Buscar

PORTIFÓLIO 2 Semetre (KESY)

Prévia do material em texto

15
Sistema de Ensino Presencial Conectado
enfermagem
ABIAS DOS SANTOS RODRIGUES
CLÁUDIA RAYANE PALHETA CARVALHO
DIEGO BISPO DOS SANTOS
EDUARDO DOS REIS RODRIGUES
ELLEN FERNANDA GOMES SARRAF RODRIGUES
KESY DOS SANTOS TENÓRIO
ZAIRA NASCIMENTO DE LIMA
ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA EFETIVIDADE DAS AÇÕES EM SAÚDE
BREVES-PA
2019
ABIAS DOS SANTOS RODRIGUES
CLÁUDIA RAYANE PALHETA CARVALHO
DIEGO BISPO DOS SANTOS
EDUARDO DOS REIS RODRIGUES
ELLEN FERNANDA GOMES SARRAF RODRIGUES
KESY DOS SANTOS TENÓRIO
ZAIRA NASCIMENTO DE LIMA
ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA EFETIVIDADE DAS AÇÕES EM SAÚDE
Trabalho apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média nas disciplinas de: Ciências Moleculares e celulares; Ciências Morfofuncionais dos Sistemas Tegumentar; Locomotor e Reprodutor; Formação Integral em Saúde; Metodologia Científica e Seminário Interdisciplinar.
Orientadores (as): Prof.ª. Ana Paula Scaramal Ricietto; Prefª. Cristiane Mota Leite; Prof.ª Flávia Soares Lassie; Prof.ª Regina Adamuz e Prof.ª Renata Cristina Góes.
Eixo Integrador: Integralidade da atenção em saúde.
BREVES-PA
2019
SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	.............................................................................
	04
	2 DESENVOLVIMENTO
	............................................................................
	12
	3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	............................................................................
	13
	4 REFERÊNCIAS 
	............................................................................
	14
1 INTRODUÇÃO
 O trabalho em questão tem uma proposta de Produção textual Interdisciplinar em Grupo (PTG), no qual a temática é: “ Atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde”. Dessa maneira, o trabalho tem como o objetivo a possibilidade da aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos ministrados nas disciplinas desse semestre de acordo com o eixo integrador “ Integralidade da atenção em saúde” vinculados a uma Situação Geradora de Aprendizagem (SGA).
 A SGA narra o trajeto de uma personagem que se chama Roberto, 42 anos, hipertenso, dislipidêmico, apresenta sobrepeso e acúmulo de gordura em região abdominal. Ele é assalariado e trabalha como motorista em uma empresa de transporte coletivo urbano, após um dia de trabalho, ao atravessar a rua foi atropelado por um carro que avançou o sinal amarelo. Ele passou por um atendimento pré-hospitalar e foi encaminhado para o hospital, onde foram realizados vários exames laboratoriais e de imagem e após análise dos resultados dos exames, os médicos diagnosticaram um trauma raquimedular com hemissecção de medula, o que gerou um edema com diminuição dos tônus musculares e plegia de membros inferiores, identificada pelos médicos como reversível.
Roberto recebeu alta hospitalar, com indicação de fisioterapia motora para a reversão da plegia e também orientações para buscar atendimento nutricional para evitar processos degenerativos musculares e a realizar curativos diariamente e sempre que necessário nas escoriações resultantes do atropelamento. Para o tratamento das dores e prevenir possíveis infecções foram prescritos antibióticos e anti-inflamatórios. Para o acompanhamento da lesão medular foram solicitados novos exames de imagens para o retorno do atendimento médico.
O motorista é a única pessoa que trabalha em sua casa, portanto é a única renda que a família possui, ele ainda não recebeu o auxílio doença e não têm condições para buscar um atendimento particular. Sua esposa então, buscou atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS) para saber o proceder nessa situação. 
 Sendo assim, baseado na SGA descrita acima, este trabalho tem como objetivo a produção de um texto que aborde soluções aos desafios propostos. Dessa maneira, essas explanações foram realizadas no desenvolvimento deste portfólio.
2 DESENVOLVIMENTO
A temática deste trabalho é “Atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde”, desse jeito, iniciamos no desenvolvimento do mesmo a explicação acerca do atendimento multiprofissional, assim: 
No Brasil, conforme Arthou (2011), o Programa Saúde da Família (PSF), concebido pelo Ministério da Saúde em 1994, após incorporar novas proposições, regulamentações, modalidades de incentivo financeiro, bem como apresentar experiências inovadoras e positivas em alguns municípios, consagra-se como estratégia de mudança do modelo assistencial no país dentro da política nacional. Além disso:
No campo sanitário internacional configurou-se como uma iniciativa inovadora. Isto porque, diferente de outros países que também basearam seus sistemas na atenção primária, o PSF pressupõe o trabalho multiprofissional e em equipe. É notório que o trabalho em equipes multiprofissionais não é um mérito específico da Estratégia Saúde da Família (ESF). No entanto, no caso da ESF ele se tornou um dos principais instrumentos de intervenção, pois as ações se estruturam a partir da equipe. O trabalho em equipes multiprofissionais também é considerado um recurso importante para atingir um dos aspectos da integralidade nas práticas em saúde, que é a concepção da integralidade como uma dimensão das práticas de saúde, que, além de contribuir na organização do trabalho nos serviços, busca uma apreensão ampliada das necessidades de saúde da população atendida .Com o intuito de compreender melhor a importância do trabalho em equipe dentro da ESF é necessário observar que neste tipo de trabalho em saúde ocorre a ampliação do objeto de intervenção para além do âmbito individual e clínico. Tal peculiaridade requer mudanças na forma de atuação e na organização do trabalho, bem como demanda alta complexidade de saberes (ARTHOU 2011, p. 12).
A autora ainda reforça que:
A articulação dos olhares dos diferentes profissionais da equipe do PSF, que possui a singularidade da presença dos agentes comunitários em saúde, possibilita o desenvolvimento de ações que ultrapassem a racionalidade da assistência curativa, que está centrada na resolução imediata de problemas de saúde individuais, ação que não deve ser ignorada. No entanto, ela é insuficiente para modificar os níveis de saúde da população. Tal discussão, já muito debatida e balizada no âmbito da saúde coletiva, constituiu um paradigma que permitiu a articulação de diversos saberes na busca de Apreensão do complexo objeto saúde-doença-cuidado (Idem 2011).
Logo, todo setor hospitalar necessita de uma equipe multiprofissional para atender seus clientes de forma humanizada e eficaz. Existem vários problemas de saúde que dependem de um profissional especifico de cada área. São equipes profissionais diferentes que se complementam em benefício do paciente, com o intuito de promover a saúde e a recuperação do mesmo.
2.1 A participação da acetilcolina do mecanismo de contração muscular. 
Adentramos neste momento na explanação de como a acetilcolina participa do mecanismo de contração muscular. Dessa forma, a acetilcolina consiste numa substância química que atua como neurotransmissor, repassando os impulsos nervosos entre as células do sistema nervoso. Também se encontra associada à transmissão de impulsos entre as junções das células nervosas e musculares, que provocam a contração muscular.
Para Gotti (2015), as fibras musculares são compostas de filamentos proteicos contráteis de dois tipos: actina e miosina. Esses miofilamentos, também chamados de miofibrilas, são diferenciados um do outro pelo seu peso molecular, sendo maior no filamento de miosina do que no de actina.
A autora menciona que a contração muscular ocorre por um mecanismo de deslizamento dos filamentos de actina e miosina. Esse deslizamento é causado por forças mecânicas geradas pela interação desses filamentos entre si. Nas condições de repouso, essas forças são inibidas, entretanto, quando um potencial de ação passa pela membrana da fibra muscular, íons cálcio são liberados,iniciando a contração.
A mesma ainda destaca que para o processo de contração muscular continue, é necessária energia, pois, quando um músculo se contrai, ele realiza trabalho com consumo dessa. Ela é proveniente dos carboidratos presentes em nossos alimentos, e, quando estes não são disponibilizados ao organismo pela alimentação, as reservas de glicogênio do corpo se esgotam e este passa a utilizar as proteínas dos tecidos, inclusive do tecido muscular para a produção de energia, atrapalhando o processo de hipertrofia.
2.1.1 A importância da contração muscular para o paciente realizar um movimento e a influência em casos de atrofia.
A energia necessária para a contração muscular vem da hidrólise do ATP. Já a disponibilidade de cálcio vem da liberação deste íon do retículo sarcoplasmático, quando despolarizado. O cálcio possui a importante função de expor um sítio de ligação da miosina na proteína actina. 
A atrofia muscular esquelética, atribuída à inatividade muscular ou em caso de imobilização, caracteriza-se pela perda da massa muscular. Também os astronautas, expostos a um meio de microgravidade, em que há redução da carga mecânica nos músculos, estão sujeitos a uma diminuição da massa muscular. Verifica-se uma diminuição visível do tamanho ou do número das miofibrilas e a nível molecular há uma diminuição da síntese e um aumento da degradação proteica Berne et al. (2004 upud SIMÕES 2009).
O processo que regula a extensão da atrofia muscular é baseado na diminuição da síntese proteica, no aumento da destruição oxidativa e subsequente degradação proteica desregulada. Os músculos antigravidade ou dos grupos extensores, que frequentemente se contraem para suportar o peso do corpo, tal como o soleus e o gastrocnemius, que têm por principal função manter a postura em pé ao longo do dia, mostram maior atrofia que os não gravitacionais (EDGERTON e ROY 2000 upud SIMÕES 2009, p.25).
3 Correlação do quadro de lesão da SGA com o processo de atrofia.
O paciente da SGA foi diagnosticado com um trauma raquimedular com hemissecção de medula, o que gerou um edema com a diminuição dos tônus musculares e plegia de membros inferiores, ou seja, nesse paciente a lesão medular não gerou comprometimento da junção neuromuscular, assim, ao estabelecermos uma relação mútua desse caso com o processo de atrofia. Constatamos que ele sofreu durante o acidente uma atrofia muscular, porém foi um quadro reversível como constataram os médicos. Chegamos a essa conclusão porque a atrofia muscular é a diminuição do volume do músculo, que ocorre devido a uma diminuição do tamanho das células musculares, e segundo a descrição acima, foi o que aconteceu também com o Sr. Roberto. Logo, é valido afirmarmos que tem tratamento e que pode variar de acordo com a causa.
4 Associação das características e estruturas da célula muscular, com o processo de contração muscular.
Segundo Geneser (2008), o tecido muscular possui como características células alongadas e ricas em filamentos contráteis. A contração do tecido muscular promove funções de movimento de estruturas ligadas a ele, com os ossos e, consequentemente, do corpo. Permite ainda o movimento, pelo organismo, de substâncias e líquidos, como o alimento, o sangue e a linfa.
Assim, de uma maneira geral, podemos dividir e reconhecer três tipos de músculos no corpo humano: o músculo não estriado, também chamado de músculo liso; o músculo estriado esquelético; e o músculo estriado cardíaco. Os músculos lisos não estriados possuem contração lenta e involuntária, motivo pelo qual dizemos que os movimentos por eles gerados ocorrem independentemente da nossa vontade. Esses músculos são responsáveis pela ereção dos pelos na pele durante o nosso arrepio e também pelos movimentos de órgãos pelo esôfago, estomago e intestino, por exemplo, sendo associados aos movimentos peristálticos e ao fluxo sanguíneo no organismo. Por conseguinte, Gotti ainda afirma que:
Os músculos estriados esqueléticos possuem como característica fixar-se aos ossos geralmente por meio de cordões fibrosos que chamamos de tendões. Esse tipo muscular possui contração vigorosa e voluntaria, e seus movimentos só acontecem por meio de nossa vontade. Podemos citar como exemplos os músculos dos nossos membros superiores e inferiores. O músculo estriado cardíaco, por sua vez, promove os batimentos cardíacos, possuindo contração vigorosa e involuntária. Trata-se do músculo do coração, que é o miocárdio (GOTTI, 2015, p. 84-85).
Logo, para que ocorra o processo de contração muscular são necessários três elementos: estimulo do sistema nervoso, as proteínas contráteis, actina e miosina e energia para contração, fornecida pela ATP.
4.1. As modificações que podem surgir em decorrência de um longo período com baixa mobilidade.
Para Fernandes (2015), o repouso prolongado no leito, e consequentemente a imobilidade, têm efeitos negativos que só foram reconhecidos como causa de disfunção nos últimos quarenta anos, quando alguns clínicos publicaram estudos sobre os benefícios da atividade física e da realização de exercício. 
Com a evolução do conhecimento científico na área das ciências da saúde, é possível uma mobilização mais precoce, minimizando o fenómeno associado às alterações da mobilidade/inatividade. Estas podem ter consequências mais graves do que a patologia que a originou, transformando uma redução da capacidade funcional temporária em incapacidade. Quando um indivíduo não é capaz de movimentar uma parte do corpo, ou a sua totalidade, como efeito de uma doença crónica, deficiência ou tratamento, podem aparecer, num período de tempo mais ou menos longo, complicações decorrentes dessa imobilidade em cada um dos sistemas orgânicos (RODRÍGUEZ, RAMOS & PECHENE, upud FERNANDES 2010). Para os autores:
A imobilização nas pessoas afeta vários órgãos e sistemas, como o sistema músculo-esquelético, respiratório, gastrointestinal, cardiovascular, metabólico e urinário, o que leva a uma diminuição da capacidade funcional e no prolongamento da intervenção. Normalmente o sistema músculo-esquelético é o mais afetado pela imobilidade, as limitações funcionais podem prejudicar as transferências (da cama para a cadeira e vice-versa), posicionamentos e movimentação no leito e em cadeiras de rodas, o que dificulta as atividades de vida diárias e altera o padrão da marcha RODRÍGUEZ, RAMOS & PECHENE, upud FERNANDES 2010, p. 15).
Portanto, muitas das complicações da imobilidade são reversíveis, mas quanto maior o período de imobilização mais difícil será a sua reabilitação (Bass, 2006).
5 Princípios doutrinários e organizativos do SUS que garantem a assistência necessária ao paciente da SGA.
Conforme Pinto (2016), dentre os princípios doutrinários do SUS, temos a Universalidade, a Equidade e a Integralidade, ou seja, são princípios que apoiam e garantem a assistência ao SR. Roberto.
A autora citada aborda que o princípio da Universalidade é apoiado na Constituição Federal, em seu pleno artigo 196, assegura a saúde enquanto direito de todos os s cidadãos e dever do Estado, o que significa dizer que a saúde é um direito e não um serviço a qual se tem acesso por meio de uma contribuição ou pagamento de qualquer espécie, como ocorria anteriormente ao SUS. Conforme o referido artigo, todos os brasileiros têm direito à atenção à saúde. Em seu art.196, define:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (PINTO, 2016, p.75).
Assim a autora ainda menciona que a universalidade do SUS garante o direito à saúde por meio das políticas públicas, e também a igualdade de acesso sem distinção de raça, sexo, religião ou qualquer outra forma de discriminação do cidadão brasileiro.
O princípio da Equidade assegura o direito a ações e serviços de todos os níveis, de acordo com a complexidade que cada caso exija, more o cidadão onde morar, sem privilégios, sembarreiras. Mesmo considerando as desigualdades existentes, todo cidadão é igual perante ao SUS e será atendido conforme suas necessidades (PINTO 2016, p.75).
O princípio da Integralidade é amplamente discutido não apenas pela sua importância na construção do SUS, mas principalmente devido aos múltiplos sentidos que a integralidade possui. A Constituição afirma que a assistência integral deve priorizar as ações preventivas, sem prejuízo das ações de assistência, o que significa dizer que o usuário do SUS tem o direito a serviços que atendam às suas necessidades, desde ações preventivas a ações de cura e reabilitação, com prioridade para o desenvolvimento de ações preventivas (PINTO 2016, p.76).
Em síntese, ao considerar o homem um ser integral, biopsicossocial, este deverá ter todas as suas necessidades atendidas por um sistema de saúde integrado, visando à promoção, proteção e recuperação da saúde, conferindo boas condições de vida (Idem, 2016). 
5.1 A medida que deve ser instituída para que esse paciente mantenha seu direito fundamental à saúde, conforme instituído por Lei.
Primeiramente todo cidadão brasileiro deve conhecer seus direitos por meio da Leis, para poder exigi-los do Governo. Assim como existe o dever de pagamento de impostos, também existem direitos ao povo brasileiro decorrente do mesmo, porém ainda têm muitas pessoas que ainda desconhecem esses direitos instituídos.
A personagem da SGA deve primeiro conhecer as bases legais do SUS e saber que a Constituição Federal ao incluir a saúde no texto constitucional fez com que fosse necessária a criação de um conjunto de leis que normatizassem a organização e a implementação do SUS. Logo, sendo conhecedor da Lei Orgânica da Saúde nº 8.080, sancionada em setembro de 1990, criou o SUS, que dispôs sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde organização e o funcionamento dos serviços correspondentes ao SUS, detalhou os objetivos e atribuições, os princípios e diretrizes.
Os recursos que podem ser usados para atender todas as necessidades do paciente da SGA é o mesmo ir em busca dos seus direitos por meio das Leis. O cidadão brasileiro é amparado por Leis, porém ele tem que conhecer as mesmas e reivindicar por elas. A Constituição Federal ampara o povo brasileiro, mas sabemos que muitas vezes os fatos não se concretizam da maneira que deveriam ser, por mais que a pessoa saiba e lute por seus direitos, mesmo assim em alguns casos não consegue acesso público à saúde.
Afirmar que de alguma forma o paciente se beneficiaria com a construção multidisciplinar se seu plano de cuidados é algo relativo, pois como já foi exposto anteriormente, que as Leis existem e estão para amparar o cidadão, mas que algumas vezes o paciente não goza desses direitos.
6. O auxílio do NASF na recuperação do paciente e as ferramentas usadas em prol do paciente.
 Há três modalidades de NASF 1 para Pinto (2016), assim deverá estar vinculado a, no mínimo, cinco e, no máximo, nove eSF e/ ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua (eCR, equipes ribeirinhas e fluviais). Cada NASF 2 deverá estar vinculado a, no mínimo, três e a, no máximo, quatro equipes de Saúde da Família ou equipes de Atenção Básica para populações específicas (consultórios na rua, equipes ribeirinhas e fluviais), agregando-se de modo especifico ao processo de trabalho das mesmas, configurando-se como uma equipe ampliada.
Percebemos no parágrafo anterior que existem alguns auxílios ofertados pelo NASF aos cidadãos. Consequentemente, o Sr. Roberto da SGA poderia usar também um desses recursos, no caso, o mesmo poderia utilizar um consultório na rua, porém para Pinto, compete ao gestor local, segundo a realidade epidemiológica dos territórios e as necessidades de saúde das pessoas, definir os profissionais que irão compor o (s) NASF (s) do município. 
Almeida (2009) também refere como ações a serem desenvolvidas pelo NASF: proporcionar educação permanente em nutrição; contribuir para a ampliação e valorização da utilização dos espaços públicos de convivência; implementar ações em homeopatia e acupuntura para a melhoria da qualidade de vida; promover ações multiprofissionais de reabilitação para reduzir a incapacidade e deficiências, permitindo a inclusão social; atender usuários e familiares em situação de risco psicossocial ou doença mental; criar estratégias para abordar problemas vinculados à violência e ao abuso de álcool; e apoiar as Equipes de Saúde da Família na abordagem e na atenção aos agravos severos ou persistentes na saúde de crianças e mulheres, entre outras ações.
Seguidas essas orientações apontar-se-á a melhor estratégia de trabalho segundo a realidade local, podendo-se utilizar para isso o que o Ministério da Saúde/Atenção Básica denomina como ferramentas tecnológicas de Apoio a Gestão e de Apoio à Atenção.
A ferramenta de Apoio à Gestão consiste na Pactuação de Apoio e se processa em duas linhas de trabalho diferentes, primeiramente na avaliação conjunta da situação inicial do território entre os gestores, equipes de SF e o Conselho de Saúde e em seguida no consenso da equipe envolvida sobre as metas a serem atingidas, as atividades a serem realizadas e critérios de atendimento individual e coletivo (Ministério da Saúde –CAB/Nasf, 2009).
Como última ferramenta tecnológica tem-se o PST – Projeto de Saúde no Território - O PST visa desenvolver estratégias de promoção à saúde focada nas demandas da população local. Suas ações se iniciam com o levantamento do perfil dos usuários, elaborado pela equipe de SF com auxílio da equipe do NASF, entrevendo os possíveis grupos de risco social e de saúde para, em seguida, serem delineadas estratégias de ação sobre estes fatores (Idem).
Logo, as possibilidades de profissionais para composição do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) são: assistente social; profissional de educação física; farmacêutico; fisioterapeuta; fonoaudiólogo; profissional com formação em arte e educação (arte educador); nutricionista; psicólogo; terapeuta ocupacional; médico. Assim, conforme a SGA para o restabelecimento do paciente após alta hospitalar, foi indicado um fisioterapeuta para a reversão da plegia e também orientações de um nutricionista para evitar processos degenerativos musculares e também o atendimento médico para novos exames de imagem e retorno.
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde é um direito de todo cidadão brasileiro, não importa sua cor, raça, etnia, crença, religião, classe econômica, opção sexual, enfim é um direito que não pode ser negado a ninguém.
A SGA deste trabalho relata que após o Sr. Roberto sofrer o acidente, passou por um atendimento pré-hospitalar e foi encaminhado para o hospital, onde foram realizados diversos exames laboratoriais e de imagem e após a análise dos exames, os médicos diagnosticaram um trauma raquimedular, ou seja, percebemos que no primeiro instante o paciente foi devidamente atendido, na verdade, seu caso era sério, pois tratava-se de um atropelamento. Roberto, então, recebeu alta hospitalar, com indicação de fisioterapia motora, orientações para buscar atendimento nutricional. Para o tratamento das dores e prevenir possíveis infecções foram prescritos antibióticos e anti-inflamatórios. Também foram solicitados novos exames de imagens para o retorno ao médico.
Conforme mencionado acima podemos constatar que no momento que o paciente mais precisou dos recursos para a melhora de sua saúde, foi o instante em que recebeu alta hospitalar. Como então, o Sr. Roberto faria para comprar todos os remédios solicitados e ainda ter que fazer os exames? Na condição dele seria impossível ter que pagar por tudo isso, pois é a única fonte de renda da família e ainda não recebeu o auxílio doença. Mas sua esposa buscou atendimento da UBS para se informar sobre a situação. Segundo a Constituição Federal, em seu pleno artigo 196, assegura a saúde enquanto direito de todos os cidadãos e dever do Estado, o que significaque a saúde é um direito e não um serviço.
Sendo assim, existem milhões de senhores Robertos neste país, que pagam seus impostos, mas que na hora em que precisam de atendimento na saúde não conseguem se beneficiar dos mesmos. A SGA mostra a realidade brasileira do cotidiano, onde vemos pessoas morrendo por falta de atendimento, filas e filas nos corredores de hospitais em que muita gente não é atendida.... Em suma, o atendimento multiprofissional na efetividade das ações em saúde, existem sim, e é um direto do cidadão como já foi abordado aqui, porém é algo que se concretiza em sua minoria, pois na maioria dos casos, são direitos negados ao povo brasileiro.
4 REFERÊNCIAS
BASS, B., L. (2006). Consequências da Síndrome do Imobilismo no Leito. Rio de Janeiro, Brasil.
BERNE RM, Levy MN, Koeppen BM, Staton B.A. Fisiologia. 5ª edição. Mosby Elservier. Editora Lda. 2004.
FERNANDES, T.J. Efeito de um programa de mobilização e exercício ativo sobre amplitude articular em pessoas com síndrome de desuso- Bragança, 2015.
GENESER, F. Histologia: com bases moleculares. 3.ed. Buenos Aires: Médica Panamericana/ Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. 
GOTTI. Isabela Alice. Ciências morfofuncionais do sistema tegumentar, reprodutor e locomotor/ Isabela Alice Gotti- Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A, 2015.
PINTO, Simone Nunes. Formação Integral em saúde/ Simone Nunes Pinto- Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016.
ROY RR, Pierotti DJ, Flores V, Rudolph W Edgerton UR. Fibre size and type adaptation to spinal isolation and cyclical passive stretch in cat hindlimb. J, Anat, 2000.
SIMÕES, Lúcia Pedro. Alteração das fibras musculares esqueléticas com o exercício aeróbico. 2009.
RELATÓRIO SOBRE A SGA COM O TEMA “ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL NA EFETIVADE DAS AÇÕES EM SAÚDE”
 Na SGA o Sr. Roberto, com a idade de 42 anos e alguns problemas de saúde, sofreu um acidente ao atravessar a rua. Dessa forma, passou por um atendimento pré-hospitalar e foram realizados vários exames e constatou-se que o caso era reversível.
Mediante a esse contexto notamos que o paciente é assalariado, pois trabalha numa empresa de transporte urbano. Sendo a única renda que a família possui. Trata-se de um cidadão que sofreu um acidente e não têm condições financeiras de pagar um hospital particular. Dessa maneira, ele tem direito de ser atendido para a solução do seu problema, pois como já foi explicitado no decorrer deste trabalho, o mesmo é amparado por Leis.
Portanto, é de suma importância que todo cidadão brasileiro conheça seus direitos e deveres para ir em busca dos mesmos. O atendimento multiprofissional na efetividade das ações de saúde pertence ao povo brasileiro e esse atendimento está nas Leis da Constituição Federal como já foi mostrado aqui. Consequentemente, um bom atendimento multiprofissional é um passo positivo para a formação integral em saúde e o paciente em questão necessita ser amparado por Leis e atendido conforme suas necessidades, pois não tem recurso financeiro para isso e sua saúde depende das ações de saúde.

Continue navegando