês: · Em decúbito dorsal, vira-se para posição ventral · Estende os pés · “Chuta” quando os pés são agarrados · Sentada, a criança mantém o tronco ereto · Apanha o objeto quando ele cai · Resmunga · Começa a estranhar fatos não habituais 7° mês: · Levanta a cabeça · Põe o pé na boca · Desaparece hipertonia em flexão dos quatro membros. Predomina a hipotonia fisiológica · Reflexo de Moro desaparece (quando a criança de desequilibra, abre pernas e braços) · Troca objetos de uma mão pra outra · Come alimentos sólidos 8° mês: · Em decúbito ventral, gira em círculo · Fica em pé, dando a mão a um adulto · Tenta atingir objetos distantes · Início da atividade inteligente: o bebê procura os objetos e quando os encontra, busca sacudi-los ou virá-los. · Observa características próprias de cada objeto, diferenças entre eles · Consegue segurar um objeto em cada mão (maior coordenação de cada mão) · Maior percepção de profundidade e direção de objetos apresentados – fato relacionado à mielinização de áreas parietoccipitais e temporoparietais. · Não há mais preensão reflexa dos dedos 9° mês: · Sentada, a criança fica firme por 10 minutos. Em pé, com apoio, também se firma por tempo indeterminado · Imita sons · Reconhece e responde seu nome · Responde de modo diferente a diferentes tonalidades da voz materna (voz “brava” gera respostas mais dóceis) · Segura a mamadeira, leva alguns sólidos à boca sem ajuda · Faz preensão entre indicador e polegar 10° mês: · Senta-se firme por tempo ilimitado · Engatinha · Faz gesto de “tchau” · Bate palma 11° mês: · Consegue se levantar de decúbito ventral com apoio · Bebe na xícara · Pronuncia palavras que representar desejos (ex: “mamar” – indica que a criança quer a mamadeira) 12° mês: · Anda apoiada ou segurando nas grades do berço · Tem curiosidade e brinca com objetos da mesa do examinador 13° mês: · Anda com o auxílio de uma só mão · Vocábulo de palavras aumenta um pouco para em média 5 vocábulos · Gesticula para pedir objetos · Coopera ao vestir-se 14° mês · Mantém-se em pé por segundos sem ajuda · Imita rabiscos · Conhece alguns objetos por nome · Tenta atirar a bola 15° mês · Primeiros passos, com motivação afetiva e volitiva (vontade) · Desejo de ficar perto da mãe · Reconhece aplausos e sorrisos dados pelas suas conquistas · Consegue virar páginas de um livro · Consegue empilhar dois cubos · Usa jargão (uma palavra que repete com freqüência) · Pode ter controle retal e vesical parciais 1 ano e meio · Anda, cai raramente · Senta-se só na cadeirinha · Tenta chutar uma bola grande · Empilha até 4 cubos · Rabisca papel espontaneamente (não por imitação) · Olha seletivamente imagens de um livro ou TV · Fala cerca de 10 palavras e conhece nomes · Controle diurno dos esfíncteres 1 ano e 9 meses · Desde escada dando a mão · Empilha até 6 cubos · Imita dobrar papel uma vez · Fala cerca de 20 palavras · Segura uma xícara · Pede para comer e urinar · Solicita uma pessoa para mostrar ou pedir algo · Ouve uma palavra e a repete em situação semelhante (ex: criança ouve um palavrão em reunião familiar – pode repetir esse palavrão em outra reunião familiar, na frente das mesmas pessoas) 2 anos · Corre sem cair · Sobe e desce escadas sozinha · Coloca cubos em fila · Imita traço vertical · Monta frases de até 3 palavras · Identifica e nomeia cartões de palavras · Pode ter controle noturno dos esfíncteres · Reconhece e chama seu próprio nome, falando de si mesmo. · Compara imagens visualmente · Encaixa formas simples
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