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19/06/2020 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=4B4D273D2A40B0F19EC1C9350633586155F491885290AFEB2723EA668E1825… 1/11
Direitos Humanos
Aula 4 - A comunidade internacional e os DH
INTRODUÇÃO
Nesta aula, examinaremos a importância da ONU para a proteção dos DH junto à comunidade internacional.
Estabeleceremos que este tema faz parte do chamado Direito Internacional Público e que o desenho de proteção a ser
dado na esfera internacional aos DH está condicionado ao tipo de agressão que sofrem os DH.
Observaremos o papel que os DH desempenham na comunidade internacional, chamando atenção para a proteção
atribuída aos DH em contextos históricos distintos. No particular, relacionaremos a importância da ONU e da Carta das
Nações Unidas como marcos fundantes da proteção global ou universal aos DH.
Examinaremos, também, o Tribunal Penal Internacional que foi criado pelo Estatuto de Roma, destacando sua
competência e os tipos de crime que se sujeitam sua jurisdição.
19/06/2020 Disciplina Portal
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Por �m, explicaremos as chamadas intervenções humanitárias, problematizando seu potencial de proteção aos DH.
OBJETIVOS
Examinar a posição que os DH ocupam na comunidade internacional;
Analisar a proteção de DH em contextos históricos distintos;
Avaliar o Tribunal Penal Internacional;
Esclarecer as intervenções humanitárias.
19/06/2020 Disciplina Portal
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DH E A COMUNIDADE INTERNACIONAL
Um dos grandes desa�os das sociedades contemporâneas, que se desdobra em suas ordens jurídicas, é a proteção
dos direitos humanos, o que ganha especial relevo na esfera internacional e na forma como os Estados nela se
articulam e se posicionam.
Tal relevância, por sua vez, pode ter seu marco temporal moderno na Segunda Guerra Mundial, que lançou as bases
para a consolidação de um discurso de proteção ao ser humano para além das fronteiras geográ�cas do Estado
Nação.
Por outro lado, esses desa�os, na atualidade, podem ser sistematizados em quatro tipos que podem se combinar:
• As questões de violações em razão de con�itos bélicos internos ou mesmo externos;
• O baixo grau de institucionalidade de certos estados que colocam em risco a própria noção do rule of law (glossário).
Problemas vinculados à pobreza extrema que colocam sob ameaça a própria existência humana;
• Problemas vinculados à pobreza extrema que colocam sob ameaça a própria existência humana;
• Os riscos aos regimes democráticos que compõe o sistema internacional.
, Esses desa�os impõem aos estados e à chamada comunidade internacional uma agenda, muitas vezes sujeita a severas
críticas, que demanda legitimação discursiva, quer no plano jurídico ou no plano político.
Nesse panorama chama atenção a forma com que os países lidam com tais cenários e de que maneira se engajam em processos
motivados para a proteção dos direitos.
A PROTEÇÃO DE DH EM CONTEXTOS HISTÓRICOS DISTINTOS
A proteção de DH tem contornos distintos se levarmos em conta os contextos históricos em que essa discussão se
coloca.
Nesse sentido, o desenho da proteção de DH tem se in�uenciado também pelos tipos de violações aos direitos
humanos – o que se traduzirá em redes de política externa e compromissos jurídico-políticos assumidos frente a
comunidade internacional e seus organismos. Esses arranjos integram o que chamamos de Direito Internacional
Público.
Podemos ainda dizer que o Direito Internacional Público passou por um desenvolvimento histórico agrupado, segundo
Jorge Miranda (2000), em oito momentos distintos e como consequência segue atualmente algumas tendências:
Universalização
O Direito internacional é um Direito universal e não é mais um Direito euroamericano a partir
da desintegração dos impérios marítimos europeus e do império continental soviético.
Regionalização
Solidariedade e cooperação entre Estados dentro de determinado espaço regional. Como
exemplo, cita-se a criação da União Europeia.
Institucionalização
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O Direito Internacional deixa de ser um direito das relações entre Estados para se tornar
mais presente nos organismos internacionais, como a ONU.
Funcionalização
O Direito Internacional extravasa a esfera das relações externas e penetra nas matérias
pertencentes tanto ao direito interno como ao próprio contexto das relações internacionais.
Humanização
Aspecto humanizador do Direito Internacional que se apresenta com o surgimento do Direito
Internacional dos Direitos Humanos, desde a Carta das Nações Unidas em 1945, o
desenvolvimento da Declaração Universal dos Direitos do Homem em 1948, e os vários
tratados internacionais surgidos no pós-guerra, que se voltaram para a proteção dos direitos
humanos.
Objetivação
Criação de regras e normas internacionais, presentes no moderno Direito Internacional, que
são independentes e livres da vontade dos Estados.
Codi�cação
A Carta das Nações Unidas prescreveu em seu artigo 13 o incentivo ao desenvolvimento do
Direito Internacional e sua codi�cação o que é realizado pelas comissões de Direito
Internacional e de Direitos Humanos da própria ONU.
Jurisdicionalização
Com o desenvolvimento das regras de proteção internacional dos direitos humanos
aumenta-se a necessidade de criação de tribunais internacionais, como por exemplo o
Tribunal Penal Internacional.
, Leia aqui (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm) o Decreto 19.841, em que o Brasil rati�ca a
Carta das Nações Unidas.
A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Hoje, a grande rede de proteção de DH e que um valor simbólico no cenário internacional é a Organização das Nações
Unidas (ONU).
A ONU, abreviação de Organização das Nações Unidas (UN, United Nations, em inglês) é uma instituição supranacional,
isto é, além dos Estados nação (glossário), tem por objetivo principal garantir a paz no mundo mediante o
relacionamento amistoso entre os países. Está situada em Nova York, nos Estados Unidos.
A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/d19841.htm
19/06/2020 Disciplina Portal
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Fonte da Imagem:
Essa organização tem com objetivos:
• Salvar as gerações futuras do �agelo da guerra;
• Rea�rmar a fé nos direitos humanos fundamentais;
• Criar as condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações emanadas de tratados e outras fontes do direito
internacional possam ser mantidos;
• Promover o progresso social e melhores padrões de vida num cenário de maior liberdade.
Infelizmente, embora em muitos casos ela não tenha atingido seus objetivos paci�stas, a ONU desempenha, também,
um importante papel humanitário, buscando amenizar as desigualdades sociais no mundo, fomentando ações que
buscam, por exemplo, combater a fome e a desnutrição.
, Para ler mais sobre a ONU, clique aqui (https://nacoesunidas.org/conheca/).
Para saber como surgiu a ideia de criação da ONU e como ela se tornou realidade, clique aqui
(https://nacoesunidas.org/conheca/historia/).
Apesar de sua importância no mundo contemporâneo, como grande defensora de DH, cabe ressaltar que a ONU não
dispõe de poder de coerção (salvo para os casos relacionados às ameaças contra a paz e à segurança internacionais e
que estão previstos no capítulo VII da Carta).
Ainda assim, suas decisões tem importância pelo signi�cado ético-humanitário.
A CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
Fonte da Imagem: UN/DPI - Foto de M. Bolomey - Carta das Nações Unidas, com assinaturas da União Soviética e dos Estados Unidos.
A Carta das Nações Unidas (glossário) de 1948, ou também chamada de Carta de São Francisco,é o documento que
concebeu a ONU e procurou estabelecer, como uma de suas prioridades, a criação de um sistema internacional que
protegesse os Direitos Humanos de forma ampla.
https://nacoesunidas.org/conheca/
https://nacoesunidas.org/conheca/historia/
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Adotada e assinada em 26 de junho de 1945, passou a ter vigência no dia 24 de outubro de 1945. A Carta estimula os
direitos às liberdades fundamentais sem distinção por motivos de sexo, raça, religião ou idioma.
No entanto, tal propósito se tornou, e ainda se torna, di�cultoso pela necessidade de não ingerência dessas
determinações dentro dos assuntos internos dos Estados signatários da Carta.
O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – TPI
O Tribunal Penal Internacional/TPI, conhecido como Internacional Criminal Court (ICC) em inglês ou Court Pénale
Internacionale (CPI) em francês, é uma organização independente, não pertencendo a ONU e que foi criada pelo
Estatuto de Roma em 2002.  Disponível em:
Tem por �nalidade processar e julgar, subsidiariamente ao Poder Judicial dos Estados (isto é, se não houver
julgamento interno pelo Estado) acusados de crimes de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e
crimes de agressão.
Genocídio
Nos termos do art 6º do Estatuto de Roma, entende-se por genocídio qualquer um dos atos
praticado com intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou
religioso, enquanto tal:
• Homicídio de membros do grupo;
• Ofensas graves à integridade física ou mental de membros do grupo;
• Sujeição intencional do grupo a condições de vida com vista a provocar a sua destruição
física, total ou parcial;
• Imposição de medidas destinadas a impedir nascimentos no seio do grupo;
• Transferência, à força, de crianças do grupo para outro grupo.
Crimes contra a humanidade
Estão previstos no art. 7º e são entendidos quando cometidos no quadro de um ataque,
generalizado ou sistemático, contra qualquer população civil, havendo conhecimento desse
ataque. Caracterizam-se por:
• Homicídio;
• Extermínio;
• Escravidão;
• Deportação ou transferência forçada de uma população;
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• Prisão ou outra forma de privação da liberdade física grave, em violação das normas
fundamentais de direito internacional;
• Tortura;
• Agressão sexual, escravatura sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, esterilização
forçada ou qualquer outra forma de violência no campo sexual de gravidade comparável;
• Perseguição de um grupo ou coletividade que possa ser identi�cado, por motivos políticos,
raciais, nacionais, étnicos, culturais, religiosos ou de gênero, tal como de�nido no parágrafo
3o, ou em função de outros critérios universalmente reconhecidos como inaceitáveis no
direito internacional, relacionados com qualquer ato referido neste parágrafo ou com
qualquer crime da competência do Tribunal;
• Desaparecimento forçado de pessoas;
• Crime de apartheid;
• Outros atos desumanos de caráter semelhante, que causem intencionalmente grande
sofrimento, ou afetem gravemente a integridade física ou a saúde física ou mental.
Crimes de guerra
São de�nidos pelo Estatuto tendo como base as violações graves do direito internacional
humanitário contidas principalmente nas Convenções de Genebra e seus Protocolos
adicionais de 1977. Pressupõe-se que sejam cometidos dentro de um contexto de guerra e
que o crime tenha relação com esta. O que diferencia os crimes de guerra dos crimes contra
a humanidade é a necessidade de existência de um con�ito, tenha ele caráter internacional
ou não.
Crimes de agressão
Tendo em vista a controvérsia que existe a seu respeito, o Estatuto de Roma deixou a
questão por ainda ser de�nida.
, Veja aqui como funciona o TPI (https://www.icc-cpi.int/about?ln=en).
Continuando nosso estudo sobre o TPI, vamos nos apropriar das explicações (glossário) que o Itamaraty (glossário)
nos oferece:
“O Brasil apoiou a criação do Tribunal Penal Internacional, por entender que uma corte penal e�ciente, imparcial e
independente representaria um grande avanço na luta contra a impunidade pelos mais graves crimes internacionais. O
Governo brasileiro participou ativamente dos trabalhos preparatórios e da Conferência de Roma de 1998, na qual foi
adotado o Estatuto do TPI.
Com sede em Haia (Países Baixos), o TPI iniciou suas atividades em julho de 2002, quando da 60ª rati�cação ao
Estatuto [...]. O TPI julga apenas indivíduos – diferentemente da Corte Internacional de Justiça (glossário), que examina
litígios entre Estados. A existência do Tribunal contribui para prevenir a ocorrência de violações dos direitos humanos,
do direito internacional humanitário e de ameaças contra a paz e a segurança internacionais. O Brasil depositou seu
instrumento de rati�cação ao Estatuto de Roma em 20 de julho de 2002, sendo incorporado ao ordenamento jurídico
brasileiro por meio do Decreto nº 4.377, de 25 de setembro de 2002.”
O Itamaraty adverte “como qualquer instrumento jurídico internacional, o Estatuto de Roma é produto de seu tempo e é
passível de ajustes para seu aprimoramento.”
E ainda para o Itamaraty, “O Brasil tem exercido papel de liderança nas reuniões em que os Estados partes tratam de
ajustes com vistas a promover maior aceitação e a consolidação do TPI – a exemplo das discussões que levaram à
adoção, em 2010, na Conferência de Revisão de Campala (Uganda), das emendas relativas ao crime de agressão, que
https://www.icc-cpi.int/about?ln=en
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/docs/REV_MV_Aula_4_corte_internacional_justica.pdf
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estabelecem as condições para que o TPI possa exercer sua jurisdição sobre esse crime”.
Para alguns autores o TPI marca uma nova era na História do Direito internacional e das Relações Internacionais
(glossário).
INTERVENÇÕES HUMANITÁRIAS
Con�itos geram impactos sobre os direitos humanos – considerados, no mundo contemporâneo, como eixo de
proteção da pessoa humana, tanto na esfera interna dos Estados quanto na esfera internacional.
Fonte:
Quando esses con�itos, dentro de um Estado soberano, geram consequências devastadoras para a população que nele
se encontra?
Seria lícito e aceitável que outros países interviessem em Estados soberanos, com a justi�cativa de ajudar e salvar a
população atingida?
Há uma responsabilidade de proteger que autorizaria as intervenções em nome dos direitos humanos?
Essas são as perguntas que se colocam quando estudamos as intervenções humanitárias e como tais ações
repercutem na esfera de soberania nacional dos estados. E as respostas não são simples, pois não existe uma norma
que autorize expressamente a intervenção humanitária.
Muito pelo contrário: a Carta da ONU estabelece o princípio da não intervenção como norteador da conduta dos
Estados no âmbito internacional.
A Carta, em seu artigo segundo, itens 3 e 4, estabelece que “todos os Membros deverão resolver suas controvérsias
internacionais por meios pací�cos, de modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais” e
que “todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a
integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação incompatível com os
Propósitos das Nações Unidas”.
No entanto, no mesmo documento, o artigo 42 do capítulo VII preconiza o uso da força (aérea, naval ou terrestre) para
manter ou reestabelecer a paz e a segurança.
Tais dispositivos nos permitem concluir que se não se cita explicitamente na Carta a intervenção armada com
justi�cativa humanitária, também não se cita nenhuma proibição à guerra, seja ela justa ou injusta. Dessaforma, a
resposta para as intervenções humanitárias não está estampada na norma de Direito Internacional.
Há, porém, que sustente que é possível estabelecer duas exceções a esse princípio:
I. legítima defesa individual ou coletiva;
II. quando o Conselho de Segurança da ONU (CS) determinar que uma situação constitui uma ameaça à paz ou
segurança internacional.
A questão �ca ainda mais complexa quando as intervenções, ditas humanitárias, e geral com o uso de força bélica,
ocorrem sem que o estado que sofre a intervenção tenha solicitado a presença de ajuda externa, como no caso do
Kosovo em 1999, ou na Líbia em 2011, ou mesmo quando não houver a autorização do CS da ONU.
Para aqueles que admitem as intervenções, quando há o intuito protetivo e ações respaldadas no discurso da
necessidade de defesa de DH, sustenta-se que mais importante do que a soberania de um estado que agride seus
próprios habitantes é a proteção aos direitos.
Nesse cenário, a intervenção humanitária não deve ser vista somente como um instrumento justi�cador para que
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potências econômicas e militares aproveitem de sua superioridade para adentrar o território de outro estado que
possua, por exemplo, riquezas de interesse do Estado interventor. Há, nessas ações, a responsabilidade de proteger,
baseado nos DH, que impõe uma obrigação de agir em prol dessa proteção.
ATIVIDADE
Assista à reportagem Tribunal Penal Internacional, em Haia, acusa líder islâmico do mali de crime de guerra:
Resposta Correta
VÍDEO
Qual é a importância simbólica da responsabilização perante o TPI de Ahmad al-Faqi al-Mahdi (também conhecido
como Abu Turab), acusado de “crimes de guerra” por ter dirigido e participado na destruição, em Julho de 2012, de
vários bens classi�cados pela Unesco como Património da Humanidade na cidade de Tombuctu, no Norte do Mali?
Glossário
CARTA DAS NAÇÕES UNIDAS
https://nacoesunidas.org/carta/ (https://nacoesunidas.org/carta/)
ESTATUTO DE ROMA
https://nacoesunidas.org/carta/
19/06/2020 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=4B4D273D2A40B0F19EC1C9350633586155F491885290AFEB2723EA668E182… 10/11
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm)
CONVENÇÕES DE GENEBRA E SEUS PROTOCOLOS ADICIONAIS DE
1977
Conheça aqui (docs/REV_MV_Aula_4_convencoes_genebra.pdf) as Convenções de Genebra e seus Protocolos adicionais de
1977.
EXPLICAÇÕES
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional
(http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional)
RULE OF LAW
A ideia do rule of law “remonta à primeira manifestação concreta do constitucionalismo: a Magna Carta Libertatum. Na Inglaterra,
ano de 1215, o Rei João Sem Terra foi coagido pelos barões ingleses a prometer obediência à Magna Carta Libertatum, por eles
idealizada. Esse precioso documento pode ser considerado o principal precursor de todas as futuras Declarações de Direitos, eis
que representa a autoridade do governo exercida em concordância com as leis existentes. José Joaquim Gomes Canotilho
entende que mesmo com as variações do princípio rule of law no tempo, o instituto contém quatro dimensões bem nítidas: The
rule of law signi�ca, em primeiro lugar, na sequência da Magna Charta de 1215, a obrigatoriedade da observância de um processo
justo e legalmente regulado, quando se tiver de julgar e punir os cidadãos, privando-os de sua liberdade e propriedade. Em
segundo lugar, importa na proeminência das leis e costumes do país perante a discricionariedade do poder real. Por conseguinte,
aponta para a sujeição de todos os atos do Executivo à soberania do parlamento. Por �m, rule of law terá o sentido de igualdade
de acesso aos tribunais por parte dos cidadãos, a �m destes defenderem os seus direitos segundo os princípios de direito
comum dos ingleses (Common Law) e perante qualquer entidade (indivíduos ou poderes públicos). Analisando a questão mais a
fundo, veri�ca-se que o rule of law tem como verdadeiro substrato o princípio da legalidade. Nessa esteira de pensamento, tem-se
que um Estado que não respeita os direitos humanos ou, até mesmo, não se pauta na democracia pode muito bem existir sem o
princípio rule of law. Todavia, trata-se de preceito considerado pressuposto lógico da Democracia, que se revela como verdadeira
garantia contra o despotismo ao se �rmar como suporte legal ao Estado Democrático de Direito”.
Fonte: Excerto de Você sabe o que signi�ca o princípio rule of law? - Lilia Loffredo. JusBrasil
ITAMARATY
“O Itamaraty é um órgão governamental dentro do poder executivo, que é o�cialmente conhecido como o Ministério das Relações
Exteriores. É interessante não confundi-lo com o palácio do Itamaraty situado no Rio de Janeiro (que também já foi sede do
ministério das relações exteriores no passado). O nome do ministério é bastante sugestivo, indicando sua importância nas
relações diplomáticas com demais países. Dessa forma, esse ministério também é um dos focos principais dos jovens
pro�ssionais de relações internacionais, não somente pela oportunidade em trabalhar em um órgão governamental renomado,
mas também na grande oportunidade de contato com diversas culturas e os desa�os desta jornada. Como citado, o Ministério
das Relações Exteriores já teve sua sede no palácio do Itamaraty no Rio de Janeiro, porém, sua sede atual é no Palácio dos Arcos
no Distrito Federal. Entretanto, o apelido continuou mesmo assim, sendo Itamaraty um sinônimo para o Ministério das Relações
Exteriores (MRE).” 
Fonte: Extraído de Guia da Carreira.
RELAÇÕES INTERNACIONAIS
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/D4388.htm
http://estacio.webaula.com.br/cursos/dp0268/docs/REV_MV_Aula_4_convencoes_genebra.pdf
http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/paz-e-seguranca-internacionais/152-tribunal-penal-internacional
19/06/2020 Disciplina Portal
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“As Relações Internacionais (abreviadas como RI ou REL) visam o estudo sistemático das relações políticas, econômicas e
sociais entre diferentes países cujos re�exos transcendam as fronteiras de um Estado, as empresas, tenham
como locus o sistema internacional. Entre os atores internacionais, destacam-se os Estados, as empresas transnacionais,
as organizações internacionais e as organizações não governamentais. Pode se focar tanto na política externa de determinado
Estado, quanto no conjunto estrutural das interações entre os atores internacionais. Além da ciência política, as Relações
Internacionais mergulham em diversos campos como a Economia, a História, o Direito internacional, a Filoso�a, a Geogra�a,
a Sociologia, a Antropologia, a Psicologia e estudosculturais. Envolve uma cadeia de diversos assuntos incluindo mas não
limitados a: globalização, soberania, sustentabilidade, proliferação nuclear, nacionalismo, desenvolvimento econômico, sistema
�nanceiro, terrorismo/antiterrorismo, crime organizado, segurança humana, intervencionismo e direitos humanos”.
Fonte: Wikipedia
ESTADOS NAÇÃO
“O conceito de Estado nação refere-se à forma de organização dos governos dos Estados Modernos e às organizações sociais
que se estabeleceram em torno deles. Quando falamos do conceito de Estado, referimo-nos aos mecanismos de controle político
de um governo que rege determinado território. Organizações como um Parlamento ou um Congresso, instituições legais e um
exército permanente são ferramentas utilizadas por um governo para controlar as várias esferas que compõem a sociedade de
um Estado nação. Um Estado nação é constituído por uma massa de cidadãos que se considera parte de uma mesma nação. Sob
essa perspectiva, podemos a�rmar quetodas as sociedades modernas são Estados-nações, isto é, todas as sociedades
modernas estão organizadas sob o comando de um governo instituído que controla e impõe suas políticas.”

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