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FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ TIAGO GONÇALVES CHAVES FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA ALFABETIZAÇÃO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: CAMINHOS E DESCAMINHOS MAGDA SOARES LOANDA – PR JUN / 2019 FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ TIAGO GONÇALVES CHAVES FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA ALFABETIZAÇÃO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: CAMINHOS E DESCAMINHOS MAGDA SOARES Trabalho apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Fundamentos Teóricos Metodológicos da Alfabetização, do curso de PEDAGOGIA da Faculdade Intermunicipal do Noroeste do Paraná – FACINOR, Loanda – PR. Prof.: Fátima Gonçalves de Oliveira Guedes. LOANDA – PR JUN / 2019 FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ INTRODUÇÃO A alfabetização é o processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever, já o letramento desenvolve o uso competente da leitura e da escrita nas práticas sociais. Então, uma das principais diferenças está na qualidade do domínio sobre a leitura e a escrita. Enquanto o sujeito alfabetizado sabe codificar e decodificar o sistema de escrita, o sujeito letrado vai além, sendo capaz de dominar a língua no seu cotidiano, nos mais distintos contextos. De acordo com Magda Soares, a diferença está no domínio que o sujeito tem sobre a leitura e escrita. O sujeito alfabetizado sabe ler e escrever, porém pode estar pouco habituado a usar essas habilidades no seu cotidiano. Já o indivíduo letrado possui domínio da leitura e da escrita nas mais diversas situações e práticas sociais. FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ Questão 1. Um olhar histórico sobre a alfabetização escolar no Brasil revela uma trajetória de sucessivas mudanças conceituais e, consequentemente, metodológicas. Atualmente, parece que de novo estamos enfrentando um desses momentos de mudança – é o que prenuncia o questionamento a que vem sendo submetidos os quadros conceituais e as práticas deles decorrentes que prevalecem na área de alfabetização nas últimas três décadas: pesquisas que tem identificado problemas nos processos e resultados da alfabetização de crianças no contexto escolar, insatisfações e inseguranças entre alfabetizadores, perplexidade do poder público e da população diante da persistência do fracasso da escola em alfabetizar, evidenciada por avaliações nacionais e estaduais, vêm provocando críticas e motivando propostas de reexame das teorias e práticas atuais de alfabetização. Um momento como este é, sem dúvida, desafiador, porque estimula a revisão dos caminhos já trilhados e a busca de novos caminhos, mas é também ameaçador, porque pode conduzir a uma rejeição simplista dos caminhos trilhados e a propostas de solução que representem desvios para indesejáveis descaminhos. Discuta em grupo e discorra sobre os conceitos de alfabetização e letramento, porque do surgimento, importância da ampliação do conceito, conceituando a língua escrita na perspectiva da psicogênese da língua escrita. Resposta 1. Seu surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que ultrapassem o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível de aprendizagem da língua escrita perseguido, tradicionalmente, pelo processo de alfabetização. Esses comportamentos e práticas sociais de leitura e de escrita foram adquirindo visibilidade e importância à medida que a vida social e as atividades profissionais tornaram- -se cada vez mais centradas na e dependentes da língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar – no sentido tradicional – a criança ou o adulto. Em um primeiro momento, essa visibilidade traduziu-se ou em uma adjetivação da palavra alfabetização – alfabetização funcional tornou-se expressão bastante difundida – ou em tentativas de ampliação do significado de alfabetização/alfabetizar por meio de afirmações como “alfabetização não é apenas aprender a ler e escrever”, “alfabetizar é muito mais que apenas ensinar a codificar e decodificar”, e outras semelhantes. FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ A insuficiência desses recursos para criar objetivos e procedimentos de ensino e de aprendizagem que efetivamente ampliassem o significado de alfabetização, alfabetizar, alfabetizado, é que pode justificar o surgimento da palavra letramento, consequência da necessidade de destacar e claramente configurar, nomeando-os, comportamentos e práticas de uso do sistema de escrita, em situações sociais em que a leitura e/ ou a escrita estejam envolvidas. Questão 2. Alfabetização – entendida como a aquisição do sistema convencional de escrita – distingue-se de letramento – entendido como o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais: distinguem-se tanto em relação aos objetos de conhecimento quanto em relação aos processos cognitivos e linguísticos de aprendizagem e, portanto, também de ensino desses diferentes objetos. Tal fato explica por que é conveniente a distinção entre os dois processos. Por outro lado, também é necessário reconhecer que, embora distintos, alfabetização e letramento são interdependentes e indissociáveis: a alfabetização só tem sentido quando desenvolvida no contexto de práticas sociais de leitura e de escrita e por meio dessas práticas, ou seja, em um contexto de letramento e por meio de atividades de letramento; este, por sua vez, só pode desenvolver-se na dependência da e por meio da aprendizagem do sistema de escrita. Distinção, mas indissociabilidade e interdependência: quais as consequências disso para a aprendizagem da língua escrita na escola? Discorra sobre esta afirmação. Resposta 2. Em torno do objetivo principal de se alfabetizar nos anos 80, métodos de alfabetização alternaram-se em um movimento pendular: ora a opção pelo princípio da síntese, segundo o qual a alfabetização deve partir das unidades menoresda língua – os fonemas, as sílabas – em direção às unidades maiores – a palavra, a frase, o texto (método fônico, método silábico); ora a opção pelo princípio da análise, segundo o qual a alfabetização deve, ao contrário, partir das unidades maiores e portadoras de sentido – a palavra, a frase, o texto – em direção às unidades menores (método da palavração, método da sentenciação, método global). Em ambas as opções, porém, a meta sempre foi a aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ da escrita; embora se possa identificar, na segunda opção, uma preocupação também com o sentido veiculado pelo código, seja no nível do texto (método global), seja no nível da palavra ou da sentença (método da palavração, método da sentenciação), estes – textos, palavras, sentenças – são postos a serviço da aprendizagem do sistema de escrita: palavras são intencionalmente selecionadas para servir à sua decomposição em sílabas e fonemas, sentenças e textos são artificialmente construídos, com rígido controle léxico e morfossintático, para servir à sua decomposição em palavras, sílabas, fonemas. Questão 3. A aprendizagem da língua escrita tem sido objeto de pesquisa e estudo de várias ciências nas últimas décadas, cada uma delas privilegiando uma das facetas dessa aprendizagem. Para citar as mais salientes: a faceta fônica, que envolve o desenvolvimento da consciência fonológica, imprescindível para que a criança tome consciência da fala como um sistema de sons e compreenda o sistema de escrita como um sistema de representação desses sons, e a aprendizagem das relações fonema-grafema e demais convenções de transferência da forma sonora da fala para a forma gráfica da escrita; a faceta da leitura fluente, que exige o reconhecimento holístico de palavras e sentenças; a faceta da leitura compreensiva, que supõe ampliação de vocabulário e desenvolvimento de habilidades como interpretação, avaliação, inferência, entre outras; a faceta da identificação e do uso adequado das diferentes funções da escrita, dos diferentes portadores de texto, dos diferentes tipos e gêneros de texto, etc. Cada uma dessas facetas é fundamentada por teorias de aprendizagem, princípios fonéticos e fonológicos, princípios linguísticos, psicolinguísticos e sociolinguísticos, teorias da leitura, teorias da produção textual, teorias do texto e do discurso, entre outras. Consequentemente, cada uma dessas facetas exige metodologia de ensino específica, de acordo com sua natureza, algumas dessas metodologias caracterizadas por ensino direto e explícito, como é o caso da faceta para a qual se volta a alfabetização, outras caracterizadas por ensino muitas vezes incidental e indireto, porque dependente das possibilidades e motivações das crianças, bem como das circunstâncias e do contexto em que se realize a aprendizagem, como é caso das facetas que se caracterizam como de letramento. FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ Comente sobre esta relação criança e aprendizagem e o contexto sociocultural. Resposta 3. O estudo de contextos culturais e aprendizagem na primeira infância envolve o entrelaçamento de fatores biológicos e culturais. O desenvolvimento ativo de subculturas para expandir e melhorar a aprendizagem é uma tendência atual promissora. Mas há desacordos sobre o que tais subculturas devem ser. Por exemplo, só recentemente a brincadeira recuperou seu status de forma legítima de atividade de aprendizagem. A exposição pura ao conteúdo a ser aprendido, oferecida por diferentes práticas culturais, é de fundamental importância. Um achado de rotina nas pesquisas em diversas áreas é que as crianças aprendem mais rapidamente quando são solicitadas a aprender ou solucionar problemas baseados naquilo que lhes é familiar, ou que façam sentido do ponto de vista humano. Essas relações entre cultura e aprendizagem não diminuem de intensidade, mas tornam-se ainda mais nítidas à medida que a criança passa do início ao meio da infância e à adolescência. Consequentemente, aqueles que desejam utilizar o poder da cultura para promover a aprendizagem devem considerar tanto o enriquecimento cultural da criança quanto sua saúde e seu bem-estar físico, uma vez que todos esses elementos desempenham um papel particularmente importante durante esse período de mudanças extraordinariamente rápidas do desenvolvimento. Questão 4. O emprego dos verbos integrar e articular retoma a afirmação anterior de que os dois processos – alfabetização e letramento – são, no estado atual do conhecimento sobre a aprendizagem inicial da língua escrita, indissociáveis, simultâneos e interdependentes: a criança alfabetiza-se, constrói seu conhecimento do sistema alfabético e ortográfico da língua escrita, em situações de letramento, isto é, no contexto de e por meio de interação com material escrito real, e não artificialmente construído, e de sua participação em práticas sociais de leitura e de escrita; por outro lado, a criança desenvolve habilidades e comportamentos de uso competente da língua escrita nas práticas sociais que a envolvem no contexto do, por meio do e em dependência do processo de aquisição do sistema alfabético e ortográfico da escrita. Esse alfabetizar letrando, ou letrar alfabetizando, pela FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ integração e pela articulação das várias facetas do processo de aprendizagem inicial da língua escrita, é, sem dúvida, o caminho para a superação dos problemas que vimos enfrentando nesta etapa da escolarização; descaminhos serão tentativas de voltar a privilegiar esta ou aquela faceta, como se fez no passado, como se faz hoje, sempre resultando em fracasso, esse reiterado fracasso da escola brasileira em dar às crianças acesso efetivo e competente ao mundo da escrita. Discuta e pesquise sobre o fracasso escolar no Brasil e contextualize o ensino e aprendizagem /métodos / professor / metodologias / crianças e hoje/família. Resposta 4. O fracasso escolar pode ser compreendido como a consequência para um aluno da não-apropriação do aprendizado. Os conceitos, habilidades, valores, conhecimento e a questão da cidadania não foi internalizada no aluno, culminando muitas vezes, em baixas notas, reprovação e, por fim, no abandono da escola pelo mesmo. De acordo com Perrenoud (1995), os alunos são considerados como tendo alcançado êxito ou fracasso na escola porque são avaliados em função de exigências manifestadas pelos professores ou outros avaliadores e seguem os programas determinados pelo sistema educativo. Define-se o fracasso escolar como consequência de dificuldades de aprendizagem, falta de conhecimento e competência. A necessidade de avaliação baseada na padronização favorece uma transposição didática conservadora, ou seja, desenvolve aquilo que se encaixa no modelo de avaliação. O sistemaclássico de avaliação força os professores a preferir os conhecimentos isolados (raciocínio, comunicação, etc...), e sob a aparência da exatidão, a avaliação esconde uma grande dúvida: como se entender quando não se sabe, nem se explica ou justifica o que realmente se avalia? Ao falar de fracasso escolar, é importante observar quando as dificuldades de aprendizagem vêm encobrir a fragilidade da escola, centrando no aluno todo insucesso de sua não aprendizagem. A falta de conhecimento didático do corpo docente está na raiz do fracasso escolar. O fracasso muitas das vezes dá-se devido a educação infantil que o indivíduo em causa teve. A importância de uma sadia educação infantil, é muito importante, e deve ser acompanhada diretamente dos pais (Pai Mãe), para que este tenha uma base bem acentuada. FACULDADE INTERMUNICIPAL DO NOROESTE DO PARANÁ - FACINOR Mantenedora: Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional do Noroeste do Paraná – FADENPAR Autorizada conforme Decreto Estadual nº. 1647 DE 15/12/1999 - CNPJ.: 03.591.907/0001-60 Rua Mato Grosso, nº. 240 – Fone (0xx44) 425-1037 - e-mail: fadenpar@netstudio.com.br – CEP.: 87900-000 LOANDA - PARANÁ As principais causas do fracasso escolar são oriundas, em sua maior parte, dos sistemas de ensino que não conseguem atender às diversidades de necessidades presentes nas escolas, deixando de identificar onde se localizam as inadaptações à aprendizagem, e levar o aluno a descobrir sua própria modalidade de aprendizagem, considerando como ponto crucial seu modo particular de se relacionar com o conhecimento, ou seja, a aprendizagem escolar. O fracasso escolar também pode ocorrer dependendo do contexto familiar, cultural, social e político que o indivíduo possa estar inserido. REFERÊNCIAS PERRENOUD, Philippe (1999). Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento: Caminhos e Descaminhos. Revista Pátio. Ano VIII, n. 29, fev./abr. 2004. https://blog.maxieduca.com.br/educador-alfabetizacao-letramento/ acesso em 25.06.2019 às 22:10hr https://blog.maxieduca.com.br/educador-alfabetizacao-letramento/
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